Juventude em Crise

Aflições Em Um Hospital


Rafael estava no Hospital Santos junto com seu tio e Sheron, alguns enfermeiros passaram apressados pelo corredor e Eduardo vira sua namorada se aproximar.

- E aí como é que ela está?

Sabrina olhou um pouco triste pra Eduardo e falou:

- Infelizmente o estado da Sophie não é dos melhores.

- O que é que vai acontecer com ela? - perguntou Rafael aflito.

- Ela vai ter que ser operada. - respondeu Sabrina. - Se não ela pode ter alguma seqüela mais grave.

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- Então é melhor operar logo. - concordou Eduardo angustiado.

Uma enfermeira passara na hora e chamara por Sabrina, a médica pedira um tempo.

- Outra coisa que eu quero que saibam. - continuou Sabrina. - O ferimento foi na cabeça e... E há casos em que esse tipo de acidente provoca coma.

Rafael ficou um pouco desequilibrado e Sheron o abraçou.

- Eu vou fazer de tudo para que a sua irmã fique bem. - disse Sabrina para acalmá-los. - Agora eu tenho que ir.

Ela deu um selo em Eduardo e saiu apressada. Eles foram até a sala de espera e sentaram no sofá. Eduardo apoio os braços nos joelhos e ficou cabisbaixo com as mãos no rosto. Rafael e Sheron estavam abraçados, depois o garoto saiu e foi sozinho a uma capelinha que tinha ali do lado rezar por sua irmã. Passaram-se quase quatro horas, o sol já estava para nascer e nada de notícias sobre a Sophie.

- Está demorando muito. - reclamou Rafael para o tio, ele falara bem baixinho por que Sheron dormia do lado dele no sofá.

- Você já ligou pro Fred? - perguntou Eduardo.

- Já. - respondeu Rafael. - Ele deve está pra chegar.

Eduardo se levantou e foi até uma enfermeira baixinha e gorducha.

- Você pode me dar uma informação?

- Claro senhor Eduardo. - disse a mulher gentilmente.

- É sobre uma jovem que está sendo operada agora, por ter sido atropelada. - começou Eduardo. - Você sabe se vai demorar muito a cirurgia?

- Só mais um pouquinho. - respondeu a mulher olhando uma prancheta que estava em sua mão. - Cirurgias na cabeça sempre demoram mais!

- Ta, obrigada. - agradeceu Eduardo voltando a se sentar onde estava.

Eles ficaram em silêncio por um momento e principalmente prestavam atenção em um homem que andava de um lado para o outro, parecia que o mesmo ia ser pai.

- Eu não entendo por que a Sophie foi se atirar na frente de um carro. - comentou Rafael.

- Ela não se atirou, apenas não viu. - discordou Eduardo.

- Mas ela estava tão bem. - lembrou Rafael.

Um médico havia aparecido pra dizer ao homem impaciente que sua filha havia nascido, ele pulou de alegria e resolveu ir ver sua mulher. Bia apareceu logo em seguida.

- A minha tia me falou sobre a Sophie. - contou Bia. - E pediu que eu viesse pra ajudar.

- Ela foi atropelada. - respondeu Rafael.

- Nossa. - lamentou Bia. - Eu sei que... Nós temos nossas diferenças, mas eu estou torcendo para que ela fique boa.

- Obrigada Bia. - agradeceu Eduardo.

- A minha tia é uma ótima cirurgiã. - ajudou Bia. - Ela vai ficar bem.

Beatriz logo em seguida saíra para ajudar na organização do hospital, pois o mesmo estava lotado. Aparecera mais um médico e novamente Eduardo perguntara, mas ele não soube responder. Sheron acordara e Rafael sugeriu:

- É melhor você ir pra casa.

- Não. - discordou ela dando um bocejo. - Eu vou ficar aqui com você.

- Faz o seguinte, você vai pra casa toma banho e depois volta, se acontecer qualquer coisa eu te ligo.

- Ta, eu vou. - aceitou Sheron. - Até por que minha mãe deve está preocupada.

Sheron se levantou e pegou sua bolsa; após dar um beijo na boca de Rafael ela se despediu deles e saiu dali. O garoto ficara parado olhando para a grande porta por onde sua namorada tinha saído, segundos antes; e se espantou quando viu Fred vindo rápido em sua direção.

- O que foi que aconteceu com a Sophie? Como é que ela está? - perguntou Fred muito aflito enquanto apertava com força a chave de seu carro em suas mãos.

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- Calma. - pediu Eduardo.

- A Sophie está sendo operada nesse momento. - completou Rafael.

- Mas como isso tudo aconteceu? - voltou a perguntar Fred.

- Eu não sei. - respondeu Rafael. - A Sophie estava na boate comigo, ela desapareceu por uns tempos e depois me ligaram dizendo que havia se acidentado.

- Parece que ela atravessou a rua desatenta. - continuou Eduardo.

Fred sentara no sofá um pouco atordoado, ele vira quando Sophie saíra da boate e isso tudo só tinha acontecido por que o mesmo havia lhe difamado. Ele ficou com a consciência tão pesada por ver o amigo e Eduardo daquele jeito que acabou contando:

- Eu sei por que aconteceu isso. - Ele respirou um pouco e continuou: - Foi por que nós havíamos brigado na festa.

Rafael não medira a conseqüências dos seus atos, então acusou:

- Então foi culpa sua?!

- Rafael. - brigou Eduardo.

Fred não disse nada, apenas abaixou a cabeça e demonstrou o quanto estava triste, mais do que Rafael e Eduardo juntos.

- Desculpa cara. - pediu Rafael arrependido. - Eu não quis dizer isso.

Fred continuou cabisbaixo e chorando, então perguntou:

- Ela corre risco de vida?

Eduardo olhou para os lados disse um pouco nervoso:

- A Sabrina disse que ela pode chegar a ficar em coma.

Os três ficaram silenciosos por algum tempo, até Rafael se levantar e perguntar se algum deles queria água, nenhum aceitou então Rafael bebeu sozinho. Minutos depois Sabrina aparecera.

- Então? - quis saber Eduardo se levantando e Fred fizera o mesmo.

Sabrina sorriu e exclamou:

- A operação foi um sucesso!

Fred, Eduardo e Rafael sorriram também.

- Eu até acredito que a Sophie acorde o mais cedo que a gente pensa, ela reagiu muito bem à operação. - terminou Sabrina e no mesmo instante Eduardo lhe abraçou e lhe beijara.

Eles esperaram quatro dias e nada de Sophie acordar. Nesse meio tempo Fred passara todos os quatro dias ao lado dela cuidando e esperando que ela acordasse. O que ficara combinado era de que Rafael e Fred passariam as tardes e as noites no hospital e Eduardo dormia e ficava de manhã, o que era muito bom para o mesmo, já que de vez em quando aproveitava para namorar Sabrina. O único que não cumprira o trato foi Fred, pois ele não só passava as tardes como também queria dormir e quase sempre quando não tinha prova faltava a universidade. As amigas de Sophie vinham de vez em quando lhe visitar, principalmente Daniela, e também os amigos de Fred e Rafael que passavam a tarde inteira fazendo companhia a eles. Enfim Sophie acordara no sétimo dia. Todos entraram n quarto para falar com ela; Sophie fizera até sua primeira piadinha comentando sobre a faixa que havia em seu cabelo, só ficara triste por que entre aquelas cinco pessoas não se encontrava Fred. Ele também não viera nos dias que se seguiram e pediu a Rafael que não contasse nada para Sophie sobre a suas visitas enquanto estava desacordada, Rafael não gostou da atitude de Fred, mas entendeu e não disse nada. O difícil foi explicar a ela quem enchera o quarto onde estava com vários arranjos de flores pela manhã. Rafael acabar contando que foi uma surpresa de Eduardo.