Harry Potter em outro ponto de vista

Câmara Secreta- Capítulo 2


Dois dias depois estávamos embarcando para nosso segundo ano em Hogwarts. Encontrei Hermione na plataforma e decidimos embaracar para conseguir uma cabine vazia.

Já eram 10h55min e nada dos Weasley ou do Potter.

– Pontualidade não é o forte dos ruivos. – Hermione tira as palavras da minha boca e eu concordo com a cabeça, só para ver uma multidão ruiva chegando à plataforma e se apressando para embarcar.

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Alguns momentos depois, Fred e Jorge passam pela nossa cabine e acenam, mas vão para uma mais a frente. Vemos Gina atrás dos dois, mas parecia indecisa sobre onde ficar.

– Gina. – chamo e ela olha. – Quer ficar conosco?

– Pode ser, obrigada.

Um breve silêncio fica instaurado e percebo a falta de duas pessoas assim que o trem começa a se mexer.

– Gina, cadê o Harry e o Rony? Eles não vieram?

– Eles vieram sim.

– Eles perderam o trem. – Hermione olha para a plataforma preocupada.

– Impossível, eles estavam bem atrás de nós!

– Gina, eles conseguiram atravessar? – pergunto.

– Não sei! – ela exclama enquanto vê a plataforma sendo deixada para trás. – Nós chegamos muito em cima da hora e...

– Não deu tempo de eles atravessarem. – completo a frase.

– Eles não irão pra Hogwarts.

Fica um silêncio na cabine e eu decido começar a falar.

– Aposto que eles vão arrumar um jeito maluco de vir.

– Ficou louca? É impossível dois menores de idade irem para Hogwarts sem ser pelo expresso.

– Eu concordo com a Alissa, afinal estamos falando de Harry Potter e meu irmão.

Hermione bufa irritada e começa a ler um livro. Ela simplesmente odeia ser contrariada.

Depois de mais ou menos duas horas, a mulher dos doces começa a passar e nós três compramos de tudo um pouco.

– Gina. – a chamo enquanto como uma jujuba. – Como você acha que vai ser seu primeiro ano?

– Espero que seja sem problemas, diferente do de vocês. E você Alissa, como acha que vai ser o seu segundo ano? – ela se dirige a mim pois Hermione caiu no sono.

– Espero que mais calmo. – encosto a cabeça na janela e começo a olhar o céu, até que vejo um carro azul.

Esfrego os olhos para o caso de eu estar ficando louca, mas não estava, e agora tem um garoto moreno magricela pendurado na porta.

– Gina, eu acho que você devia ver isso.

Ela encosta no vidro e olha para onde eu apontei.

– Ah não, aquele é o carro do papai.

– Então eles realmente irão para Hogwarts através de um jeito maluco.

Apoio a cabeça no banco novamente e observo Hermione dormir. Novidade, ela estava lendo “Hogwarts, Uma História” quando adormeceu. Olho para Gina e ela ainda estava vendo o carro lá em cima, por alguma razão não acho que a ruiva estava só preocupada com o irmão.

– Harry é legal, não acha? – puxo assunto, para ver a reação.

– E-eu não sei, não conversamos tanto, ele só foi passar o final das férias lá na nossa casa, mas é só. – ela gagueja e fala uma coisa atrás da outra.

– Ei, calma. Respira. – rio do desespero dela. – Você gosta dele, não gosta?

Gina abre a boca para negar, mas eu a advirto com o olhar e ela finalmente admite.

– Gosto. – sussurra. – Mas não conte a ninguém!

Levo ambas as mãos até a boca e arregalo os olhos por causa de ela ter admitido que gosta do Harry.

– Ainda vou unir vocês dois. – digo por final.

– Pra que eu abri a boca?

–--------------

Já no dia seguinte em Hogwarts, a primeira aula do ano letivo é Herbologia e iríamos aprender sobre as Mandrágoras.

Bem, antes de tudo, ontem Harry e Rony realmente estavam naquele carro e conseguiram chegar até Hogwarts, mas sem conseguir escapar de uma detenção e cartas para os parentes informando o ocorrido. A sra. Weasley vai surtar.

Voltando à estufa, a professora Sprout perguntou quem sabia o que eram as Mandrágoras e Hermione levantou a mão desesperadamente.

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– Mandrágora é usada para trazer de volta ao estado normal as pessoas que foram petrificadas, mas também são perigosas, o grito de uma Mandrágora é fatal.

– Obrigada srta. Granger, cinco pontos para a Grifinóra. E essas Mandrágoras ainda são bebê então o grito não matará, apenas deixará inconsciente por algumas horas, por isso deixei abafadores do lado de cada vaso. Coloquem-nos e tenham certeza de que taparam bem os ouvidos.

Obedecemos e, por alguma coincidência, os meus tinham a mesma estampa de pelos da Madame Norrra quando Fred, Jorge e eu a enfeitiçamos, rosa choque com estrelas. Reviro os olhos pensando que provavelmente não fora de propósito.

– Todos prontos? – a professora pergunta quando todos já colocaram os abafadores. – Ótimo, agora segurem bem firme no cabo da Mandrágora que está a sua frente e puxem.

Mal terminamos de tirá-las do vaso com terra e elas começam a gritar. É um grito horrível, agudo e como um choro. Bem, é horrível e agoniante, a professora tinha razão em querer que nós tivéssemos os abafadores. Aparentemente, Neville não socializou com as Mandrágoras, já que desmaiou.

Ficamos replantando-as durante a aula toda e depois fomos para o Salão Principal comer um lanche. Estávamos Harry, Rony, Hermione e eu sentados comendo e de repente um primeiranista chega e tira uma foto do Harry. O garoto se apresenta sendo Colin Creevey e é da Grifinória também.

– Harry, qual vai ser o nome do seu fã clube? – provoco e ele joga um pedaço de salgadinho em mim. Eu ia jogar um nele, mas ouço um pio de coruja, mesmo estando cedo para o correio.

– Errol. – Rony emburra a cara ao reconhecer a coruja, que cai bem no pote de salgadinhos na minha frente. Colin, o garoto que ainda estava ali, tira uma foto.

– Essa coruja é um perigo.

– E o que ela traz também. – digo reconhecendo o envelope vermelho, um berrador.

– Rony, é melhor abrir. – Neville apoia. – Da última vez que ignorei o da minha vó, ele explodiu.

O ruivo, relutante, abre o envelope e a voz de Molly Weasley gritando preenche o Salão.

“Ronald Weasley! Como se atreve a roubar aquele carro?! Eu estou totalmente desgostosa! Seu pai está enfrentando problemas no trabalho e a culpa é toda sua! Se você sair mais um dedinho da linha vamos te trazer direto para casa!” – o berrador se vira para Gina. – “Ah, Gina querida, parabéns por entrar na Grifinória, seu pai e eu estamos muito orgulhosos.”

E assim, o berrador se pica em diversos pedaços e, novamente, Colin tira uma foto.

– Colin, nesse momento eu realmente quero que sua câmera quebre. – resmungo e ele se retira. Sorrio satisfeita e volto a comer