12 anos em 12

Capítulo 125


Ela se perde nos pensamentos enquanto observa Vitória rir sendo rodada por Cíntia. Olha tudo em volta, sente falta dos primeiros meses de casada, do aconchego que Vitor fornece e dos momentos bons, sem brigas, discussões e desentendimentos. Ficam algum tempo ali fora, distraindo Vitória até que ela resolve entrar.

— Não a deixe chegar perto da piscina!
— Eu sei Paula, daqui a pouco já entramos!
— Ok! - sai.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Ao chegar na casa vai direto para seu quarto e escuta Vitor no closet. Ao entrar se depara com duas malas dele arrumadas.

— São de shows? Por que não avisou que eu teria feito? - pega uma camiseta.
— Não...
— Onde é o show? - dobra.
— Não são de show!
— E são do que então? - o olha.
— Estou indo para a cidade...- fecha uma mala. Vou passar uns dia na casa da minha mãe. Tempo suficiente para você saber o que quer...
— Que besteira é essa Vitor? - senta-se atônita. Você não pode sair de casa, isso é maluquice...
— Maluco vou ficar se continuar aqui dentro sendo encarado assim!
— Vitor...- vai até ele. Não faz isso! - começa chorar. Amo você! Eu amo muito você...- coloca as mãos sobre ele. Só estava nervosa! Não saia de casa... A Cíntia me abriu os olhos, sei que tenho errado com você meu amor...- o abraça. Por favor! - chora. Você já saiu de casa uma vez, foi a pior experiência que já tivemos!
— Você acha que não sei? Que não me dói pensar que devo fazer isso?
— Você não deve fazer! Estou aqui e te amo... A gente sempre se acerta! Não faz isso! Desfaz essas malas e fica aqui. Essa é sua casa.
— Não desconfie do quanto eu...
— Eu sei! - o interrompe. Eu sei que me ama! - o beija.

Se beijam como há muito tempo já não faziam. Vitor a abraça, apertando-a sobre seu peito.


— Não quero ficar mal com você! - olha para ele.
— Está tudo bem! - acaricia o rosto dela. Vem...- saem do closet. Já tomou café?
— Não! Estava vindo te chamar...
— Então vamos lá... Cadê Vitória? - se retiram do quarto rumo a cozinha.
— Estava lá fora com Cíntia. Rodopiando! - sorri.
— Olá...- Diva os vê. Querem tomar café?
— Sim! - sentam-se.
— O que querem?
— Vou querer café sem açúcar, um pão integral com nata e iogurte desnatado para fechar depois! - pisca para ela.
— E você Paulinha? - coloca o café do Vítor na mesa.
— Acho que só café... Com açúcar!
— Nada disso, você precisa alimentar os bebês! Vou colocar um pãozinho de frutas que fiz com requeijão quentinho que a sol acabou de trazer...
— Aí Diva! Não faz isso...- ri.

Ela traz as coisas e eles conversam enquanto comem. Diva sai da cozinha para deixá-los mais a vontade e Vitória chega gritando.

— Minha filha... Não grite! - a pega no colo.
— O que foi? - olha para Cíntia.
— Nada! Vitória quis comer, a trouxe... Cadê tia Dulce?
— Não sei... Deve estar andando por aí! Senta para tomar café...
— Não, estou sem fome... Já volto! - sai.
— A dindin...- aponta.
— Sim, ela foi atrás da vovó! Coma seu pãozinho aqui...- dá um pedaço a ela.
— Obrigada! - pega.
— De nada! - riem. Quer leite ou suco?
— Toti!
— Não é hora de toti ainda...- coloca leite para ela. Beba só o leitinho! Vitor, vai ter aniversário da Clara mais tarde, vou mandar Vitória com Diva e Lucy.
— Tudo bem...- come.
— Não sei que horas vai acabar...
— Onde vai ser?
— Na casa dela mesmo! Diva vai deixar nosso jantar pronto...
— Sua mãe e Cíntia irão?
— Sim!
— Então vamos pedir algo da cidade para comer... Diva não precisa se preocupar!
— Ok! - sorri.
— Vitória, papai vai pegar uma coisa...- a tira do colo e coloca na cadeira.
— Onde vai?
— Já volto...- sai da cozinha.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Paula ajuda a filha a comer enquanto Vitor pega algumas correspondências que guardou na gaveta e retorna a cozinha.

— Chegou isso ontem...- senta-se. Olha...- dá para ela ver.
— De onde é?
— Da Talismã!
— Uai, o que querem comigo depois de anos? - abre e começa ler.
— O que é? - volta comer.
— É um processo...- olha para ele. Contra mim!
— Como assim Paula? - limpa as mãos e pega o papel dela. Nossa! - lê. É cada uma! - fecha o papel. Não se preocupe! - guarda no bolso.
— O que vai fazer?
— Fique tranquila, nossos advogados vão resolver.
— Ficar tranquila é difícil!
— Mas você precisa... Pelos bebês!
— É...
— Que horas é o aniversário?
— Começa às 18h30min!
— Ótimo! O que você comprou para ela?
— Uma bicicleta! Ela queria...
— Legal! Vitória pare...- olha a filha esfregar o pão na mesa. Se você não quer, não brinque!

Ela entrega o pão para ele e desce da mesa indo atrás de algodão.

— Ela não para um segundo! - pega o iogurte. Vou comer seu iogurte, posso?
— Eu que não negarei nada a uma grávida!
— Ótimo! - ri. Você está bem?
— O chá melhorou bastante... Mas ainda estou um pouco dolorido. Vou me deitar daqui a pouco, tentar dormir...
— Sim, faça isso...
— Lucy já está na festa?
— Está ajudando Sol arrumar...
— Posso dar banho em Vitória.
— Não precisa, pode descansar! Cíntia fará isso...
— Ok então...- se levanta. Vou me deitar mais um pouco...
— Já irei ao quarto, vou descansar um pouco também...
— Antes de ir, tire foto do lustre na sala de jantar para agradecer a Bia... Ela enviou tão gentilmente e nessa correria não agradecemos.
— Sim! Ainda bem que deu tempo de fazerem a reforma, colocarem os vidros, arrumarem a cozinha e o quarto da Maria...
— Pois é... Só falta o quarto dos bebês!
— Ah... Preciso falar com você sobre isso depois.
— Depois falaremos! Vou me deitar...- sai para o quarto.

Dulce chega na cozinha com Vitória e algodão no colo.

— Estavam correndo!
— Sim... Saíram daqui agora...
— Você está bem?
— Estou...- limpa a boca.
— Vitor pediu pro Elias arrumar o carro dele e depois... - solta Vitória e o cachorro e senta-se.
— Avise que ele não sairá mais!
— E onde ele ia!? - coloca um pouco de café para si.
— Para casa da mãe dele...
— Por que?
— O que você sabe mãe? Fica rondando...
— Ué...- bebe o café.
— Fica perguntando porque já sabe.
— E fico feliz que ele não vá mais!
— Como soube?
— Os funcionários! Tomem cuidado em tudo que fazem... Conversas se espalham assim.
— Não sabia que já estavam fofocando...
— Pois estão! Vitória já comeu?
— Ficou brincando com o pão na mesa!
— Vou arrumar ela pro aniversário, Vitor já sabe?
— Já!
— Não ficou bravo?
— Não... Ele gosta muito da Clara, não ia impedir Vitória de ir.
— Vocês vão ficar bem?
— Sim! Ficaremos bem.
— Não force nada Paula...
— Não estou forçando! - se levanta. Já mandei entregar o presente de Vitória para Clara, vou separar a roupinha dela e você a arruma depois.
— Onde você vai?
— Vou me deitar um pouco com Vitor!
— Tudo bem... Pode ir que tiro a mesa!
— Obrigada!

Passa no quarto da filha e separa um vestido para que ela vá ao aniversário. Segue para seu quarto e ao entrar Vitor já está dormindo. Desliga a televisão e deita-se com ele. Do lado de fora Cíntia traz Vitória novamente para dentro de casa.

— Tia, porque estão falando que Vitor está indo embora?
— Quem está falando isso?
— Estava passando pelo estábulo e dois funcionários estavam comentando!
— Queria saber como descobrem isso!
— Então é verdade!
— Era verdade... Não é mais. Ele arrumou as coisas para ir embora, mas não foi mais.
— Paula te falou?
— Não! Elias me contou depois que forcei ele... Já tinha uma mala do Vitor no carro.
— Entendi... Devem ter visto.
— Provavelmente!
— E ele e Paula estão bem?
— Não sei... Mas parece que estão, ela foi se deitar com ele.
— Menos mal!

As horas passam e Dulce arruma a neta para a festa de aniversário. Saem de casa sem falarem nada para Paula e Vitor que continuam no quarto.

— Que horas são!?
— Sete!
— Vitória já deve ter ido...
— Acho que sim...
— Está claro ainda...- se senta na cama.

Vitor fica olhando pela janela, perdido em pensamentos, disperso e nem percebe que Paula o fotografa.



Só tinha 17 anos. O mundo já tinha sido cruel demais para mim. Pancadas. Feridas. Muitos "nãos" que reverberavam ninha cabeça, me machucando, me instigando a desistir. Era tarde, não lembro ao certo a estação, mas ventava muito. Eu que já tinha conhecido das palavras, do som das cordas do violão e pensava que poderia saber sobre sentimentos, perdi totalmente a noção de tudo quando ele apareceu sorridente, educado, distraído e tímido entre toda aquela gente. Seus cabelos ainda castanhos, sua pele clara, sua calça alta e camisa que para ele nunca saiu de moda. Juro que senti que nossos olhos se reencontraram depois de anos e vidas. Senti que minha alma estava tão feliz que nem eu mesma sabia explicar o que estava havendo. E quando ele se aproximou, me tomou o ar e todo o resto de razão que eu poderia ter e depois daquele momento nada mais foi simples, era tudo tão real, mas nada normal... E continua sendo. É real nossas diferenças. Real nossos temperamentos que se chocam. É real nossas incertezas. E é mais do que real nosso amor além da vida, nada normal. Amo tanto você... @victorchaves, que depois que te conheci não consegui mais encarar a vida sem a cor, sem o som, sem o sentido que você trouxe. Caminhamos por tantas estradas, erramos tanto no meio do caminho, mas agora estamos aqui... Um para o outro, como uma promessa de Deus que se cumpriu em nossas vidas, no tempo certo. Enquanto você olha lá fora os pássaros voando, eu te observo daqui e continuo te amando, te protegendo e te querendo mais perto de mim, assim como você faz comigo.
#meubranquinho #umamoralemdavida #paz #nosreencontramos #somosumafamilia #sóeueMariamorenas #kkkkkkk

— O que está fazendo? - se vira para ela.
— Nada! - guarda o celular. Ainda com sono?
— Não...- deita-se sobre a barriga dela. Só preguiça...
— Hum...- acaricia-o. O que vai pedir para comermos?
— O que quer comer? Japonês, Italiano, Mediterrâneo, frutos do mar, pizza?
— Pizza? - ri. Na verdade quero comer ovo no microondas... Só você sabe deixar ele molinho dentro!
— Mas você não pode jantar só isso...
— Não é só isso... Vou querer três.
— Só isso?
— Não... Arroz com feijão também. Tudo bem se eu engordar um pouco mais?
— Pode virar uma bolinha, não me importo! - riem.
— Chegou mensagem! - escuta seu celular apitar. É Cintia!- visualiza.
— O que houve?
— Nada! Está falando que Vitória saiu cumprimentando todo mundo...- sorri.
— Nosso oposto Paula! - se levanta.
— Nosso oposto!

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Saem para a cozinha. Vitor prepara o ovo para ela que liga para a uma pizzaria na cidade e encomenda algumas pizzas.

— Pronto!
— Vão entregar?
— Sim! Ué... O que será? - escuta o telefone da casa. Fazenda Hortense, boa noite...- atende.
— Paula, é o Daniel!
— Oi Dani! Tudo bem?
— Sim...
— Aconteceu algum problema?
— Não! Na verdade me perdoe por ligar a essa hora, é que você fez uma publicação e começaram a me telefonar.
— Por que?
— Para saber se você está grávida, se Vitor será pai novamente!
— Daniel...- lembra dos emojis que colocou. Não responda nada! Diga apenas que não fala da vida pessoal do Vítor.
— Certo! Me desculpe qualquer coisa...
— Imagina! Está tudo bem... Pode ligar no celular quando precisar de algo.
— Ok Paula! Até mais...
— Até! - desliga.
— O que era? Aqui seu ovo...- entrega.
— Fiz uma coisa que você não vai gostar...- pega.
— Paula, Paula... O que foi dessa vez?
— Tirei uma foto sua agora pouco e publiquei... Só que no final eu nem me toquei e acabei colocando um emoji para cada filho...
— Paula!
— Desculpa! Eu me empolguei... Mas vou apagar.
— Não! Deixe...
— Daniel ligou dizendo que já estão falando...
— Deixa falarem! Na hora certa confirmamos...
— Tudo bem!
— Só preste atenção da próxima vez! - beija a cabeça dela.
— Onde vai?
— Tomar banho... Já volto! - segue para o quarto.

Paula come os ovos que ele preparou e vai para a sala ver os vídeos que Cíntia está enviando da filha na festa. Fecha a conversa e resolve ir até o quarto.

— Vitor? Já tomou banho? - vai ao banheiro e não o encontra. Onde você está? - vai para o closet. Por que não responde?
— Oi... Não ouvi! - limpa o rosto.
— Nossa Vitor, você nunca vai aprender...- vai até ele. Me deixe limpar! - pega o algodão da mão dele. Se corta todo...
— A lâmina não é nova!
— Mesmo assim, deveria ter um pouco cuidado! Sua pele é sensível demais...
— Hum...
— Vou colocar um pouco de água...- molha o algodão. Vai arder um pouquinho...- coloca sobre o rosto dele que se retrai.
— Arde mesmo! - fecha os olhos.
— Sim! - seca a pele dele. Pronto!
— Não vai tomar banho?
— Vou!
— Então vai porque a pizza vai chegar!
— Pena que você já foi...
— É uma pena mesmo! - coloca as mãos sobre o ombro dela. Mas posso te ajudar! - sorri.


Vitor enche a banheira para Paula e a aguarda entrar.


— Relaxe!
— Você não vai entrar comigo?
— Não! - sorri.
— Vitor...
— A noite só está começando! Te espero na sala...- sai do banheiro.

Ela termina seu banho e vai para a sala de jantar. O encontra colocando a mesa. O encontra colocando a mesa

— Ficou linda! - sorri.
— Obrigada! Peguei vinho mas você não pode beber, né!?
— Abri uma exceção hoje... Só um golinho...- se aproxima dele.
— Você está...- a olha.
— O que?
— Está bonita! - sorri. É que pijama de carneirinho não era o que eu esperava!
— Claro! - ri. Mas o que você não está se lembrando é que nossa filha vai chegar a qualquer momento e não posso estar aqui com uma das suas camisolas...
— Entendo... Mas tem muitas comportadas, convenhamos!
— Não se preocupe... O que tem debaixo desse pijama também é interessante! As pizzas chegaram?
— Sim! Coloquei no forno... Vamos comer?
— Vamos! - senta-se.
— Vou buscar!

Vitor traz a pizza para a sala de jantar. Serve Paula e se serve. Começam a comer e a conversar sobre as coisas do dia a dia. Sobre os filhos. A casa. E principalmente sobre eles.


— O que foi?
— Nada... Não posso te olhar?
— Pode! - sorri. Estava com saudades de me olhar assim...- segura a mão dele sobre a mesa. Queria te falar uma coisa... Na verdade te pedir desculpas por ter forçado isso da terapia e ficar insistindo em uma coisa que eu sei que você não gosta. Só quero te ajudar, te ver bem e faria qualquer coisa para te proteger, só não queria te desrespeitar.
— Paula, sei que não sou fácil... Que as coisas sempre complicam, mas podemos resolver isso, nós dois. Amo muito você! Amo nossos filhos, nossa casa, nossa vida juntos. Não quero e nem vou perder isso!
— Nem eu! - beija a mão dele.
— Vi sua publicação para mim... Também acho que nos reencontramos! - pisca para ela.
— Sim... E demorou tanto para ficarmos juntos!
— Mas estamos Paula! Pare de lembrar do passado.
— É! - se levanta. Me deixa sentar aqui...- senta-se no colo dele. Daqui algum tempo seu colo vai estar tão ocupado!
— Shiu...- coloca o dedo na boca dela. Sem falar de filhos agora! Deixe as crianças um pouquinho. A responsabilidade que a gente tem.
— Tudo bem! - sorri, acariciando-o.
— Vou trabalhar bastante pelos próximos dias, vou estar pouco com você porque preciso trabalhar daqui também. Espero que entenda...
— Fazer o que né? Tudo bem... Vamos aproveitar enquanto isso! - retira a camiseta dele.

Ele ri e se beijam, levantando-se em direção ao quarto. Aproveitam o tempo a sós, cada detalhe, cada parte dos corpos que imploram um pelo outro.

— Pensei que a gente não ia mais se acertar! - se deita sobre o peito dele.
— Esquece tudo... Por favor!
— Tudo bem! Mas não saia mais do quarto quando algo não estiver legal em você... Fale para mim!
— Se você ouvir, falarei... Porque tentei conversar mas você já saiu pensando que eu queria que você abortasse nossos filhos.
— Foi um absurdo o que eu disse, reconheço... Mas você sabe como sou! - olha para ele. Ás vezes sou infantil!
— Ainda bem que reconhece! - a encara.
— Vitor! - riem.
— Mas eu te amo! - a beija. Estive aqui pensando...
— No que?
— Vamos comprar um jato para você...
— O que?
— É...
— Vitor! - o interrompe. Um jato custa milhões! Nunca comprei por não achar necessário.
— Mas você está grávida! Daqui algum tempo as crianças irão precisar muito de você. Não dá para ficar em aeroporto!
— Eu sei, mas é muito dinheiro! Não temos o...
— Paula...- a acaricia. Nós temos esse dinheiro e vamos comprar o seu jato.
— Você tem! Victor e Leo tem esse dinheiro. Suas empresas. Meu escritório ainda é pequeno... Podemos até ter a quantia, mas há outras coisas mais relevantes...
— Pulinha, nós, eu e você temos esse dinheiro! Nossas empresas, nossos negócios. Para de falar como se tudo fosse só meu.
— Vitor...
— E mais... Isso é relevante sim. Meu amor, tem dois bebês aqui...- coloca a mão na barriga dela. E uma lá fora que já chega! Precisam de você e você se sentirá melhor também em ter algo que te ajude a estar em casa mais rápido, mais segura!
— Vitor, não é só o jato... É piloto, é um hangar, é...
— Já temos o hangar! Você pode colocar no meu. O piloto você poderia convidar o pai da sua cunhada ou o irmão dele que já deve ser. Lembro que na época ele estava estudando...
— Você já pensou em tudo, né!? E aposto que até já viu um jato.
— Já sim! - pega o celular. Igual o meu, só que esse fabricado aqui no Brasil. O que é melhor caso dê algum problema... - mostra para ela.
— E o preço?
— Tem sete lugares, quero que Monteiro vá com você sempre além de Cíntia e o seu segurança que pensei em contratarmos mais um.
— E o preço Vitor?
— 10 milhões...
— O que? - se assusta. Não! De jeito nenhum.
— Sim!
— Você...- se levanta.
— Onde você vai? - a puxa. Pare! Respire. Meu amor, estou pensando no que é melhor para você. Você precisa pensar e aceitar isso... Estou te pedindo como seu marido e como pai dos seus filhos. É pelo bem das crianças!
— Tudo bem...- respira fundo. Vou aceitar! Mas não vou conseguir pegar esses 10 milhões assim... Preciso de um tempo para movimentar o dinheiro.
— Está tudo bem... Temos esse dinheiro.
— Não! Vou pagar isso com o dinheiro do escritório.
— Fique tranquila! Colocamos nosso dinheiro e depois...
— Vitor!
— Paula! Você aceitou!
— Você já comprou né?
— Não... Não comprei, comprei.
— Vitor Chaves Fernandes Zapalá Pimentel!
— Já negociei! - a observa. Mas ainda não confirmei...
— Sei!
— Desfaça essa cara! - sorri. Você não vai se arrepender! E sobre o segurança você pode contratar outro que quiser.
— Já que você se meteu a arrumar tudo isso, que agora termine... Me contrate o segurança, o piloto, tudo certinho...
— Ótimo! - sorri. Vou providenciar! - pisca. Agora deite aqui, daqui a pouco Vitória chega. - ri.

Aproveitam juntos até que Vitória chega batendo na porta deles.

— Chegou! - riem. Mamãe já vai! - se levanta. Você vai ficar aqui?
— Não... Irei para a sala também.
— Então vamos! - se veste.
— MAMÃE! - bate.
— Já vou! - ri. Hei...- abre a porta. Como foi o aniversário?

Ela entra e vai direto para a cama deles contando aos pais o que teve no aniversário de um jeito que só eles entendiam mesmo.

— Você comeu né?
— Sim... A dindin pegou doce.
— Minha nossa! Sua madrinha traz doce de festa?
— Vitor...- riem.
— Vamos para a sala! - se levantam.

Cíntia e Dulce estão na sala de jantar comendo a pizza que restou.

— Tem mais lá dentro do forno... Vou pegar!
— Não comeram no aniversário?
— Comemos engraçadinho! Mas cheguei com fome...
— Vitória falou que você trouxe doces da festa!
— Vitória! - olha para a afilhada que ri. Estou falando para vocês, essa menina é demais. Ela mesma foi até a mesa pegar doces e me mandou guardar!
— Minha filha...- Vitor olha para ela.
— Pois é! - riem.

Se divertem com Vitória que busca os doces e come.

— Filhotinha, vamos tomar banho e dormir! Vem...- pega na mão dela. Onde você vai Vitor? - o vê saindo da sala.
— Atender o celular...- mostra. Já volto! - sai para fora.
— Desde quando Vitor atende celular longe de mim...? - o olha.
— Ê! Olha a besteira... Pare! - se levanta. Vá dar banho em Vitória, ela está cansadinha.
— Vamos filha! - saem.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Paula banha Vitória que logo dorme. Vai até seu quarto e Vitor está na varanda.

— Quem era no telefone? - fecha a porta.
— Um amigo.
— Hum... Que amigo?
— O JP... Me convidando para jogar poker.
— Hoje?
— Sim!
— Nossa... Mas já está tarde.
— Nem tão tarde ainda...
— Você vai...?
— Estava pensando em ir se estiver tudo bem com você...
— Sim... Pode ir! Tome cuidado...- o beija e vai para o banheiro.
— Pulinha - segue - acho que não irei...
— Por que? Estou bem! - retira o pijama.
— Mas podemos ficar melhores! - retira a camiseta.
— Vitor...- riem.

Enchem a banheira e entram.

— Por que atendeu o celular lá fora?
— Hã? - massageia os ombros. Eu estava indo lá fora ver se Elias guardou os carros e na hora JP ligou.
— Hum...- passa aos mãos sobre a água. Será melhor trocarmos de carro?
— Estou acreditando que sim! Precisamos de um que caiba nós, as quatro crianças e sua mãe, a Cíntia...
— Uma van você quer dizer!
— Não exagera! - riem. Vou ver um modelo...
— Como os bebês ficarão em casa sob os cuidados das nossas mães, você poderia me deixar levar Vitória quando os gêmeos nascerem.
— Está longe isso...
— Mas já devemos pensar!
— Pulinha, não vou te proibir de levar a Vivi para shows próximos uma vez ou outra. Mas regularmente, não! Vitória começará estudar ano que vem, ela não pode ter nosso ritmo.
— Ano que vem? - olha para ele. Começa só aos 4!
— Mas acho melhor Vitória entrar ano que vem.
— E isso pode?
— Pode! No colégio daqui sim... É o mesmo Colégio que Antônio e Matheus estudam.
— Entendi! Mas é só ano que vem isso... Não vamos quebrar a cabeça. Sobre os bebês precisamos ver o quarto ou os quartos, os carrinhos... Não dá para aproveitar o da Vitória porque doei tudo.
— Sim! Estava vendo o carrinho esses dias.. Tem aqueles de três lugares, acho que seria o ideal já que Vitória é tão pequena ainda.
— Sim...- pensa. Tanta coisa! - se deita sobre o peito dele.
— Muita coisa ainda! - riem. Mas vai dar certo!
— Quando vamos contar?
— Para quem?
— Para as pessoas!
— Hum... Não sei! Melhor guardamos isso por um bom tempo... Ao menos até a barriga começar a aparecer.
— Que seja né...
— Só se segura para não ficar dando pista!
— Tá Vitor! - revira os olhos.
— Estou vendo isso!
— Que bom! - encara ele. Mas reviro de novo e de novo quantas vezes eu quiser!- se vira para ele.

Vitor ri dela a abraçando. Se curtem por longas horas até decidirem ir para a cama se deitarem.