Dissensio


A luz ofusca meus olhos;
É branca, fluorescente
Há vultos e vozes, fantasmagóricos
Estou com medo, não consigo me mexer
Mexem eles, em algo
Ah!, mexem em mim.
Me abrem e exploram, procurando não sei quê
Me dissecam, pouco a pouco,
Lentamente tornam-me oco
E sorriem com meu coração
Em uma bandeja vazia
Como é fria!
Mas não sabem, os coitados
Que o coitado aqui sou eu,
Que há muito dissequei-me
Ao me permitir ser teu
Levastes embora de meu peito
O que tinha de mais meu
Até que o sentido da vida,
Em sua partida, se perdeu.

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(O poema não completou o mínimo de 100 palavras, então precisei digitar algo - no caso, isso aqui - para poder postá-lo. Ignore isso.)