Os Marotos - The Bodyguards
Full Moon
POV Sirius:
Pegue uma dor de cabeça qualquer... Sabe aquela dor de cabeça que sentimos quando estamos estressados, e cansados de um dia agitado no trabalho, ou mesmo no colégio? Essa deve servir.
Pegue-a e imagine sua cabeça sendo espremida por essa dor, e no caso, o que está espremendo sua cabeça são socos e tapas. Golpes que você não consegue revidar, apenas esperar e rezar para que isso acabe logo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Não quero que ninguém passe pelo que estou passando. Preso, dolorido, triste, preocupado... Isso é horrível. Mas se um dia essa desprezível sensação acontecer com vocês, aqui vai um conselho:
Nunca perca a fé.
Acho que isso vale pra tudo o que fizer, ou pensar, ou falar. Tudo.
Vejo as pessoas pulando de um avião, a fé como um paraquedas, e o restante, a gravidade.
A gravidade vai te puxar para baixo, e fazer você cair. Porém, seu paraquedas não vai permitir, ou pelo menos amenizar, a queda.
Se você não tiver um paraquedas, você está ferrado.
Eu ouvi a porta do quarto em que estava trancado se abrindo.
– Ei, otário. – Alguém me chamou. – Já cansou de apanhar?
– Cansei de ficar ouvindo você falando. Por que não me deixa surdo de uma vez? – Eu perguntei levantando meu rosto em direção a porta.
– Não... Ainda não... Quero que ouça sua protegida gemer nos meus braços, ou melhor, gritar. – Ele disse jogando uma sacola em minha direção, e em seguida tranco a porta novamente.
Peguei o pacote e o desembrulhei. Era um pão amanhecido, e uma garrafa de plástico com água. Mas tinha uma coisa lá no fundo no pacote. Um bilhete.
NÃO SE ASSUSTE SE OUVIR BARULHOS DO LADO DE FORA.
O que?
Logo em seguida, parecendo que o escritor havia ouvido meus pensamentos, eu ouvi barulhos de socos e alguém caindo. Logo em seguida eu ouvi a porta se destrancando, mas ninguém a abriu.
Então decidi ver o que avia acontecido. Levantei-me da cadeira de onde estava e caminhei, mancando, em direção a porta.
A abri, e vi...
– Pessoal. – Eu disse assim que vi James, Remo e... Lilian? – Lily, o que está fazendo aqui?
– Eles precisavam de mais um, então me candidatei. – Ela disse como se ir para o covil do cara mais procurado pelo FBI fosse uma coisa que ela fazia todo dia.
– Mas é perigoso. – Eu disse para James, que deu de ombros.
– Ela veio no porta malas. Isso porque eu mesmo tinha deixado ela dentro do quarto dela.
– Como...?
– NUNCA duvide de uma mulher, Black. – Ela disse ameaçadoramente para mim.
– Gente... Até que a conversa tá boa, mas a Lilian está correndo risco de vida aqui, e nós também, e aqui tem câmeras, e com certeza Riddle já está sabendo que estamos aqui. Então vamos. – Remo disse abrindo uma porta, mas ela estava trancada. Aliás, todas a que tentei estavam.
E isso definitivamente não era bom.
– Ah, pode ter certeza que eu sei que estão aqui. – Alguém falou, mas não conseguimos ver quem era. – O que pensam que estão fazendo? – Ele perguntou com certo sarcasmo. – Não vão sair daqui tão cedo.
Uma sombra saiu do fundo do corredor de onde estamos encurralados.
– Riddle. – James cochichou atrás de mim.
– Foi uma PÉSSIMA ideia. – Remo resmungou.
– Ouçam seu amigo, ai. – Tom disse aparecendo e rindo sarcasticamente. – Ele tem razão... Isso foi uma péssima ideia. E sabe o que também foi uma péssima ideia? – Ele falou se aproximando. E percebi que James se colocou na gente de Lilian o mais rápido que ele pode. – Vocês terem trazido essas belezinhas aqui para mim. – Ele disse se afastando e eu vi.
Marlene e Dorcas, amordaçadas, sendo carregadas por dois brutamontes mafiosos.
– Marlene! – Eu arfei. Não podia acreditar que isso era verdade, eu não podia.
Ela... Não... Ela não podia ter vindo, não podia.
– Por que a trouxe? – Eu perguntei assustado para James.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Ela que pediu. As três vieram escondidas, na verdade. Era mais perigoso deixa-las lá sozinha. Lá fora está praticamente cercado. – Ele tentou me explicar.
– Já acabou a reuniãozinha de vocês? – Riddle perguntou.
– O que quer?
– Elas, simples. Duas eu já tenho, agora vim até aqui buscar a terceira. – Ele lançou um olhar para Lilian, que a fez se encolher mais ainda de medo.
– Só por cima do meu cadáver. – James disse se pondo mais a frente da ruiva.
– Se é assim que prefere... Eu estava pensando... – Tom colocou a mão nos bolsos e começou a andar em direção a James. – Em prender vocês três... E contar um segredo que iria ser só nosso sabe... Mas como não me dá outra escolha Potter... – Ele se aproximou de James e tirou uma faca de lá e a cravou na barriga dele.
–JAMES! – Lilian gritou apavorada.
POV Lilian:
– James... – Eu me agachei e segurei sua cabeça antes que ela bata no chão. – O que fizeram?
– Lily... Corre. – Ele disse rouco.
Isso não podia ser verdade!
Ele não pode ir!
– James... – Eu percebi que já estava chorando, e muito. Coloquei minha mão aonde tinha o corte, e tirei a faca de lá, o que o fez gritar de dor. – Vai passar... Eu sei que vai... Por favor, não me deixe... Eu gosto de você... Eu preciso de você, James...
– Eu nunca te deixaria, Lírio.
Essas foram as ultimas palavras de James Potter naquela noite.
Eu o deitei delicadamente no chão, e tentei parar o sangue, que agora deixaram minhas mãos vermelhas, mas eu estava pouco me lixando pra isso.
Percebi que Remo e Sirius tentaram se agachar para tentar ajudar James, mas os Death Eaters o cercaram.
Com toda a maquiagem borrada, as roupas rasgadas devido há como nós fomos parar por aqui, eu encarei com frieza o monstro que se encontrava atrás de mim.
Me condenando por ter apoiado essa ideia maluca, e rezando para que James ficasse bem eu perguntei:
– O que pretende fazer agora?
– Matar eles. – E apontou para os dois.
– NÃO! – Marlene começou a gritar, ou melhor, tentar gritar, já que estava amordaçada.
– Me mate, mas não faça mal á elas. – Remo disse com uma seriedade que me deu medo.
– Não é hora para bancar o bom samaritano, Lupin. – Riddle disse olhando para ele, que sustentou o olhar.
– Não quero ser um bom samaritano, principalmente agora. Só quero acabar com isso logo.
– Não vai me pegar. – Eu disse em meio as lágrimas.
– Ora... Vamos ver... Seu protetor ai, está mais morto que vivo... Suas amigas, amordaçadas... Seu amigo foi espancado, e está custando parar em pé sozinho... Só sobra você e... Ele. O que não vai ser um grande problema para mim. – Ele disse se aproximando de mim e agarrando meu braço.
Mas ainda tenho uns truques na manga...
– Ok, Riddle, você venceu. Vamos... Vai me ter. –Eu disse mais séria possível. Sorte que James não está ouvindo isso.
– Sabia que um dia concordaria. – Ele sorriu com frieza, o que me fez dar ânsias. – Vamos, levem as duas ai para a suíte presidencial. Vamos ter uma longa noite hoje, docinho.
– Claro... Uma longa noite de lua cheia, Tom. – Eu disse tentando sorrir. Mas não conseguia. Não conseguia sorrir pra ele, principalmente pra ele. Ele matou James, e nunca vou perdoa-lo por isso.
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