Todos os alunos se espantaram com tamanha força de Túlius, que apenas percebeu o que havia feito depois de alguns segundos.

– Hunf! Acho que acabei me empolgando de novo. Bem, o importante é que estamos todos vivos ainda. Agora... Quem é o próximo?

De repente, surgiram outros filhotes de dragão vindos do céu. Uns ficavam sobrevoando, esperando o momento certo de atacar, e outros preferiam pousar e cercar os alunos. Túlius era muito forte, mas não tinha inteligência o suficiente para pensar em um modo de derrotar tantos filhotes sem machucar a si próprio e aos alunos.

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– Isso será um pouco mais difícil do que eu pensei... – dizia Túlius para si mesmo.

Então, o primeiro resolve atacar um dos alunos, o qual estava bem distante do professor que cuidava do grupo. Tarso foi mais rápido do que a criatura e agiu a tempo de desferir um golpe com sua espada, a enfiando em seu coração, ponto mais fraco e desprotegido de seu corpo. O filhote morreu no mesmo instante, algo que fez todos os outros filhotes de dragão fazerem um ruído muito forte e alto, deixando todos sem ouvir praticamente nada.

– Parabéns, Tarso! – gritou Túlius – Mas acho que acabamos irritando o resto da família!

Neste mesmo momento, todos os filhotes resolvem atacar ao mesmo tempo. Túlius fechava os olhos e não acreditava que um guerreiro tão poderoso como ele acabaria morrendo naquele lugar, mas se tivesse de acontecer, então morreria lutando e com honra.

Ao fechar os olhos, sentiu um zunido muito forte passar perto de seus ouvidos, algo como o som de uma flecha. Decidido a abrir os olhos, assim o fez, vendo que a ajuda finalmente havia chegado.

Realmente era o barulho de uma flecha que havia escutado. Flecha disparada por uma besta que Asha carregava consigo, e cuja ponta carregava uma esfera que ao explodir, espalhou uma fumaça escura, além de provocar uma luz que deixava qualquer um cego, inclusive os filhotes de dragão.

– Já estava quase matando todos, Asha! – disse o professor, recusando que estava em uma situação ruim.

– Não duvido de você, Túlius! – falou Asha – Mas quando vi as árvores caindo ao longe, apesar de saber que era você, comecei a temer pelos alunos. Perdeu o controle, como sempre, não é?

Túlius começou a rir fazendo um sinal positivo com a cabeça, e então disse:

– E então? Acredito que você já chegou com um plano em mente.

– Não exatamente... – disse Asha – Na verdade, eu usei a esfera de luz que Rafael me arrumou para ganhar tempo, apesar de que essa fumaça não irá durar muito tempo.

– O que? – disse Túlius espantado – Você não preparou um plano? E agora o que vamos fazer?

– Eu não sei o que vamos fazer! Se soubesse, esse seria o meu plano, você não acha?

– Ainda com a mania de fazer planos de última hora – reclamou Túlius.