12 anos em 12

Capítulo 121


As semanas passam tranquilas e Paula vai se animando cada vez mais com a gravidez. Dessa vez foi ela quem saiu as compras com a mãe, trazendo para casa várias roupas e acessórios para o quarto.

— Olha esse Diva! - mostra. Não é lindo!?
— É lindo sim! - riem.
— Sol, vem ver! - chama a funcionaria.

Mostra as compras para Sol e Clara que estava junto e pergunta sobre o sexo do bebê.

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— Segundo o Ricardo posso fazer o exame de sexagem logo, logo! Estou de sete semanas, preciso esperar mais uma...
— Até lá morremos de curiosidade!
— Sim! - riem. Por falar nisso queria que vocês falassem com os funcionários para deixar toda a parte de jardinagem bem linda. É aniversário da Vivi na semana que vem e vamos fazer só um bolinho no jardim...
— Ok!
— Clarinha, você vem, né!? Por favor...
— Venho sim! - sorri.
— Não é para ninguém se preocupar com presente, venham trazendo só energia boa que é o que vocês já tem!

O telefone toca e Diva vai atender, retornando a sala para entregar a Paula.

— Oi!?
— Pulinha, é a Tati!
— Oi Tatá, o que houve?
— Queria te chamar para tomarmos um café da tarde amanhã com Marisa na Vila 13!
— Que delicia! - riem. Vou sim!
— Ok! Vou fazer reserva de uma mesa para amanhã...
— Faça que iremos! Como você está?
— Bem! Leo me procurou ontem para conversarmos...
— E então?
— Não sei nem dizer Pulinha! Juro que não sei nem te explicar, podemos falar disso amanhã?
— Claro, claro!
— Tudo bem com você? Como está esse bebê e Vitória?
— Estão bem! - sorri. Vitória está dormindo agora e hoje fui a cidade comprar roupas para o bebê.
— Mas já sabe o sexo?
— Não!!- riem. Mas não aguentei! Aproveito que Vitor não enche o saco se faço isso.
— Pois aproveite mesmo! Amanhã vamos sair para comprar mais então...
— Vamos! - sorri.
— Vou desligar, os meninos estão se arrumando para o colégio! Vitor estava aqui... Saiu a pouco.
— Que bom! Nem telefonei para ele, vou tentar...
— Ok! Fique bem, até amanhã! - desligam.

Ela guarda as roupinhas e vai para o quarto onde a filha dorme na cama dela. Guarda as compras no closet e deita-se com a bebê, a acariciando. Resolve telefonar para Vitor que atende na primeira chamada.

— Tudo bem com vocês?
— Tudo! - sorri. Estou deitada com Vitória... - olha para a filha. Tão linda! - ri baixo.
— Ela está dormindo?
— Sim! E outro está aqui - coloca a mão na barriga - quietinho ou quietinha! Não aguento isso de não saber o que é.
— Saberemos logo! Fez os exames?
— Ficou para semana que vem! Você está chegando?
— Estou! Daqui vinte minutos estou em casa.
— Quer algo para comer?
— Já almocei, amor... Fica tranquila!
— E almoçou onde?
— No Leo!
— Ok... Vou te esperar! Até daqui a pouco...- desliga.
— Paula? - aparece na porta.
— Sim!? Entra...- observa a mãe entrar.
— Vitória não está dormindo demais? - observa a neta.
— É...- olha no relógio. Já faz quase quatro horas. Não será o remédio? - começa a se preocupar.

Vitória estava com uma forte tosse há alguns dias e após a visita da pediatra entraram com a medicação.

— Sim, o remédio causa isso! Mas mesmo assim...- se aproxima da bebê e coloca a mão sobre seu corpo. Ela está com febre!
— Mas eu passei a mão nela agora pouco! - coloca a mão. Meu Deus! - se levanta.
— Calma...- começa tirar a roupa da neta. Liga o chuveiro que vou dar um banho nela!

Paula faz o que a mãe pede e retorna para o quarto onde Vitória acorda mole.

— Vivi...- mexe na filha que não responde. Mãe! - olha para Dulce começando a se desesperar.
— Ligue para Carolina, sem desespero!

Ela telefona para a pediatra que autoriza darem banho na bebê. Pede ainda para Paula não dar mais a medicação e aguardar que ela já estaria indo para a fazenda para examinar Vitória. Vitor chega, cumprimenta as funcionárias e Cíntia que está na sala, sem fazer ideia do que está ocorrendo no quarto. Ao entrar encontra Paula inquieta mexendo nas roupas da Vitória enquanto chora.

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— Paula! - vai até ela. O que está acontecendo? - estranha. Amor!? - a acaricia.
— A Vitoria não está bem, Vitor! - chora.
— Como assim Vitória não está bem? - sente o coração apertar, sufocando a respiração.
— Minha mãe está dando banho nela, não me deixou entrar no banheiro!
— Meu Deus! - vai até a porta do banheiro. Dulce!? - bate. Abre a porta! Já ligou para Carolina?
— Já! Ela está vindo. - vai até ele. Mãe, por favor abre a porta, deixa eu ver ela!
— O que aconteceu? O que está havendo com ela?
— Acordou toda mole com muita febre! Carolina pediu para dar banho nela e que estava vindo o mais rápido.

Dulce não havia deixado a filha entrar para não ver Vitória desacordada e entrar em desespero. No banho vai conseguindo reanimar a neta, onde abre a porta e deixa eles dois entrarem.

— Vitória! - vão até a filha.
— Calma gente! - olha para os dois enquanto segura a neta sentada. Ela está acordando! - enxágua a cabecinha dela. Pegue a toalha Vitor, enrola ela rápido e a troquem sem perder tempo.
— Aqui! - estende a toalha e Dulce coloca a neta.

Eles correm com a filha para o quarto, a secam e vestem rapidamente. Vitor segura a filha nos braços não se contendo ao ver ela tão quieta, sem qualquer reação.

— O que está acontecendo com ela? - chora.
— Calma! - Dulce se seca. Vocês dois são muito despreparados! Ficam chorando e chorando em vez de ajudarem. Chega! Paula, pede para Diva fazer algumas compressas e traga aqui. Deite ela Vitor com a cabecinha apoiada no travesseiro mais alto...
— Onde você vai? - vê a sogra saindo.
— Vou ferver uma água! Já volto...- sai.
— Meu amor, fala com o papai! - chora.

Carolina chega a fazenda vinte minutos depois. Vai até o quarto do casal e examina Vitória, deixando Paula e Vitor mais preocupados.

— O que está havendo Carolina? - se segura em Vitor.
— A febre... Precisamos diminuir a temperatura! Ainda está em 39,5...
— O que está acontecendo com ela? É da tosse?
— Não! Provavelmente é uma infecção. - pega o celular. Vamos precisar internar a Vitória! - olha para eles.
— Internar? - Paula começa chorar.
— Calma Pulinha! - tenta acalmar ela.
— Por favor, é por precaução... Como a febre não diminui, não posso deixar ela aqui. Vamos para o hospital para atender a filha de vocês da melhor forma!

Carolina liga para sua equipe e pede que reservem um quarto na pediatria. Paula arruma algumas roupas da filha junto com Cíntia e Dulce enquanto Vitor a coloca no carro. Vão o caminho todo em silêncio, ouvindo-se só os choramingos dela que não solta da mão de Vitória. Ao chegarem Vitor pega a filha no colo e adentram o hospital seguindo direto para a enfermaria. Preparam Vitória em um soro sob a supervisão da médica que acompanha cada procedimento, prescrevendo a medicação. Eles a observam abraçados, enquanto Cíntia e Dulce aguardam na sala de espera.

— O que ela tem? - pergunta aflita.
— Vamos já conversar! Só um minuto...- examina a garganta de Vitória. Joana...- olha para a enfermeira. Chame o Dr. Elson pra mim, imediatamente!
— Ok! - a enfermeira sai da sala.
— Por que vai chamar outro médico? O que Vitória tem Carolina? - Vitor segura mais forte a mão de Paula.
— Dr. Elson é um cirurgião pediatra! Quero que ele veja a garganta de Vitória e me confirme... Estou suspeitando das amígdalas e caso seja isso precisaremos operá-la. É algo simples, rápido! O pior já está passando que é essa febre e a dor que causa.
— Ela estava tão bem! Só era a tosse irritando esses dias. Minutos antes dela arder em febre, estava normal...
— Eu sei! Ás vezes parece não ter sentido, mas começa assim de uma hora para outra ataca.
— Boa tarde! - entra na sala.
— Doutor! - se cumprimentam. Esses são os pais da paciente! - apresentam-se.
— O que está havendo? - vai até Vitória. Febre! - coloca a mão sobre ela.
— Sim! Altos picos de febre de um momento para o outro, por isso a trouxe caso ocorra alguma convulsão.
— Certo! O que você desconfia doutora?
— Amígdalas! Dê uma olhada...


O médico confere a garganta de Vitória e em instante aperta um dos bips do quarto, passando algumas ordens. Desliga e conversa com Carolina que se aproximam de Paula e Vitor.

— Acionei a sala de exames para conferir o grau da infecção. De qualquer forma o centro cirúrgico também já está sendo preparado... Após os exames seguimos para lá. Ela precisará fazer a retirada das amígdalas que tem causado essa infecção e elevado o nível da febre... Vamos aguardar 30 minutos para esse pico diminuir com a medicação que aplicamos e daí iniciamos tudo. Vocês estão de acordo?
— Ela é tão pequena! - chora, abraçando a Vitor.
— Estamos de acordo sim! - a consola enquanto autoriza os médicos a prosseguirem. Façam o que for melhor, mas garantem que nossa filha ficará bem! Por favor...- se emociona.
— Paula, você deveria ir para sala de espera! Sequer deveria ter entrado aqui. Você está grávida e esse não é um ambiente adequado.
— Não posso sair do lado dela! - vai até a bebê. Pelo amor de Deus! Minha filha está desacordada...- chora enquanto acaricia Vitória. Não posso sair daqui e deixar ela.
— Eu entendo! Mas você precisa confiar em nós e sair da sala...
— Pulinha! - vai até ela.
— Não! - olha para Vitor.
— Por favor, meu amor! Você precisa cuidar também desse bebê... Prometo que não sairei do lado da nossa menininha! - pega nas mãos dela.
— Por favor! - se abraçam. É tão ruim ver ela assim... Sempre fui tão forte, mas não suporto ver Vitória nesse estado, Vitor!- chora.
— Eu sei! - faz o mesmo. Agora vamos, vou te levar na sua mãe!

Ela se aproxima da filha, a abraçando, beijando sua mãozinha.

— Fica com Deus, meu amor! Mamãe está aqui, vai ficar tudo bem. - acaricia a mão da filha. Seja boazinha para voltarmos para casa! - sorri, beijando a mão dela.
— Vem...- a segura, afastando da filha.

Vitor leva Paula abraçada nele até a sala de espera. Dulce quando os vê sem Vitória entra em desespero.

— Cadê ela!?
— Calma...- senta Paula no sofá ao lado de Cíntia. Vitória está com uma infecção nas amígdalas; vai fazer alguns exames agora e em seguida irá para o centro cirúrgico.
— Por isso ela sempre tem febre e vive com a garganta irritada!
— Provavelmente Dulce...
— Meu Deus! Tão pequena minha bebê para passar por isso... - olha para Paula e se aproxima dela. Vai ficar tudo bem, filha! - a acaricia.
— Dulce... Vem aqui, por favor! - chama a sogra em um canto.
— Oi...? - vai até ele.
— Tome! - entrega a carteira dele. Resolva tudo na recepção, escolha o melhor quarto, enfim... Você sabe! Tente levar Paula para tomar ao menos um banho e descansar um pouco no seu apartamento, Carolina não a deixou acompanhar Vitória por conta da gravidez.
— Tentarei fazer isso!
— Tentar já está excelente.
— Ok... Você vai ficar com Vitória?
— Sim, até os exames terminarem.
— Ela ainda está desacordada? - se emociona.
— Um pouco...- a voz falha. A febre está muito alta... Deram 30 minutos para abaixar.
— E se não abaixar?
— Não sei! Mas qualquer coisa eu venho informar.
— Tudo bem! - o abraça.
— Cuide de Paula!
— Eu vou cuidar...- olha-o.
— Vou indo...

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Se despede da sogra e retorna ao quarto da pediatria em que a filha está em observação. Doutor Elson já está auxiliando mudarem Vitória de maca para levar para os exames.

— E a febre, doutor?
— Está abaixando!
— Graças a Deus! - agradece com toda sua alma. Há algum risco essa cirurgia?
— Vitor, vamos levá-la aos exames e só acordei após isso é que iremos conversar sobre tudo. Tudo bem?
— Certo! - se preocupa.

Ele se aproxima de Vitória e segue ao lado da maca até a sala de exames. Acompanha tudo, acalmando Vitória quando ela grita de dor na colheita de sangue.

— Papai está aqui! - acaricia a cabeça dela.

Voltam a conferir a febre e ainda não diminuiu o tanto que é necessário para iniciar a cirurgia.

— Voltem a paciente para o soro! Deixem o centro cirúrgico pronto... Não podemos perder tempo. É o momento da febre baixar e correremos para lá! Carolina? - a chama.
— Sim!? - se aproxima do médico.
— Converse com o pai... Deixe-o ciente dos riscos. - olha para Vitor acalmando Vitória.
— Tudo bem...

O médico sai da sala com a equipe carregando as amostras de sangue para outra sala do laboratório. A equipe de Carolina retira Vitória do local e retorna com ela para a enfermaria, onde aplicam uma nova dose de soro.

— Vitor?
— Sim!
— Sente aqui, por favor! - aponta a poltrona.
— O que está acontecendo?
— Por enquanto temos o controle de tudo! Não precisa se preocupar.
— Por enquanto? O que quer dizer?
— A febre é instável! Vitória tem um organismo forte, por isso não ocorreu uma crise convulsiva ainda. Precisamos retirar as amígdalas com urgência, estão grandes demais e vão começar a atrapalhar a respiração pois estão inchando devido à infecção. Mas se a febre não baixar, não podemos garantir rapidez e sucesso na cirurgia... Ela pode convulsionar no momento na operação e isso complica o quadro!

Vitor fica sem reação. Não conseguia sequer imaginar a filha, tão pequena, tendo que passar por algo assim.

— Vamos entrar com o soro novamente e aguar...
— Doutora! - a chamam.
— Sim!? - se levanta.
— A pressão da paciente está oscilando!
— Como assim? - se aproxima de Vitória, examinando. Chame o Dr. Elson, urgente!
— O que está havendo? - Vitor chega perto. Carolina? O que está acontecendo?
— Vitor! - ela o olha. Joana, confere o centro cirúrgico! - passa a ordem para a enfermeira. Vitor...- vai até ele. Você precisa ir para sala de espera, agora o trabalho é conosco!
— Não! É minha filha e enquanto eu não souber o que está havendo com Vitória, eu não saio daqui!
— Vitor, por favor! Se quer o bem da sua filha, faça o que estou pedindo. Eu preciso trabalhar e você não ajudará aqui.
— O que vou explicar para Paula? O que vou explicar para uma mulher grávida que é mãe?
— Que estamos fazendo tudo e que cada ato é crucial! Se você não sair daqui e ficarmos conversando eu não vou conseguir socorrer sua filha.
— Carolina...- começa chorar.
— Vitor! Espere lá fora... Já irei falar com vocês!

Carolina retorna para os cuidados com Vitória junto da equipe. Retiram a bebê do soro e levam da sala para o centro cirúrgico, deixando Vitor desesperado. Ainda precisava falar para Paula o que estava acontecendo e se juntar a ela no desespero até que chegasse alguma informação. Haviam levado sua filha, uma parte de si, passando mal para um local que ele não fazia ideia do que iria acontecer a ela... Isso sufoca o coração dele, atrapalha toda sua respiração e o perturba incansavelmente.
Chega na sala de espera e ao ver Paula, desaba.

— Cadê a Vitória? - vai até ele. Você disse que ia ficar lá! - fica nervosa.
— Levaram ela para o centro cirúrgico!
— Por que? Eles iam esperar...
— Amor...- se contem. Vem aqui! - a leva até o sofá. Vitória voltou para o soro, porque a pressãozinha dela começou a desestabilizar...- segura o choro. Tiveram que levar ela para o centro cirúrgico e virão nos comunicar assim que souberem de algo!
— O...- fecha os olhos, respirando fundo. Não estou bem! - segura a mão dele.
— Acalme-se! - a observa. Respira...- ela faz. Devagar...- a ajuda. Dulce, chame alguém!

Dulce e Cíntia saem em busca de Ricardo que é o médico de Paula. Retornam com ele que a examina e exige um internamento imediato.

— Paula, sou seu médico! Você irá se internar, sim! É preciso controlar a pressão... Vamos!

A levam até a um quarto e o médico aplica um medicamento diretamente na veia. Vitor está com escorado na parede, meio perdido no meio de tudo aquilo.

— Tome...- entrega um café para ele.
— Obrigada! - segura.
— Você não comeu desde que chegou de viagem, vai até a lanchonete daqui... Cíntia fica com Paula e eu vou tentar saber de Vitória.
— Não sei o que está acontecendo com ela! - olha para a sogra. Minha filha está em algum lugar passando por algo que eu não faço ideia e não posso estar lá...- se emociona.
— Sei que é difícil! - coloca a mão sobre o ombro dele. Mas você precisa ter pensamento positivo! Até para ajudar a Paula... Ela não pode se exaltar, já é uma gravidez tão delicada.
— Eu sei! - olha para Paula na cama, quieta. Olhe...- bebe um pouco de café. Fique aí com ela, eu vou tentar saber da Vitória...- devolve a xícara de café para Dulce e vai saindo.
— Vitor!? - o chama. Onde você vai?
— Pulinha...- retorna até ela. Vou tentar saber como está Vitória...
— Não podemos perder nossa filha...- olha para ele. Não aguentaria mais isso, Vitor!
— E quem falou que vamos perder? Não pense isso, nunca mais! Vitória está sendo tratada da melhor forma e vai dar tudo certo. Duas equipes estão envolvidas para garantir o estado de saúde dela... Não há o que dar errado! - mente.
— Pare de mentir...- abaixa a cabeça. Só estou deitada aqui por conta desse bebê... Deveria estar com Vitória.
— Não podemos ficar com ela! Eu tentei e estou indo agora tentar saber onde ela está. - nesse instante a porta se abre. Carolina? - a veem. Cadê Vitória?
— O que houve com você, Paula? Me avisaram que vocês estavam aqui.
— Onde está Vitória? Como está minha filha?
— Conseguimos estabilizar a pressão a febre abaixou, Dr. Elson está se preparando para começar a cirurgia...
— Isso vai demorar?
— Não muito!
— Quais são os riscos Carolina?
— Riscos? - Paula olha para ele. Tem riscos?
— Riscos que toda cirurgia tem!
— Mas e a febre? Se ela convulsionar como você disse...
— Calma! Vitória não é nossa cobaia, mas aplicamos nela um medicamento que vai mantê-la estável durante a cirurgia e qualquer imprevisto o Doutor Elson será capaz de reverter.
— Mas há riscos?
— Há! Toda cirurgia por mais simples que seja há riscos.
— Porque a pressão dela baixou?
— Por conta da medicação! Alto teor de medicação na corrente sanguínea em tão pouco tempo... É comum, mas devemos reverter imediatamente.

Carolina conversa com eles sobre a cirurgia, até ser chamada para acompanhar. Vitor sai da sala e telefona para sua mãe, a avisando sobre o ocorrido. Imediatamente Marisa vai para o hospital onde se junta a eles aguardando qualquer notícia.
Cinco horas mais tarde, enquanto Paula e Vitor cochilam após tanto nervosismo, Dulce conversa com Marisa e Cíntia na porta do quarto quando avistam Carolina e um médico se aproximando.

— São eles! - observa aflita.
— Olá! - sorriem. Paula e Vitor?
— Estão aqui dentro! - abre a porta e entra. Vitor! - mexe no genro. Os médicos estão aí! - ele acorda assustado.

Os médicos entram e Vitor se arruma para falar com eles. Resolvem não acordar Paula, permitindo que ela descanse. Carolina e Elson colocam todos a par da situação de Vitória que agora estava em observação após uma cirurgia em que tudo correu bem.

— Paula, vou medir sua pressão! - vai até ela.
— Me deixa sair daqui?
— Vamos conferir a pressão e te darei a resposta!

Carolina examina Paula e a deixa sair da internação. Seguem todos para um outro quarto, onde Vitória chegará após a observação. Esperam ainda por longas duas horas até dois enfermeiros trazerem a maca acompanhados por Carolina. Paula se aproxima da filha sorrindo por ver ela.

— Meu amorzinho...- acaricia os cabelos dela.
— Licença Paula...- pegam Vitória e colocam na cama. Pronto...- a arrumam. Ela está sonolenta, vai despertar aos poucos...
— Quando poderemos levar ela para casa?
— Ainda é cedo para dizer! Ela precisa reagir bem pelas próximas horas. Preciso deixar vocês informado de que, pelas próximas 24 horas, o nariz pode sangrar, a febre pode chegar a 38 graus... Agora é normal... Mas tudo será acompanhado!
— Tudo bem...
— Mais tarde eu retorno para conferir a medicação! - sorri. Até mais! - se retira.
— Pulinha...- vai até ela. Vá até o apartamento de sua mãe, tome um banho, descanse um pouco...
— Estou bem! - olha Vitória. Não vou sair daqui! Vá você descansar, não parou desde que chegou... Estou bem e vou ficar com ela.
— Não... Ficamos os dois então...- a abraça.
— Ela vai ficar bem, né!?
— Vai, meu amor! - a aperta, observando a filha.
— Vocês não vão tomar nem um banho?
— Estamos fedendo? - se cheira.
— Vitor! - riem.
— Não está fedendo engraçadinho, mas estão abatidos, cansados... Um banho vai fazer bem!
— Não! Decidimos que vamos ficar aqui... Vocês podem ir descansar.
— Vou para a fazenda pegar roupas para vocês e para Vitória... Vocês tomam banho aqui.
— Pode ser!

Cíntia vai para a fazenda, Dulce e Marisa saem para comer algo e eles ficam sozinhos com Vitória.

— Ela está acordando, Vi...- sorri. Oi, minha florzinha! - a beija. Mamãe está aqui...
— Hei...- ele se aproxima segurando a mãozinha dela.
— O que foi? - Vitória começa chorar. Calma... Mamãe está aqui com você! O que deve ser Vitor?
— Vou chamar alguém...- sai preocupado.

Retorna para o quarto minutos depois com Carolina. Ela examina a garganta de Vitória com muito custo, confere a pressão novamente e aplica um medicamento.

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— É dorzinha! Vai passar...- sorri. Ela irá comer daqui a pouco! Já passei as refeições dela para a cozinha do hospital.
— E sobre o tempo que ela ficará aqui...
— Paula, vamos aguardar essa noite passar, ok!? Aí poderei ver quando ela irá embora.
— Tudo bem! Fazer o que...- se chateia.
— Vou retornar para as consultas! Até mais tarde...- sai.
— Vamos tirar ela daqui!
— Pulinha, não inventa.
— Podemos internar ela em casa com o dobro dessa equipe!
— Paula... Eu sei que é desesperador ver nossa bebezinha assim. Mas vamos, por favor, respeitar as ordens de Carolina, ela sabe o que está fazendo.
— Aí Vitor! - se encosta no peito dele. Não quero ver ela aqui! - observa Vitória tão quieta.
— Vamos animar ela, ficar juntinho, isso vai passar!
— Vivi, quer que mamãe conte uma história? - vai até a bebê.

Passam o resto da tarde com Vitória, tentando entreter ela de todas as formas. A bebê dorme novamente e só acorda na madrugada, depois que as avós e a madrinha retornaram para visitá-la. Paula da a sopa para a filha enquanto Vitor toma seu banho. Ao sair, vai ela e ele fica com Vitória até que ela dorme novamente.