Arthur - 1° Temporada

Se despedindo das sombras - Parte 2


– Porque está rindo? – disse Gabriel um pouco nervoso.

– Você não entende, Gabriel. Cinco anos atrás os alunos desapareceram. Eu, Asha e Túlius éramos diferentes de quem somos agora, por isso vamos proteger esses alunos, não importa quais forem, do mais fraco ao mais habilidoso.

Gabriel começava a se enfurecer. As palavras de Rafael estavam realmente mexendo com ele de uma forma muito negativa, mas Rafael não parava de falar.

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– E se for de seu interesse, eu acredito que este “novo rei” realmente está entre os novos alunos desta nova geração, e eu não só acredito como tenho esperanças de que estou certo.

Então a sombra que agarrava a garganta de Rafael começou a apertar com mais força, disposta a matar Rafael no mesmo instante. Parece que ela também entendia e sentia a gravidade da situação. Gabriel ficou espantado ao ver que Rafael não sentia mais dor, e que muito pelo contrário, parecia que aos poucos aumentava suas forças.

– Pare de se enganar, Rafael! – gritou Gabriel em fúria – Olhe ao seu redor. As trevas estão te cercando neste momento em que você está apenas a um passo da morte e você vem me dizer sobre o que acredita e sobre esperanças?

– Exatamente – dizia o outro sorrindo – Porque existe uma coisa nesses alunos que você ainda não sabe.

– Ah, sim! A essa hora provavelmente eles já estão morrendo também sem você por perto. Que belo professor você é, Rafael.

– Bom, em primeiro lugar... Obrigado por me elogiar... – disse o professor sem saber que Gabriel estava apenas sendo sarcástico – E em segundo lugar... eles não estão morrendo. Sabe, enquanto houver esperanças, haverá luz. E enquanto tivermos luz, por mais que seja uma única faísca, esta luz sempre vencerá as trevas.

Ao dizer essas palavras, o sol começava aparecer dentro da floresta, resultado da magia que Philip havia lançado com a ajuda de seus amigos, o que já vimos pouco tempo atrás. Até mesmo a chuva já havia desaparecido antes do sol surgir, fato que nem mesmo Gabriel havia percebido, já que estava tão fanático pelos seus propósitos. Quando os raios do sol chegaram até a sombra que prendia Rafael, a mesma começara a queimar e rapidamente soltou o jovem mago e professor, voltando a ficar presa nos pés de Gabriel. Quando este sentiu a sombra se prendendo novamente ao seu corpo, sentiu as queimadoras sofridas pela sombra, e não pode evitar de soltar um breve gemido de dor, o colocando de joelhos no chão.

Rafael, agora com seus movimentos recuperados e com o sol o dando mais energia, puxou novamente o cajado em suas mãos e invocou seu espírito novamente.

– Eu tenho um recado para seja lá quem for o seu mestre, Gabriel. Diga a ele que esta geração de alunos irá se tornar a maior geração que o reino de Outrora já treinou, e que ele deveria se incomodar muito com isso.

Então seu cajado começou a brilhar e soltar algumas faíscas, que logo após foram disparadas por Rafael em forma de um raio, deixando o estado de Gabriel que já estava ajoelhado para derrubado. Sem forças para lutar, as sombras que ainda não haviam desaparecido vieram pelo chão abaixo de Gabriel e começaram e puxá-lo para dentro da terra. Gabriel disse que ainda haveriam de se encontrar, e desaparecendo nas sombras, deu uma última gargalhada. Rafael sabia que Gabriel estava dizendo a verdade quando disse que voltariam a se ver, porém, o que importava naquele momento para ele era o fato de que seus alunos haviam conseguido trazer a paz novamente para a floresta. E de que havia se esquecido do caminho de volta para o ponto de encontro.