Lost It All
Perdi Tudo (Prólogo)
"Eu dominava o mundo com estas mãos, eu estremeci o céu para o chão
Eu coloquei os deuses para descansar
Eu tinha a chave para o reino, leões guardando os muros do castelo
Salve o rei da morte
Eu estava em cima de outra guerra, outra jóia na coroa
Eu era o medo do homem
Mas eu estava cego, eu não podia ver o mundo bem na minha frente
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Mas agora eu posso
Porque eu perdi tudo, morto e partido
Minhas costas contra a parede
Corte-me
Eu estou apenas tentando respirar
Apenas tentando desvendar
Porque eu construí esses muros
Para vê-los desmoronando
Eu disse
Então eu perdi tudo
E quem pode me salvar agora?
Eu acredito que todos nós caímos às vezes" – Black Veil Brides, Lost It All
O menino moreno gostava de arriscar. Era perseguido pela mãe e pela tia, chamando-lhe atenção e oferecendo-lhe lanches. Ele era seguido também pelos olhos do primo mais novo.
Cabelos loiros rebeldes, que em um futuro próximo seriam cortados rentes a cabeça. Os olhos azulados como o céu daquela tarde de verão. Ah, deliciosas tardes de verão em família...
O garotinho aspirava ser como o mais velho: corajoso e com sede de aventura. Sonhava em, assim como o primo, subir em árvores e nadar em riachos. Infelizmente, coragem não é algo que veio "no pacote" do menor. Portanto, se contentava em observá-lo curiosamente, enquanto se divertia correndo sem se preocupar em cair e ralar a perna.
Sempre foram assim. O loiro, o garoto que se esforçava para ser um bom filho e manter a segurança de si e dos outros. O moreno de olhos verdes, aquele desleixado que burlava as regras da escola e proibições dos pais. Suas diferenças não impediram que uma grande amizade crescesse entre os dois. O mais velho gostava de levar o outro em direção a aventura e o que ele considerava "diversão. Já o mais novo, que tinha um certa noção de perigo, cumpria sua tarefa de impor limites as brincadeiras do primo. Tinham ambos algo para ensinar ao outro, e isso apenas deixava as mães cada dia mais apaixonadas por seus filhos. E claro, aquele dia não era diferente para os primos.
Exceto talvez, pelo final.
As mulheres estenderam suas toalhas para por o lanche no chão do bosque, enquanto os filhos brincavam. Claro que o de olhos verdes iria forçar o menor a alguma traquinagem, e hoje era subir em uma árvore com galhos baixos.
O moreno já esperava o de olhos azuis sentado em um galho alto, ditando para o outro onde por os pés e as mãos. Ria vez ou outra do menor meio desastrado, que lhe reprimia com um olhar raivoso. O loiro estava quase alcançando o primo, quando escorregou. O tombo não foi grande claro, mas para qualquer instinto materno um tropeço é motivo para escândalo.
Então a mãe e a tia foram correndo acudir o pequeno. Um raladinho no joelho, outro no braço... nada de grave. O que foi grave mesmo, foi o erro cometido: desviar os olhos do mais velho.
— Onde...? - o menor pergunto.
— Hey, primo! Mãe! Tia! - chamou o de olhos verdes - Olhem só o que eu consigo fazer!
O mais novo ergueu seus olhos para o som da voz do primo. O garoto se equilibrava em uma pedra comprida, com uma ponta virada para um lago pequeno, mais ou menos cinco metros da água.
— Pare! - repreendeu o primo - Desça daí!
— Relaxa, baixinho. Tenho tudo sobre o controle!
Continuou caminhando sobre a pedra, vez ou outra fingindo um tropeço apenas para assustar os familiares. O loiro muitas vezes chegou a quase ter um ataque. Isso era normal, uma implicância de primo mais velho. Mas dessa vez isso acabaria.
É incrível como coisas tão insignificantes podem acabar com a vida. Valorize-a, ninguém vive para sempre.
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