Show Me Love

Hidden Truths


POV Marshall

– Conversou com ele? – Jake se virou pra Fionna assim que ela dobrou o corredor

– Sim, se é que aquilo foi uma conversa – Ela respondeu – Ele disse que quer ficar sozinho.

– Vamos dar um tempo pra ele – Eu disse – É muita coisa pra uma pessoa só.

– Verdade, vocês não fazem ideia de como esse garoto já sofreu, é tão injusto que ás vezes eu tenho vontade de tomar as dores dele pra mim – Jake falou – O pior é que a Flame está cada vez mais ausente, justo quando ele mais precisa.

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– O que houve com ela? – Fionna se sentou interessada

– Ah é o Chaz, irmão dela...

– Pensei que o nome dele fosse Chama – Fionna indagou

– É um apelido-trocadilho, por causa do cabelo ruivo-quase-fogo e...

– Aquele ruivo quase me matou na viela? – Eu interrompi

– É... sim – Jake respondeu se inclinando levemente pra trás

– Meu Deus, será que todo mundo que tentou me assassinar naquele dia vai aparecer, de alguma forma na minha vida de novo? – Eu levantei, batendo a mão na perna em forma de protesto – Primeiro você, depois o Finn, agora o Chama! Isso é normal, gente? Que absurdo – Eu me levantei e fui em direção á cozinha, beber água e tomar um ar – Isso não é normal! Cadê a justiça desse país?

– Marshall revoltz – Jake riu – É o destino cara, te trollando mais uma vez.

– Mas sim, e o que aconteceu com o Chama? Agora eu fiquei curiosa – Fionna retomou a conversa

– Ah, depois que ele saiu da cadeia por dar um sacode no Marshall, ele voltou para as drogas dele. Não sei se você sabe, mas ele é meio nóia, sabe? Ele começou a fazer esses “serviços” pro Gumball pra sustentar o vício – Jake explicou

– Nossa, não sabia – Ela levou a mão á boca – Mas porque a Flame está tão ausente ultimamente, ainda não entendi.

– Eles dois resolveram que o melhor era internar ele em uma clínica de reabilitação. Tipo um sanatório, porque ele já estava começando a dar trabalho com essas crises de loucura dele. Agora ela tá indo lá todo dia, e aparentemente deu uma “esquecida” no Finn.

– Agora tá aí largado, por causa do cunhado desequilibrado, que maneiro – Eu voltei á sala

– Marshall! – Fionna chamou minha atenção – Você tá impossível ultimamente.

– Tsc – Revirei os olhos. Qual é, foi merecido pra aquele demente! Sou rancoroso mesmo.

– Tem como a gente ajudar a Flame em alguma coisa? – Ela se virou pro Jake – Ela é minha cunhada e tal né, é família.

– Olha, hoje ela vai visitar ele lá pras duas horas da tarde, a gente podia ajudar ela com as caixas de coisas do Chama que ainda não foram transportadas pra lá.

– Boa, é bom que eu arrasto o Finn também, pra ele ver a luz do dia, receber um mínimo de afeto da namorada, ele deve estar precisando.

– Presídio, sanatório... – Eu resmunguei – Tu só inventa lugar agradável pra ir, hein amor? Que lindo...

– Escuta, tu não tem que ir pro colégio, Sr. Príncipe da ironia? – Fionna se virou

– Embaixador do Sarcasmo – Eu dei meio sorriso – Você já devia estar lá, suas notas estão “na pendura”, mais vermelhas que sangue.

– Ah, e as suas não? – Ela franziu o cenho

– Eu? – Eu ri – To risos aqui minha filha, as gatinhas fazem tudo pra mim!

– Ah claro, quero ver que gatinha vai se atrever á te passar cola na hora do exame final, Malandrão. – Ela deu um soquinho em meu ombro – Fica esperto.

– Uhh cade tua pose agora, Marshall? – Jake riu – Tá em choque?

– Ah, cala a boca – Eu revirei os olhos – Eu vou dar um jeito.

– Estamos atrasados até, a Cake já saiu faz tempo.

– Entramos pela secretaria, dãa – Eu peguei a mochila.

– Você já tem milhares de ocorrências na diretoria por baderna e desordem, tá sabendo né? Porque você acha que ela vai te deixar entrar?

– Aquela velha mal comida me odeia – Eu cruzei os braços

– Você quis dizer a Diretora Ice Queen – Ela me corrigiu

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– Que seja, geral odeia ela – Eu destranquei a porta – E se ela não me deixar entrar atrasado eu pulo o muro, já fiz isso várias vezes.

– E levou ocorrência várias vezes por isso também

– Mais uma dessas e é capaz de eu ser transferido.

– Tchau Jake – Fionna disse da porta

– Bons estudos pros dois – Jake se despediu.

– Falou cara, depois tu pega a chave no carpete – Eu tranquei a porta e passei a chave por debaixo dela.

Descemos a escada e nos deparamos com a Bonnie pegando o jornal na entrada, ela estava com um baby doll poá branco “nem um pouco” provocante, deixando ¼ da calcinha rosa de listras á mostra (Desculpe, não resisti e olhei)

– Oi, vizinho – Ela disse com sua voz doce e deu um risinho - Olá coelha, tá mais calminha?

– Some da minha frente sua vadia – Fionna seguiu em frente, esbarrando nela – Vai se vestir direito, deixa de ser piranha...

– Deve ser porque eu tenho alguma coisa pra mostrar né fofa – Ela pôs a mão na cintura.

– Eu não preciso ficar mostrando meu corpo pra chamar atenção, isso é trabalho de puta. Bem o seu tipinho mesmo – Fionna continuou andando, e eu logo atrás.

– Isso tudo é ciúme porque você sabe que seu namorado tá praticamente de quarto por mim – Sim, ela disse isso. Fionna parou no corredor – Você não deve estar dando conta né?

– O que foi que você disse? – Ela parou no corredor ainda sem olhar na cara dela – Repete se tu tem coragem.

– Foi isso mesmo o que você ouviu – Ela deu risada – Seu namorado está de quatro pra mim, você não deve estar dando conta né fofa?

– Eu vou estourar a sua cara, sua piranha! – Fionna partiu pra cima dela

Meu sangue na hora gelou, e por um impulso a segurei com quase todo o meu esforço (De onde essa garota tira tanta força?)

– Me larga Marshall, eu vou acabar com essa vadia! Me larga, me solta! – Ela tentava se desvencilhar e dava altos murros no meu peito, costela, costas, aonde pegasse. Até parece que estava com raiva de mim, ao invés da Bonnie – Eu vou acabar com a tua raça, sua puta rosa!

– Fionna, para com isso pelo amor de Deus – Eu segurei os braços dela – Não vale a pena, vamos pra escola, esquece isso, vambora!

– Não Marshall, me solta! Eu vou matar essa biscate! – Ela não se cansava de se debater.

– Uhh to tremendo de medo aqui – Bonnie provocava – Ta se doendo porque, linda? A verdade dói né?

– Jujuba, você não tá ajudando! – Eu exclamei um tanto desesperado.

– Me solta, cassete! – Fionna continuava se debatendo

– Pode vir, coelhinha! – Ela se aproximou

– Bonnie, por favor! – Eu supliquei quase cedendo

– Eu vou te mataar – Fionna berrava

– Hurr durr! – Ela tremeu as mãos em sinal de provocação

– Jaaaaaaake! – Eu gritei aflito – Jake, ajuda aqui!

– Deixa ela ela Marshall, essa coelhinha não tá com nada – Ela tocou no nariz de Fionna – Só late! Patética!

– Marshaaaaaaall! – Fionna me dava socos cada vez mais fortes, eu segurei ela por trás prendendo seus braços e ela ficou balançando as pernas freneticamente no ar – Me deixa acabar com essa vaca! Me solta, me solta!

– O que foi? Que foi? – Jake desceu as escadas alarmado – Quem morreu?

– Tá pra morrer – Eu me virei pra ele, Fionna deu um chute em lugares impróprios, e eu tive que soltar.

Cai de joelhos no chão curvando-me de dor, Fionna foi como um trem desgovernado pra cima da Bonnie, que arregalou os olhos e caiu com tudo no chão, sendo praticamente espancada, surrada e dizimada da face da terra com os socos de “hulk esmaga” da Fionna, enquanto seus cabelos cor-de-rosa eram brutalmente arrancados pela mesma.

– Ow ow ow! Parou, parou! – Jake interveio tentando separar as duas – Chega, Fionna!

– Chega nada! Eu vou esfolar a cara dela! – Ela falou enquanto eu tentava a segurar novamente.

– Você é louca, sua doente! – Bonnie dizia com a mão no nariz sangrando, sendo praticamente arrastada por Jake – Olha o que você fez! Sua demente!

– E vai ter mais, sua piranha – Fionna advertiu enquanto eu segurava ela pelas pernas e levava ela até um distância segura no meu ombro – É pra você aprender a deixar de mexer com o namorado dos outros! – Ela grivata

– Vai ter troco, doida, maluca, doente mental! – Bonnie falou enquanto eu fechava o portão e colocava Fionna no chão.

– Mas que merda foi essa, Fionna? – Eu exigia explicações por ela ter agido como um animal – Você não é disso!

– Você ouviu o que aquela puta cor de rosa disse? Quem me deve explicações é você! – Ela disse com um tufo de cabelo da Bonnie na mão, com a respiração ofegante.

– Eu sei lá do que ela estava falando! – Eu justifiquei – E isso não é motivo pra você partir pra cima dela como uma onça, se controle da próxima vez!

– Já tive muito controle ultimamente, agora eu explodi, essa foi a gota d’agua, tá ouvindo? – Ela apontou o dedo na minha cara – Eu não vou mais me aguentar com aquela desgraçada, é bom você manter sua amiguinha longe de mim!

– Ela não é minha amiguinha, e você tá muito alterada.

– Tem certeza? Não é o que pareceu! O que ela quis dizer com “ele está de quatro pra mim” hein? Que merda é essa?

– Eu sei lá, ela não fala coisa com coisa.

– Você tá me escondendo algo, eu sei disso – Ela já estava um pouco mais calma – É bom você me dizer antes que eu descubra do pior jeito

– Não tem nada pra eu te dizer, se tivesse eu diria, que saco! – Eu respondi já um tanto impaciente e farto desse assunto.

– Tem a ver com aquilo que você e a Cake não quiseram me contar ontem a noite, não é? – Ela me pressionava – É sobre a Bonnie que eu sei! Só falta descobrir o que é.

– Nada a ver, deixa de ser boba – Eu desviei o olhar

– O seu problema é achar que eu sou boba

– O seu problema é ser estourada de mais, se você não fosse, eu diria

– O QUE? – Ela exclamou – Eu sabia! Sabia que tinha alguma coisa!

– Ah Fionna, esquece isso – Eu pus a mão no bolso – Para de procurar coisa onde não tem.

– Você só está se complicando.

– Então vamos mudar de assunto, que coisa! – Agora eu estava mesmo impaciente, ela me pegou – Vou comprar uma água pra você, tu tá precisando. E solta esse chumaço de cabelo, garota! O que pretende fazer com ele?

– Eu devia fazer uma macumba braba com ela, isso sim!

– Joga logo isso fora, menina! – Eu tirei da mão dela – Ó as idéia...

Comprei a porcaria da água, ela bebeu e nós pegamos o primeiro ônibus que passasse no colégio. Como o esperado chegamos super atrasados e a diretora não me deixou entrar, mas a Fionna passou, tive que pular o muro como sempre e entrei na terceira aula.

Ela ficou enchendo o saco o dia inteiro pra eu contar sobre o que eu realmente estava rolando com a Cake, eu e o segredo mortal, mas é claro que eu não contei. Se eu contasse “A Bonnie me beijou quando saímos” ou “A Bonnie me deu uns pega no cinema contra a minha vontade” ela ia no mínimo esquartejar a garota! Não estou dando razão pra gatinha cor de rosa, muito menos defendendo ela, só não quero que nenhum assassinato aconteça, nem que a Fionna vá pra cadeia, ou coisa do tipo.

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É impossível viver em paz! Quando eu acho que as coisas estão de boa, chega mais treta pra comer o meu juízo. Não sei mais quanto tempo eu aguento ficar escondendo isso dela, é agoniante, uma tortura psicológica. Mas apesar de tudo, acho que aguento me desvencilhar por mais algum tempo, até a poeira baixar.