12 anos em 12

Capitulo 114


Paula se vira para ele e o acaricia. Vitor se aproxima e a envolve em seus braços, beijando seu pescoço. Ela se deixa levar pelos carinhos dele, o corpo dele tão próximo ao seu, o cheiro inebriando. Beijam-se intensamente, deitando na cama enquanto continuam se acariciando. Paula desamarra o roupão de Vitor e beija seu corpo até se assustar com um barulho comum!

— "Papai!" - bate na porta.
— Vitória! - fecha o roupão de Vitor e coloca seu vestido com pressa.
— "Ô papai" - bate.
— Já vai Vivi...- abre a porta. Oi! - sorri quando ela entra e vai direto para a cama.
— Vem aqui! - Vitor se senta e pega ela. Já papou?
— "Nam..." - segura a mão dele.
— Então vamos papar! Vem com a mamãe...- a pega no colo. Se troque Vitor e vamos esperar você! - sai do quarto.

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Ele se arruma e se encontra com elas na sala de jantar. A família janta junto seguindo depois para a sala assistirem um filme. Depois de algum tempo...

— Meu Deus...- olha para Vitor concentrado na TV.
— Que?
— Não pensei que gostasse tanto de filme de princesinha.
— Eu sou uma princesa!
— Você é uma princesona, mesmo! - riem.
— Hum... Vou achar meu príncipe encantado!
— Está certo! Só cuidado para não ser sapo.
— Ás vezes se ele for sapo é melhor... Dai você já vem sabendo dos podres.
— Não seu caso peguei o sapo!
— Que sapo o que? - olha para ela. Você pegou um príncipe cheirando a rosas!
— Aham! - ri dele. Nunca! Um sapo velho ainda...
— Está me chamando de velho?
— Não comece! É uma brincadeira, não tem nada ver com idade.
— Sei... Você está me chamando de velho!
— Aí Vitor! - encara ele.
— Brincadeira! - ri.
— Vamos dormir... Já passou da hora de Vitória dormir. - se levanta.
— Leve ela para dormir no quarto dela.
— Não! Ela vai dormir no nosso Vitor...
— Paula, já estamos acostumando ela no quartinho dela! Por favor...
— Por favor digo eu...- pega a filha do colo dele. Não demore para vir dormir...
— Eu já irei! - se levanta. Cíntia, amanhã você me conta como foi o final... Minha aposta é que esse príncipe aí - aponta para a TV - vai ficar com a loirinha!
— Por que com a loirinha? - Paula retorna. Você gosta de loiras?
— Olha aí... Porque morena é paranóica! - mexe no cabelo dela e vai para o quarto.
— Palhaço! Volta para Claudia! - segue ele.
— Paula! - ri. O que você tem hoje? - para no corredor e ela passa por ele.
— Uai, nada! - entram no quarto.
— Vai colocar ela na nossa cama?
— Sim...- deita a filha.
— Hum...- observa.
— Que? - olha para ele.
— Pensei que dormiríamos nós dois...
— E vamos! Olha o tamanho da nossa cama...

Paula vai para o closet e coloca sua camisola, retornando para o quarto. Vitor se arruma para dormir e deita-se também cada um de um lado com Vitória no meio. Ele se remexe na cama por vários minutos, não conseguindo pegar no sono.

— Vitor...- acende o abajur. O que você tem? Quer parar de se mexer? Vitória vai acordar...- sussurra.
— Não consigo dormir! Simples...- se levanta.
— Onde você vai? - ele sai sem responder ela.

Ela olha a filha, cobrindo-a mais um pouco e se levanta atrás de Vitor.

— Saiu da cama para dormir no sofá? Virou moda isso...- vê ele deitado.
— Conversamos que educaríamos Vitória juntos...
— Não me diga... Você é o primeiro que descumpre isso!
— Paula, vá para seu quarto! Me deixa em paz.
— Deixe de ser grosso! É nosso quarto... Não tem porque você ficar dormindo no sofá.
— Seu quarto! - se senta. É seu quarto porque você não me obedece!
— Não sou sua filha, sou sua esposa! Não te devo obediência.
— Se combinamos de Vitória dormir no quarto dela, porque colocar ela no nosso quarto? Paula, perdemos nossa privacidade, perdemos...
— Pelo amor de Deus! Tudo isso porque você quer transar
— Que? - olha para ela. Vai dormir! - deita-se novamente.
— Vitor...
— Sai daqui Paula! Estou falando sério...- vira-se.
— Você está agindo feito uma criança!
— Uhum! - puxa uma cobertinha que levou para a sala.
— Vitor! - pega uma almofada. Pare com isso... Vamos para o quarto...
— Não vou!
— Vitor! - joga a almofada nele que devolve jogando nela. Aí Vitor! - passa a mão no braço. Vamos para o quarto...- vai até ele. Não tem sentido você dormir aqui se tem seu lugar lá... Pare com essa birra, por favor.
— Não durmo confortável com Vitória na cama! Tenho medo de machucar ela...- se vira para ela. Ela tem o quartinho dela, havíamos conversado...
— Tudo bem! - ergue as mãos em sinal. Me rendo! A partir de amanhã Vitória volta para o quartinho dela. Mas não vamos mexer nela hoje...
— Não estou pedindo para fazer isso...
— Vem! Vamos dormir...
— Vou colocar o colchão no chão...- se levanta do sofá.
— Tá Vitor... Aquela cama enorme...
— Mas eu me mexo muito! - seguem para o quarto.
— Pegue o colchão aí...- indica a porta do quarto de hóspedes.

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Ela o ajuda e levam juntos o colchão até o quarto. Paula prepara para que ele possa dormir confortável .

— Deita comigo...- sussurra.
— Vou arrumar Vitória na cama...- ajeita a filha e coloca os travesseiros para a proteger de qualquer queda. Pronto...- vai até ele e se deita. Vê se dorme...- se aconchega nos braços dele.
— Não estou com sono...- a beija.
— Mas vai ter que estar! - ri baixo. Porque eu estou morrendo de sono e Vitória vai acordar para mamar...
— Hum...- se emaranha nos cabelos dela.
— Vitor...- ri afastando ele. Pare com isso!
— Nossa Paula! - encara ela. Meu Deus! - se vira para o lado.
— Que!?
— Nada, né! - se arruma.
— Vitor...
— Estou com saudades de você! É muito? - olha para ela novamente.
— Não, amor... Eu só...
— Está tudo bem! Apaga o abajur...

Paula apaga as luzes e eles adormecem um tempo depois. Vitória acorda na madrugada e a mãe se levanta para amamenta-la, ficando com ela até ela dormir novamente. Retorna para o colchão no chão e Vitor está roncando, grava o ronco dele no celular.

WHATS ON

— Para você não dizer que não ronca... Tá aqui: (manda áudio) socorro.

WHATS OFF

Coloca o celular de lado e se aproxima dele o acariciando.

— Hei...- sussurra no ouvido. Vi...
— Hum? - desperta assustado. O que foi? - se vira para com pressa.
— Shiuuuuuu! Não foi nada...
— Uai, porque me acordou? - boceja.
— Quer sair daqui? Vitória já mamou, só vai acordar mais tarde...
— Sair daqui?
— Você está dormindo ainda! - ri o beijando.

Ele entende a intenção dela e escorrega rapidamente as mãos para a sua camisola, a subindo pelo corpo.

— Espera! - segura a mão dele. Aqui?
— O que tem?
— Vitória está aqui do lado...
— Quando eu te falo...
— Ok! Amanhã ela vai para o quarto dela! Venha...- se levanta e estende a mão para ele.
— Onde quer ir? - riem baixinho.

Saem do quarto relutando entre a sede de terem um ao outro e o silêncio que precisam fazer. Ainda no corredor ele termina de retirar a camisola dela e sem se largarem abrem a primeira porta que encontram, entrando no quarto de hóspedes.

— Sem barulho! - diz ofegante observando ele retirar o que lhe vestia.
— Sem barulho...

Se aproxima dela, a envolvendo em seus braços. Paula seguro o riso que a consome. Segura as lágrimas que a atormentam para sair. Segura a sensação de ter que ir e voltar de um mundo paralelo enquanto está nos braços dele. Vitor a joga na cama e explora seu corpo minuciosamente, fazendo-a se contorcer e implorar para que ele não pare. Os minutos se prolongam, as posições se invertem, a perturbação se faz presente. O calor começa escorrer na pele. As mãos amassam os lençóis para conter a vontade incessante de explodir de tanto amor, de tanto querer um habitar o íntimo do outro e de lá não sair mais. Paula pressiona-se sobre o corpo dele, excitando-o a buscar o ar a cada carícia.
Amam-se na pressa, no desespero, no silêncio, como se um incêndio se alastrasse pelos corpos sem ninguém pode conter.

— Onde vai...? - o vê se levantar.
— No banheiro! - entra no banheiro do quarto.
— Precisamos voltar para o quarto...- senta-se na cama.
— Eu sei! - retorna. Nossa, que calor! - veste a samba canção.
— O ar está desligado e você está parecendo um pimentão de vermelho! - sorri.
— Você não está diferente...- vai até ela.
— Eu sei! - beija-o. Meu corpo está queimando mesmo... Você precisa tirar essa barba Vitor, me machuca muito.
— Vou tirar! É que me esqueci. Vem! - a pega no colo e ela ri.
— Que cavalheiro... Nem um pouco intencionado! - saem do quarto.
— Só estou sendo um gentleman! - riem.

Entram no quarto deles em silêncio e vão até o colchão. Paula desce do colo dele e se deita, cobrindo-se.

— Pega minha camisola lá...
— Depois pega!
— Depois não! - empurra ele. Vai lá pegar agora!
— Afff! - Vitor vai até a porta e pega a camisola dela no chão, retornando ao quarto.
— Como acordei para dar mamá para Vitória, você se levanta de manhã quando ela acordar.
— Daqui a pouco você quer dizer! - deita.
— Isso! - deita sobre o peito dele. Boa noite...- fecha os olhos.
— Boa noite! - beija a cabeça dela.

Paula não demora dez minutos para cair em sono pesado. Vitor ainda a observa por um bom tempo até conseguir dormir. Cinco horas mais tarde Vitória desperta na cama, se sentando ainda sonolenta. Olha os pais no chão e desce até eles, deitando-se sobre os dois. Vitor leva um susto até perceber ser a bebê e começa rir.

— Vitória...- segura ela. Bom dia! - sorri para a pequena. Sua preguiçosinha! - deita ela no seu braço, abraçando-a. Vamos dormir mais um pouquinho...

Ele até tenta, mas Vitória fica mexendo em seu nariz sem nenhum interesse em dormir. Vitor então resolve levantar com a filha, vai para o banheiro e ela o acompanha, troca-se no closet e ela vai atrás.

— Agora vamos na cozinha, Didi já colocou seu café...- pega-a no colo.
— Mamãe...- aponta para Paula.
— Mamãe vai dormir mais um pouquinho...- abre a porta e sai. Deixa ela mimir, né...

Na cozinha Sol prepara a mesa do café enquanto Diva corta o bolo na bancada.

— Bom dia! - sorri ao ver eles.
— Bom dia Sol! Fala bom dia Vitória...- olha para Vitória que se nega a falar. Tudo bem! - senta-se. Bom dia Diva!
— Bom dia amores...- leva o bolo para a mesa. Bolinho de laranja, como nossa Vitória ama...- olha para ela. Acordou agora?
— Tem um tempinho já... Eu e Paula estávamos dormindo no chão e ela desceu da cama e subiu em nós. - ri. Acordei assustado!
— Porque dormiriam no chão?
— Ela dormiu na nossa cama essa noite, estava muito desconfortável para mim.
— Hum... Que café ou chá?
— Café né Diva... Fraco que toma chá! Café com leite, sem açúcar.
— Está querendo emagrecer?
— Preciso emagrecer! Minha esposa é muito bonita para ficar com um velho barrigudo.
— Isso eu concordo!
— Está me chamando de velho barrigudo? - pega um pedaço de bolo para Vitória.
— Estou! Porque é o que você é. - entrega a xícara com café e leite para ele.
— Babaca!
— Você!
— Bom dia!
— "Dindinha!" - bate palma.
— Oi amor! - beija-a. Minha princesinha! - pega ela no colo abraçando. Paula está dormindo!?
— Está sim Cíntia...- bebe o café. Como terminou o filme?
— O príncipe ficou com a morena! - se senta.
— Que doido! Eu ficaria com a loira.
— Deixa a Paula ouvir...- riem.
— Nem conte! - ri.

Tomam café conversando sobre tudo. Algodão chega na cozinha e Vitória desce do colo para brincar com o cachorro. Lilika e Flokinho correm pela casa até Vitor brigar com eles por estarem carregando os chinelos.

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— Daqui! - puxa da boca do Flokinho. Não pode! Que coisa. Vai para fora! - o cachorro corre para os quartos.
— Esquece Vitor! - Cintia ri dele. Você não vai conseguir domar eles.
— Pelo amor de Deus! Paula coloca muita mãnha nesses cachorros. Vem Vitória...- chama a filha. Vamos trocar de roupa e arrumar o cabelo...- segura na mão da filha e vão para o quarto dela.

Ele arruma a bebê e vai para seu quarto mandando a filha acordar a Paula, mas ela já havia se levantado.

— Vitor? - vem do banheiro com Vitória atrás.
— Oi? - joga-se na cama.
— Tira esse colchão dai, leva de volta no quarto e arruma essa cama.
— Já levantei cedo com Vitória! Não venha, não...
— O que uma coisa tem a ver com a outra? Eu carreguei ela na minha barriga, senti as dores, acordo para fazer mamadeira, faço dormir e ainda tenho que cuidar dos negócios da casa e do escritório. Então deixe de ser mole e arrume a merda dessa cama logo!
— Por que está nervosa? - olha para ela.
— Não estou nervosa!
— Você está nervosa sim... Tivemos uma madrugada maravilhosa, você dormiu mais que eu e acorda nesse humor?
— Quem disse que foi maravilhosa! - recolhe os travesseiros do chão e joga na cama. Não falei que foi maravilhosa!
— Ah é!? - ri. Ok, então... Vou me lembrar disso quando você estiver me apertando, estiver...
— Cala boca! - riem. Arruma essa cama, por favor! - o beija e sai do quarto com Vitória.

Ao chegar na sala cumprimenta Cíntia que está com os cachorros e já conta a ela sobre o nervoso do Vítor com eles de manhã.

— Ele fala assim mas ama eles! - ri.
— Paula, algodão acabou com o sapato da Vitória!
— Sério? Tem que ensinar eles não pegarem os sapatos...

Paula toma café na presença da prima e com a filha brincando com Diva na cozinha. Depois de arrumar o quarto, Vitor chega e senta-se junto.

— Poderíamos aproveitar hoje e ir na cidade...
— Fazer o que? - olha para ele.
— Visitar o arquiteto que vai reformar a fazenda...
— Você não desistiu dessa reforma!
— Não mesmo! Quero tudo de vidro ali e mudar aqui um pouco... Colocar uma mesa toda de madeira que comprei.
— Então já que vamos fazer isso, poderíamos ampliar a cozinha e mexer de vez no quarto para Maria...
— Sim! Pode ser...
— Então nós vamos, levamos Vitória?
— Não! Você fica com ela Cíntia até Lucy chegar?
— Fico sim, Vitor!
— Vou me arrumar e já venho...
— Não demore Paula!

Ela se arruma e dez minutos depois eles já estão na estrada. Ao chegarem na cidade vão para o escritório de um arquiteto amigo de Vitor.

— Quanto tempo! - o cumprimenta.
— Pois é! - sorri.
— Sentem, por favor! Que prazer conhecê-la Paula! - olha para ela.
— Obrigada! - senta-se.
— Vitor me falou sobre o projeto pelo telefone e eu fiz uma amostra do que vocês poderiam gostar... Vou abrir aqui! - mexe no computador.

Quase duas horas depois saem da sala com o projeto de mudança pronto. Resolvem almoçar no shopping e já aproveitar para ver alguns móveis que terão que trocar.

— Olha aqui, amor...- aponta para uma loja. Aquelas cadeiras parecem a do projeto!
— As pretas?
— Sim!
— Vamos ver...- entram na loja.

Uma vendedora os atende, levando-os até as cadeiras que gostaram. Paula analisa cada detalhe.

— Gostou?
— Gostei sim! Mas não vai ficar muito escuro?
— Você quis cozinha clara! Deixa a área pra lazer mais rústica...
— Não sei...
— Fizemos o projeto com o gosto de cada um, Pulinha...
— Não gosto de casa escura!
— Nossa casa não é escura... Isso aí vai ficar na outra parte da casa.
— Tudo bem... Precisamos levar quantas para aquela mesa?
— 10!

Fecham a compra das cadeiras e escolhem algumas peças para a decoração do quarto da Maria, acertam da loja entregar na fazenda e vão para o restaurante do shopping.

— Quero ir ao banheiro... Será que no restaurante tem?
— Nesse japonês, não! Tem que usar o do shopping.
— Então espera aqui que vou lá...
— Dá a bolsa...
— Não! Tem papel aqui.
— Pelo amor de Deus! - ri. Tem papel no banheiro...
— Mas não é limpo igual o meu!
— Tá... Vai logo!

Ele senta-se na poltrona enquanto ela vai ao banheiro, tira foto dela indo para tirar sarro dela depois. Quando ela retorna faz o mesmo.

— Por que está fotografando? - se aproxima rindo.
— Look do dia para ir ao toalete!
— Vai se ferrar! - riem.

Pega na mão dele e saem até o restaurante japonês.