My new (crazy) life!

"Pulando de cabeça"


P.O.V Lisa

Achei uma mesa e arrastei a loira comigo.

– Finalmente, odeio ficar em pé. – Falei.

– Ficamos no máximo vinte minutos em pé.

– Aff, se ficar cinco minutos já é muito.

Riu, mas depois perdeu a cor do rosto.

– Se abaixa! – Foi para baixo da mesa.

Ok, eu boiei aqui! Não me abaixei e fiquei olhando o lugar, até que meus olhos pousaram em certa garota putificada, depois disso me abaixei também.

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– Ai meu Deus amado, é a Clare! – Tampei minha boca.

– Eu sei! Ela não pode te ver aqui ou está fudidinha. – Concordou com a cabeça.

Comecei a rir.

– Por que o riso?

– Devemos estar parecendo duas malucas, pois estamos agachadas embaixo da mesa.

Começamos a rir juntas.

– Deve ter piorado, agora são duas malucas que estão rindo embaixo da mesa.

Levantamos-nos e o riso foi abaixando com o tempo.

– Ai meu santo purpurinado! Lisi?! – Uma voz afeminada falou.

Olhei para o ser e o reconheci na hora.

– Dave! – Gritei para depois abraçá-lo.

Hehe deixe-me explicar direitinho né: Dave era um grande amigo meu, ou melhor, amigo gay. Conhecemos-nos em uma dessas festas e sempre nos encontramos nesses eventos, ele é tão engraçado e bonito! Loiro dos olhos escuros, pena que ele torce pro mesmo lado que eu...

– Há quanto tempo garota?! Não te vejo desde aquela festa para ajudar um orfanato! – Falou animado. – Você não mudou nadinha, sinto pena de você.

– Filho da puta. – Bati em seu ombro de brincadeira. – Senta aqui!

Ele se sentou e depois arqueou a sobrancelha para Cat.

– Quem é a loirinha? – Apontou para ela.

– Sou Cat meu querido, e pode tratar de baixar a bola. – Sorriu de canto.

– Explosiva! Gostei dela! Sou David, mas pode me chamar de Dave.

Ficamos conversando durante um tempo, contei para ele sobre tudo que acontecer desde que cheguei à Nova York e ele fazia cada comentário e expressão engraçada!

– Eu sabia que puta do jeito que é não ia deixar de agarrar um bofe desses. – Alfinetou.

Mostrei o meu dedo especial para ele, Cat ria.

– Eu não sou puta! E não agarrei o Jake, ainda somos apenas amigos, mas amanhã teremos um encontro e...

– Encontro?! – Perguntaram os dois juntos.

– Esqueci de mencionar isso? Foi mal.

– Não foi mal, foi péssimo! – Cat disse. – Por que não me falou isso sexta ou hoje de tarde?! Que tipo de amiga é você?!

– Ah, só esqueci-me de mencionar uma coisinha! Pra que o piti?

Os dois reviraram os olhos, por que só tenho amigos cruéis?

– Ei, por acaso essa putinha que vocês falaram é uma loira de olhos castanhos e que usa roupas que não valorizam o corpo? – Perguntou bebendo um pouco de seu coquetel.

– Sim. – Falamos juntas, depois continuei. – por quê?

– Ela esta vindo nessa direção.

Olhei rápido para onde Dave estava apontando, Clare não olhava para nós, mas vinha em nossa direção.

– Fudeu! – Coloquei a mão na cabeça.

– Foi um prazer Dave, nos vemos depois! – Cat se levantou e me puxou para sei lá onde.

Corremos para a direção oposta, até que esbarramos em alguém. A mulher se virou e vi que era minha mãe, ela usava um vestido de sua última coleção.

– Lisa? Cat? – Perguntou.

– Ah, hehe, oi mamãe! – Acenei nervosa.

– Boa noite Senhora Nicole.

– O que você está usando Elizabeth? Eu falei para comprarem uma roupa de marca.

Revirei meu olhos cansada.

– Ahã, quem sabe na próxima eu não me lembro? – Sugeri.

– Argh, por que eu achei que você me daria ouvidos dessa vez? – Disse para si mesma – Quer saber? Dane-se, estou muito animada hoje para brigar com você.

Sorri abertamente. Um cara loiríssimo de olhos azuis apareceu e enlaçou a cintura de minha mãe. Olhei assustada para Cat e ela fez que não sabia de nada.

– Ér, quem seria você? – Apontei confusa para o cara.

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– Sou William, muito prazer. – Estendeu a mão e eu apertei ainda confusa. – E quem é a Senhorita.

Merda! Esse é o namorado de minha mãe? O principezinho perfeito? / Não, ele é o namorado de sua mãe, o tocador de violão que não é mauricinho / Ah é! Eu gosto dele ou não? / Mais ou menos, pois... Espera, eu não tenho que te ajudar, vire-se! / Bem que eu estranhei você estar sendo legal...

– Essa é a minha filha Will. – Disse minha mãe sorrindo.

“Will” sorriu para mim.

– Então você é a famosa Lisa? Ouvi muito de você, e posso dizer: Ganhou muitos pontos comigo pelas maluquices. – Piscou.

– Hehe... – Ri nervosa.

– Sou Cat, amiga de Lisa, prazer. – Cat se auto-apresentou.

– Muito prazer Cat.

Ficamos conversando com os dois, até que o loirinho é um cara legal! Não é nojento e nem grosseiro, e parece que tem um grande efeito sobre mamãe, pois a cada olhar e toque um sorriso novo aparece em sua face.

– Tenho que ir agora, preciso falar algumas coisas, já que sou a anfitriã. – Mãe disse.

– Boa sorte Nicole. – William beijou a bochecha dela.

– Mostra que você manda nessa porra mãe! Faz um discurso lá *like a foda! – Fiz sinal joinha para ela.

– Não abuse do meu bom humor Lisa.

–Tá, ta...

– Boa sorte Senhora Nicole. – Ai meu Deus! Cat só sabe chamar minha mãe de “Senhora Nicole”?! Puta merda...

‘Senhora Nicole’ foi até um palco que tinha perto, todas as pessoas presentes a cercaram. Avistei Clare e tratei de ficar em um lugar BEM afastado.

– Boa noite a todos primeiramente. – Começou minha mãe. – Quero agradecê-los por estarem aqui esta noite, é muito importante isso, pois como muitos sabem como é importante ter uma loja na Quinta Avenida. Espero que essa seja uma das primeiras de muitas lojas minhas nessa cidade.

Todos a aplaudiram. É, até que ela fala bonito... Mas eu que manjo aqui! / Há, há... Boa, boa! Conta uma de loira agora! / Vai se foder Celeste! Aff, algum dia vou te dar uma tirada boa. / Vou esperar sentada de boinha aqui, falou? Valeu.

– Muitos me perguntam de onde tiro inspiração para minhas coleções adolescentes, pois claramente não sou mais uma. – Continuou. Eu nem sabia que ela tinha uma linha adolescente. – A verdade é que a maioria das roupas que crio quem me dá inspiração é minha filha, não das roupas que ela usa e sim de seu jeito único. Algumas pessoas já me falaram que as roupas são muito “exóticas”, culpem minha filha, pois, vamos dizer, ela não é um exemplo de normalidade. – Muitas risadas. Ei, eu estou ouvindo, ok mãe?!

– Se fudeu Lisa. – Cat também ria.

– Mas falando sério, tenho muito a agradecê-la, por isso peço que ela suba aqui agora. Elizabeth?

Perdi totalmente a cor do rosto, é, ferrou! Como sempre em momentos de nervosismo faço a primeira coisa que vem a minha cabeça.

– Cat, corra! – Segurei seu braço e comecei a correr.

Fui até a porta, mas ela estava trancada, merda!

– Aonde vamos?! – Questionou a loira.

Você não está pensando nisso! / Ah, estou! / Isso não é um filme. Você pode morrer! / Se for morrer, irei morrer pensando em bacon!

– Me siga!

O prédio é grande, já falei? Estou no último andar de 5 andares. Se eu me inclinar mais um pouquinho consigo ver os carros que passam na rua.

– Lisa, o que estamos fazendo aqui? – Perguntou Cat com medo.

– Isso vai ser tão legal! – Falei a ignorando.

– O que vamos fazer Elizabeth?!

– Está vendo aquela escada de incêndio? Bem, eu vou descer por ela.

A cor de seu rosto sumiu.

– É O QUE?! – Gritou, mas tampei sua boca. – Você está proibida de fazer isso!

– Por que? Nos filmes as pessoas fazem isso!

– Foda-se, não deixarei você arriscar sua vida apenas pelos filmes.

Ouvimos minha mãe me chamar novamente.

– Deseje-me sorte Cat!

E pulei na escada antes que me impedisse, soltei um gritinho quando meu pé escorregou e perdi o equilíbrio, mas rápido segurei forte na escada. / Isso é tão desnecessário... Pra quê isso?! Era só ir pelo elevador ou se trancar no banheiro! / Ah, mas o que é a vida sem um pouco de adrenalina? / Tá achando que é imortal?! Isso não é filme do 007 não minha filha!

Desci calmamente a escada de incêndio, ás vezes me assustava, pois puxava a alavanca muito rápido e a escada descia muito de uma vez só. Mas depois de longos e assustadores quinze minutos cheguei ao “chão”, na verdade a escada não descia até o chão (Afinal de contas, ela não é funkeira), então tive que pular os últimos dois metros.

– Isso... Foi... Demais! – Sorri.

Tá, mas como vou para casa agora? É, devia ter pensado mais nesse plano maluco.

– Hey, táxi! – Chamei acenando.

Um táxi estacionou em minha frente. / Idiota, vou repetir: Foi super desnecessário! / Eu sei, mas sempre quis fazer uma coisa desse estilo, sabe? Arriscar a vida por um assunto idiota, igual nos filmes de ação. / Você nem assiste filmes de ação! / Mas vejo as propagandas!