Lamento selvagem

Esta beleza ousada e infinita solidão.


Tropecei, errei de novo.

Meias palavras, gaguejadas e entrecortadas

Não foi intenção, quase nunca foi.

Fico em silêncio, apanhando

Sofrendo por não ter decorado cada linha, cada regra

Cada lei que evita que nos tornemos selvagens.

Sabê-las era meu dever com o qualquer ser humano decente... e um direito que me foi negado.

Quase ninguém nota, mas me dói ser assim.

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Eu me isolo, me encolho e reflito. Não me falta coração.

Abro feridas que nem conheço. Sou algoz acidental.

Quando se afastam, murmuro que esperem e não me ouvem.

Poucos tiveram paciência para que eu me explicasse

E eu não culpo os que não tiveram.

Não imaginam eles que já fui pior, muito pior.

Que não temo o mal, a dor e a loucura. Que me revezo entre enfrentá-los e abraçá-los.

Acordo todos os dias lutando contra mim.

Os demônios da paranoia, do medo, me agarram

Se recusam a me abandonar e se nutrem de minhas forças.

É uma guerra silenciosa, invisível e sangrenta.

Deixo aqui meu pedido de perdão pelos cortes abertos

Pelas rebeldias e inadequações, maus-tratos e absurdos.

Não sou vítima nem inocente.

Abaixo minhas armas e meu orgulho agora.

Mas eu vou aprender. Eu juro que vou.

Vou ser livre a qualquer custo de minhas correntes.

Vou sair ao sol e suportar que ele me toque

Para depois aprender a amá-lo.

A mão que me estendem é meu porto seguro

E não vou me deixar morrer outra vez.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.