Show Me Love

Under The Rain


POV Fionna

Sem pensar duas vezes me joguei no chão e o abracei

– Marshall? Marshall fala comigo pelo amor de Deus!

– Fionna? – Ele disse com a voz fraca me olhando como se eu fosse uma miragem

– Eu to aqui, vai ficar tudo bem ALGUÉM CHAMA UMA AMBULÂNCIA OU VOCÊS SÓ VÃO FICAR OLHANDO? ELE TÁ MORRENDO AQUI! – Eu gritei desesperada

– Fi... – Ele fechou os olhos devagar como se fosse a última vez

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Isso não podia estar acontecendo, eu não queria acreditar, ele estava indo embora em meus braços e eu não podia fazer nada

– Marshall não me deixa, por favor, não me deixa

A ambulância chegou e me afastou dele, colocaram seu corpo na maca e o levaram pra dentro dela

– Você é alguma coisa dele? – O homem da ambulância perguntou

– S-sou namorada dele – Disse soluçando de tanto chorar

– Você pode acompanhar ele até o hospital? – Ele disse já me guiando para dentro

–S-sim, claro

Eu fui com ele até o hospital, era horrível ve-lo assim, estava todo machucado e sangrando, os caras que estavam dentro na ambulância junto comigo estavam fazendo o que podiam para salva-lo. Tiraram a camisa dele, ele tinha um furo no peito, provavelmente causados pela bala, sua barriga estava cheia de hematomas e sua costela estava estranha, acho que tinha quebrado, ele também tinha machucados na cabeça, eu nem consigo descrever o resto, eu não só queria que ele ficasse bem como queria justiça, o Gumball e sua corja de ratos tinham que mofar na cadeia, eu estava com tanto ódio que desejei até a morte deles, uma morte lenta e dolorosa, que Deus me perdoe.

Chegamos no pronto-socorro, eles rapidamente desceram a maca e foram para sala de emergência, eu os segui mas um cara me barrou

– Desculpa, você não pode entrar - Ele disse sério – Fique na sala de espera, por favor

Contra minha vontade fiquei por um tempo, depois veio outro carinha com jaleco de médico me perguntar o que eu era da vítima eu respondi

– Namorada, ele vai ficar bem doutor?

– Não sabemos, o estado dele é crítico, como médico eu tenho que ser sincero com você, talvez ele não sobreviva.

Eu fiquei sem ar, sem chão, sem nada, eu só queria acordar daquele pesadelo. O médico voltou a falar

– Você tem o número de algum parente ou responsável?

– Ele é maior de idade

– Sim, mas eu preciso comunicar a família

– Hm, acho que tenho o número da irmã dele

– Me acompanhe, por favor

Eu acompanhei ele até o balcão do pronto socorro e uma moça anotou o número da Marceline e logo depois ligou pra ela.

POV Marceline

Já estava quase anoitecendo e nada do Marshall aparecer em casa, eu já estava ficando preocupada quando meu celular tocou, eu atendi:

– Alô?

– Srta. Marceline Abadeer?

– Sim, sou eu

– A senhorita poderia estar vindo ao St. Andrew’s Hospital? É uma emergência.

– O que houve?

– Seu irmão, Marshall Lee Abadeer deu entrada hoje ao pronto-socorro em estado gravíssimo.

Eu fiquei sem reação, meu irmão em estado gravíssimo no hospital? Até agora pouco ele estava aqui cheio de vida e agora está na beira da morte? Eu não estava entendendo nada. Será que isso tem a ver com a Fionna ter chegado aqui mais cedo desesperada perguntando por ele e ter ido em bora correndo? Sim ou claro?

– Srta. Abadder?, Ainda está na linha?

– Ah, sim, sim, aonde é o hospital?

Ela me deu o endereço e eu anotei, peguei minha moto e sai rasgando o asfalto debaixo de chuva, não parei em nenhum semáforo, por mais que ele estivesse fechado, nesse momento a vida do meu irmão estava em jogo, isso importava mais do que tudo, mais do que minha própria vida, eu precisava estar lá com ele.

Chegando lá, Fionna estava na sala de espera, ela veio em minha direção, me abraçou e começou a chorar

– Ai Marcy, ainda bem que você está aqui – Ela disse me apertando

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– O que houve? O que esta acontecendo? – Eu perguntei confusa com tudo isso

– O Marshall... – Ela se afogou em lágrimas, estava até soluçando - ... ele vai morrer, marcy, ele vai morrer, tá muito fraco, ele não vai aguentar

– Não diga isso, ele é forte, vai conseguir, confia em mim – Eu disse enquanto tentava acalmar ela - Explica essa história direito, eu não estou entendendo nada.

Ela me explicou tudo, desde que saiu da nossa casa ás 5:50 da manhã até agora a noite.

– Eu vou matar essa cara – Eu disse me referindo ao tal do Gumball – O Marshall já tinha me contado que teve uma briga com ele na escola, mas eu não imaginei que isso ia tomar essas proporções.

– O Gumball é louco, ele tem que ser preso. Ele e aqueles ratos do bando dele – Ela disse bebendo uma agua com açúcar, pra aclamar – Eu só fico preocupada com o Jake, ele foi chantageado pelo Gumball pra me prender naquela casa mofada

– Não me importa, ele também tem que pagar, ele participou disso, não vai ficar impune – Eu disse cheia de ódio – Ele sabia o que estava fazendo.

– É bom você ligar pra sua mãe, né?

– Ela não vai atender, está trabalhando na casa dos Mertens

Fionna engasgou com a água, não entendi o porque

– O que? Na casa dos Mertens?

– É, ela trabalha pro George Mertens, sua mulher perua e suas filhas mimadas

– O QUE?

– É isso ai, porque? Você conhece eles?

– Eu sou a filha mimada

Se eu tivesse com água certamente engasgaria agora

– Putz... foi mal

– Não, tudo bem

– Sei não, você parece brava

– Brava pelo descarado do seu irmão ter escondido isso de mim, eu falei com ele ontem sobre a Harvey e sabe o que ele me disse?

– Hum?

– “Deve ser uma mulher interessante” nossa véio, como ele pode esconder isso de mim?

– Bem a cara dele mesmo, é cheio dos segredos

– O pior é que eu nem posso ficar brava com ele, coitado, tá numa cama de hospital entre a vida e a morte.

– Eu nem quero pensar nisso

POV Harvey

Depois de levar Marshall no hospital com uma suposta febre (ainda não engoli essa história, pra mim é invenção da Marceline), fui trabalhar deixando ele com ela, cheguei atrasada e acho que Fionna já tinha saído pra ir pra escola, o estranho foi que ela não voltou, a tarde ficou quieta sem ela falando sem parar no meu ouvido, quando a noite caiu eu comecei a ficar preocupada, aparentemente nem a mãe nem o pai dela notaram que ela sumiu, somente a Cake

– Harvey, “cê” viu a fi?

– Vi não, ela passou o dia todo fora

– To começando a ficar preocupada, já é noite com essa chuva ainda por cima...

– Verdade, ela não é disso né?

– Acho que eu vou ligar pra ela

Quando deu meu horário de ir em bora me despedi de todo mundo eu fui pra casa, era uma noite muito chuvosa e foi difícil de chegar em casa, já que o subúrbio estava cheio de água.

Foi tão estranho quando eu cheguei, minha casa estava vazia e com todas as luzes apagadas, pendurei o casaco e o guarda-chuva e chamei pelos dois:

– Marceline? – Mas não obtive resposta

– Marshall? - Tudo quieto

Ascendi as luzes e procurei em cada cômodo da casa e nada dos dois, apenas o silêncio. Será que todo mundo resolveu sumir hoje? Estava com mal pressentimento.