Epílogo

BELLA POV

Dois meses depois, véspera de natal...

Eu caminhava de um lado para o outro, agoniada. Eu já havia posto o vestido de noiva há alguns minutos e fora somente quando eu já estava pronta para entrar no carro e ir para a igreja que Angela, minha madrinha, percebera que o zíper do vestido havia estourado. Desde então, eu não parava no lugar, enquanto esperava que minha madrinha encontrasse alguma loja de aviamentos aberta.

Phill, o atual marido de minha mãe, era quem me levaria até o altar. Charlie havia mandado um memorando, alguns dias atrás, avisando que não poderia comparecer, pois ele e Sue passariam o feriado com os filhos dela. No fundo, eu ainda tinha a esperança que ele viesse, mas já estava acostumada a ser posta de lado por ele. Phill, embora não tivesse assuntos em comum comigo, era um cara legal. Ele estava pendurado no telefone, contando a Reneé que nos atrasaríamos mais que o previsto.

Enquanto isso, eu pensava em Edward. Pensava nele, sob o altar, me esperando, divagando sobre a minha demora. Eu só esperava que ele não achasse que eu havia fugido, desistido do casamento. O pequeno Jacob já estava na igreja, com a avó paterna, com minúsculos terno e gravata, mas enrolado em um grosso cobertor para evitar o frio característico da estação.

Edward ia por a venda a própria casa, por enquanto morávamos na casa dele até a minha ser reformada. Acrescentamos mais duas peças na parte de baixo e um quarto no andar de cima. Ele ficara tão encantado com o filho que me fizera prometer que teríamos mais, e quis aproveitar a reforma que faríamos na parte de baixo para já construir um quarto a mais. Dentro de algumas semanas, aquela não seria mais a minha casa, mas a nossa casa. Suspirei aliviada ao ouvir a porta da frente se abrir e ver Angela entrar com uma pequena sacola nas mãos.

— Foi difícil encontrar algum lugar aberto a essa hora, ainda mais na véspera de natal, mas felizmente eu consegui. Agora vamos tratar de arrumar esse zíper e ir logo para a igreja. Já estamos atrasados demais.

Fiquei de pé em cima de uma cadeira, sendo segurada - por precaução - por Phill, enquanto Angela fazia os ajustes necessários. De tão nervosa, eu mal senti quando minha madrinha errara a mão e me acertara com a agulha. Eu apenas torcia para que o estrago não fosse tão grande quanto eu achava que era.

— Se acalme Bella, o noivo não vai fugir — Phill brincara.

Eu ri, nervosa, mas pedia em silêncio para que isso realmente não acontecesse.

— Prontinho — Angela dissera. — Não houve maiores problemas para concertar o estrago. Só, por favor, de agora em diante certifique-se de ter uma agulha e linha branca em casa.

— Esta casa é de Edward. Eu garanto que ele nem sabe passar a linha na agulha. Eu tenho linha branca em casa, mas com a bagunça que se encontra lá, não teríamos como encontrar nada. Você só sairia de lá coberta de pó — comentei, enquanto descia da cadeira e arrastava Angela e Phill porta a fora. Tranquei a porta da frente e corri para o carro, estava na hora.

Phill estacionou o carro na frente da única igreja de Forks. O pequeno Seth e a irmã, Kate, já estavam lá na frente, nos aguardando. Eles entrariam na minha frente e o pequenino Mike, filho de Alice, de apenas quatro anos, entregaria as alianças para Edward quando chegasse à hora.

Sai do carro e me arrumei, desamassando o vestido ao chegar à porta da igreja. Angela entrara, instantes antes, avisando que eu já havia chego. Pouco depois, a valsa nupcial começara a tocar.

Comecei a caminhar pela nave, meus olhos varrendo o lugar, a procura de Edward. Sorri quando o vi, sempre tão lindo, sorrindo. O terno escuro realçava ainda mais os olhos belíssimos dele, sorri em resposta. Assim que chegamos ao altar, a mão de Phill fora substituída pela de Edward.

Foi um casamento simples, mas repleto de frases belíssimas ditas pelo padre. A certa altura, eu já não consegui mais disfarçar as minhas lágrimas, que caiam copiosamente pelo meu rosto, eram lágrimas de felicidade. Minha mãe e Esme também choravam, meu pequeno bebê continuava dormindo, alheio a tudo o que acontecia em sua volta e eu estava ali, casando com o homem da vida, o meu amor.

— Edward Anthony Cullen, você aceita Isabella Marie Swan como sua legítima esposa?

— Eu aceito — ele respondera, sorrindo satisfeito, enquanto apertava firmemente a minha mão.

— Isabella Marie Swan, você aceita Edward Anthony Cullen como seu legítimo esposo? — o padre perguntara, dessa vez para mim.

Sorri abertamente, em meio às lágrimas e respondi - Eu aceito.

— As alianças, por favor — pediu o padre, pouco antes de receber do pequeno Mike que entregou as mesmas.

Sorri de orelha a orelha enquanto Edward colocava a aliança em meu dedo e eu fazia o mesmo nele.

— Pelos poderes investidos a mim, eu os declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva — sorrimos como dois bobos.

Edward me puxara delicadamente e me beijara, enquanto os convidados começaram a bater palmas e assoviar e então, a ficha caiu. Eu agora não era mais Isabella Swan, agora eu era Isabella Cullen. Eu tinha o homem que eu amava e um filho lindo.

Eu finalmente tinha realizado o meu conto de fadas.

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