Pov's Jack

Breu recuou para as montanhas ao leste, porem eu ainda tinha controle dos estilhaços e os joguei com tudo nele. Ele fez uma espécie de escudo de sombras mas não adiantou, o gelo o atingiu em cheio e uma coisa incrível aconteceu: o gelo e a escuridão se chocaram! Uma onda negra se pedrificou em gelo grosso. Ele ficou meio que paralisado por alguns míseros segundos e depois ele tentou fugiu

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– Opa, onde o senhor pensa que vai? – Coelhão jogou seus dois bumerangues em Breu para fazê-lo cair

– Hahaha, muito inútil seus brinquedos Coelhão – ele pegou um dos bumerangues, o transformou em um bumerangue negro e o jogou em Colhão. O bumerangue bateu em um pedra do alto de uma montanha; as pedras foram deslizando em nossa direção. O problema é que não era uma ou duas, eram VÁRIAS! Enquanto Norte desviava e ia para bem longe dali, eu e Sandman lutávamos com Breu.

– Ah dois contra um não vale! Mas já que querem jogar assim – num estalo de dedos vários daqueles cavalos negros apareceram e tivemos que lutar com eles.

– Sandman, não tem como fazê-lo dormir novamente? – ele fez uma bolinha de areia e lançou em Breu (estávamos longe dele) não teve o menor efeito porque Breu realmente estava forte.

– Jack, vamos! Não é hora disso! – fada gritou do trenó

Para me despedir de Breu, lhe joguei uma rajada de gelo. Depois eu e Sand voltamos ao trenó.

– Viu o que disse rapaz?

– Ele está forte

– Não estamos ainda em condição de lutar com ele – Coelhão disse decepcionado

– Vou pegar mais um atalho – Norte jogou outro globo de neve e em instantes estávamos em um lugar completamente diferente. Um lugar cheio de vales e montes. Flores enfeitavam aquele lugar. A vista era espetacular, Coelhão ainda continuava dando seus chiliques enquanto Sandman aproveitava ao máximo a viagem.

– Oh, me sinto em casa! – Fada saiu aos pulos do trenó se dirigindo a um palácio de cristal reluzente e decorado com pedras preciosas. Era no topo da única montanha ali que não era muito alto pra ser sincero. Norte estacionou o trenó no que parecia a varanda do palácio e todos nós descemos.

– Que barulho é esse? – ouvi assobios e bater de asas a todo canto

– São minha fadinhas – vários beija-flores rodearam Fada – Elas são minhas auxiliares, me ajudam a coletar e guardar os dentinhos

– Mais que gracinhas, elas falam?

– Não, mas entendo elas. É ele, o próprio, os dentes deles são perfeitos – ela sussurrou a última parte; as fadinhas ficaram meio bobas pra cima de mim (vai entender essas fadas!)

– Fada, como você não se perde aqui? Há milhares de caixinhas aqui – Coelhão falou já na parte de dentro do Palácio

– Uau! – havia centenas de milhares de prateleiras. Em cada prateleira havia várias caixinhas.

– Me ajudem, onde estão os dentes de Jack Frost? – ela foi procurando enquanto conversava com as fadinhas

– Tenho a leve impressão que isso irá demorar...

– Que nada! Fada guarda todos os dentes em ordem alfabética, ela é muito organizada, logo achará o seu...

– Achei! Venha aqui Jack! Suas lembranças estão aqui - fui animado até ela que estava do outro lado da enorme sala principal

– E como faço para vê-las?

– Basta apertar aqui. Está pronto? – meu coração batia mais forte, sempre quis saber a verdade sobre mim e agora é a hora da verdade

Sandman, Norte e Coelhão chegaram na tal sala. Eu respirei fundo e apertei um desenho que parecia uma fada feita de tinta aquarela. Depois que apertei o meu espaço ao redor estava ficando embaçado e uns brilhos dourados foram aparecendo até que o meu fundo mudou completamente

...

Flash Back On

Apareceu uma cena, eu estava em um quarto. Ao meu lado estava uma mulher segurando um bebezinho em seus braços.

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– Posso segurá-la mãe?

– Cuidado Jack, ela é muito delicada

– Eu vou ter mamãe – a mulher me deu a bebezinha e eu a segurei com a maior delicadeza do mundo

– Promete cuidar da sua irmãzinha?

– Prometo! Mamãe ela é delicada! Parece uma bonequinha! Eu prometo cuidar dela!

Depois outra cena apareceu. Eu tomando café com leite, uma menininha chegou engatinhando na cozinha onde estava. Ela caiu e começou a chorar

– Oh Emma, não chora – a peguei no colo – Está tudo bem maninha, já passou anjinho – e ela parou de chorar

Agora estava em um bosque passeando com cinco crianças. Eu estava brincando com eles

– Jack aqui está chato, leva a gente pra casa?

– O que? O que você falou? Chato?

– Não Emma o que você fez a garra não gosta dessa palavra!

– A garra! – imitei um monstro e fui atrás deles. Eles saíram correndo pelo bosque

Apareci e outro lugar. Era de noite e tinha umas pessoas, algumas crianças e uns adultos sentados ao redor de uma fogueira.

– Tente adivinhar que animal eu sou

– Um urso

– Um leão

– Um canguru

– Um tigre

– Não vai falar nada Emma?

– Añññh, eu não sei. Um leopardo?

– Acertou Emma! – eu a peguei no colo e rodei pela aldeia toda dizendo “olha gente, ela é a campeã”

Outra cena. Agora eu estava novamente em um quarto. Aquela menina estava deitada em uma cama, ela estava doente.

– Ei, por que você está triste?

– Porque eu não posso brincar, e todo mundo aposto que está rindo de mim.

– Oras e por que?

– Olha pra mim Jack, estou cheia de bolinhas vermelhas.

– Mas nem por isso vai ficar triste! Vamos brincar, eu e você.

– De quê?

– De... cócegas

– Oh não Jack... hahaha... cócegas não!

E então apareci em outra cena. Agora eu e ela estávamos em um lago congelado.

– Jack, eu estou com medo

– Eu sei, eu sei – o gelo estava se partindo, a parte onde ela estava poderia se rachar por completo a qualquer segundo – Mas você não vai cair, ao invés disso a gente vai se divertir.

– Não, não vamos!

– E por acaso eu já te enganei?

– Já, você está sempre me enganando

– Eu sei, mas dessa vez é sério, você não vai cair, confia em mim. Você quer brincar comigo, vamos que nem todos os dias, é como pular de amarelinha olha só. Um – dei um passo para trás e o gelo se rachou um pouco – Dois, Três – peguei uma espécie de cajado que estava atrás de mim – Agora é sua vez

– Um, calma, dois, calma mantenha a calma – como eu estava vendo que o gelo do lado dela se rachava mais eu peguei o cajado e a lancei até a borda do lago, e fiquei no exato lugar que ela estava. Me levantei e sorri

– Viu não disse que ia ficar tudo... – o gelo se partiu e eu cai no lago

– Jack – o grito da garotinha foi a última coisa que ouvi .

Tentei desesperadamente voltar a superfície... mas não consegui

...

Flash Back Off

Por um momento tudo ficou escuro. Depois a luz foi voltando e minha visão também. Então pude ver novamente os guardiões me olhavam assustados. Eu segurava a caixinha e estava sentado no chão.

– Jack!

– F-Fada! Fada! Eu vi tudo! Foi um resumo da minha vida! Ai...! Agora eu me lembro de tudo! Oh não! Emma! – sai correndo desesperado sem ter a menor noção pra onde

– Emma? O que você viu?

– Eu tinha uma irmã! E eu salvei ela! EU SALVEI ELA!

– Rapaz, estou admirado. Você tem todas as qualidades para ser um guardião – Norte disse

– Minha irmã...? Morreu? Temos que acha-la!

– Jack sinto muito por lhe dizer mas, não pode te ver lembra?

– Minha irmã...? Não pode me ver...! – minha garganta deu um nó

– Imagino o quanto deve ter sido difícil ter vivido todos esses anos sem ninguém te ver.

– Ninguém... opa, não exatamente ninguém

– Teve alguém te viu? – Coelhão perguntou

– Sim, uma menina, da minha idade eu acho. Eu pude interagir com ela.

– Isso é muito bom Jack! Se ela te viu pode convencer os outros a vê-la também

– Tem como nos levar a ela?

...