Rebelde em Hogwarts

A ideia de Madariaga


P.O.V. Mia Colucci.

Estava tudo correndo bem. Passamos praticamente o ano todo fazendo nada de especial. Sinceramente, acho que deveria haver mais diversão nesse colégio! Mais saídas à Hogsmead e coisas do gênero. Olhe só! Estou cheia de rugas de tédio! (Se isso não existia, passa a existir a partir de agora.) Sem contar que vou ter que passar as minha férias de fim de ano todinhas em Madrid, por que meu pai disse que eu não podia ir à Paris esse ano! Isso é o cúmulo!

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O meu professor de Poções é uma chatice total. Não sei de onde ele tira tanto mal humor, o Estevão. Ainda bem que o Henrique, de Defesa Contra as Artes das Trevas é um doce. Ele nos ensinou muito esse ano. Tanto, que até estou odiando menos a Roberta. Nem sei como consegue ter tanta paciência, esse professor. A única coisa que nem ele, nem ninguém conseguirá fazer é fazer com que eu goste do Caipira, por que isso, Honey, é impossível.

E hoje eu tenho aula com o Henrique. Isso até seria bom, se a aula não fosse com a Grifinória. Antes, eu queria porque queria ter entrado para a Grifinória, mas agora, pensando bem, estou bem onde estou. Pelo menos tenho a Vicky.

Ai, eu te contei? A Vicky e o Dieguinho estão namorando! Ele resolveu assumir isso depois daquela história de carta anônima. Provavelmente, o autor ou autora da carta ficou muito aborrecido(a), pois seus planos foram por água a baixo. Uma vez eu disse ao Diego que quem fez a carta poderia ter sido a Roberta, mas ele negou com todas as letras. Disse que ela estava enciumada demais pra ter sido ela.

Lupe anda lamentando pelos quatro cantos do castelo. Quando perguntei o motivo, ela disse que era por causa da partida de Nico. Ela é muito bobinha, sabe? Eu não choraria por algo assim nem morta! Ou choraria? Não sei, nunca me apaixonei de verdade.

A única coisa que tem me animado nesses últimos tempos, é o aviso que McGonagall deu à algumas semanas, informando que iríamos à Hogsmead no próximo fim de semana, ou seja, amanhã. Parte ruim: Roberta e Miguel provavelmente vão. Parte boa: Poderei comprar tudo o que tiver direito.

Ao chegar à Sala Comunal, vejo que ela está deserta. Espere, que hora é agora? Oh, essa não. Quando vejo a hora, vejo também que estou bem atrasada. Saio da Sala correndo, quase tropeçando em meu próprio pé. Corro o máximo que consigo, derrubando algumas pessoas pelo caminho.

Quando consigo chegar, vejo que todos, tanto Sonserinos quanto Grifinos, já estão na sala. Roberta e Josy abafam a risada. Lanço um olhar mortal à Vicky por não ter me esperado, E me sento em meu lugar, ao lado de um grifino que não conheço. Pego no bolso interno da veste, um espelhinho de maquiagem e começo a pentear meus cabelos com os dedos.

–Vou repetir o que acabei de falar para a Srta. Colucci que acabou de chegar.- O professor diz, visivelmente irritado.

Guardo o espelho e presto atenção.

–Eu disse que faremos um trabalho sobre o que é Magia Negra.- Ele informa.- Quero dois rolos de pergaminho.

Arqueio as sobrancelhas, sem acreditar.

–Tudo isso para fazer sozinho?- Pergunto.

O professor muda de semblante, e agora parece até que dei uma ideia a ele.

–Sabe, acho que a Colucci tem razão.- Ele diz, e depois dá um sorriso.- Já que estou dando aula para as duas casas rivais, Grifinória e Sonserina, tive uma ideia.

–Fala logo, professor, ou vai matar todo mundo de curiosidade!- Diz Roberta.

–Quero que esse trabalho seja feito em dupla.

Um alvoroço começou a surgir na sala, todos procurando uma dupla, inclusive eu.

–Alunos!- O professor chama, e todos tornam a prestar atenção nele.- Quero duplar formadas por um aluno da Sonserina.- Ele indica um menino Sonserino com a mão.- E um da Grifinória.

Todos ficam perplexos e começam a praguejar e logo a sala está alvoroçada novamente. Agora os alunos tentam escolher a dupla da casa oposta. Mas quando as duplas já estão praticamente formadas, Henrique chama nossa atenção novamente.

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–E as duplas quem vai montar sou eu.- Ele diz.

–Mas por que isso professor?- Pergunta um menino da Grifinória, gordinho e baixinho, no mínimo engraçado.

–Precisamos acabar de vez com a rincha entre as duas casas.- Diz o professor.

O menino, imediatamente abraça Giovanni, que estava ao seu lado, ele tenta se desvencilhar.

–Olhe, professor.- Diz ele.- Somos amigos.

Giovanni se sacode.

–Me solta, seu ratinho de laboratório.- Giovanni reclamava.

–O.K., Jack, pode soltar seu amigo agora.- Riu o professor.- Mas a minha ideia não muda.

Jack solta Giovanni, desapontado.

E o professor começa a formar as duplas. Os primeiros, eu não presto muita atenção, mas depois começo a me interessar.

–Pilar com Iker, Raquel com Giovanni, Josy com Vicky, Jack com Tomás...

–O que?- Tomás protesta.- Vou ter que fazer o trabalho com esse mala?

–Cala a boca e presta atenção?- Roberta diz, sarcástica.

–Roberta com Diego...

–O que?- Os dois perguntam em uníssono.

Sabe, acho que o professor fez isso de propósito, só por que os dois vivem brigando e...

–Mia com Miguel.

Me levanto imediatamente.

–O senhor não pode fazer isso!- Protesto. Olho para trás e vejo Miguel com o rosto afundado nas mãos.

–Sim, senhorita Colucci. Eu posso.- Ele ri.- E além do mais, eu sei o que estou fazendo. Isso serve para que vocês se entendam melhor.

–Eu? Entender esse Caipira?- Rio.- Só pode estar brincando.

–Dispensados.- Diz o professor para o resto da turma. Todos saem, menos eu.

–Por favor professor, me troca de dupla.- Peço.

O professor recolhe suas coisas e se encaminha a porta. Antes de sair, ele me dá uma última olhada.

–Eu sei o que estou fazendo, senhorita.- Ele repete, e depois me deixa sozinha na sala, arrancando os cabelos da cabeça.

Chuto o pé da mesa e me arrependo, soltando um dolorido “Ai” E saindo mancando pelo castelo.