Capitulo dezoito

– Como foi a conversa com Hunt?

– Perfeitamente agradável – ela falou passando por ele e se sentando na frente do computador – onde estão os dois?

– Na cozinha... Hum, Melanie – ele disse calmamente.

– Surpresa que saiba meu primeiro nome, Will.

– Olha eu sei que fui um babaca com a Kate e que te culpei, erroneamente, pelo acidente com a Julia, mas precisamos de uma trégua aqui.

– Escute Sorenson, eu já dei uma trégua, tanto que estou aqui sentada e não enchendo sua cara de porrada. Agora podemos trabalhar juntos nisso para que você possa ir embora.

– Delicada como sempre. – falou se sentando do lado dela e recebeu um sorriso irônico da moça.

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Na cozinha Kate tomava um café e olhava para o nada e Castle andava de um lado para o outro, até que o celular de Kate vibrou, eles não tinham grampeado o celular dela. Ela olhou a mensagem e viu foto dos seus dois filhos seguido de uma mensagem “Detetive, um ‘piu’ que der para aquela sua amigazinha loira insolente e seus filhos pagarão. Eles estão bem como pode ver e vamos retornar daqui a algumas horas com as exigências que temos. Estamos de olho Beckett, não seja estúpida.” Ela arfou ao ler a mensagem e chamou Castle.

– Meu senso critico diz para ir mostrar isso a Mel, mas eu como mãe não vou – ela disse e guardou o celular.

– Vamos voltar a sala para eles não desconfiarem – Castle concordou. – Encontraram algo? – ele falou assim que chegaram na sala.

– Ainda não. Temos uma equipe de olho nas pessoas que possam querer fazer mal a vocês e estamos para receber um arquivo – Mel disse – assim que tivermos alguma novida...

– Kate – Mel foi interrompida pelo grito de Castle – amor, o que você tem? – falou com a esposa a colocando deitada desmaiada no sofá.

– Vamos leva-la ao hospital, e sem birras Kate, você mal comeu o dia inteiro, talvez precise de um soro. Eu vou com eles, certo Sorenson?

O homem assentiu e Castle, Mel e Kate foram ao hospital, no caminho Mel ligou para Lanie. Ao chegar no hospital levaram ela para fazer uns exames e então Lanie chegou, falou que iria ela mesma ver os exames e saiu deixando Melanie na sala de espera. Depois de uns trinta minutos Lanie aparece com os papeis na mão no quarto onde Kate estava e disse que a amiga estava bem, foi só uma queda de pressão, e poderia ir para casa, mas teria de se alimentar melhor.

Castle então ajudou a mulher a descer e quando entraram no corredor ouviram Mel dizer.

– Também acho que seja melhor assim.

– O que é melhor? – Kate perguntou.

– Lanie disse que seria bom ter uma enfermeira lá para cuidar de você, e eu achei que fosse bom.

–Isso é besteira, eu estou bem, obrigada – deu um sorriso fraco.

Eles voltaram para casa e Mel falou para eles irem para o quarto descansarem que eles avisariam quando tivessem mais novidades.

– Nada do Hunt até agora – Will falou assim que viu Mel descendo as escadas – mas o seu celular não parou quieto.

Ela então pegou o celular e viu uma mensagem de Hunt, de que ele se atrasaria um pouco para mandar o arquivo pois surgiu um imprevisto, de resto ela tinha 11 chamadas, uma de Ryan, seis de seu chefe – o que fez ela sorrir e depois suspirar fundo – duas de Annabel e duas de Paul. Ela então telefonou para o chefe, que assim que tendeu colocou no viva voz, deixando Melanie frustrada.

– Ainda não temos nada sobre o caso, mas temos um probleminha – ela disse.

Depois de colocar os parceiros a par do que estava acontecendo ela ligou para Ryan.

– Hey Melanie, o homem que você imobilizou no parque não quer falar nada, você não gostaria de tentar? – Ryan foi direto

– Tudo bem, estou indo para ai – ela falou pegando as chaves do carro.

– Tem mais uma coisa que você precisa saber – ele disse receoso.

– Ryan – ela falou sem paciência.

– Esse homem atropelou a Kate a uns tres anos atrás.

– Deixe ele comigo – Mel falou.

Durante o trajeto ela ligou seu celular e pesquisou sobre a vida do homem.

– Posso fazer isso sozinha? – perguntou ao Espo e Ryan quando chegou a 12ª.

– Boa sorte – Espo falou.

Ela então entrou na sala de interrogatório e sentou-se a mesa. Abriu a pasta e mexeu nas folhas.

– Então, Ian – falou tratando-o pelo primeiro nome – sua ficha é quase impecável, fora um acidente a uns três anos atrás causado na frente no Central Park, tendo como vitima a Detetive Beckett, sua ficha estava limpa, até agora – falou como se lesse alguma informação, e então encarou o homem, os grandes olhos azuis brilhando de expectativa – e agora você participa de um seqüestro, tendo como vitima os filhos da Detetive Beckett. Coincidência? – ela falou.

– Não pense que uma ficha criminal determina quem eu sou – ele cuspiu as palavras para ela.

– Oh, não, eu nunca disse isso – ela agora o olhava com curiosidade – mas eu tenho uma teoria para o que aconteceu aqui – falou e o homem arqueou uma sobrancelha – sua mulher estava grávida não é? Você teria um filho para sustentar, e os gastos não são poucos, eu entendo, e nada melhor nesse momento do que uma graninha fácil. E seria fácil, só causar um acidente “para assustar” e se fazer de vitima depois, como você não tinha ficha criminal seria libertado e o dinheiro era grande, então pensou “porque não” – ela parou por um momento, o homem parecia pronto a esmurrar o rosto dela a qualquer momento. – mas eles te acharam de novo não é? E se você recusasse poderia perder sua mulher e filho, você não tinha o que fazer e aceitou...

– CALE A BOCA – ele berrou e se levantou, Melanie levantou-se também e batendo a mão na mesa berrou.

– ME ESCUTE BEM IAN – ela o encarava determinada – eu posso ajudar você, se você me ajudar. Quem mandou você cometer o acidente? Quem esta por trás disso?

– Para você é tudo fácil, mas eu vou me foder se abrir a boca, minha mulher morre, meu filho morre, eu assisto e depois me matam.

– UMA DROGA QUE É – ela berrou – meu parceiro foi assassinado na minha frente para eu aprender a não cometer o mesmo erro que ele – ela soltou em cima do homem que pareceu recuar um pouco – então Ian...

– ONDE ESTÃO MEUS FILHOS – Kate entrou na sala com tudo batendo a porta e pegando o homem pelo colarinho o colocando contra a parede – DIGA ONDE ESTÃO MEUS FILHOS OU EU ACABO COM A SUA VIDA.

– SEU FILHO DA PUTA – Castle entrou atrás dela indo em direção a Ian.

O caos se instalou, Espo e Ryan entraram na sala para deter Kate e Castle, que tinha ido até Ian.

– Kate – Mel falou se aproximando dela quando conseguiram tira-los de lá – ele confia em mim, eu vou conseguir uma confissão e nós vamos achar os meninos, mas me escute, você precisa se acalmar. Castle – ela olhou para ele pedindo para tirar Kate dali.

Assim que eles saíram Melanie se virou furiosa para Esposito.

– INFERNO, EPOSITO – ela berrou – o que te deu na cabeça de falar para a Kate que o cara que causou o acidente dela estava envolvido nisso?

– É A VIDA DELA, ELA DEVE SABER – Esposito respondeu no mesmo tom. – E É DO MEU AFILHADO E SOBRINHO QUE ESTAMOS FALANDO

– ELES SÃO MEUS SOBRINHOS TAMBÉM, ESTOU TÃO PREOCUPDA QUANTO VOCÊ, MAS ISSO NÃO TE DA O DIREITO DE SAIR POR AI CONTANDO ISSO PARA A KATE.

– E O QUE TE FAZ ACHAR QUE TEM O DIREITO DE DECIDIR ISSO?

–PORQUE EU ESTOU A FRENTE DESSA INVESTIGAÇÃO – Melanie foi dura nas palavras – ELA NÃO PODE SE ESTRESSAR, NÃO AGORA – ela levou as mãos na cabeça e chegou perto dele – esse caso está nas mãos do FBI, não tome mais nenhuma decisão, MINIMA QUE SEJA, sem antes me comunicar ou comunicar o Agente Sorenson, caso contrario eu te tiro do caso – ela falou e Esposito resmungou – EU FUI CLARA?

– Sim, Agente Mason – Esposito a encarava de cara feia.

– Ótimo – falou e se virou para voltar a sala de interrogatório

– Lembra quando eu falei que queria trabalhar com ela? – Esposito falou para Ryan assim que ela entrou na sala – retiro o que eu disse – e foi em direção a sua mesa.

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Assim que chegou na casa de Kate todos estavam na sala e levantaram quando viram Melanie.

– E então? – Castle falou.

– Ele não sabe quem é o homem – falou – rastreamos o dinheiro na conta dele mas não deu nada, Ian nos deu o numero pelo qual recebia ligações e os locais onde eles se encontraram, mas não levaram a nada.

– Então voltamos a estaca zero? – Kate concluiu.

– Não, ainda temos um informante da CIA trabalhando na identidade dos seqüestradores. – suspirou – mas agora, eu acho que é melhor vocês irem descansar, nem que seja por um tempinho, teremos um dia comprido amanha – deu um sorriso amarelo.

– Nos avise se descobrirem qualquer coisa – Kate falou subindo com Castle para o quarto e esperando que recebesso uma segunda mensagem.

No quarto Kate e Castle olhavam aflitos para o celular esperando por uma comunicação dos seqüestradores. Os minutos que se passavam pareciam horas para Kate e Castle, eles estavam desesperados e estavam quase indo mostrar a mensagem para que pudessem rastrear o ip do celular mas pararam quando o telefone de Kate tocou, mais uma foto de seus filhos e então a mensagem. Ao terminar de ler Kate olhou para Castle.

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Já eram duas da manha quando o seu computador apitou avisando que tinha um email. Melanie era a única acordada na casa, ela imaginava, estava sentada no sofá encarando o computador e com uma xícara de café nas mãos. O email de Hunt havia chego, ela mandou para toda a equipe e acordou um de seus parceiros para ele ir atrás dos dois homens que ela mandou para o email dele.

Pediu que seu parceiro avisasse se encontrasse algo e resolveu descansar um pouco.

As 6:30 da manha ela é acordada por latidos.

– Hey garoto, o que foi? – disse acariciando as orelhas de Brutus – pêra, o que você esta fazendo aqui?

Melanie levantou-se rapidamente e foi até o quarto de Castle e Beckett.

– Kate, posso entrar? Temos noticias – ela mentiu, não ouvindo resposta ela esperou alguns segundos e abriu a porta, eles não estava na cama, nem dentro do banheiro e muito menos dentro do closet. – não, não – ela saiu pela casa chamando pela Kate e acordando todo mundo.

– Agente, o que foi que aconteceu? – um dos homens falou.

– Vocês viram a Kate e o Rick hoje?

– Não saíram do quarto.

– Oh, saíram e saíram de casa também – ela falou e voltou para o computador.

Começou a mexer em alguns arquivos e conseguiu os registros telefônicos de Kate assim como as mensagens, ao ver a mensagem do numero desconhecido ela se afastou do computador, sacou sua arma e falou.

– Não sei como, mas eles conseguiram sair de casa sem ninguém perceber, e foram atrás dos seqüestradores. Will? – ela falou.

– Acredito que você tenha um plano de emergência – ele falou passando a frente do caso para ela.

– Muito bem – ela começou a falar o plano e então em menos de três minutos estavam todos em caros rumo ao local.

“Você realmente não deveria ter feito isso Kate, sua teimosa” Melanie pensou.