O Acordo

O Encontro


_ Lily, desiste dessa besteira! – Dorcas exclamava enquanto eu terminava de me arrumar. Tinha colocado um vestido azul escuro que tinha ganhado da minha mãe. Ele havia sido dela e depois de uns ajustes ficou perfeito para mim, marcando bem a cintura e eu fiz ele ficar um palmo acima do joelho. Terminei de prender um colar com pingente de estrela dourada que meu pai me deu quando fiz 16 anos.

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_ Eu já disse que não Dorcs. – respondo suspirando. Tinha sido aquilo o dia todo. As meninas falando para mim desistir, Remo dizendo que eu e James somos bobos, Sirius querendo bater em James para ver se ele agia e James... Bem, James tentava me fazer desistir também, falando que eu não queria realmente aquele encontro, que só estava fazendo graça e que estava blefando. Ele estava certo, eu estou blefando, mas só queria que James parasse de ser um idiota egocêntrico e orgulhoso.

_ Eu ainda acho que James não vai agüentar... – Marlene diz folheando o Semanário das Bruxas. – Se o ciúme dele conseguiu fazê-lo sair de uma poção do amor...

_ Acontece que ele tem o orgulho maior que o ciúme. – Dorcas diz vendo que fiquei quieta. – E Lily não fica atras... Ruiva, você devia ter desistido disso quando James percebeu sua jogada ontem! Agora estão os dois presos em um jogo, um desafio de quem é o menos orgulhoso... quem vai ceder primeiro.. ISSO É RIDICULO!

_ Ridículo ou não, tem um rapaz muito gentil querendo jantar comigo. – digo calçando as sandálias e me virando para elas. – Pode ser que eu comecei isso para ver se James dava o braço a torcer, mas agora... Acho que esse jantar será bom para mim...

_ Você não está...

_ Não, não estou interessada no Marcos. – completo revirando os olhos. – Mas será bom me distrair. Agora, vamos descer.

_ Quero só ver a cara que James vai estar. – Marlene diz enquanto vamos para a escada.

_ Acha que ele vai estar na sala? – pergunto ficando nervosa. Esperava que ele ficasse emburrado no quarto, seria mais fácil. Se bem que ele pode estar na sala para me impedir, e isso seria incrível.

Não Lily, não ponha esperança nisso. James é um idiota orgulhoso demais. Ah, mas ele vai sofrer por conta disso.

Entramos na sala e o primeiro que eu vi foi Remo. Ele e Sirius estavam sentados em um dos sofás e não estavam com uma cara muito boa, mas Sirius logo sorriu ao nos ver e Dorcas se sentou ao lado de Remo, e então eu desviei meus olhos para o moreno que estava sentado reto em uma das poltronas da direita.

James me encarava fixamente, me fazendo ficar estranhamente sem ação, somente o encarando de volta. Seus cabelos estavam mais bagunçados que o normal, seus óculos tortos e seus ombros tensos, mas estava incrivelmente lindo como sempre.

É uma droga estar apaixonada!

_ Então... Vocês vão ficar aí se encarando ou vão deixar a bobeira de lado e se entenderem? – a voz de Remo me faz acordar eu dou um passo para trás limpando a garganta.

_ Não sei do que está falando Remo. – digo com a voz carregada de sarcasmo.

_ Sabe sim, você não é burra.

_ Você disse que nós dois estamos sendo bobos. – explico apontado para mim e James. – Mas o único idiota aqui é James. Ele quer continuar com seu orgulhoso enorme e seu ego intacto... ótimo. Mas eu não vou ficar parada esperando.

_ Eu fiquei anos te esperando. – James diz de repente me fazendo sobressaltar. Sua voz estava mais rouca e sexy. Aquilo é... Argh!

_ Eu não pedi. – digo abaixando o rosto, quase, QUASE, desistindo de tudo. – Se o que você sente por mim é tão forte que você esperou anos, porque não pode desistir do seu orgulho?

_ Porque em tudo isso só consigo ver as desvantagens caindo sobre mim. – James retruca. – Eu tenho que esperar anos, eu tenho que deixar meu orgulho, eu, eu, eu.... Não vai ser assim Evans... Eu não vou perder.

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_ Muito menos eu irei Potter. – respondo começando a sentir a raiva aumentar, reviro fundo e decido retocar meu batom quando percebo que estou sem minha bolsa.

_ Deixei minha bolsa e minha varinha lá em cima. – comento olhando de esgueira para os outros que estavam nos encarando. – Se Marcos chegar fale que já estou vindo.

Subo sem muita presa para o andar de cima e realmente escuto a campainha quando já estou na porta do quarto. De lá consigo ouvir a voz grossa de Marcos mas não dá para entender o que ele diz. Penso se James vai implicar com ele e sorrio, me repreendendo segundos depois.

James Potter seu biltre orgulhoso! Tinha que ser tão encantador?

Respiro fundo mais uma vez e pego minha bolsa em cima da cama, colocando minha varinha lá dentro. Há algum tempo podia parecer bobeira levar a varinha para um encontro casual, mas não nos tempos de hoje.

Me olho no espelho, tentando ficar menos pálida e ajeito novamente os cabelos.

_ Sei que estou sendo boba papai. – digo segurando o pingente. – Mas é preciso... Quem sabe, depois disso, James me entenda e nós nos resolvemos?

E sem receber resposta eu saio do quarto.

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POV JAMES

Demorou um tempo para entender o jogo da Lily. No inicio, pensei que ela realmente queria sair com o franguinha do Michelan, mas então saquei a parada. Ela queria que eu perdesse a cabeça e mandasse meu ego e orgulho para longe, mas não ia fazer isso. Nããão, eu não ia me deixar enganar por ela de novo.

Não que eu não a ame, porque eu amo até demais. E estou com ciúmes, muito! Mas não ia sair por baixo. Ela queria jogo? Então eu vou jogar!

E graças a isso aqui estamos.

Droga, Lily Evans podia ser só um pouquinho menos bonita e incrível?

Eu ouvi ela e as meninas descendo as escadas e logo minhas mãos começaram a suar e meu coração a acelerar de nervoso. Tentei parecer calmo, até porque Aluado e Almofadinhas estavam me encarando depois de me darem um sermão sobre como sou idiota.

Assim que a ruiva apareceu meu coração se acalmou... Na verdade, meu coração parou. Ela estava linda, perfeita, maravilhosa. Com um vestido que marcava seu corpo e deixava suas bels pernas a mostra, os cabelos soltos caindo pelos ombros e os olhos verdes realçados por uma maquiagem. Tentei me controlar e parar de olhá-la mas foi impossível, ainda mais quando ela retribuiu o olhar e me prendeu naquele verde lindo.

Mas é claro que minha alegria durou pouco pois logo estávamos discutindo. Ela tinha que entender que aquilo era loucura, que ela não devia sair com o ... Michelan. Acontece que Lily é tão teimosa quanto eu, e no fim ela subiu para pegar a bolsa e eu me encostei na poltrona me xingando mentalmente.

_ São nesses momentos que eu tenho vontade de matar um dos dois, ou os dois.- ouço Marlene dizer mas não a olho. Parece que ela ia continuar mas a companhia toca a cortando e me acordando. Eu me sento mais reto na poltrona enquanto Marlene se oferece para abrir a porta, fazendo Sirius fechar a cara.

Não demorou para eles entrarem na sala. Marlene tagarelando que Lily já descia e Michelan sorrindo idiotamente.

_ Não tem problema, eu espero por ela. – ele diz com uma voz irritante. Ele é irritante, e idiota, babaca. Olha esse cabelo, babaca!

_ Então... – Sirius diz puxando Marlene pela cintura com uma força meio desnecessária. – O Sr. e a Sra. Potter iam trabalhar hoje, mas você...

_ Eu não estava cotado para o serviço de hoje. – ele responde. Babaca.

_ Deve ser um serviço mais difícil, só para aurores realmente bons. – solto o encarando com fúria. Esse babaca podia pegar fogo e se desintegrar agora...

_ Depois de se formar auror James, todos nós somos considerados bons. – ele responde com um sorrisinho besta. – Mas devo admitir que nunca chegarei perto do que seus pais são.

_ Eu tenho certeza disso. – digo seco e percebo o olhar “cala a boca e deixa de ser idiota” do Remo.

_Hãm... Você não quer se sentar? – Dorcas oferece abrindo um sorriso educado. Ela não precisa ser educada, ele é um idiota.

_ Não obrigado, tenho certeza que Lily não vai demorar.

_ Evans. – digo não conseguindo me segurar mais uma vez.

_ Desculpe, James, mas eu vou jantar com ela. – ele diz me fazendo imaginar ele sendo torturando lentamente. – Então, acho tenho a liberdade de chamá-la pelo nome.

_ Bom, e eu acho que você tem a liberdade de...

_ James! – Dorcas me interrompe e percebo estar de pé em frente o Michelan e antes de me acalmar Lily aparece na sala novamente, um pouco mais pálida do que o normal. Ela levanta a sobrancelha para mim e olha para o babaca, abrindo um sorriso gentil que ele não merece receber. Ninguém merece, só eu.

_ Marcos, tudo bem? – ela pergunta se aproximando de nós e um idiota sorri.

_ Tudo, e a senhorita? – ele diz segurando na mão dela e dando um beijo ali. QUEM ELE PENSA QUE É?

_ Ótima. – Lily responde e eu evito uma risada quando reparo nela recolhendo a mão. – Vamos?

Não.

_ Vamos. – ele responde oferecendo o braço e Lily se enlaça nele. Minha vontade é ir lá e puxar ela para bem longe daquele filhote de testrálio idiota, mas então eu vou deixar claro que não tenho ego, orgulho ou amor próprio...

_ Espere... – Lily diz quando está na porta e volta até nós. Eu dou um passo a frente e ela parece hesitar um pouco. – Pessoal, eu não sei se vou demorar, mas não precisam me esperar ok? E avisem para onde fui se o Sr. e a Sra. Potter voltarem antes, não quero que fiquem preocupados... – ela dá de se virar, mas volta a falar. – Não esqueçam que tem um bolo no forno...

_ Lily, somos adultos, não se preocupe! – Remo responde revirando os olhos.

_ Vá logo pro seu encontro! – Marlene exclama.

_ A não ser que você não queira ir. – solto amaldiçoando minha boca impulsiva. Lily parece segurar um sorriso e se vira para mim com o queixo erguido em desafio.

_ Eu tenho motivo para não ir?

Sim, eu te amo, você me ama. Você é só minha e não pode sair jantando por aí com um imbecil idiota e babaca.

_ Não... – murmuro meio engasgado e sinto um aperto no peito ao ver desapontamento na expressão dela. Sem dizer mais nada ela dá meia volta e vai para a porta, saindo logo em seguida.

Mas o que diabos eu estava fazendo? Deixando Lily sair assim por causa do meu orgulho? Isso é idiotice, loucura!

Corro até a janela a tempo de ver o babaca e ela aparatarem e sinto um desespero me tomar. Não podia deixar isso acontecer, não podia perder Lily!

Passei anos tentando conquistá-la para agora ficar fazendo joguinhos como um garoto mimado? Afinal, porque estava fazendo aquilo?

Ego ferido? Lily já pediu desculpas...

Orgulho? Que se dane a merda do meu orgulho!

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Amor próprio? Não preciso disso, só preciso do amor dela.

Eu preciso da Lily, eu amo a Lily!

Pensei nisso tudo dando voltas pela sala. Me sentei duas vezes e voltei a andar roendo as unhas e olhando pro relógio que parecia estar sob um feitiço de lentidão.

Assim que ela chegasse eu ia falar com ela, jogar tudo pro alto. Tomá-la para mim, só para mim.

_ Não acham que eles estão demorando? – pergunto olhando novamente pro relógio, me sentando no sofá e voltando a levantar e olhar pela janela.

_ James... – Marlene diz entre dentes. – Eles saíram a DEZ MINUTOS! Dez minutos que você ficou andando e murmurando coisas igual um louco! E você está ME deixando louca! ENTÃO PARA QUIETO!

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POV LILY

Porque ele tinha que ser assim? James idiota imbecil Potter!

Eu odiava amar aquele burro, odiava me derreter com aquele sorriso e odiava ficar feliz ao ver ele claramente fuzilando Marcos com o olhar quando cheguei na sala minutos atrás.

_ Eu tenho motivo para não ir?

_ Não.

Argh! Que ódio! Ódio dele e de mim. De mim sim, porque sabia que se ele respondesse sim eu pularia nos seus braços sem me importar com nada.

Mas a resposta dele foi não, e eu decidi não me arrastar mais por ele. Eu pedi desculpas! Já fiz de tudo para compensar meu erro! Porque ele não deixa de bobeira?

_ Você está bem? – Marcos pergunta me acordando dos meus devaneios e só então olho ao redor. Estamos na porta de um restaurante chique que ficava ao lado da London Eye, a famosa roda gigante. O lugar era fantástico, cheio de luzes e embalado por uma música suave de jazz.

_ Sim. – respondo abrindo um sorriso. Marcos não tinha culpa de eu ter uma vida complicada. – Que lugar lindo.

_ Pensei que ia gostar. – ele diz me puxando levemente para a porta do restaurante. Somo levados até uma mesa para dois no canto e Marcos puxa a cadeira para mim sentar.

_ Muito obrigada. – digo enquanto ele se senta.

_ Cavalheirismo sempre, e principalmente, com mulheres tão bonitas como você. - Marcos responde abrindo um sorriso galante e eu sinto minhas bochechas corarem. Agradeço novamente e ele pega os cardápios para escolhermos algo.

Tenho um ataque de riso quando ele faz piada com os pratos mais caros do lugar e rio mais ainda quando ele resolve pedir lagosta, e se atrapalha todo.

_ Não entendi por que lagosta é tão caro. – ele diz enquanto comemos um manjar de sobremesa. – É estranho de ver, de comer... e nem tem um gosto tãão incrível.

_ Cada um tem sua opinião. – digo dando de ombros e ele concorda pensativo. Marcos é um belo rapaz, muito legal, cavalheiro, inteligente e divertido... Porque raios eu só consigo pensar em uma certo moreno de cabelos espetados?

_ Você encheu com as ostras que pediu? – ele pergunta pousando a colher na pequena taça já vazia. – Honestamente....

_ Honestamente? – repito abrindo um sorriso torto. – Não...

_ Que bom, porque eu também não. – ele diz suspirando e eu solto uma risada. – O que acha de sairmos daqui e comprarmos um cachorro-quente?

_ Acho uma grande idéia. – respondo dando uma piscadela divertida e ele se levanta deixando um monte de galeões da mesa e dano o seu braço para mim segura-lo.

Saímos rápido do lugar rindo da reação do garçom ao ver os galeões e vamos caminhando na calçada movimentada até achar uma barraquinha de cachorro-quente. Marcos compra dois e nos sentamos em um banco de concreto que fica bem ao lado da roda-gigante.

_ Então... Como é ser auror? – pergunto me virando um pouco para o lado dela.

_ É ótimo na minha opinião. – ele responde limpando o canto da boca. – Sempre fui bom em feitiços, então não tive problemas. E ajudar a combater as trevas é incrível sabe? Me faz ver que eu realmente faço uma diferença no mundo...

_ Eu sempre quis ser médica. – digo limpando minha mão depois de terminar o cachorro-quente. – E quando descobri ser bruxa, quis ser curandeira... Mas agora, minha opinião está mudando um pouco.

_ As duas profissões são boas. – ele comenta dando de ombros. – Porque sua opinião está mudando?

_ Muitos fatores. – responde suspirando ao identificar a música que tocava em um bar próximo. Hey Jude. Será que tudo vai me fazer lembrar de James?

_ Não pode me falar um?

_ Longa historia. – digo fazendo ele me olhar com a testa franzida. – Sério, não vai querer ouvir.

_ Temos a noite toda. – ele diz se encostando mais confortavelmente no banco e eu cruzo os braços olhando as cabides de London Eye rodarem. – Tem algo a ver com James?

_ O que? – pergunto surpresa por ouvir o nome do meu tormento e Marcos abre um sorriso torto.

_ Tem a ver com James Potter. – ele repete agora em afirmação e eu bufo. – Vamos, me conte...

_ Ok, me fale se tiver achando chato que eu paro. – aviso antes e começo a contar tudo, como se ele fosse meio psicólogo particular. Contei em como James sempre me encheu e com eu não gostava dele, em como eu aceitei o acordo com Emma e como tudo começou a dar errado.

Me senti estranha em contar em voz alta como percebi estar apaixonada por James e senti raiva ao lembrar tudo que Emma fez no final.

Quando terminei de contar Marcos ficou em silencio me encarando com a testa franzida.

_ Não ache que eu só saí com você para causar ciúmes. – digo rápido. – Quer dizer, no começo foi... mas você é muito legal e foi ótimo essa noite...

_ Você fez um acordo com uma menina psicótica para ajudá-la a conquistar o James... e não pensou que ia dar merda? – ele perguntou soltando uma risada e eu o encaro surpresa. – Por que tava na cara que ia dar merda.

_ Me desculpe se fui burra. – respondo cruzando os braços novamente e ele ri mais alto.

_ Me desculpe você pela ousadia, mas é que essa história é tão... obvia! – ele exclama levantando as mãos. – Vocês se amam desde sempre mas não conseguem resolver essa situação...

_ É complicado.

_ Não, não é complicado. – ele retruca segurando minha mão. – Você ama o James, e ele com certeza te ama porque... faltou isso aqui... – ele diz mostrando um pequeno espaço entre os dedos. - ...para ele me atacar mais cedo por ciúmes.

_ Acontece que o amor é complicado. – digo desviando meus olhos novamente para a roda gigante.

_ Não, o amor é simples. As pessoas que complicam tudo. – ele diz e eu o encaro. – Me diga Lily... Por um grande amor, perder o orgulho não é um preço muito pequeno? – pergunta como se estivéssemos em uma aula em Hogwarts e eu o olho estática.

Por um grande amor, perder o orgulho não é um preço muito pequeno?

_ Sim, é muito pequeno. – digo por fim sorrindo nervosa. – Você tem razão.

_ Claro, eu sou um corvino apesar de tudo. – Marcos responde abraçando meus ombros. – O espírito sem limites é o maior tesouro do homem...

_ Obrigada. – digo suspirando e sorrindo para ele. Sentia um nervosismo crescer em mim depois de aceitar o que ele disse. Ia resolver tudo com James assim que chegasse naquela casa, nem que para isso eu precisasse arrombar a porta do quarto dele.

_ Eu não fiz nada, apenas abri seus olhos, você o ama. – ele diz dando de ombros e eu concordo mentalmente. Eu amo James Potter, com todas as minhas forças. – Eu queria ser o dono desse seu amor...

Eu me separo um pouco para encará-lo e ele ri um pouco, acariciando minhas bochechas coradas. Eu gelei com o que ele disse e senti um desconforto. Não devia ter vindo nesse encontro e dado esperança a alguém tão legal como ele.

_ Não fique assim. – ele diz rindo mais e se levantando. – Não estou triste, estou conformado que não tenho chances amorosas com você. – continua me ajudando a levantar. – Mas não posso deixar de admitir que gostei de você e que te acho linda.

_ Me desculpe se...

_ Podemos ser amigos ainda não é? – Marcos me interrompe segurando minha mão e me levando para a London Eye. Eu suspiro afirmando com a cabeça. Era bom aceitar ele como amigo, enquanto aceitar o mesmo com James foi uma tortura. – Quero que se lembre quem foi que abriu seus olhos quando for fazer a lista de convidados do casamento.

_ Você está sonhando longe demais. – respondo rindo e ele dá de ombros pagando um guarda. Entramos em uma das cabines e logo a roda-gigante entra em movimento.

_ Eu sei que está ansiosa para falar com James, mas eu estava doido para andar nisso aqui. – Marcos diz olhando pelo vidro e eu fico ao seu lado, olhando as luzes da cidade.

_ Tudo bem, eu preciso de um tempo para pensar no que dizer. – digo segurando meu pingente, nervosa demais. – E depois de tudo, dar uma volta com você é o mínimo que eu posso fazer.

_ É o suficiente, minha cara nova amiga Lily Evans. – Marcos diz rindo e logo começa a apontar para os pontos da cidade que conhece e fala como tudo é pequeno e insignificante daqui de cima, enquanto eu penso em como resolver tudo com o meu James.

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Marcos Michelan(gatinho *-*):