Common day

Capítulo único.


Uma sexta feira pela manhã, bem cedo, Daiki se encontrava na cozinha com a tarefa de preparar o café da manhã da namorada, simplesmente porque aquele dia era dia dos namorados. E ele simplesmente orava aos céus, que Kami o ouvisse, para que ela não tivesse preparado chocolates ou algo que era feito, supostamente, para comer. Com esse pensamento desgostoso ele terminou de arrumar a bandeja e observou o trabalho pronto. É... Ele definitivamente deveria ser um cara muito apaixonado. Sorriu na certeza da resposta.

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Ao chegar ao quarto ele encontrou a namorada ainda dormindo, com os longos cabelos rosados soltos, espalhados pelo travesseiro. Ficou com dó de acordá-la, mas apesar de ser uma data, de alguma forma, comemorativa, aquele ainda era um dia comum, e como em todo dia comum eles tinham de ir trabalhar. Ele colocou a bandeja sobre a mesa de cabeceira e sentou-se na cama, inclinando o corpo para mais perto da jovem, depositando beijos suaves na extensão do pescoço dela.

Satsuki foi despertando aos poucos com aquela sensação gostosa de ser acordada carinhosamente. Virou o corpo até ficar de frente para a pessoa que havia a acordado. Sorriu.

- Bom dia... – Ela disse com a voz ainda sonolenta.

- Bom dia, princesa. – Ele respondeu e depositou um suave beijo na bochecha dela. – Hora de levantar.

- Hum... Que horas são?

- Ainda é cedo, são seis e meia agora.

Ele se levantou e pegou a bandeja de cima da mesinha e colocou em cima da cama. Ela sentou-se na cama e se espreguiçou enquanto o olhava. Ela sorriu para ele depois de observar a bandeja. Ele sempre sabia como agradar, cada gosto, cada detalhe. Tomou um gole do suco de uva com os olhos fechados, apreciando o gosto daquele líquido. Daiki soltou uma risada e se acomodou na cama, ao lado dela. Ela o olhou com os olhos semi cerrados e ele riu mais uma vez. Ela ficava tão fofa irritada daquela forma.

- Vamos almoçar juntos hoje? – Ela perguntou.

- Almoçar não vai dar... Mas se quiser podemos sair para jantar.

- Tudo bem.

Ela terminava de tomar o café da manhã e se levantava para levar a bandeja de volta à cozinha, enquanto ele ia tomar banho e se arrumar para o trabalho. Ele saia do banheiro vestindo apenas as peças inferiores enquanto ela entrava no banheiro para tomar o banho e depois se arrumar. Sairia do banho cerca de quarenta minutos depois, já com os cabelos devidamente secos. Arrumava a blusa para dentro da saia enquanto voltava ao quarto e sentava-se na cama para calçar os sapatos de salto. E depois voltava ao banheiro para arrumar os cabelos em um coque.

Daiki escorou-se na porta do banheiro e, com um sorriso torto no rosto, observava a namorada terminar de se arrumar. Satsuki terminou de se arrumar e ao tentar sair do banheiro, ainda alheia à presença dele, foi barrada pelo corpo de Daiki. Ele a segurou pela cintura e depositou um leve beijo nos lábios dela, que se encontrava momentaneamente derretida.

- Vai querer carona para o trabalho hoje? – Ele perguntou.

- Vou sim. Só um instante que vou pegar minhas coisas.

Ele assentiu enquanto dava passagem para ela voltar ao quarto e depois seguiu em direção à garagem. Satsuki pegou sua bolsa e seu jaleco e se dirigiu à frente da casa onde Daiki a esperava no carro. Trancou a porta de casa e depois entrou no carro, onde seguiram em direção ao hospital. Satsuki era psicóloga em um escritório próprio, mas trabalhava alguns dias no hospital também.

Daiki estacionou o carro em frente ao hospital e os dois saíram. Satsuki ajeitou a bolsa no braço e Daiki chegou até ela. Ela ajeitou os botões da farda dele e o olhou profundamente.

- Tome cuidado.

- Não se preocupe.

Ele fez um leve carinho no rosto dela e a beijou. Um beijo rápido, mas nem por isso com menos carinho.

- Tenha um bom dia, Satsuki.

- Você também, Dai-chan.

- Te vejo à noite!

Ele deu uma leve piscadela e ela respondeu. Eles riram e cada um seguiu para seu trabalho. Ela no hospital e ele na delegacia.

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Mais tarde ele a buscou no trabalho e eles foram para casa. Eram quase sete horas da noite e eles tinham pouco tempo para se arrumar e irem para o restaurante. Daiki fizera a reserva quando chegou ao trabalho de manhã. Embora fosse dia dos namorados e os restaurantes nunca tinham vagas o suficiente, ele sempre dava um jeito.

Ele tomou banho primeiro porque, obviamente, era mais rápido. E era bom que Satsuki se apressasse! E então ele esperou na sala enquanto assistia qualquer coisa na televisão. Detalhe: a reserva era para as oito e meia da noite, eram oito e quinze e ela ainda não tinha saído do quarto. Ele bufou em impaciência, remexeu no sofá e desligou a televisão.

No instante seguinte, quando ele pensou em abrir a boca para chamá-la a porta do quarto se abriu e de lá saiu uma Satsuki já pronta e maravilhosamente linda. Daiki parou por um instante e agradeceu mentalmente a Kami por não tê-lo deixado gritar. E, claro, agradeceu também por Kami ter sido tão generoso com ele! E enquanto ela andava em sua direção, ele sorriu observando-a.

- E isso tudo é para mim? – Ele perguntou enquanto a envolvia pela cintura.

- E para quem mais seria? – Ela sorriu e arqueou uma das sobrancelhas em divertimento.

- Você gosta de me torturar, não é?

- Talvez... Hum, vamos?

- Claro!

Então eles saíram de casa, entraram no carro e foram ao restaurante. Lá tiveram um jantar tranquilo, conversaram sobre muitas coisas, relevantes ou não, tudo em um ambiente calmo e agradável. Não era um restaurante de luxo, mas não era menos sofisticado e elegante. Coisas luxuosas simplesmente não combinavam com eles.

O dia dos namorados para eles era assim, exatamente igual a qualquer outro. Ela era o tipo de homem que quando ama, ama para valer, e de verdade, então ele não deixaria para agradá-la apenas em um dia do ano se ela merecia ser agradada diariamente. O amor não mudaria, o carinho não mudaria. A essência é a mesma, todos os dias.

- Quer ir a algum lugar depois daqui? – Ele perguntou ao olhar para ela.

- Não me importo se formos direto para casa...

Pediram a conta e depois seguiram para casa. Entraram em casa e assim que a porta se fechou Satsuki o puxou pela camisa suavemente até que seus corpos estivessem próximos o suficiente. Daiki olhou-a profundamente nos olhos, às vezes ela era tão fácil de entender...

Ela foi desabotoando sem pressa os botões da camisa que ele vestia. E lentamente as peças de roupa foram encontrando o chão e eles acabavam entrando em um mundo só deles. Onde apenas existiam olhares, toques e simples gestos. Existia paixão, amor e luxúria. Existia carinho, calma e urgência. Era profundo, intenso. Eram braços, pernas, mãos e bocas. Suspiros, sussurros e gemidos. E amor, muito amor.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.