The Time of Our Lifes

Encrenca em Dobro.


Hagrid estava cochilando na poltrona quando ouviu uma batida na porta. Ele acordou, olhando desconfiado ao seu arredor. Ele já tinha quase se convencido que a batida tinha sido um sonho quando o som se repetiu.

Ele se levantou e caminhou até a porta, para encontrar com a figura de James Potter e Lily Evans. A garota estava apoiada em James e com vários cortes. Ele estava com as roupas um pouco rasgadas, mas não parecia machucado.

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– Pelas barbas de Merlin! O que aconteceu aqui? – Hagrid perguntou.

– Viemos para uma xicara de chá – disse Lily com um toque sarcástico e um sorriso no rosto.

– Ah céus, entrem, entrem – ele disse, quando eles passaram, Hagrid fechou a porta. – O que aconteceu com vocês? – ele disse enquanto pegava ingredientes para um chá.

– Fomos atacados por uma aranha gigante – disse James

– Aranha gigante? – Hagrid arregalou os olhos.

– Sim, você já viu esse bicho por aqui? – James perguntou, desconfiado.

– Não, não, nunca vi - Hagrid disse nervosamente. Alguns minutos depois, ele voltou com duas xicaras de chá. - E o que vocês dois estavam fazendo na floresta uma hora dessas?

– Ahhh... Bem... – ele disseram, se olhando. Nenhum dos dois tinha pensado nessa parte.

– Tudo bem, não importa – disse Hagrid com um movimento de mão. – Mas me responda, você está machucada Lily?

– Não – ela disse olhando em volta do corpo – Alguns arranhões, e acho que torci meu tornozelo. Amanha posso passar na enfermaria e dizer que cai quando saia da cama.

– Bom Hagrid, obigada pelo chá – disse James se levantando – Melhor eu ajudar Lily a voltar para o dormitório antes que fiquemos ainda mais encrencados.

– Concordo, concordo – ele sorriu. – Passem para visitar.

– Claro – disse Lily abraçando-o – Obrigada pela ajuda.

Hagrid corou e deu uma risadinha. James deu o braço para Lily. Ela olhou para ele, relutante, mas James sorriu, sabendo que ela não iria longe sem a ajuda dele. Então ela segurou o braço dele e eles caminharam de volta para o castelo.

*

– Espere um pouco – James disse antes de entrarem no castelo – Preciso ver uma coisa. Você jura que nunca vai falar disso pra ninguém?

– disso o que?

– Jure Lily Evans, estou falando sério. – Ele a encarou.

– Eu juro! – ela exclamou.

Ele suspirou e tirou o mapa do bolso do agasalho – Juro solenemente não fazer nada de bom – ele disse e o mapa do Maroto começou a se abrir.

– Mas que droga é essa James – Lily disse, espiando por cima do ombro dele.

– Nada demais – ele sorriu. – A barra está limpa, podemos ir. Malfeito feito – ele disse para o mapa.

James deu o braço para Lily, e dessa vez ela apoiou sem relutar.

– Então, senhorita Evans, posso saber com que poção a senhora está envolvida, para ter que prepara-la no meio da floresta proibida a essa hora da madrugada?

– Só se você me disser o que estava fazendo lá - ela respondeu ríspida.

– Eu vi você no mapa – ele disse dando de ombros – Fiquei curioso para saber o que uma aluna tão exemplar fazia fora da cama. Sua vez Lily, e é melhor falar a verdade, já que... - James foi interrompido por um miado agudo. No final do corredor, havia uma gata de olhos laranja os examinando acusadoramente.

– Essa gata maldita! – James exclamou – Esse maldito Flich arruma um desses atrás do outro!

– Eu pensei que você tivesse dito que a barra estava limpa! – Lily exclamou.

– O mapa não detecta gatos! – ele disse nervoso – Vamos, temos que correr!

– Eu não consigo – exclamou dando passos desajeitados – Meu pé está doendo.

– Ah mais que droga Lily – ele disse passando os braços por baixo do joelho dela, a carregando no colo, enquanto eles tentavam fugir de volta para o dormitório.

Eles viraram o corredor e deram de cara com alguém muito pio que Argur Flich. Professora McGonagall estava parada na frente deles com um olhar severo sob os óculos meia lua. – Me acompanhem – foi tudo que ela disse antes de virar as costas.

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Lily e James se entreolharam, tentando medir o quão encrencados estavam.

– Então – disse Minerva, ela fechou a porta de sua sala com um movimento de varinha. James e Lily estava parados na frente dela. – Podem me dizer o que estavam fazendo fora da cama uma hora dessas?

– Bem.... – eles disseram em uníssono.

– Francamente, eu já esperava isso de alguém como Potter – James levantou as sobrancelhas e sorriu – Mas você Evans? E onde você conseguiu todos esses machucados. E pelo visto, está com o tornozelo torcido.

– Eu cai – disse Lily.

– E como explica as folhas no cabelo? – Minerva perguntou.

James e Lily se entreolharam, nervosos.

– Não é culpa de Lily professora – James disse – eu a convenci a me encontrar.

– Oh! – Minerva exclamou. Lily fechou os olhos e praguejou, sabendo exatamente o que estava se passando na cabeça de Minerva. James sorriu maliciosamente para Lily.

– Bom, por quebrarem as regras, menos trinta pontos para a Grifinoria – Minerva disse severamente. – E quero vocês dois na detenção, no sábado.

– Mas professora! Eu tenho treino de quadribol no sábado! – James exclamou, indignado.

– Pensasse isso antes de desobedecer as regras, Potter – ela disse. – Agora, Potter, vá para o dormitório. Eu acompanharei a senhorita Evans para a enfermaria.

– Na verdade, professora- ele disse – Eu também preciso passar na enfermaria – ele disse levantando a blusa e mostrando um grande corte embaixo da costela. Eu posso acompanhar Lily.

Minerva os olhou desconfiada, mas depois balançou a cabeça em afirmação. – Tudo bem. Mas passem a noite por lá. Não quero mais vocês zanzando pelos corredores.

– Sim professora – disse Lily.

*

– Não acredito que você disse aquilo! – Lily esbravejou enquanto eles caminhavam pelos corredores. James ainda dava o braço para suporte.

– Disse o que?

– Que você me convenceu a encontra-lo! Agora ela acha que estamos saindo!

– Bem que você gostaria que isso fosse verdade, não é mesmo Evans? – ele piscou um olho para ela, sorrindo maliciosamente. Lily revirou os olhos. – Eu te tirei de uma encrenca, você deveria estar me agradecendo. Ou você prefere que eu volte lá e diga a professora Minerva que na verdade você estava preparando algum tipo de poção no meio da noite na Floresta proibida.

– Shiiiiu – Lily olhou para os lados, um pouco histérica.

– Ah, então vamos manter a historia dos namorado - ele sorriu. - Ma afinal, que poção era aquela que você estava preparando? Deve ser alguma coisa proibida, afinal, se não fosse, tenho certeza que Slighorn teria prazer em emprestar a sala para a aluna favorita dele.

– Você tem que jurar não contar para ninguém – ela disse olhando-o nos olhos.

– Temos um acordo. Eu não conto a ninguém seu segredo, e você não conta a ninguém do meu – ele tirou o pergaminho do bolso, sorrindo.

– Fechado – ela disse, apertando a mão dele com um sorriso infantil – Era poção Polissuco.

– Polissuco?! – ele exclamou. E Lily tapou sua boca, ficando na ponta dos pés. Ele tirou as mãos dela, ainda com os olhos arregalados, mas dessa vez sussurrando. – Pelas barbas de Merlin Lily! O que você pretende fazer com isso?

– Silencio agora – ela disse, parado em frente a porta da enfermaria. – eu te conto tudo mais tarde. Afinal, passaremos a noite toda aqui.

Ela olhou para ele com um sorriso travesso e as sobrancelhas arqueadas. Depois empurrou a porta e se apoiou em James com bem mais força do que antes, fazendo careta de dor. James sorriu ao ver a representação de Lily e também torceu o nariz enquanto andava desajeitadamente para dentro da enfermaria.

*

– Prontinho – disse Madame Helen. Uma velha senhora que atendia na enfermaria. – Uma noite de repouso será mais do que o suficiente para torna-los novinhos em folha.

– Obrigada – disse James com doçura.

– Tenho o pressentimento que te verei logo Potter – ela disse sorrindo.

– E eu aguento ficar muito tempo sem visita-la, Madame Helen? – ele disse, a senhora corou e riu, saindo do recinto.

Lily arqueou as sobrancelhas para James, que deu de ombros, sorrindo.

– Pode-se dizer que eu venho muito aqui. – ele se levantou e sentou-se na beira da cama de Lily. – Agora. Você vai ou não me contar para que a senhorita estava preparando poção Polissuco?

– Você ficou sabendo das famílias que vem sendo assassinadas, certo? – ela disse, e James assentiu. – Bem, eu estava achando essa historia muito suspeita, como se alguma coisa muito ruim estivesse acontecendo.... como se... não estivessem nos contando todos os fatos.

– Tive a mesma sensação quando li as noticias – James admitiu.

– Bem, eu estava indo a torre de astronomia, e ouvi Lucius Malfoy conversando sobre isso. Ele disse: “ Aqueles estúpidos tiveram o que mereciam. Logo, todos eles vão estar na linha e vão aprender a não se meterem onde não deviam”

– Você acha que ele sabe de alguma coisa? – James perguntou.

– Obviamente. Por isso eu estou preparando a poção. Pretendia roubar um fio de Narcisa e ver se ele abre o jogo para ela.

– É um bom plano – James concordou – Estou dentro.

– O que?!

– Ah, francamente Lily, você acha mesmo que conseguiria fazer tudo sozinha? Já parou pra pensar o que você faria se Malfoy estivesse mais interessado em beijar Narcisa do que em conversar?

Lily corou. Ela não tinha pensado nisso.

– Eu vou pegar um fio de cabelo de algum daqueles amigos odiosos dele. Assim, você não correra riscos. Na verdade, acho que tem poção o suficiente para Sirius também.

– Não vai colocar Black no meio disso – ela disse rabugenta.

– Sirius é de confiança – ele disse sério. – Remis não se meteria em uma encrenca dessas e não acho que posso contar com Peter – ele franziu o cenho – mas Sirius pode nos ajudar.

– Tudo bem – Lily revirou os olhos. – Agora, eu preciso descansar, tenho aula amanha cedo – ela bateu nele com o travesseiro, com seu modo arrogante de sempre. James se levantou e foi para a cama ao lado.

Lily virou de costas para ele, mas assim que adormeceu, se moveu em seu sono e ficou de frente para a cama dele. James ficou observando-a. Ele quase não dormiu aquela noite. E quando dormiu, sonhou com o rosto de Lily.