– Então eu tenho que abençoar as armaduras? – Hazel franziu as sobrancelhas.

– É mais ou menos isso. – Seu pai respondeu.

– É uma questão de física. – Perséfone entortou a boca. – Eu poderia ter aprendido física. Se não tivesse comido a romã.

Hades revirou os olhos.

– Tente, Hazel.

Hécate se postou ao seu lado, com as mãos na cintura. Agora eles veriam se tudo o que ela havia aprendido valeria a pena.

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Hazel engoliu em seco e encarou a grande pilha.

– Posso pedir algo primeiro? – Ela virou-se para Plutão. Ele concordou. – Um pouco daquele negócio que o senhor me deu... Sangue.

– A bebida do Mundo Inferior. – Perséfone sorriu. – Aprendi a tomar aquilo quando tinha novecentos e trinta e dois anos. Prefiro chamar de suquinho de romã.

Hécate revirou os olhos e negou com a cabeça quando um escravo-esqueleto surgiu oferecendo-lhe.

Hazel bebeu avidamente, sentindo o sabor doce descer pela garganta.

Ela jogou a taça fora e levantou as mãos.

Concentrou-se e fechou os olhos, lembrando de tudo o que havia aprendido.

Ela rezou, orou, pensou e entoou. Concentrou-se tanto que um véu dourado a envolveu e saiu-lhe pela boca, como a névoa do Oráculo, e aplainou sobre as armaduras.

Um vento jogou seus cabelos cor de canela para os lados, mas ela continuou entoando feitiços e bênção. Invocando magia negra e magia boa, tanta magia quanto ela podia.

Usou seus poderes de filha de Plutão, chamando as sombras para si e fortalecendo-se, expelindo encantos.

Quando abriu os olhos, nada tinha mudado. Hades, Hécate e Perséfone estavam no mesmo lugar, e a pilha de armaduras estava do mesmo jeito.

Hades estalou os dedos e a pilha sumiu. Deveria ter ido para o porão do navio dos semideuses. O pai sorriu.

– Está feito. E é hora de voltar.