Prólogo O que eu era? O que eu sou? O que eu serei? Todas as perguntas tinham só uma resposta. Nada. Nada além de uma menina obcecada com um mundo fictício, o usando como conforto. Tão obcecada fui que me apaixonei. Realmente me apaixonei, com uma estranha devoção. A devoção que ele tinha de todo seu reino. Eu era pior do que uma mortal. Eu era humana, eu era frágil. Eu tinha sentimentos. Esses sentimentos me machucavam mais a cada dia. Eu me machucava. Esperando adormecer e sonhar com ele. Dentro de mim, eu sabia que tinha alguma ligação com ele, eu o amava. Mas mesmo assim, a certeza de meu amor era tão grande quanto a certeza de que ele não era real. O Deus do Trovão, era uma grande mentira. Uma ilusão da minha mente. Eu amava uma ilusão. Um dia, fui para meu quarto e comecei a chorar, como sempre. Minhas lágrimas, como uma canção de ninar, me adormeceram docemente, aquela prazerosa dor. Fui guiada por aquela mão fria e pálida até meus sonhos. Meus sonhos eram meu refúgio, eram como meu sustento. Eu não sabia do poder deles...

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