– Filha! Papai vai sair, tá?

– Pra onde você vai?

– Vou ir pra uma entrevista. Ver se eu consigo um emprego.

– Tá bom. Boa sorte.

– Obrigado, filhinha! – Ele fala dando um beijo em sua cabeça. – Tchau Carmem.

– Tchau. E aí, vamos sair, andar de bicicleta?

– Eu... eu não tenho bicicleta.

– Sem problemas! Eu tenho três lá fora. Escolhe qualquer uma.

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– Que é isso. Eu não quero pegar a sua favorita.

– E daí se você pegar a minha favorita? Eu uso outra, ué!

– Então tá.

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– Nossa, Carmem. Eu já andei de bicicleta, mas não andei em nenhuma de setenta e quatro marchas.

– Pois é. Tem cada uma mais leve que a outra. Sorte sua que você não pegou aquela que ficou lá em casa.

– Por quê?

– Porque foi o Franja que me deu de aniversário. Ele mesmo fez.

– Ela explodiu?

– Não necessariamente... mas bem provável.

– Então, o que ela faz?

– Te dou um prêmio se você acertar o que é em forma de bicicleta.

– Máquina do tempo?

– Pois é, né?

– Há há há há...

– Cascuda...

– Sim?

– Sabe... eu nunca dividi minhas utilidades, porque achei que era coisa de pobre.

– E aí?

– Agora que estou dividindo com você, me sinto bem melhor.

– Que bom que acha isso.