Capt.11 – A doença.



A noite, foi tranqüila apesar de tudo... Iríamos para a escola, á alguns minutos. E eu havia esquecido de fazer o dever de casa.


Coloquei meus cadernos em cima da escrivaninha, e não demoraram nem 1 minuto, para concluí-los.


- Vamos?Não é comum você se atrasar... – disse Willy, vindo á porta de meu quarto.


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- Sim, vamos. – terminei de guardar as coisas em minha bolsa, e desci o acompanhando.


- Honda? – me perguntou malicioso.


- Hoje, não... – disse com calma, entrando na garagem.


- Vou me igualar á você. – disse ele seguindo para sua Suzuki.


- Bom Dia pessoal. – Disse Cristopher, me dando um beijo na testa.


Eu nunca tinha sido a sua “cunhada” mais...agora ele queria ser meu “cunhado”.... era difícil entender o que se passa na cabeça de vampiros velhos...


- Bom dia. – Respondi, abrindo o portão da garagem.


- Julie! – gritou Liza enquanto entrava na garagem. Ela estava mais animada do que nunca.


- O que foi? -perguntei confusa.


- Não posso dizer aqui. – murmurou.


- Você é mesmo doida... – sussurrei me levantando e indo para a Suzuki.


- Julie... – disse Alana entrando na garagem, num tom um pouco mais tranqüilo.


- O que foi ? – perguntei.


- Eu estou com você. Á qualquer situação ou ocasião. – Disse explicando-se.


- Está falando sobre...? – incentivei-a a falar.


- Você... e ... “ele”. – disse ela.


- Eu não estou namorando com ele. – falei ríspida num sussurro.


- Por enquanto... – respondeu e saiu saltitando pela garagem.


Terminei de abrir a garagem, e fui para minha moto.


- Corrida? – propôs Eliot, subindo em sua Honda.


- Não...hoje não é meu melhor dia... – respondi, subindo em minha moto.


Dei partida e acelerei.


O dia em si,era bonito. Mais me prometia muita loucura. Ao chegar na escola, estávamos atrasados, e o sinal tocou.


Fomos correndo ao nosso armário, e pegamos os livros e vimos os horários, nos desejamos boa sorte, e corremos para a sala.


Minha aula era de Geografia, e eu estaria com Ket. Estaria sem o garoto – perfeito - me encarando.


A sala de geografia, não ficava longe dali, e eu esperava, Ket, para sentar-se comigo.


Ao entrar na sala, Ket, não estava em nosso lugar tradicional, ou melhor, ela não estava na sala, pelo segundo dia.


No mesmo local, estava Thays. Irmã de Arthur. Era o único local disponível na sala. Tive de ir sentar com ela.


- Olá. – Disse, sentando-me ao seu lado.


- Olá, como vai? – me perguntou docemente.


- Vou bem e você? – continuei.


- Tudo bem também... você já foi visitar Keteriny? – me perguntou me deixando confusa.


- Eu não sei onde é a casa dela... – respondi, olhando-a e sentindo o cheiro de mutadores que dela emanava.


- Você não sabe de Ket? – me perguntou surpresa.


- O que aconteceu com ela? – a perguntei receosa, enquanto a senhora Jones, começava a explicar.


- Ket, é portadora de câncer... e está em seus últimos meses de vida... – disse ela numa voz mínima.


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- O-o que? – consegui arrancar de minha garganta.


- Ket, vive sozinha e isolada, por seus amigos, eles a abandonaram depois de ficar sabendo de sua doença... – respondeu-me.


- Eu não posso acreditar... – apenas disse.


- Ket, pelo jeito, teve medo que você a rejeitasse e então não lhe falou nada... – explicou ela.


- Ela está no hospital? – perguntei atônita.


- Sim... – respondeu e logo á interrompi.


- Você sabe onde ela está? – pedi.


- Bom... não sei... mais posso te levar lá... – disse ela.


- Pode fazer isto depois da aula? – perguntei.


- Bom... Oliver, queria falar com você... mais posso falar com ele... – explicou ela.


- Eu não estou com cabeça para conversas... – disse.


A professora Jones, iniciou a explicação, e me perdi em pensamentos.


Como estaria Ket? Eu parecia tão superficial? Eu não entendia suas razões reais para fazer isto comigo...Porém... ela era apenas humana. E não poderia ver que minha amizade para com ela, era tão especial.


- Nick...como está...hm... você e meu irmão? – me pediu, tirando-me de meus devaneios.


- Não sei bem... – respondi vagamente.


- Quero lhe dizer algumas coisas... – explicou ela.


- Pode dizer. – Acrescentei.


- Bom... meu irmão ama muito você. Ele a conhece desde que você nasceu... mesmo sabendo que você seria futuramente uma vampira...temos pele de diamante, mais não um coração. – Disse-me como um recado.


- Eu não sei dizer ao certo... o que sinto por ele... – respondi anotando algumas coisas em meu caderno.


- Por enquanto... Ele daria a vida por você. Então não o magoe... – disse Thays, atenciosa.


- É... vou me lembrar disso. – Disse e comecei a desenhar em meu caderno.


Eu envolvia letras de música, com capas de CDs, e mais temas... Uma voz estridente e irritante, veio á mim.


- Srtª. Wants? – perguntou a professora.


- Srª. Jones? – perguntei no mesmo tom.


- Pode compartilhar suas obras conosco? – perguntou ela sarcástica. Enquanto ela me questionava, minha lapiseira, funcionava, escrevendo um bom resumo de suas aulas ao longo do ano.


- Acho que não está com muito conteúdo... – respondi, persuasiva.


- Não somos tão rigorosos, Srtª. Wants... – rebateu ela.


- Então tudo bem... – dei início á leitura do resumo, que se prontificou em segundos e acabei por deixar quase toda a sala de queixo caído.


- Obrigada. – disse a professora voltando ao quadro.


- É uma boa vantagem de ser sobrenatural, não é? – me perguntou Thays, divertida.


- É... tem seus benefícios.... – ri com ela.


- Então você é compositora...- comentou.


- Bom.... de uma espécie estranha... que nunca canta a mesma música por duas vezes.. – ri sem humor.


- Mas você acompanha com algum instrumento? – me perguntou.


- Bom.. eu ganhei um livro de “aprenda a tocar teclado” e hoje uso como acompanhamento...mais fico surpresa que não saiba disso... – comentei.


- Por? – me pediu.


- Seu irmão não sabe tudo sobre mim? – perguntei sarcasticamente.


- Bom... ele não entrou em detalhes... – respondeu ela, olhando para mim.


Ela voltou-se para seu caderno, e em seguida, me olhou divertida.


- Mais ainda não me disse nada sobre vocês dois... – disse ela.


Fiquei envergonhada, e abaixei minha cabeça, e respondi sem olhá-la.


- Não houve nada... – respondi envergonhada – não á nada a dizer...


- E quando vão sair novamente? – perguntou curiosamente feliz.


- Thays... eu e seu irmão, não temos nada de mais... – disse a ela séria.


- Jura? – disse ela não acreditando em minhas palavras.


- Por enquanto, não á nada. – Jurei, levantando minha mão.


- Hm...por enquanto? – me pediu maliciosa. – Então pretende ter algo mais?


- Quem sabe? não se pode dizer nada... – acrescentei novamente.


- Ele vai adorar saber disto... – disse ela.


- Por favor...não envie relatórios ao chefe.. – disse sorrindo, á ela.


- Ele vai querer me matar... – disse ela, se fingindo de vítima.


- Você é forte.... – disse á ela.


Ela riu e o sinal tocou. Levantei-me arrumando meus objetos pessoais, em minha bolsa, e me dirigi á porta. Um cheiro doce e quase irresistível, me esperava porta á fora.


- Olá, amor... – disse carinhosamente.


- Olá. – disse sem humor... por dentro, eu soltava fogos de artifícios com a palavra “amor”.


- Está de mal humor? – pediu ele rindo.


- Talvez... – murmurei.


- Por..? – incentivou-me a contar a ele.


- Por que minha melhor amiga, não me contou que possuía câncer? – respondi sarcástica.


- Hm... Ket? – perguntou ele arqueando a sobrancelha.


- É. Todos sabiam. Menos eu. – Disse indo para meu armário, com uma expressão nada amigável.


- Posso levar você até ela, ao invés de Hay. – Disse com um sorriso, brincando em seus lábios, e os olhos brilhantes como diamantes, os mesmo diamantes, que se derretiam ao ter contato comigo.


- É, pode ser. – disse colocando alguns livros no armário.


- Eu estava com saudades.. – disse me encurralando em meu armário.


- Arthur... – avisei, com os olhos fechados. Minha mente gritava para que eu não deixasse ele fazer nada; pois depois seria muito mais complicado me afastar; mas o pior de tudo, era que meu corpo, estava em êxtase, e ignorava minha mente, como se ela nem existisse. Eu nunca havia beijado ninguém, mais minha boca, possuía um imã com a dele.


- Um beijo... por favor...- ele implorou. Ele estava muito próximo de mim, porém escapei da tentação por baixo do braço que me prendia.


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- Arthur...eu não posso. – disse me dirigindo para o ginásio.


- Você não pode ou não quer? – perguntou, ao fechar meu armário, e andando atrás de mim com um olhar fulminante.


- Arthur...eu não posso. – repeti, com ênfase.


- Entendo... – disse ao entrarmos no ginásio, ele me seguia e minha expressão era fria, eu evitava olhá-lo. Pois as duas tentaçõesque existiam nele, era mais do que grandes... eram apavorantes.


- Vai jogar? – perguntou levantando as sobrancelhas, ao entrar no vestiário.


- Talvez... – disse ao desaparecer de lá á dentro.


Fui direto ao meu armário sem nenhum comentário. E fui assustada quando ouvi uma voz serena.


- Olá, eu sou Alexia Monterello, e gostaria de fazer algumas perguntas para o jornal da escola, se não se importar são sobre relacionamentos escondidos... e sobre você e Oliver... o gato da escola, o cara que não dá mole pra qualquer uma... você é muito sortuda, sabe? – ela tagarelava sem freio na língua. Eu nem mesmo tinha dito “oi”, e ela já estava me confundindo.


- Eu e Oliver Twist? – perguntei perplexa.


- Sim... vocês estão muito juntos...tipo, muito mesmo.. – disse ela estilo patricinha.


- Você deve estar vendo coisas... – disse pegando minhas coisas, e indo trocar de roupa.


- Você poderia fazer a entrevista? Por favor... – suplicou e me seguiu.


- Se eu fizer, você vai encher de coisas que eu não disse. –dei de ombros e continuei a seguir em frente.


- Eu prometo que não...por mais que já tenha feito isso... – disse ela pensando alto.


- Como é seu nome mesmo? – me virei para frente dela, estreitei meus olhos, e fiz cara feia.


- Alexia.. – disse ela sem entender nada.


- Escuta aqui. Eu não to nem um pouco a fim de ouvir baboseiras e nem dar uma droga de entrevista, pra dar motivos para criar fofocas, e coisas que não existem. – dei de dedo em sua cara ela em olhava perplexa.


- Só uma entrevista... – implorou ainda.


- Não. – disse e me retirei de sua frente. Fui para o local onde trocaria de roupa e assim o fiz. Dobrei as demais roupas e guardei em meu armário. A garota parecia ter desistido, e eu agradecia-a por isso. Saindo porta a fora, Willy, estava lá. Muito animado.


- E aí? Pronta para o basquete? – me pediu malicioso.


- Até parece que vou querer que jogar com as garotinhas... – disse de mau humor.


- E por isso... o técnico deu-lhe uma chance... se você se sair bem hoje, poderá jogas sempre... – disse ele sorridente, enquanto caminhávamos para a quadra.


- Por isso que eu te amo, Will.. – disse sorrindo.


- Interesseira... – riu comigo. – Você está com aquele cheiro de lobisomem...o que andou fazendo? – perguntou trocando de humor, enquanto esperávamos ordens do treinador.


- Nada, ele apenas me acompanhou para a aula... – disse massageando minhas têmporas. – e além disso, o que você tem haver com isso? – perguntei, estreitando meus olhos.


- Eu apenas me preocupo contigo... – disse dando de pulsos.


- Bom dia pessoal... – disse o técnico, olhando para a arquibancada, repleta de alunos.


- Bom dia. – todos responderam em uníssono.


- Basquete; - anunciou ele, jogando as bolas, e dividindo o campo em dois, com os gestos. – Garotas com exceção de Julie, lado esquerdo. – disse ele olhando para mim, e atraindo mais os olhares á mim. – Garotos lado direito.


Ele disse e me olhou mais uma vez.


- Vamos... – Willy, pegou meu braço, e me levou para quadra. Arthur, me olhava diabólico. O que se passava naquela mente? O que tinha em seus pensamentos?


Eu possuía muitas perguntas sem alguma resposta;