The Time of Our Lifes

The Darkest Night


A carta chegou para Lily e James Potter em uma ensolarada tarde de verão. O que prova que o mundo real não se passa como em livros e filmes. Se fosse assim, aquela tarde seria um dia feio e chuvoso, e tudo a volta deles seria cinza e feio, e não do mais brilhante dourado.

A coruja entrou voando pela janela, e Lily deixou Harry, agora com onze meses, brincando no tapete da sala para pegar a correspondência. Ela rasgou o lacre e reconheceu a letra de Sirius. A carta era breve, e só continha a noticia principal. Escrita com uma letra de mão tremida, e tinta borrada.

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Marlene McKinnon e toda sua família tinham sido assassinados por comensais da morte na noite passada.Lily não conseguiu terminar de ler as palavras de Sirius, as lagrimas bloqueavam sua visão.

– James? - ela disse, com a voz embriagada pelas lágrimas. Foi a unica coisa que ela consegiu dizer antes dos soluços chegarem, fazendo seu corpo todo tremer.

Ela não tinha certeza de quando James chegou a cozinha, ou quando ele leu a carta, mas ela pode sentir os braços dele a envolvendo e suas lágrimas quentes pingando no ombro de Lily.

– Ela era tão nova James, tão nova - Lily lamentou. - E a irmazinha dela, tinha acabado de ingressar em Hogwarts quando nos formamos e… como eles podem ser tão frios? Como podem matar uma familia inteira assim, em um piscar de olhos?

James se limitou a balançar a cabeça diante da pergunta sem resposta.

Lily não conseguiu dormir aquela noite, sua cabeça era um emaranhado de lembranças de seus tempos de Hogwarts, e dos sorrisos de Marlene. Naquela noite, ela se lembrou de todas as piadas, todos os detalhes. Todas as vezes que Marlene tinha feito drama e se jogado na cama, rindo depois das proprias idiotices. Lily se lembrou como elas aprontavam umas as outras para encontros, e como Marlene costumava olhar para Remus, que sempre corava quando a notava observando. Lily se lembrou de como Marlene mudara depois que deixaram Hogwarts, e como, assim como a propria Lily, amadureceu e se tornou uma mulher forte, mas mesmo assim, tão jovem. Jovem demais para ver o que viu. Jovem demais para morrer.

A imagem na mente de Lily antes de finalemente adormecer eram as quatro garotas, Lily, Dorca, Marlene e Alice, trançando os cabelos umas das outras. Costumavam ser quatro delas, agora só restavam duas. Quanto tempo levaria até mais uma ser levada?



*

O dia 31 de julho chegou, o que fez Lily levantar da cama sorrindo. Ela caminhou silenciosamente até o quarto de Harry. O garoto de agora completo um ano, estava adormecido. Ela se demorou contemplando-o. Como ele tinha crescido. Ainda era fresca a memoria de segurá-lo pela primeira vez nos braços.

E agora um ano tinha se passado des desse momento. Dês do momento que Lily o segurou pela primeira vez, e enfim notou o que James via de tão especial em seus olhos verdes. E depois desse dia, ela tinha visto tanta coisa, vivido tantas emoções, que ela nunca pensara que sequer existissem. Como por exemplo, o amor que ela sentiu queimando dentro de si a primeira vez que Harry sorriu para ela, ou a primeira vez que ele agarrou o dedo dela, com tanta força vinda de uma mão tão pequenininha.

Ou orgulho gigantesco que ela sentiu quando, apenas algumas semanas atrás, ele deu seus primeiros passos. Todas as vezes que ele sorria para ela, com aqueles dentinhos brancos, e aqueles olhos brilhando, Lily podia sentir o quanto amava aquele garoto, e como faria tudo por ele.

Ela nunca pensara que isso fosse possivel. amar alguem tanto assim. Lily amava James, obvamente, mas nada se comparava ao que ela sentia por Harry. Um amor maior do que tudo. Lily desistiria da propria vida por aquele pequeno ser humano. Ela trocaria todos os sorrisos dela por um dele. Ela choraria todas as lágrimas dele se fosse possivel.

Nesse momento, Harry abriu os olhos, e sorriu quando viu Lily, estendendo os bracinhos.

– Mama, mama - ele disse, o que fez Lily sorrir.

– Bom dia meu menino. Feliz aniversário.

Lily desceu com Harry para tomer cafê, quando chegou a cozinha, encontrou um enorme pacote e uma carta em cima. Ela colocou Harry sentado em cima da mesa, enquanto ela o ajudava a desembrulhar o presente, que se revelou uma vassoura para crianças.

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Harry dava guinchos de alegria quando montou na vassoura pela primeira vez.

Lily sorria ao ver o filho voando a altura de seus joelhos, pela sala se estar.

– James! - ela chamou - Você precisa ver isso!

James logo apareceu nas escadas, usano somente calça de pijamas. O sorriso que nasceu em seu rosto quando ele viu Harry voando pela sala foi indescritível.

Harry se distraiu por um momento, derrubando o vaso que petunia tinha dado a Lily no natal. Lily nem ao menos se importou ao ver que o vaso tinha se quebrado. era um preço baixo a se pagar pelo primeiro voo de vassoura. Harry logo causou seu segundo acidente, o que o fez cair da vassoura e começar a chorar.

– Parabéns filho, seu primeiro tombo de vassoura - disse James sorrindo, e pegando o menino no colo, que chorava abertamente.

– Melhor tirarmos as coisas perigosas do caminho antes que ele volte a subir nessa vassoura.

– Concordo - Lily disse, começando a recolher qualquer coisa que poderia se quebrar ou eventualmente machucar Harry. - Isso inclue o gato? ele quase atropelou ele alguns minutos atrás.

– Por mim poderia ter atropelado.

– James! - Lily exclamou, pegando o gato laranja no colo. - Isso não é coisa que se diga.

James limitou-se a rir de Lily, antes de começar a ajuda-la no preparo da sala de estar.

O sol ja tinha se posto quando Lily resolveu escrever de volta para Sirius. Harry ainda estava voando em seu presente favorito, e era a vez de James de andar atrás dele e garantir que ele não se machucasse.

Lily sentou no balcão da cozinha, com um pergaminho em branco, pena, tinta, e uma foto que ela tinha tirado mais cedo, de Harry em sua nova vassoura, e os tornozelos de James, andando atrás dele.

“ Querido Almofadinhas ,

Obrigado, obrigado, pelo presente de aniversário de Harry! É, de longe, o favorito dele. Um ano de idade e já está zunindo em uma vassoura de brinquedo , ele parece tão satisfeito consigo mesmo, eu estou colocando uma foto para que você possa ver . Você sabe que a vassoura só sobe cerca de 60 centímetros , mas ele quase matou o gato e ele quebrou um vaso horrível que Petúnia me mandou para o Natal ( não tenho queixas ). Claro , James achou tudo muito engraçado. Ele diz que Harry vai ser um grande jogador de Quadribol, mas nós tivemos que guardar todos os ornamentos e certificarmos de não tirar os olhos dele quando ele começa a voar.

Tivemos um tranqüilo chá de aniversário, somente nós e a velha Batilda , que sempre foi doce para nós, e que adora Harry . Nós entendemos o porque você não pode vir, a Ordem tem que vir em primeiro lugar , e Harry não tem idade suficiente para saber que é o seu aniversário de qualquer maneira. James está ficando um pouco frustrado trancado aqui, ele tenta não mostrar, mas posso dizer pelas suas maneiras. e também , Dumbledore ainda está com a Capa da Invisibilidade , então sem chance de pequenas excursões . Se você pudesse visitar , seria maravilhoso, e o animaria tanto!. Aluado esteve aqui na semana passada, eu achei ele meio para baixo, mas foi, provavelmente, a notícia sobre os McKinnons ; Eu chorei durante toda a noite , quando ouvi.

Batilda passa por aqui quase todos os dias , ela é uma senhora fascinante com as histórias mais incríveis sobre Dumbledore, eu não tenho certeza que ele ficaria contente se ele soubesse o que ela anda me contando! Eu não sei quanto acreditar, na verdade, porque parece impossível que Dumbledore ----- “

Lily terminou a pagina, xingando mentalmente por não ter uma escrita menor. ela pegou outra folha de pergaminho para terminar a carta.

“ ----- possa algum dia ter sido amigo de Gellert Grindelwald. Eu pessoalmente acho que ela está inventando um pouco.

Com muito amor,

Lily “

*



No dia 28 de setembro, Lily ouviu um barulho vindo do primeiro andar. Parecia alguma coisa se quebrando. Seguido pelo o que ela presumiu seu um soco de James na parede, e um grito frustrado. Lily correu escada abaixo, esperando o pior. Qual noticia teria transtornado tanto James?

Ela encontrou sentado no chão, com uma carta em uma mão, e o rosto escondido na outra. Ela se agachou ao lado de James, colocando a mão em suas costas.

– James? O que houve?

– Eles pegaram Frank e Alice - James disse, levantando o rosto, e revelando-o manchado por lágrimas. - Bellatrix Lestrange, ela pegou Alice e Frank. Tudo o que sabemos até agora é que eles estão sendo torturados, se ja não estão mortos.

Lily cobriu a boca, sentindo as lágrimas, já tão familiares, descendo por seu rosto.

– O garoto, Neville, ele está bem. Aparantemente era aniversário de casamento de Alice e Frank, e eles deixaram o filho com a mãe de Frank, para poderem jantar. Acontece que os comensais os acharam, e os levaram.

Lily não conseguia imaginar o rosto de Alice, sempre tão doce e sorridente, substituido por uma marcara de dor. Ela sabia o feitiço que estava sendo usado neles. Crucio. Na opinião de Lily, o pior das tres maldiçoes proibidas.

Obvio dizer que nenhum dos dois dormiu aquela noite. eles ficaram sentados em silêncio na cama, perdidos em pesamentos. Lily não conseguia parar de pensar, quantos ja tinham morrido nessa guerra interminavel, e quantos mais morreriam. Ela não podia deixar de pensar o quão a salvo ela, James e Harry estavam, ou se a qualquer momento, um comensal entraria por aquela porta e colocaria um fim a tudo aquilo.

*

O dia 31 de outubro de 1981 chegou como qualquer outro dia. Lily e James tomaram café como sempre, brincaram com Harry, e fizeram as coisas que faziam todos os dias. A sua pequena rotina.

Eles não sabiam. Como poderiam?

Se eles soubessem… se eles soubessem que o dia tinha chegado para eles, talvez eles tivessem aproveitado de outra maneira. Talvez tivessem feito amor como nunca antes, talvez tivessem abraçado e beijado Harry todo o tempo possivel. Talvez tivessem feito suas declarações, e dito suas despedidas. Mas eles não sabiam.

James estava na sala com Harry. Ele, por uma unica vez, tinha deixado a varinha de canto. Harry ria corria envolta de James, que deitado no carpete, se deleitava com o filho de um ano e três meses. Lily observava a cena, com um doce sorriso no rosto. Um pequeno momento de felicidade, que seria tão brevemente esquecido, se não fosse o ultimo.

Eles ouviram um clic vindo da porta, junto com um clarao de magia. James e Lily se entreolharam, sentindo o coração bater mais rapido. De alguma maneira, eles sabiam.

– É ele Lily - James disse desesperado. - É ele. Lily, pegue Harry, pegue o Harry e corra, eu vou atrasá-lo.

Lily pegou Harry no colo e beijou os lábios de James. Ele a beijou com paixão e urgencia, por uma fração de segundos.

– Vá Lily! - ele exclamou.

Lily se agarrou a Harry, e subiu as escadas.

James se colocou de pé, limpando as lágrimas e reunindo toda a coragem que possuia - Va embora! - ele gritou, em completo desespero. Me mate, faça o que quiser comigo, mas deixe eles em paz!

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A figura encapuzada sacou a varinha, e foi só então que James percebeu que não estava com a sua própria, e que suas chances eram nulas.

Avada Kedavra! – foi a frase que fez Lily estremecer. Ela estava no quarto de Harry, e tinha colocado o garoto no berço, tentando abafar os gritos de James com canções de ninar, que ela cantava entre lágrimas para Harry.

Ela ouviu um baque surdo, e então o mais completo silêncio. Ela sabia que James tinha morrido, mas não parecia real,era tão impossivel…

Então a figura entrou no quarto, e ela imediatamente se colocou de pé, entre o berço e Lorde Voldemort.

– Por favor, não machuque Harry - ela implorou, de braços abertos, cobrindo o maior espaço entre Harry e o bruxo das trevas. - Me Mate, me mate no lugar dele, mas não machuque meu Harry, ele é so um bebe.

– Saia da frente - disse a voz sinistra, pertencente a figura em sua frente.

– Não! - Lily gritou, pisando mais firme no lugar onde estava - Não machuque Harry!

O Lorde das Trevas nem se incomodou em dizer mais uma vez, ele simplesmente ergueu a varinha, e pronunciou a sentença.

Avada Kedavra.

Dizem que quando você morre, um segundo antes, você ve toda sua vida passar diante de seus olhos. Lily não teve tempo para isso, ela morreu rápido demias. Essa é a benção da maldição da morte. Você morre rápido, sem sofrimento, sem dor.

Mas pelo curto período de tempo que Lily teve, enquanto estava morrendo, ela viu uma parte de sua vida. A parte que realmente importava, na verdade.

Ela não viu os pais, ou a irmã Petunia. Ela não viu Alice, ou nenhum dos outros amigos. Nem mesmo Snape, que fora seu amigo por tantos anos. Ela não viu Sirius, Remus, e nenhum dos amigos que se tornaram parte da familia. Ela viu James.

Ela viu ele a abraçando debaixo de uma das arvores de Hogwarts, o sorriso dele quando capturava o pomo e seu cabelo bagunçado. Ela viu seus doces olhos castanhos, e os óculos, apoiados na ponta do nariz. Ela viu o primeiro beijo deles, e a vez que ele a beijou na frente de todos, só para mostrar que ela era dele. Ela viu como ele ficou nervoso no dia do casamento deles, e como eles dançaram a noite toda, até todos os convidados terem ido para casa e só restarem eles dois.

Ela o viu segurando Harry pela primeira vez, ela viu seu bebe dando os primeiros passos, e James segurando suas mãozinhas. Ela viu James fazer faiscas com a varinha para entreter Harry, e Harry tentando pegá-las. Ela viu os dois brincando né neve, só alguns dias atrás… agora parecia tão distante.

O que Lily viu, não foi sua vida, mas a razão pela qual viveu. Ela viu seus rostos, rindo um para o outro, paie filho, e o amor compartilhado entre eles. Ela viu a verdadeira felicidade, antes de tudo se tornar negro.



*

Depois de encontrar a casa de Peter Pettigrew vazia, Sirius soube imediatamente do erro que tinha cometido. Nunca fora Remus, fora sempre o maldito rato. Ele montou na moto e acelerou o mais rapido que pode. ele poderia chegar a tempo de avisar e de evacuar os Potter para um lugar seguro mais uma vez.

Mas o que ele notou quando chegou, foi que ja era tarde demais.

O buraco gigantesco nas paredes da casa indicavam que o lugar tinha sido invadido. Sirius entrou, temendo encontrar o que ele presumira que tinha acontecido. Foi James quem ele viu primeiro. Deitado imovel no chão, duro como pedra. Sirius correu até ele, as lágrimas escorrendo pelo rosto, enquanto ele soluçava a ponto de chacoalhar todo seu corpo.

– Vamos James, você não pode estar morto, não pode, não pode - ele babulciou. - Vamos James, acorde irmão.Vamos James, não você, por favor, não.

As memorias atingiram Sirius como uma pancada, de repente, ele estava de volta no trêsm para Hogwarts, em seu primeiro ano. Um garotinho de cabelos rebeldes estava sentado a sua frente, ele sorria " Olá, meu nome é James". Quando ele poderia imaginar, que aquele menino se tornaria a pessoa mais importante na vida de Sirius? Eles passaram por tudo juntos, e James sozinho foi para Sirius, mais que toda sua familia junta. E agora, cá estava ele. Depois de tudo, parecia um pouco impossivel... James era algo constante na vida de Sirius, e ele não sabia viver sem ele. Mas mesmo assim, a vida tinha abandonado os olhos do garoto que ele mais amava no mundo, seu melhor amigo, seu irmão.

O que finalmente tirou Sirius de seu toupor, foi um choro vindo do segundo andar. Ele largou o corpo de James, e cambaleou escada a cima, tropeçando em destroços.

O quarto de Harry parecia mesmo uma cena de guerra, e oque ele notou antes de perceber que o bebe ainda estava vivo no berço, foi o corpo de Lily jogado no chão. De uma maneira esquisita, ele ja tinha imaginado a morte de James. Eles estavam sempre lutando, James, para proteger Lily. Não era uma ideia nova ver James dar a vida pelo o que amava, mas foi chocante encontrar Lily, com os olhos vidrados, encarando o nada. aquele rosto que era sempre tão lindo quando sorria, agora estava vazio como uma folha em branco. Ele seguiu com os olhos até o berço, esperando encontrar a parte mais dolorosa de sua busca, no entando, o que ele encontrou foi um par de olhos verdes, os olhos de Lily em um garoto de um ano, o examinando.

– Harry - Sirius exclamou, indo até o berço e pegando Harry no colo. Ele apertou o menino contra si. - Harry você está vivo, Harry… Oh Harry James Potter. Você está vivo.

Ele olhou para o rosto do menino, passando o dedo sob a cicatriz em forma de raio que agora se encontrava na testa de Harry.

– Onde você consegiu isso? Foi… você soreviveu a Voldemort? Foi ele quem te fez isso não foi? Se você sobreviveu… Ah garoto… Eu vou cuidar de você agora. Eu sou seu padrinho, e agora eu vou cuidar de você.

Sirius não sabe ao certo quanto tempo se passou, mas ele ouviu passos pesados caminhando em sua direção.

– Hagrid - ele disse, sem levantar a cabeça.

– Sirius - Hagrid disse, com a voz chorosa - Recebemos sua mensagem.

– Eu não acredito que eles estão mortos - Sirius disse, com uma explosão de lágrimas.

– Nem eu - Hagrid disse. - Venha, vamos tomar um pouco de ar.

– Hagrid - Sirius disse quando eles chegaram a frente da casa - Eu vou ficar com Harry. Era isso que James e Lily queriam, se alguma coisa acontecesse com eles, eu quem deveria criar o garoto.

– Desculpe-me Sirius - disse Hagrid - Mas são ordens diretas de Dumbledore.

– Eu não ligo para as Ordens de Dumbledore - ele exclamou.

– Mas você deveria - disse uma outra voz, se juntando a conversa.

– Ele é meu afilhado! - Sirius exclamou para Albus Dumbledore, que estava parado perto deles. - James e Lily queriam que eu criasse o filho deles, e é isso que eu vou fazer.

– Sinto que isso não seja possivel - Dumbledore disse com estranha calma. - O menino sera levado para a tia Petunia.

– Aquelas pessoas são horrorosas! Eles odeiam bruxos! Você imagina o que vão fazer com possivelmente a criança mais importante da historia mágica? Ele acaba de sobreviver a maldição da morte.

– E que futuro você pode dar a essa criança? - Dumbledore contestou - Agora mesmo, a assembleia está reunida, e você é um dos acusados de entregar Lily e James para Voldemort. de conspirar a favor dos comensais da morte.

– Eu nunca fiz nada disso! James e Lily eram minha familia!

– Eu sei disso, mas eles não sabem. Para eles, você é so mais uma pessoa com acesso a informaçoes. Harry vai ser levado, e quando você for inocentado, pode pegar o menino e cuidar dele. Mas enquanto isso, ele vai para a casa dos tios.

– Usem minha moto então - Sirius disse, jogando as chaves para Hagrid e entregando o pequeno Harry para Dumbledore. - Vocês vão precisar. E sem dizer mais nada, ele virou as costas e saiu.

*

Na noite seguinte ao ocorrido, todos já sabiam o que tinha acontecido. Voldemort tinha partido e eles poderiam viver em paz agora. Pelo menos por hora, tudo estava bem.

Enquanto Harry dormia em uma cesta, esperando que Petunia abrisse a porta de manha e o encontrasse, o mundo bruxo estava em festa.

Fogos de artificio explodiam no ceu, e pessoas erguiam a taça e brindavam a Harry Potter - o menino que sobreviveu.

Mas eles também falavam de Lily e James.

Cada um que os conheceu contava para o colega a memoria que tinha deles, todos diziam o quanto Lily era linda, e James era charmoso. Sempre tinha alguem nos bares que dizia ter conhecido Lily, e como ela estendera a mão para ajudar. Todos se diziam de como ela era doce, e de como seus olhos eram encantadores.

Sob o som dos tintilares dos copos, e das cançoes de vitoria, se contava a historia de Lily e James Potter. Os pais do pequeno Harry Potter, e de como eles se conheceram. Contavam como eles se apaixonaram, e como lutaram até o fim. Nesse exato momento, um monumento a eles era erguido em Godrics Hallow. Uma estatua de pedra, imortalizando-os, e fazendo que fossem lembrados para todo o sempre.

Na frente da casa, era a cena mais impressionante. Centenas de bruxos se reuniram em volta da antiga casa dos Potter, agora beirando ruinas, e levantaram suas varinhas, em homenagem.

Uma voz desconhecida proclamou as belas palavras:

– Um homenagem a Harry Potter, o menino que sobreviveu, mas mais importante, em homenagem a Lily e James, por sua bravura e por lutarem até o final. Não deixaremos ninguém esquecer aqueles que deram a vida pela paz que podemos desfrutar hoje. aos Potters!

– Aos Potters! – repitiram dezenas de vozes, simultaneamente.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.