Destinos Cruzados

Descobrindo Sentimentos


Sabe quando uma sensação de felicidade invade o seu corpo, e você só consegue falar através de gestos e não por palavras? Foi isso o que aconteceu com Gina no momento em que Harry lhe pediu em namoro.

Nunca havia imaginado que Harry Potter, o tão famoso cara entre as mulheres, seu chefe e amigo, um dia poderia estar ali em uma praça pública lhe pedindo em namoro.

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Isso nunca tinha acontecido em sua vida. Com Dino tudo foi diferente, ele não havia feito esse pedido, simplesmente aconteceu, e com Harry as sensações pareciam ser muito mais intensas, ela se sentia mais viva, e nos beijos que trocavam a paixão sempre se mostrava presente. Bastava que se encostassem para que seus corpos se acendessem como chamas.

É claro que a ruiva aceitou o pedido, mas não respondeu em palavras, e sim em um beijo que tirou o fôlego do moreno.

Ficaram ali até tarde da noite, porém Harry só não passou a noite inteira com a jovem porque tinha uma prova na faculdade no dia seguinte, mas ficou o máximo que pôde, e depois a deixou em casa, prometendo que compensaria no fim de semana.

Gina sorria bobamente, enquanto caminhava até a porta de sua casa, quando viu uma pessoa sentada nas escadas da entrada. Assim que reconheceu quem era, levou um susto.

Dino, seu ex-namorado, a esperava, e abriu um enorme sorriso ao vê-la chegar. Notou o quanto ela estava bonita no vestido branco, e o quão estúpido ele havia sido por trocá-la por um emprego.

– O que faz aqui? - ela perguntou seca.

– Podemos conversar? - pediu, com seu tom de voz normal de sempre, e seu jeito doce.

– Já estamos fazendo isso, não? - respondeu-lhe com os braços cruzados.

– Gina, por favor, me perdoa. Eu...eu larguei tudo por você. Voltei pra ficar.

– Perdeu seu tempo, Dino. Deixei bem claro que estava tudo terminado entre nós.

– Gina, pense bem. Vai jogar todos os anos que passamos juntos fora?

– Dino, não tem conversa, além do mais foi você que jogou todos os nossos momentos juntos na lata do lixo.

– Gina, eu voltei por você. Estou aqui, vamos esquecer o que passou, meu amor. Volta pra mim.

– Não, Dino, não tem volta. Eu estou com o Harry agora, e estou muito feliz. Agora se me der licença, quero entrar. - a jovem ia subindo as escadas quando o rapaz lhe pegou pelo braço e forçou um beijo. Ela o mordeu com tanta ferocidade que arrancou sangue de sua boca.

– Aiiii! Ficou louca? – ele disse, limpando o sangue que escorria dos lábios com uma das mãos.

– Isso é para que aprenda a respeitar minhas decisões. Não quero te ver nunca mais na minha frente, Dino.

– Isso não vai ficar assim. Você vai se arrepender de ter me deixado. - ele respondeu. Em seus olhos só se via fúria e mágoa.

Ela não esperou que ele continuasse a falar e entrou em casa, batendo com a porta em sua cara.

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No carro a caminho de casa Astoria ainda ria da reação de Draco. Não havia nenhuma festa, nem mesmo um acompanhante, a pessoa era na verdade uma amiga que a pedido da jovem, foi buscá-la. Estava apenas dando o troco no loiro por tê-la deixado na adega depois do beijo quente que trocaram.

Toda aquela produção era para na verdade, convidá-lo para saírem depois que fechassem o restaurante, mas depois do ocorrido, resolveu dar o troco e deixá-lo com ciúmes, e conseguiu. O rapaz havia ficado louco só de pensar que ela saíra com outro.

– Tem certeza que ele não desconfiou? - a outra perguntou.

– Absoluta. Aquele ali é um tapado que não se liga em nada, mesmo que esteja bem a sua frente. Uma vez eu tive que praticamente agarrá-lo pra ele tomar uma atitude. - respondeu, sorrindo bobamente ao lembrar do dia em que se beijaram pela primeira vez dentro do carro.

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– Já que está dizendo...mas pelo que te conheço, eu acho que você ta caída por esse cara.

– De jeito nenhum. Ele é até gostosinho sim, mas nada mais que isso.

– Sei. - disse a amiga com uma das sobrancelhas elevada.

A conversa havia terminado ali. Astoria continuava a lembrar do dia em que se beijaram e ficou calada o restante do caminho.

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Respiração ofegante, e corpos suados. Assim estavam Ronald e Hermione, esparramados na grande cama da morena. A jovem que estava deitava no peito do ruivo tinha as bochechas rosadas pela temperatura elevada de seu corpo, e o ruivo permanecia de olhos fechados. Haviam acabado de fazer amor pela terceira vez, e já não tinham mais forças para sequer levantar.

Estavam se entendendo muito bem, a julgar pelo jeito como se tratavam antes. Mas para Rony era mais que isso. O rapaz já não conseguia se ver longe da morena. Pensou que poderia ser pelo fato de ela ter sido a primeira mulher em sua vida depois de Lilá, mas a verdade era que ele já não pensava na ex-namorada antes de Hermione aparecer em sua vida. Para ele, não importava se fosse por esse motivo ou não, o que importava era que ela estava ali junto a ele, e não iria deixar que fosse embora.

Resolveu provocar um pouco a jovem, mas ela já dormia como um anjo em seu peito, com os braços envoltos em sua cintura. Abraçou-a com ternura e dormiu em seguida.

[...]

Pela primeira vez na vida Hermione havia perdido a hora. Estava ainda abraçada ao ruivo quando abriu os olhos, e viu que faltava apenas vinte minutos para estar no jornal. Pulou da cama com tanta rapidez que acabou acordando Rony.

– Bom dia! - ele disse com um largo sorriso ao espreguiçar-se.

– To atrasada! - respondeu enquanto ia em direção ao banheiro. Ronald riu do modo como ela agia quando não tinha controle da situação.

Em cinco minutos, a jovem saiu enrolada em uma toalha com os cabelos presos.

– Eu não acredito que você ainda não se vestiu! – exclamou nervosa.

– Hermione relaxa ta legal. Só perdemos a hora. - enquanto ele falava, ela se arrumava, pegando as primeiras peças que via em sua frente.

– Eu nunca cheguei atrasada na minha vida!

– Pra tudo tem a primeira vez! – brincou.

Depois de arrumada, apenas prendeu os cabelos em um rabo de cavalo.

– Hoje não vou poder te deixar em casa, mas pode me esperar aqui se quiser. O Harry não vem em casa durante o dia. – ela sugeriu.

– Acho melhor não. O dia vai se tornar uma eternidade sem você aqui.

– Então se vista logo! Você me deixa no jornal e fica com o carro, e depois me busca.

– Então está dizendo que quer me ver hoje de novo?

– Estou dizendo que você ainda me deve um encontro, agora vamos! - a jovem tinha um olhar divertido.

– Tá, já vou, mas antes...- ele a pegou pela cintura, e tascou-lhe um beijo que a deixou sem fôlego.

[...]

Assim que chegou no jornal, Luna já a esperava em sua mesa impacientemente.

– Bonito hein dona Hermione, chegando atrasada. – Luna advertiu-lhe.

– Luna desculpe, eu perdi a hora.

– A noite deve ter sido muito boa pra fazer você perder a hora. - a loira disse, provocando-lhe. Mas o que ela não esperava é que Hermione confirmasse que era esse o real motivo. – Que? Pode tratar de me contar tudo, quem é o gato?

– Tem certeza mesmo que não sabe, Luna? - a loira só faltou dar pulinhos de alegria.

– Finalmente você e o Rony se acertaram! - Luna não entendeu o por que Hermione debruçou-se sobre a mesa. - Você está bem?

– Não - disse chorosa. - eu acho...que estou gostando mesmo do Rony.

– E isso é ruim por...?

– Luna é o Rony!

A loira puxou uma cadeira, e se sentou de frente para a amiga.

– Hermione, o Rony é um cara maravilhoso...

– Eu sei...é por isso mesmo!

– Você está com medo de se apaixonar, e acabar sofrendo, mas o que aconteceu com o Cedrico foi uma fatalidade.

– Ele pode não sentir o mesmo.

– Eu duvido muito. O Rony ta caído por você faz tempo. - Hermione a olhou confusa. - Mas enfim, eu vim aqui para lhe entregar as matérias da edição de amanhã, e o convite da festa de Halloween.

– Que festa é essa que eu não estou sabendo.

– Neville e eu estávamos combinando há tempos, mas não falamos nada pra não criar alardes. Como os convites já estão prontos, nós começamos a distribuir. - a loira lhe entregou o pequeno envelope e uma grande quantidade de papéis.

Enquanto o resultado das investigações sobre Victor Krum não saía, sua função era revisar os textos diários.

O dia longe de Rony estava se tornando uma tortura para Hermione. Ela que já estava acostumada a sempre ter o ruivo por perto, mesmo que fosse em alguma discussão, sentia falta quando ele não estava, e agora que haviam acertado suas diferenças, sentia ainda mais falta.

A única opção que tinha era mergulhar na enorme pilha de papéis a sua frente, e esquecer o ruivo, pelo menos por algumas horas.