Harry Potter em outro ponto de vista
Câmara Secreta- Capítulo 4
— Ótimo. – resmungo enquanto ficamos parados esperando todos os outros deixarem o corredor.
— O que foi que aconteceu? – Dumbledore pergunta calmamente.
— Eles petrificaram minha gata, foi isso o que aconteceu! – Filch diz ainda irritado e querendo me matar.
— Eu já disse que não fizemos nada. – insisto.
— Talvez, eles só estivessem no lugar errado na hora errada. – Snape começa a nos defender e nos entreolhamos. – Contudo, não pude deixar de sentir a falta do sr. Potter no jantar.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Isso foi minha culpa. Ele estava comigo em detenção, me ajudando a responder as cartas das fãs. – Lockhart intervém.
— É, por isso fomos procurá-lo, e quando o achamos, ele disse... – Hermione começa a dizer, mas pensa melhor em dizer que Harry estava ouvindo vozes.
— Eu disse que não estava com fome. – Harry inventa rápido.
— Inocentes até que se prove o contrário. – Dumbledore encerra a conversa e nos manda dormir.
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Transfiguração é definitivamente minha matéria favorita, mas até eu preciso admitir que aquela aula estava chata demais. Na verdade, não sei dizer se a aula estava chata ou eu que estava morrendo de sono para prestar atenção.
— Agora vamos aplicar o que vocês acabaram de copiar, vamos transformar animais em copo de água. É bem simples o feitiço, observem. – Mcgonagall se dirige para o pássaro que estava na mesa, bate com a varinha nele três vezes e diz o feitiço. – Um, dois, três, Vera Verto.
Na mesma hora, o grande pássaro se transforma em apenas um copo de água, exatamente como ela disse. Olho para o lagarto em minha mesa e quase senti pena de transfigurá-lo em um copo. Quase.
— Qual de vocês pode demonstrar? Hm... sr. Weasley! Um, dois, três, vera verto. – a professora anda no corredor entre as cadeiras e escolhe o ruivo para fazer o feitiço.
Ele pigarreia, bate a varinha no rato de estimação e diz o feitiço. Até teria funcionado, se não fosse pela sua varinha quebrada, o que resultou em um copo com pelo e rabo de rato.
— Precisa trocar essa varinha urgentemente.
— Professora? – Hermione chama e a professora olha para ela. – Pode nos falar da Câmara Secreta?
Todos os alunos ficaram em absoluto silêncio, prestando atenção. Acho que Mcgonagall não teve muita escolha se não contar a lenda.
— Bem, como sabem a escola foi fundada há mil anos pelos quatro maiores bruxos da época: Godric Gryffindor, Helga Hufflepuff, Rowena Ravenclaw e Salazar Slytherin. Eles viviam em perfeita harmonia, exceto por um.
— Adivinha quem? – Rony exclama em voz alta e a professora apenas balança a cabeça.
— Salazar Slytherin começou a querer ser mais seletivo quanto aos alunos, dizendo que os únicos bruxos dignos de cursar magia eram aqueles conhecidos como sangue puro. É claro que os outros não aceitaram tal ideia e Salazar abandonou a escola. Segundo a lenda, antes de ele ir embora, construiu uma câmara escondida nesse castelo, conhecida como a Câmara Secreta, e a selou para que apenas seu herdeiro pudesse abrir a câmara e liberar o horror que há lá dentro, e assim expurgar a escola daqueles que não eram dignos, na visão de Salazar, de aprender magia.
— Trouxas de nascença. – Hermione comenta ao meu lado e a professora concorda com a cabeça.
— É claro que já procuraram na escola, mas nenhuma câmara foi encontrada.
— Mas professora, o que a lenda diz ter na Câmara Secreta? – Hermione insiste.
— A lenda diz que é o lar de uma coisa que só o herdeiro consegue controlar. Diz que é o lar... – ela hesita por um momento. – de um monstro.
Um clima estranho cai sobre a sala e a aula logo acaba. Saio rapidamente com Harry, Rony e Hermione e começamos a fazer hipóteses sobre quem seria o possível herdeiro de Salazar.
— A Câmara Secreta não é apenas uma lenda, é real, e já foi aberta antes. Vocês não viram a cara dos professores? Estão todos preocupados.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Você tem razão Hermione, mas quem poderia ser o herdeiro? – continuo o pensamento.
— Vamos ver... – Rony se intromete. – Quem é o principal aluno que conhecemos que odeia todos os nascidos trouxas?
— Se você está falando do Malfoy... – Hermione olha feio enquanto ele passa junto com os dois amigos.
— É claro que eu estou falando dele! Lucio Malfoy deve ter aberto a câmara enquanto estudava em Hogwarts e agora ensinou o filho a fazer o mesmo.
— Faz sentido, mas achar que o Malfoy poderia ser o herdeiro, acho exagero. Ele não consegue nem fazer um penteado descente, imagina abrir uma câmara, controlar um monstro e matar pessoas? – debocho.
— Crabbe e Goyle devem saber.
— Provavelmente Harry, mas nem eles são tão tapados assim.
— Deve ter algum jeito de fazer com que eles nos contem. – Harry sugere.
— Na verdade tem, mas vamos estar quebrando umas 50 regras da escola e vai ser perigoso, muito perigoso. – Hermione dá a ideia, mas enfatiza o “muito perigoso”.
Reviro os olhos. – Estamos esperando o que para irmos até a biblioteca?
Após procurarmos em alguns livros, Hermione finalmente achou o que estávamos procurando.
— Poção Polissuco. Transforma você em outra pessoa por um tempo. – ela lê no livro e franze a testa. – Nunca vi uma poção tão complicada, e vai levar um mês para ficar pronta.
— Um mês?! – Harry quase grita isso e depois volta a sussurrar. – Mas Hermione, até lá metade dos nascidos trouxas serão petrificados!
— Eu sei, mas é a única opção que temos.
— Precisamos de alguma coisa das pessoas que vamos nos transformar, certo? – pergunto depois de todos concordarmos em fazer a poção.
— Certo.
— Ok, eu vou ser a Pansy. – faço uma cara de nojo. – Não acredito que acabei de dizer isso. Mas, vou ter o prazer de arrancar algum fio do cabelo dela.
— Vou querer te ver com o uniforme da Sonserina antes de você beber a poção. – Rony brinca.
— Ah cale a boca, você vai ser um Weasley com uniformes da Sonserina. – rimos e me viro para Harry. – Falando naquelas cobras, amanhã a gente tem quadribol contra eles né?
— Aham. Eles estão com as novas Nimbus2001, vai ser difícil de ganhar.
— Harry, pelas barbas de Merlin, você consegue achar o pomo antes do Malfoy, vamos ganhar fácil. – o consolo e nós quatro voltamos para o salão comunal.
—--------
Nunca cante vitória antes do evento acontecer.
Sonserina 70x10 Grifinória. Esse era o atual placar. Acontece que os jogadores ficaram realmente melhores com as vassouras novas, e Harry ainda estava lutando para achar o pomo.
Encontro Harry no campo e paro minha vassoura do lado dele.
— Acha logo essa droga de pomo antes que eles façam 150 pontos e o pomo não nos faça ganhar.
— Pode deixar.
Volto a tentar roubar a goles, até que um balaço quase acerta minha cabeça e eu sou obrigada a desviar, só que eu sem querer quase caio da vassoura.
— Tudo bem aí gelada? – ouço a insuportável voz do Malfoy fazer a brincadeira com meu sobrenome. Lanço um olhar cortante, e volto ao que estava fazendo.
Menos de 10 minutos depois, eu marco o segundo gol.
Não consigo evitar de sorrir com o grito de todos, como sempre apenas os sonserinos torcem para eles mesmo, mas mesmo assim não era o bastante. De repente, tenho uma ideia e tento chegar perto de Fred e Jorge.
— Façam um joguinho de balaços entre vocês com os artilheiros da Sonserina no meio, isso vai distraí-los e eu e Angelina podemos tentar pegar a goles e marcar. – digo rapidamente e eles concordam com a cabeça.
— MAIS UM GOL DA SONSERINA! Deixando o placar 80x20. – escuto Ludo dizer enquanto chego perto do nosso gol para tentar pegar a goles, o que nem foi preciso, porque Angelina já havia pegado e começamos a ir em direção dos aros do outro time, sempre alternando a goles entre mim, Cátia e ela quando um artilheiro vinha para perto tentar interceptar a bola. Com a ajuda de um dos gêmeos, que lançou um balaço antes de nós lançarmos goles e confundiu a goleira, nós marcamos o terceiro gol.
Mas, infelizmente, 80x30 ainda não era o suficiente.
Ou melhor, 90x30, porque eles marcaram um gol. De novo. Parece até que estamos sem goleiro, credo.
“Wood, você já pode começar a jogar.” penso, mas não digo nada, afinal ele é o capitão do time e pode me tirar dele. Se bem que ele ficaria sem uma artilheira que todos adoram e que joga bem. E modesta também.
De repente, vejo Harry fugindo de um balaço. Honestamente, não liguei muito, mas depois que prestei atenção, percebi que o balaço não seguia mais ninguém, apenas Harry. Alguém alterou aquela bola. Coincidência que o jogo seja contra a Sonserina? Acho que não.
As garotas, Angelina e Cátia, e eu decidimos simplesmente atrapalhar o jogo alheio ao invés de tentar pegar a goles. Por exemplo, enquanto Flint ia levando a bola até os nossos aros, Cátia voa na frente dele, o fazendo perder o equilíbrio e soltar a goles. Claro que Angelina estava bem ali perto para conseguir pegar a goles e sair voando pelo campo, sempre comigo ao lado para conseguir ir alternando e não deixar os artilheiros encostarem na bola.
Enquanto fico esperando uma delas passar a goles para mim, observo um pouco Harry e Mafloy voando atrás (provavelmente) do pomo de ouro e fugindo de um balaço errante que quer acertar o Harry, quando de repente Malfoy perde o controle da vassoura e cai com tudo no chão.
— Tudo bem aí fuinha? – provoco com o apelido quando chego perto dele e volto para perto de onde a goles está, só a tempo de ouvir o jogo sendo encerrado pela captura do pomo de ouro.
A Grifinória ganhou! Mas isso não muda o fato de que o balaço ainda não parou de seguir o Harry e não muda o fato de ele estar se contorcendo de dor no chão.
Aterrisso enquanto Hermione destrói o balaço com o “finite incantatem”.
— O que aconteceu? Ele acertou você? – pergunto preocupada.
— Acertou meu braço, acho que quebrou. – Harry responde com uma cara de dor.
— Não se preocupe Harry, eu conserto pra você.
— Não, o senhor não. – o moreno diz preocupado ao ver a cara do Lockhart.
— Ah, pobrezinho, nem sabe o que diz. Não vai doer nadinha. – ele levanta a manga do uniforme do Harry, aponta a varinha e diz o feitiço. Quando ele levanta o braço no ar, temos uma pequena surpresa. – Bem, isso pode acontecer ás vezes, mas o importante é que não dói mais e os ossos não estão quebrados!
— Osso? Não sobrou osso nenhum!
— Maravilha. – digo irônica e reviro os olhos. Preciso parar de fazer isso. – Harry, consegue andar até a ala hospitalar? – ele assente com a cabeça e o ajudo a levantar.
Não demoramos tanto para chegar até a ala hospitalar e madame Pomfrey logo chega perguntando o que aconteceu. Assim que explicamos, somos obrigados a ouvir um sermão enquanto ela pega um remédio.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Vocês deviam tê-lo trazido direto para cá. Emendar ossos é fácil, mas fazê-los crescer... – ela se vira para o Malfoy enquanto coloca o remédio num copo. – Senhor Malfoy pare de drama o senhor já está liberado.
— Mas a senhora vai conseguir não é?
Madame Pomfrey olha ofendida para Hermione.
— É claro que vou conseguir. – ela dá o remédio para Harry e ele cospe. Ainda bem que os gêmeos e eu desviamos, se não iria tudo em nós. – Esperava o que? Suco de abóbora? Vai ter uma noite daquelas sr. Potter. E vocês time da Grifinória, podem ir embora, não quero uma multidão aqui.
Expulsos da ala hospitalar, vamos comemorar no salão comunal a vitória junto com todos os outros.
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