Harry Potter em outro ponto de vista

Cálice de Fogo- Capítulo 5


Alguns dias haviam se passado desde que briguei com Harry e Hermione, e desde então, não tínhamos nos falado.

Hoje era o dia da primeira tarefa e eu estava muito preocupada com todos dali. Ced e Fleur já me informaram o que eles iriam enfrentar, e não era nada fácil. O que era? Dragões.

Sim, isso mesmo, dragões. Dumbledore não estava brincando que essa competição não era para qualquer um.

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A primeira tarefa seria realizada em um campo que foi especialmente montado para isso. Cheguei cedo com Fred e Jorge para pegarmos um lugar bom e, além disso, eles queriam fazer as apostas com todo mundo.

– Tem certeza que não vai apostar Ali? – um deles, não prestei atenção em quem porque estava com a cabeça longe, me perguntou.

– Certeza, tem três pessoas que eu quero que ganhe.

– Três? Está torcendo pro Krum também?

Viro a cabeça para eles.

– Não, estou torcendo para Fleur, Cedrico e Harry.

– Achei que estava brigada com Harry. – Fred franze a testa.

– Eu estou, mas ia ser legal se ele ganhasse. – apoio os braços na grade da fileira e olho para arena. Alguns organizadores estavam colocando ovos dourados de dragão em um tipo de ninho, misturados com ovos de verdade.

– Você é legal. – Jorge comenta me encarando. – Ainda não sei como conseguiu brigar com os dois.

– Já expliquei, Harry me chamou de interesseira e falou que eu não ligava para ele. E Hermione disse que não queria ser conhecida como “A amiga de Alissa Snow”. – explico pela milésima vez.

– Sim sim, e também que Harry jogou na sua cara que gostava de você, e Hermione disse que todos os meninos gostam de você, blá blá blá. – Fred continua minha frase. – O que a gente quis dizer é que você não devia ter brigado com eles, foi besta.

– Eu sei que foi! Pelo menos a da Hermione. – falo com raiva do Harry. – Mas deixa pra lá. E aí, conseguiram algumas apostas? – olho a caixa de madeira que eles estavam carregando.

– Afirmativo. – eles dizem ao mesmo tempo e eu sorrio. Adoro quando eles falam juntos.

Dumbledore, usando a varinha para deixar sua voz mais alta, nos silencia e informa que a competição irá começar dentro de alguns minutos, ele apenas precisaria falar com os competidores.

Havia toda uma torcida, tanto de professores e funcionários como também de todos os alunos, que estavam em Hogwarts, das três escolas presentes.

Enquanto Dumbledore foi para a tenda dos campeões, alguns cuidadores de dragões trouxeram a primeira criatura. Era um belo dragão azul prateado, se não me engano, seu nome é Focinho-Curto Sueco. Pude ver medo e surpresa no rosto de todos dali.

Um canhão soa e Cedrico entra. Ótimo, ele é o primeiro, minhas unhas vão ser roídas desde o primeiro participante. Pobrezinhas.

Ced usa sua varinha para transformar uma pedra em um labrador, fazendo com que o dragão perseguisse o cachorro ao invés dele. Estava tudo indo bem, até a criatura perder o interesse no labrador e se interessar mais em Cedrico. Por sorte, ele já estava bem perto do ovo de ouro e isso não o atrapalharia tanto.

Foi o que eu pensei.

O dragão azul soltou fogo para cima de Ced, que infelizmente acertaram bem em seu rosto. Solto um gritinho e viro a cabeça para o lado.

– Você vai gostar dele mesmo com o rosto deformado? – Jorge brinca e eu soco seu ombro.

– Péssima hora para piadas sobre ele ser meu namorado. – viro para arena de novo e vejo Madame Pomfrey atendendo ele. Ah, e ele conseguiu o ovo.

O Focinho-Curto Sueco é retirado do campo e um dragão verde é posto em seu lugar. Fleur entra após alguns instantes e logo lança um feitiço para a criatura dormir. Ela foi mesmo mais esperta que Cedrico, mas ela não viu o dragão roncando, e ele acabou soltando um jato de chamas em sua roupa. Fleur logo apaga as chamas com água que saiu de sua varinha.

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– Ai. – reclamo olhando para a minha mão.

– O que foi agora?

– Não tenho mais unha para roer. Espero que o próximo não seja o Harry, se não vou ter que acabar mordendo meus dedos. Se ele for o último, eu posso me acalmar agora. – explico para um Jorge mal humorado.

Para minha sorte, e o azar de Krum, ele foi o terceiro competidor. Seu dragão era um Meteoro-Chinês, um dragão de cor vermelha e pintas douradas pelo corpo. O jogador de quadribol nem entrou no campo direito e já lançou um feitiço que deixava o dragão cego. Definitivamente o melhor até agora, exceto pelo fato de que a criatura esmagou alguns ovos de verdade antes de Krum pegar o ovo dourado.

O quarto, e último, campeão entrou no campo. Dessa vez, o dragão era um Rabo-Córneo Húngaro, e eu só sei disso porque essa espécie é a mais perigosa de todas.

Harry entrou com medo, pude perceber isso. Ele logo vê o ovo de ouro, e tenta andar até ele. Assim que dá dois passos, o rabo do dragão o acerta. Ele cai no chão e o Rabo-Córneo lança fogo nele, mas o erra.

Tentando fugir, Harry decide escalar uma das rochas, porém isso só irrita mais o dragão, que joga ele longe. Todas as pessoas estavam com medo de Harry morrer nisso.

– HARRY USE SUA VARINHA! – Hermione, uma fileira abaixo de mim, grita.

– Accio Firebolt! – ouço ele conjurando o feitiço e logo foge de novo do dragão, se escondendo atrás de uma pedra maior.

E é então que a vassoura de Harry, a Firebolt, chega voando e ele pula nela, conseguindo desviar mais facilmente do dragão. Todos aplaudem e ele vai até o ovo, mas quase é atingido por uma rajada de fogo, tendo que desviar.

O dragão, preso pela corrente no pescoço, voa para chegar mais perto do garoto, até que quebra o que o prendia. Sinto que todos ficaram com medo agora. Harry continua voando, agora com o dragão seguindo-o, e passa pela parte aonde os professores estão sentados. Rabo-Córneo, sem desviar, derruba todos dali com o objetivo de pegar Harry.

– ISSO AÍ DRAGÃO! – Jorge aplaude a criatura assim como todo mundo, que caíram em risadas.

E então, não tinha mais nada a se fazer a não ser esperar o dragão e Harry voltarem. Ou sei lá.

– Merlin Alissa, o que aconteceu com as suas unhas?! – Gina, ao lado de Fred, vê as minhas mãos.

– Eu talvez tenha roído... um pouco. – falo meio culpada olhando para as unhas.

– Não entendo nada disso, mas que unha feia. – Fred faz uma careta e Jorge ri.

– Não tem graça. – digo emburrada. – Eu roo unha quando fico nervosa. E eles quase morreram ali!

– Harry ainda está por aí com um dragão atrás dele.

– Jorge, não tem graça. – Gina e eu falamos encarando-o e Fred ri da desgraça do irmão.

– Calma aí, estressadas.

– Mas eu estou calma! – falo irônica e mostro minhas unhas.

E então, uma vassoura passa voando bem em nossa frente. Harry estava vivo, e o dragão ficou para trás. Gritos e aplausos inundaram a arena enquanto Harry pegava o ovo dourado.

Logo, estávamos no salão comunal, comemorando a vitória dele. Todos os grifinórios estavam aplaudindo e abraçando-o. Falsos, há dois dias tinha gente usando os bottons de “Potter Fede”.

– Não vai falar com ele? – Gina chega ao meu lado.

– Não. – vejo os gêmeos levantando Harry nas costas e reviro os olhos. – É sério aquilo ali?

– Querem que eu abra? – Harry pergunta e todos afirmam. – Querem mesmo?

Novamente, todos confirmam e ele vira a tampa que vinha no ovo. Um barulho estridente saiu dali, e todos taparam os ouvidos. Foi horrível.

– O que diabos foi isso? – Rony fala em um silencio total.

– Ei vocês, circulando. – Fred e Jorge tiram todas as pessoas que estavam ao redor de Harry para Rony poder falar com ele. Logo os dois vêm falar comigo. – Vai falar com ele também?

– Não, ainda estou brava. – vejo os dois se acertando e sorrio. – Aleluia eles voltaram a se falar.

– Você é a próxima que vai falar com algum deles. – Fred começa. – Com quem provavelmente vai ser?

– Não sei, não pensei nisso. Por quê?

– Nada. – os dois falam ao mesmo tempo.

– Meninos...

– Você parece nossa mãe. – Fred torce o nariz pra mim.

– A gente quer apostar.

– Não, não e não! Vocês não vão apostar nada disso. – finjo estar brava e depois sussurro. – Mas se vocês forem apostar, apostem na Hermione.

– Eu te disse! – Jorge fala bravo para Fred.

– Vocês estão viciados em apostas.

– Você está parecendo nossa mãe. – eles falam ao mesmo tempo pra mim e eu jogo uma almofada neles. Lógico, eles jogam de volta e nós começamos a brigar com as almofadas.

–------------

Eu estava lendo o Profeta Diário, como toda manhã, para ver a coluna da minha mãe. Ela respondia algumas histórias que mandavam para ela, sendo que essas histórias eram casos engraçados, estranhos ou fascinantes. Era bem legal, mas atualmente a coluna da Skeeter teve mais acessos por causa do Torneio, e tudo que ela fala ali é mentira.

– EU NÃO ACREDITO NISSO! – Hermione fala cheia de fúria perto de mim na mesa. – Ela colocou que Harry e eu estamos namorando! Ridícula. – ela se refere à Rita Skeeter.

– Sr. Weasley, isso chegou pra você. – um garotinho da Grifinória entrega um pacote para Rony. Franzo a testa.

– Desde quando você tem um empregado? – pergunto em alto e bom som enquanto tomo o café. Rony me olha furioso e o garoto fica encarando ele. – Acho que você tem que dispensar ele.

– Depois eu consigo Nigel. – ele fala para o garoto. – Vai logo.

Ele sai decepcionado e eu fico encarando Rony, assim como Hermione e Harry.

– Sabe, essa é a parte aonde você explica por que ele estava fazendo aquilo. – sugiro e vejo Harry quase rir.

– Ah, eu prometi a ele um autografo do Harry se ele carregasse as coisas.

– Ou seja, você tem um elfo doméstico em tamanho humano. – concluo e ele rouba o waffle que eu ia comer. – Ei.

Enquanto come, Rony abre o pacote e encontra umas vestes. Parecia um terno, mas não era tão... moderno. Ou bonito. Ou cheiroso.

– Mas o que...? – ele levanta com a roupa na mão e leva até a Gina, que estava mais perto de mim. – Gina acho que é pra você, é um vestido.

– De jeito nenhum vou usar isso, é ridículo.

– Rony, é pra você. – Hermione fala rindo.

– O que?

– É seu traje a rigor. – ela mostra um bilhete.

– E tem o acessório. – Harry pega um colarinho também e todos começam a rir.

– É ridículo.

– Alunos da Grifinória a partir do quarto ano, venham comigo! – McGonagall bate palmas no chamando e vejo que os diretores das outras casas fizeram o mesmo.

Nós a seguimos e vamos até uma sala que, para ser honesta, nunca tinha visto antes. Era decorada com a cor gelo, com uma vitrola ao canto e, por algum motivo, a Madame Norrra estava em cima. Ela rosna assim que vê os gêmeos e eu.

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– Acho que ela guarda rancor. – falo pra eles, lembrando do meu primeiro ano quando pintamos ela.

– Meninas do lado esquerdo e meninas do direito. – a professora orienta e eu encosto na parede, ficando de pé. Não teria lugar para todas mesmo. – Bem, é uma tradição de o Torneio Tribruxo realizar o Baile de Inverno, para melhorar os laços entre as escolas. E eu quero deixar bem claro que o baile é um evento de classe, e a Grifinória tem sido exemplo para todos em anos. Portanto, não quero que vocês se comportem como babuínos bobocas balbuciando em bando!

– Tentem falar isso três vezes sem se enrolar. – Fred me cutuca e nós três começamos a tentar, mas era impossível. Nós rimos baixinho e a professora nos olhou feio. Me afastei dos garotos um pouco e ela voltou ao discurso.

– Agora, vamos tentar. Deixe-me ver... – ela procura alguém dos meninos. – Sr. Weasley! Venha até aqui.

De mau humor, Rony levantou e foi até a professora.

– Ponha a mão em minha cintura.

– Aonde?! – ele guincha e eu rio.

– Na minha cintura. – ela mesma coloca a mão lá e a vitrola começa a tocar, com os dois dançando pela sala.

– Nunca deixem ele esquecer disso. – ouço Harry pedir para os gêmeos.

– Pode apostar que não.

Os dois ficam dançando por mais um tempo, até que dá o horário de irmos para alguma aula e ela o larga. Eu devia estar roxa de tanto segurar o riso.

– Mais uma coisa, o traje é a rigor. E não se soltem muito no baile, não se esqueçam do que eu disse! – ela nos adverte e logo nós saímos da sala.

– Rony, se você não arrumar um par, pode ir com ela.

– Cala a boca Snow. – ele me empurra e eu rio de novo.

– Ei, Ali, posso falar com você? – Ced surge do nada.

– Claro. – vou com ele e vejo os gêmeos me lançando aquela droga de olhar malicioso. Malditos.

– Então... – ele não parava de mexer as mãos por um segundo. – Oi.

– Oi. – olho para ele e lembro de uma coisa. – Esqueci de perguntar, seu rosto está melhor?

– Ah, sim. Obrigado. – ele para de novo e fica me encarando.

– Ced você tá mais estranho do que o normal.

– Desculpe, é que... tá. – ele respira fundo. – A McGonagall tava falando com vocês sobre o Baile de Inverno? – afirmo com a cabeça. – Então, eu estava pensando... você quer ir no baile comigo? – ele fala me encarando, mas logo olha pro chão.

Começo a sorrir de orelha a orelha e jogo meus braços ao redor do pescoço dele, abraçando-o.

– Quero! – falo ainda sorrindo.

– Por que você tá sorrindo tanto?

– Boa pergunta! – começo a rir.

– Você é estranha. – ele ri também. – Temos que abrir o baile ok?

– Dançar na frente de todo mundo primeiro?! Ai meu Merlin.

Vejo aquela garota chinesa da corvinal, Cho, vir na nossa direção.

– Cedrico, posso falar com você um segundo? – ela põe a mão em seu ombro e ele franze a testa pra ela. Não acho que ele a conheça.

– Ahn... claro. Já volto Ali. – ele me avisa e vai conversar com ela. Fico ali olhando a conversa.

Não foi uma conversa longa, Cho simplesmente falou alguma coisa que Cedrico fez uma cara de lamento e se desculpou. E então, a garota me olhou furiosamente e saiu pisando firme. Ced voltou até mim.

– O que aconteceu ali?

– Ela me chamou para ir ao baile, aí eu disse que iria com você.

– Menina oferecida. – bufo de raiva.

– Ciúme?

– Não, ok? Não seja convencido. – mostro a língua pra ele. –Mas ela fica quase mostrando interesse no Harry e agora vem pedir pra ir no baile com você. – vejo ele olhando o chão. – Queria que eu ficasse com ciúme?

– Você está com ciúme.

– Não estou, ela que me irrita. – cruzo os braços. – E para de falar isso. – empurro ele de leve.

– Parei já, nervosinha.

Ced.

– Ok parei, sua vez de parar com esse apelido. – ele reclama e eu apenas rio. Mas uma coisa ficou realmente na minha cabeça.

Por que eu fiquei tão feliz com o convite do baile?