Capítulo 9


— Maconha. — desistiu e confessou.

— Maconha? Por quê?

— Qual é, foram só algumas... E até parece que você é a melhor pessoa pra falar disso. — disse e o garoto afagou o espaço da cama ao seu lado para ela se sentar.

— Bella, você promete que vai parar com isso? — entrelaçou sua mão com a da garota com uma expressão preocupada no rosto — Eu sei que não sou a melhor pessoa pra falar isso, mas eu nunca iria querer para os meus amigos algo assim, por que eu sei que não é bom, por que...

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— Matt, fala. — encorajou-o.

— Por que eu também era um drogado — admitiu de cabeça baixa. – Mas eu era! Parei, assim como você também vai parar, não é?

— Eu vou parar. — sorriu para ele. — Mas agora eu preciso falar uma coisa.

— Falar o que?

— Você ta ridículo de catapora.

— Eu sei. — os dois riram. — E você tem que ficar longe, senão vai pegar também!

— Eu já tive catapora.

— Outro motivo pra ficar longe. Sabe que é ruim e ainda fica perto de mim?

— A gente só pega catapora uma vez, Matthew.

— Err, eu sabia. — disfarçou abraçando-a de lado. Ficaram um tempo em silêncio.

— Obrigada. — disse a garota, de repente.

— Pelo que?

— Não faço a mínima idéia, mas obrigada.

— De nada? — respondeu/perguntou o garoto. — Que de repente! Você é louca,Bella. — deu-lhe um beijo de esquimó, sorrindo.

— Você fala isso como se fosse normal. — retrucou, também sorrindo — Sei lá, eu sinto que tenho que te agradecer, só isso. — deu de ombros. Passaram mais um tempo em silêncio.

— Você aceitaria me ajudar em algo muito importante? — a garota novamente quebrou o silêncio.

— Claro, o que é?

— Me ajuda com oEdwin?

— Mas... Como eu posso ajudar? — indagou confuso, coçando a nuca “de um jeito sexy”, nas palavras deIsabella.

— Eu quero que ele se enturme, mas não vou conseguir isso sozinha. Me ajuda,s’il vous plaît?

— Eu ajudo. Mas não foi pelo francês que, aliás, ficou ridículo com você falando.

— Claro que ficou. — ironizou a garota. No mesmo instante uma enfermeira entrou no quarto.

— Desculpe atrapalhar, mas eu trouxe seu almoço, Sr. Broderick.

— Tudo bem, eu já estava de saída mesmo. — disseIsabella, indo em direção a porta, mas ao ver que o garoto iria protestar, completou: — Eu ainda não vi aRosalie e você sabe como ela é, então é melhor eu ir andando. — e saiu. Chamou um táxi e voltou para a escola. Chegou no mesmo instante em que o sinal tocou, anunciando o intervalo.

— IsabellaSwan, por que eu fui a única a não te ver? Po, você voltou e só eu não fico sabendo? — umaRosalie escandalosa para a garota no meio do pátio. Seu rosto entregava seu nervosismo, mas de repente mudou para uma expressão calma, mas animada. — Você voltou! — gritou e em seguida começou a dar pulinhos e a abraçar fortemente.

— Rosalie, pára.

— Quanta animação! — ironizou — Você acaba de voltar de New York e não deixa nem eu matar a saudade. — reclama eIsabella a olha entediada.

— Um fato: você e oEmmett se merecem. — sorriu de lado e abraçou apertado. Ao afastarem-se,Isabella viu alguém. — Eu já volto. — saiu de perto.

— Oi. — sentou-se ao lado da pessoa, pegando em sua mão.

— Oi. — o garoto respondeu e segurou sua mão. — Como está sendo seu dia? Muito emotivo pra você?

— Um pouco, mas dá pra agüentar, já que eu também estava com saudade desse povo todo. Mas teria sido bem melhor se você estivesse comigo.

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— Isabella...

— Edward, eu realmente quero ver você melhor. Sei que não gosta de falar desse assunto, mas você não pode ficar assim pra sempre. E já que você não quis tratar seu autismo com um profissional, vai ser tratado pra mim, a ultima pessoa que você queria que sequer pensasse nisso.

— Tudo bem.

— Como é que é? Você não vai reclamar? — surpreendeu-se a garota.

— Não.

— Você está doente? — passou a mão por sua testa, como se estivesse medindo sua temperatura.

— Não, eu não estou. — respondeu tirando a mão da garota de sua testa. — Eu apenas desisti de tentar parar com isso. Você é insistente demais é incontrolável. Não há nada que eu possa fazer. Se eu reclamar, estaria apenas adiando. — deu de ombros.

— Que legal! Eu vou dar o melhor de mim, ta? Vamos começar nossa sessão hoje a tarde, bebê. — abraçou-o de lado, animada.

— Peraí! Sessão? Bebê?

— Eu só me animei, ok? Mas eu ainda quero dar uma de “eu sei cuidar de alguém, beijos me liga”. Você deixa? Deixa, deixa? — fez seu típico biquinho.

— Você é tão malandra. Tenho que aprender a lidar com seu biquinho. — levantou-se sorrindo e deu a mão para ela se levantar também, pois o sinal já havia batido.

— Quanto cavalheirismo, Edward.

— Vamos para a aula. — ignorou o comentário irônico da garota.

— Eu não vou pra aula. Já está nos últimos horários e eu já perdi todas as aulas de hoje mesmo, então vai me custar nada perder mais essa.

— Isabella... — repreendeu-a.

— Edwin, me deixa. Eu não assim, não gosto de aula e acabou. — reclamou.

— Como quiser. — e saiu em direção a sua sala.Isabella resolveu caminhar mais um pouco. Acabou encontrando alguém de costas, sentado um banco mais afastado, tocando violão.

You make me happy whether you know it or not— cantou eIsabella logo reconheceu aquela voz.

— Christofer! — gritou sorrindo. O garoto olhou para trás e sorriu, levantando-se. Ela correu para abraçá-lo e o fez com tamanho impulso que o garoto quase cai no chão.

— HeyBella. — falou rindo da menina. — Você voltou, não?

— Voltei. Por que você não surtou que nem os outros? Que do mal.

— Por que eu já sabia que você tinha voltado. Rosalie me contou um pouco antes do sinal bater.

— Ah. — disse simplesmente, pois estava absorta em pensamentos. Estava. — Chris! Você gostaria de fazer um pequeno favor pra mim? — pediu com certas idéias na cabeça.

— Depende, o que eu ganho com isso? — sorriu ainda abraçado a ela.

— A minha amizade eterna e a ótima sensação de me ver feliz? — fez seu biquinho.

— Alguém já disse que esse seu biquinho é irresistível? — comentou o garoto eIsabella sorriu pensando emEdward. — Tudo bem, eu faço esse tal favor. O que você tem em mente?

— Obrigada Christofer! — seu sorriso se alargou e ela contou sua idéia a ele, que ouvia atentamente as instruções da garota.

— Certo, farei isso. — confirmou —Bella, tenho que ir agora. Tchau fofa — beijou-lhe no rosto e saiu correndo, como se estivesse atrasado para algo importante, deixando a garota sozinha.

— Isabella?IsabellaSwan? — uma voz conhecida perguntou e a garota virou-se para olhar a pessoa.

— Sim, sou eu.

— Você voltou? Você voltou! — exclamou indo abraçá-la, mas parou no meio do caminho, notando o que estava prestes a fazer. — Eu... Er... Que ruim. Bem ruim. Muito ruim. — enrolou-se nas palavras.

— ClaroJake, muito ruim. — ironizou. — Eu poderia dizer que também senti sua falta, mas não sou de mentir.

— Eu não senti sua falta e, se você não é de mentir, por que está mentindo?

— Como esta meu pequenino? Quero ver meu Seth! — ignorou o comentário do garoto.

— Ele esta bem.

— Só isso? Conte-me mais do meu pequeno, Jake!

— Não estou nem um pouco a fim.

—Jake. — fez seu biquinho. Ele funcionara duas vezes em um só dia, por que não uma terceira? — Esse biquinho não funciona comigo, tchau. — falou e seguiu com seu caminho.

— Um é pouco, dois é bom, mas três é demais. — disse a garota para si. — Isso não devia ser verdade. — no mesmo instante o sinal bateu, anunciando o final da ultima aula.

— Bella! — chamou-aEmmett. — Vem, vamos logo! — arrastou-a para o ônibus.

— Quanto desespero para ir pra casa!

— É que eu to com fome.

— Não comeu no almoço?

— Não, fiquei te esperando, sua vadia.

— Hey! Olha como me chama, quero respeito.

— Tudo bem.

— Tudo bem...?

— E desculpe.

— Assim esta bem melhor. — Entraram no ônibus. — O Christofer falou com vocês? — perguntou.

— Sim, falou.

— Combinado, então? Pode fazer esse favor pra mim?

— Claro! Vai ser divertido. — sorriu e desceram do ônibus. — TchauBella. — despediu-se e foi em direção a sua casa. A garota fez o mesmo. Foi em direção ao seu quarto e se jogou na cama. Poucos minutos depois alguém bate na porta.

— Pode entrar. — disse eEdward entra, mas fica parado em frente a porta.

— Vim avisar que mamãe acabou de sair.

— Tudo bem. Agora vá se trocar, temos muito o que fazer. — mandou e o garoto a olhou confuso. — Esqueceu que eu vou ser sua ajudar? — ele entendeu perfeitamente o ‘ajudar’ da garota.

— Já volto. — suspirou pesadamente e saiu do quarto. Concordar com essa ideia é uma coisa, gostar dela é outra.Isabella aproveitou para se trocar também.

—Edwin, você pode atender pra mim? — pediu quando ouviu a campainha toar. Não estava ocupada, já estava pronta e saindo do quarto, mas queria que ele abrisse a porta. O garoto atendeu a porta e se surpreendeu com o que viu.

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