As Aventuras do Pequeno Eryk

31 – O "Alerta" da Policia


Um tempo depois daquilo, tudo tinha retornado a sua normalidade. Na segunda feira, de manhã, Eryk corria desesperado para chegar na escola, já que estava atrasado.

– AH NÃO, EU TÔ ATRASADO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! – Berrou Eryk enquanto passava por toda a multidão na rua como um vendaval.

O garoto nem tinha colocado sua mochila direito, só o lado direito do braço. E isso dificultava sua corrida...

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Até se cansar.

– Eu... to... atrasado...! – Eryk agora se arrastava no chão, ofegante, e com a língua pra fora.

Mas quando reconheceu o sinal de seu colégio tocar, vendo que estava quase chegando, logo ganhou energia o suficiente para chegar à escola.

– Eu já estou perto! Simbora!

Mas quando deu a largada novamente, ele se esbarrou em um adulto uniformizado de policial.

– Ai minha cabeça... me desculpa moço, eu tenho que ir.

Eryk se desculpou educadamente. Não se importou de ver que era um policial e prosseguiu com o seu caminho.

Mas quando o gordinho já ia passar por ele, o policial ficou na frente, e bloqueou o seu caminho.

– Hã? Ué? O que? – Eryk tentou passar pelo outro lado e ele o barrou novamente. Fez isso de novo e a mesma coisa aconteceu. Quando ele tentou mais uma vez, o policial insistia em ficar na sua frente.

Esse homem... era o mesmo oficial de policia que estava falando em uma reunião sobre deter os amigos de Eryk.

– Você por um acaso se chama Antônio Eryk? – O adulto finalmente falou, perguntando seu nome.

– Sou sim, mas eu estou atrasado moço, de verdade eu tenho que ir.

– Espere...! – Quando Eryk já ia embora, o policial o pegou atrás da argola de seu uniforme enquanto o menino pensava que estava andando, mas na verdade não saia do lugar. E só percebeu isso quando o mais velho o largou na sua frente de novo.

– O que foi senhor policial? Eu não fiz nada. – Falou Eryk tentando saber o porquê de tudo isso e ir logo para a escola antes que os portões se fechem de vez.

– Eu só estou aqui apenas para lhe informar que você não deve se intrometer em assuntos dá policia. E se isso retornar a acontecer, seremos obrigados a prender você e sua gangue. – Informou o policial de uma maneira intimidadora.

– Hã? Gangue? Mas do que o senhor esta falando? – Eryk perguntou realmente confuso. Ele não participava de nenhuma gangue de bandidos. Como esse policial pensa que ele participa de uma?

– Não se faça de bobo, seu moleque! Eu estou falando do seu grupinho de encrenqueiros que se meteram no caso dos bandidos de comida, sem falar nos outros! – O policial enfatizou cada palavra batendo o dedo indicador no peito de Eryk, o empurrando um pouco para trás.

– Hã? Está falando dos meus amigos? Mas nós não somos uma gangue. Só queremos ajudar os outros. – Explicou Eryk sincero.

– Há! “Ajudar os outros”. E o que crianças poderiam fazer para ajudar os outros? Vocês pirralhos não sevem para nada além de encherem a paciência dos adultos! – O policial cuspiu as palavras, deixando Eryk levemente ofendido.

– Mas nós podemos. É só termos uma chance que-

– Já chega! Não quero ouvir baboseiras! Se eu souber que você entrou em uma encrenca das BOAS... Eu mesmo prendo todo mundo! E LEMBRE-SE: Estamos de olho em vocês...! – O policial o interrompeu, intimidando Eryk novamente, enquanto finalizava antes de ir embora.

– Aí!!!!!!! Espera!!!!!!!!!! – Eryk pira quando se recorda que estava atrasado. Quando correu até chegar ao portão, o porteiro estava quase o fechando.

– Se atrasou Eryk? – Perguntou o porteiro assim que reconheceu Eryk.

– Foi mal. Tinham me parado mais cedo. Mas dá pra entrar ainda? – Assim que explicou, Eryk perguntou preocupado.

– O diretor mandou fechar e não deixar ninguém mais entrar...

O porteiro explicou, mas assim que viu Eryk suplicando com o olhar lagrimejado, ele teve pena do garoto.

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– Está bem garoto. Entra aí!

– Oba!!!!!!!!! Obrigado moço! – Eryk berrou de alegria a entrar na escola enquanto agradecia ao porteiro, sorridente.

No recreio...

– EU NÃO ACREDITO?! Quer dizer que aquele policial falou com vocês também?! – Perguntou Eryk não acreditando que o mesmo policial que tinha barrado ele mais cedo tinha também barrado seus amigos.

– Foi. Ele me falou a mesma coisa que você. – Dizia Junior.

– Ele disse: “Estamos de olho em vocês”. “Se soubermos de mais uma de vocês...” – Prosseguia Jessy, finalizando com um gesto com a mão próximo do pescoço, como se fosse corta o mesmo, fazendo Eryk engolir em seco.

– E agora Eryk? O quê que a gente faz agora?? – Pergunta Junior prestes a se alarmar.

– Nada. Não fizemos nada de errado. Não tem porque a policia querer prender a gente. Não fizemos nada que seja contra lei. – Respondeu Eryk decidido.

– Não, mas também não temos a “permissão” para se intrometer em casos da policia. – Dizia Jessy, fazendo aspas com as mãos com desgosto.

– Isso é. – Assentiu Jeová.

– Ah qual é gente? Não vamos parar só porque a policia está na nossa cola, não é? – Falou Eryk tentando levantar o astral do clima.

– Hã? E quem disse que vamos parar? – Falou Jeová.

– É isso aí! Vamos continuar ajudando as pessoas. E como não estamos fazendo nada contra lei até agora, eles não terão motivos de prenderem a gente! – Dizia Jessy.

– É isso aí! Chega mais!

Eryk coloca a mão aberta em sua frente. Logo depois, todos os outros três fazem o mesmo, colocando uma mão sobre a outra.

– Não importa o que digam! Não importa se somos crianças ou não! Nós vamos ajudar as pessoas! AGORA! VIVA OS LAÇOS ETERNOS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! – Eryk deu um grito de guerra, berrando o nome da casa da árvore para representá-los, e todos fizeram o mesmo.

– VIVA!!!!!!!!!!!!!!!!!! UHUU!!!!!!!!! HAHA!

Mas tarde...

O homem encapuzado estava dando leves e altos saltos sobre os prédios. Até parar em um assim que avistou alguém.

– Hmm... Te achei, danadinho...! – Falou o homem com um tom empolgado.

Eryk andava tranquilamente na rua. Já estava no fim da tarde. E nesse momento ele se dirigia a padaria enquanto assoviava, distraído.

– Hehe. Vamos nos divertir um pouco.

Assim que o encapuzado avistou um carro arrasado de ferrugem, ele usou seus poderes para fazê-lo dar a vida e atacar Eryk.

– O queeeee?! – Eryk se espantou quando viu o carro começar a ganhar forma.

O veiculo tentava se manter em pé, com somente as duas rodas no chão, enquanto as outras duas da frente ganhavam garras de ferro enquanto o pára-choque frontal do veiculo ganhava uma boca repleta de dentes afiados assim como os faróis piscavam uma luz até ela ficar vermelha e socar onde Eryk estava.

– OPA! – Eryk consegue desviar do golpe do carro se jogando para o outro lado. E assim que o veículo fica de quatro no chão novamente, ele acelera e leva Eryk pelo vidro do pára-brisa, o fazendo berrar de medo.

– Vamos acelerar as coisas. Olha o freio! – Mesmo o encapuzado estando no mesmo lugar, ele estava flutuando, como se estivesse dentro do carro e de repente ele faz o gesto forçado de pisar fundo no freio, tendo efeito no carro e fazendo com que Eryk dê de cara com a parede.

– Ai... Mas o quê que ta pegando AQUI HEIN?! – Eryk perguntou antes de virar para frente e ver o carro o cercar o deixando contra a parede, e fazê-lo congelar de medo.

O carro se aproximava aos poucos, enquanto esquentava o motor, soltando o barulho do mesmo funcionando.

Eryk soava frio. Não podia ir pelos lados e não conseguiria desviar pulando também. Tudo que o garoto fez foi fechar os olhos e rezar mentalmente.

– Hmpf. Isso ficou entediante. Mas mesmo assim, vamos prosseguir. – Dizia o encapuzado estendendo a mão para sua frente com rapidez, fazendo com que o carro acelere até Eryk até se colidir e uma explosão acontecer.

Eryk

Esta... Tudo escuro... não consigo ver nada. Ou será que estou de olhos fechados? Eu não sei... Estou sentindo algo... eu... não sei dizer o que é... parece... algo... ou alguém? Eu não sei. Só sei que, seja o que for, esta me carregando de alguma forma.

Escuto alguém me chamar. Escuto uma voz dizendo “Garoto” “Ei garoto!”. E também sinto minha cabeça balançar. Meu corpo balançar. Até eu abrir os olhos e ver quem era. Mas eu não consigo. Minha visão está embaçada. Até ela conseguir voltar ao normal aos poucos.

– Ei garoto! Você está bem? – Era uma pessoa. Ela tentava me despertar, preocupado comigo.

Essa pessoa tinha um cabelo vermelho escuro e longo até o ombro. Sua pele era morena-clara, assim como a minha, só que um pouco mais escura. Seus olhos eram verdes. E usava um capuz vermelho também.

Eu acordei assim que ele me deixou no chão, me encostando na parede. Eu arregalei os olhos quando eu vi o mesmo carro de antes atrás dele, pronto para uma segunda remeça.

– É cada coisa bizarra que me aparece... – O moço que me salvou se levantou e ficou de costas para mim assim que percebeu que o carro estava bem atrás dele. Ele agora encarava o carro na sua frente, fazendo um barulho de “vruum” “vruum”.

– Cuidado tio! – Eu falei preocupado. Mas como resposta, ele somente sorri pra mim, com uma cara confiante.

Narração Normal

– Não se preocupe garoto. – O homem agora voltou a encarar o carro, que agora se empenhava a ficar de pé. E assim que o veiculo soca o homem, tudo que o mais velho fez foi puxar uma pequena varinha de mágico preta com a ponta branca e apontar para sua frente, parando o soco com uma barreira invisível que só podia ser visto as ondas roxa que se formou no ar, enquanto destroçava o carro aos poucos, devido ao choque que se formou ao socar a parede invisível.

Eryk fica sem reação. Ele estava simplesmente parado no mesmo lugar, não acreditando no que acabou de ver. Ele só consegue voltar a si quando um barulho de sirene de um carro da policia é acompanhado até chegar no local. E o policial que sai dele é o mesmo que tinha barrado Eryk mais cedo.

– Mas o que está...

Quando o policial chegou no local, ele se deparou com a seguinte cena:

Um carro trucidado.

Um mendigo de capuz da cor vermelha.

A parede do muro destruída.

E Eryk presente no local.

– Eu deveria saber que era você, pivete. Você esqueceu do que eu falei pra você antes?! Mais uma e você ia pra cadeia! Agora você vai ver! – O policial foi até Eryk e o agarra pela argola da camisa. E depois de dizer tudo isso, ele puxa o garoto em direção ao carro da policia.

– Calma aí! O garoto não fez nada. – O homem que salvou Eryk ficou entre os dois, os separando, e encarando o policial.

– C-como assim? – Perguntou o guarda, surpreso.

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– Esse carro estava desgovernado. Assim que o motorista pulou dele, ele veio até a direção desse garoto e por pouco não o acerta. – O homem explicou, tendo que mentir a maior parte da história.

– Isso é verdade, pivete? – O policial dirigiu seu olhar para Eryk.

O gordinho assente afirmando.

– Tudo bem. Vocês viram quem estava no carro?

– Não senhor. O motorista pulou do veiculo e fugiu antes de ter que encarar as consequências. – O homem de capuz vermelho mentiu novamente.

– Está certo. Vou ter que anotar a placa do veiculo... O QUE?! Cadê a placa?! Que carro dirige sem a bendita placa!? Báh! Era só o que me faltava! Vou ligar para um guindaste. E quanto a vocês! Eu espero não cruzar meu olhar com nenhum dos dois novamente.

– Como quiser seu oficial. – Falou o homem.

Assim que o guarda entrou em seu carro e se foi, a pessoa que salvou Eryk voltou sua atenção nele.

– Essa foi por pouco. E você... O que foi? – Quando o homem se virou para falar com Eryk, ele se deparou com um sorriso de orelha a orelha, olhos brilhando e os dois punhos erguidos próximos ao pescoço.

– Cara... você... É DEMAIS!!!!!!!!!!! – Eryk pulou em cima do homem e o abraçou, agradecido.

– Hahaha vai com calma. Não exagere na animação, por favor... – Dizia o homem entre risadas, enquanto deixava Eryk no chão.

– Mas, CARA! Você arrebentou com o carro! Estraçalhando com ele, e ainda por cima, COM UMA VARINHA! Nossa, mano, você é 10! – Dizia Eryk todo empolgado. O mais velho rir com a animação infantil do garoto.

– Fico feliz que tenha gostado. Mas vem cá.

O homem se abaixou para sussurra para apenas Eryk ouvir.

– Esse será o nosso segredinho, está bem? – Falou.

– Claro! Não vou contar para ninguém! – Assentiu Eryk.

– Muito obrigado garoto. Bem... Qual é o seu nome?

– Meu nome? Hehehe... Eu me chamo Antônio Eryk! Haha! – Eryk se apresentou, animado por terem perguntado.

– Beleza Antônio Eryk. Foi um prazer conhecê-lo. Bom, eu já estou indo. – Se despedia o homem dando as costas para ir embora.

– Ah espera! Onde você aprendeu a fazer isso? Seria tão dahora saber essas coisas para ajudar as pessoas. Aí ninguém ia ficar reclamando que as crianças não podem fazer nada. – Falou Eryk admirado com a maneira que o homem fez para lidar com o carro.

– Hã? Mas você não...

Quando o homem se virou e ouviu o que Eryk falou, ele se surpreendeu a ver um brilho branco e desconhecido vim dos olhos do garoto.

Esse brilho... não pode ser...

O homem reconheceu esse brilho. E devido a isso, ele sorriu, enquanto colocava sua mão no bolso de seu capuz.

– Antônio Eryk? Você gostaria de participar de algo divertido? – Perguntou o homem, com uma proposta em mente.

– Claro! – Respondeu Eryk sorrindo largo.

– Aqui. Fique com isso.

O homem entrega para Eryk um ingresso com uma grossura um tanto pesada para uma criança.

– O que é isso? – Pergunta Eryk.

– Você já foi para um circo? – Assim que o homem perguntou, Eryk sorriu mais ainda.

– Não! Nunca! – Respondeu, imaginando o que seria.

– Ótimo. O primeiro de Julho vai ser no domingo. Tudo o que posso dizer é que, nesse dia, haverá uma gincana. Se você não pagar, o vencedor ganha esses ingressos de graça. Mas como você já os tem, pode ganhar um recompensa especial. Isso se você participar é claro.

– Uma gincana? MARAVILHA! Onde vai ser? – Perguntou Eryk já querendo participar.

– Você ficará sabendo em breve. Até mais Antônio Eryk. – Falou o homem se despedindo novamente.

– Ah me chame só de Eryk, por favor. – Falou Eryk acenando em despedida.

– Tudo bem Eryk. Nos vemos mais tarde.

O outro se foi, virando a esquina.

– Hehe esse cara é gente fina. Ah não! Esqueci de perguntar o nome dele! – Falou Eryk assim que percebeu.

E enquanto ao encapuzado? Ele ficou só assistindo a tudo, perplexo com o que viu.

– Não pode ser... Aquele cara é... heh. Maravilha. Acho que eu não vou precisar mais despertar o poder dele a força a partir de agora. – Dizia o mesmo, sumindo de vista.

Continua...