Apresentação: Robert Land - Feitiços de invasão.

NARRADO POR ROBERT LAND - BRUXO

Descansado no sofá, comia uma maçã enquanto lia o livro de magia.

Ontem Evan permaneceu o resto do dia se vangloriando por ter descoberto o suposto esconderijo de Alisson. Continuo com uma pulga atrás da orelha quanto a isso, por que como eu havia dito antes: tudo o que vem de Alisson é ruim. É claro que eu descobri isso da pior forma: nas caçadas com Evan.

Não que eu fosse um péssimo caçador e bruxo, não, longe disso, mas digamos que Alisson não está para brincadeira nos ataques dela. Em todos eles que já presenciei os lobos saem com alguma coisa valiosa. Além de matar pessoas a vadia rouba.

Mas o problema por agora era: como entrar na casa dos caçadores sem ser pego pelas armadilhas.

Evan havia acabado de desenhar uma planta da casa dos caçadores com as prováveis armadilhas. Havíamos analisado a casa mais cedo, então ele não teve dificuldade em fazer uma quase réplica.

– Poderíamos entrar pela frente, mas está provavelmente repleto de armadilhas. – Argumentou meu amigo enquanto analisava o mapa.

– Deve haver alguma coisa, afinal como eles entram e saem da casa? Duvido muito que seja tropicando em armadilhas.

– Você tem razão, deve haver alguma entrada e talvez seja pelo lugar menos provável.

– A pergunta é: e qual seria esse lugar?

Evan apontou aos fundos da casa e disse em seguida: talvez seja por aqui.

– Seria mais simples se usássemos magia. – Argumentei enquanto pensava em diversos feitiços que poderia finalmente por em pratica.

– Está bem, está bem. O que acha que pode fazer?

– Um feitiço de tele transporte ajudaria.

– Acha que pode realiza-lo?

– Como assim, se eu posso realiza-lo? Eu sou um bruxo sabia?

– Então vá até o esconderijo de Alisson e mate todo mundo.

– Eu sou um bruxo não uma bomba atômica.

Ele revirou os olhos levantando-se e se dirigindo a meus livros na estante resmungando “espero que consiga realiza-lo e nos garanta uma boa entrada”.

Eu lia diversos livros de magia, praticava diversos feitiços e fazia diversas poções, é claro que eu sabia me tele transportar. Uma das minhas ambições é me tornar o bruxo mais poderoso de todo o mundo, então eu devo estar atualizado e saber um feitiço tão simples quanto o de tele transportação. Bem é claro que meu objetivo seria realizado com mais facilidade se não existisse mais nem um bruxo no mundo todo, o que me faz pensar se existe mais algum bruxo afinal nunca me deparei com um.

Concentrei-me em meu corpo e esvaziei a mente e o lugar que agora visualizava era o chão da sala, me imaginava ali. Fiz um rápido movimento com as mãos e logo abri meus olhos; havia dado certo.

– Uoou, uou. – Evan riu nervoso. – Como você fez isso?

Estava em pé no chão da sala segurando uma maçã enquanto Evan me analisava surpreso e fascinado, eu nunca havia realizado um tipo de feitiço desse gênero.

– Não tenho certeza se consigo te tele transportar.

Evan sorriu maroto.

– Ora, você não é um bruxo?

Droga, por que fui usar essa expressão?

Fechei novamente os olhos, ergui minha mão em direção a meu amigo e logo depois me concentrei nele e no local que queria tele transporta-lo. Fiz o mesmo movimento com a mão e abri os olhos, não havia acontecido nada.

– Não deu certo.

– É o que parece.

Fiz novamente os mesmos movimentos e dessa vez com mais precisão e atenção, o mesmo movimento com as mãos e abri os olhos. Evan não estava mais em minha frente e sim em frente à porta.

– Consegui!

Evan examinava-se preocupado e impressionado ao mesmo tempo.

– Sem efeitos colaterais, certo?

Mexi os ombros enquanto ria.

–Sei lá, não li a bula.

Ele me olhou feio. Decidi ignorar e fui em direção a nossas armas.

– Preparado pela entrada triunfal?