My Idiot Cousin
Capítulo 11- o beijo
Mais uma semana se passou.
Não consegui falar com Ângela, e Alice não responde meus e-mails.
E a cada dia eu estava mais próxima de Jake.
Ele cortou o cabelo, e agora metade da escola baba por ele.
Ele estuda numa escola perto, e ajuda a tia a cuidar do filho dela, de 11 anos. Seth.
Seth é totalmente fofo, e eu já o amo.
Estava conversando com Jake embaixo de uma arvore.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Então, se você for pra lua levaria uma arvore?
- Sim, pra ver se cresce mais lá.
- Bella você é hilária.
Levantei o rosto pra responder, e reparei que seu rosto estava muito perto do meu. Ele suspirou e eu resolvi me afastar.
Mas ele se inclinou pra frente e eu fui me inclinando também, até que estávamos deitados na grama ao redor.
Então nos beijamos. Jake por cima de mim, e eu passando a mão por suas costas.
Ele tocava minha barriga por debaixo da blusa, e foi levantando-a lentamente.
Então, eu percebi as intenções e empurrei-o pra longe.
Ele arregalou os olhos e pediu desculpas.
Eu escondi meu rosto com as mãos.
- Isso vai estragar a nossa amizade? – ele perguntou, baixinho.
- Não, mas eu preciso de um tempo pra mim, agora.
Ele concordou e seguia pra casa dele, eu corri e peguei uma folha de papel qualquer. Escrevi ferozmente, tudo o que aconteceu, porque não poderia contar a ninguém.
Depois adormeci.
--
De novo aquele sonho.
O carro, o acidente, e de repente tudo negro. Só que desta vez, eu acordei aos gritos.
Clarisse me chacoalhava, e jogou um copo d’água em mim.
- Bella! Acorde! Você está bem?
Eu fiz que sim com a cabeça e sai correndo.
Tomei um banho longo, e bem à noite fui ver Jake.
- Hey, está tudo bem né? – eu perguntei.
Ele balançou a cabeça.
- Não quero falar sobre isso.
- Você é um idiota.
- Eu sei.
- Eu estou tendo uns sonhos estranhos...
- Que tipo de sonhos?- ele perguntou.
- Um acidente de carro, um grito, é sinistro, depois tudo some.
- Quantas vezes?
- Umas quatro vezes... Seguidas.
Ele não disse nada.
- Quer jogar?
- O que? – perguntou.
- Baralho.
Jogamos umas cinco vezes, ele ganhou duas, e eu três vezes.
Jacob era o melhor amigo do mundo.
Claro que depois do beijo tudo ficou estranho, mas pouco tempo depois tudo voltou ao normal.
- Então, como é o nome da prima?
- Alice, ela é só feliz de mais.
- No fundo ela deve ser cheia de problemas. Tem Namorado?
- Quem?
- Você! Dãã, a sua prima!
- Não que eu saiba...
Jacob sabia tudo sobre mim, e sobre minha família.
E eu só sabia o básico sobre ele, então resolvi perguntar.
- Jake, como é a sua vida?
Ele riu.
- Qual é a graça na minha pergunta? – eu dei um tapa no seu braço.
- Minha vida? Bella, não é um mar de rosas como a sua, você tem uma família unida, e primos, e amigos, eu só tenho meu pai, e minha tia de consideração, Sue.
- Você se da bem com seu pai?
- É claro, ele é meu melhor amigo. E você com seu?
É claro que eu queria dizer que sim, mas não era realmente a verdade.
- É complicado demais.
- Eu acho que consigo entender.
Respirei fundo.
- Não é que eu não ame meu pai, é que ele é um pouco ausente. E ele faz algumas coisas que...Deixa pra lá.
Eu não queria falar sobre isso.
Meu pai não era perfeito, e eu tinha sérios motivos para odiá-lo, mas eu não podia.
- O que ele te fez Bella? Ele te bateu?
- Não.
- Bateu na sua mãe?
- Jake, não quero falar sobre isso.
- Por favor!
Respirei fundo e soltei o ar. Comecei.
- Meu pai às vezes fica nervoso demais, à toa, e às vezes bebe... Claro que ele não toca um dedo em mim, mas ele já machucou minha mãe.
- O que ele fez com ela?
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- Tenho tempo.
#FLASHBACK ON#
Aquela era definitivamente uma noite fria.
Mamãe estava na sala, olhando pela janela, esperando papai para o jantar.
Eu estava penteando os meus cabelos no meu quarto e meu estomago roncava alto, pedindo por comida.
- Mamãe, nós podemos comer antes do papai? Já se passam das dez da noite!
- Querida você sabe que seu pai não gosta de comer sozinho.
- Mas eu estou com fome. – choraminguei.
Ela suspirou alto e foi comigo até a cozinha.
Mamãe colocou comida em meu prato e depois foi pra janela. Disse pra eu comer rápido.
Às vezes eu ficava pensando porque papai era loiro e eu tinha o cabelo castanho.
Mamãe disse que era porque eu tinha nove anos. E com o passar do tempo eu ia ser loira como meu pai.
Papai é um homem forte, alto, e eu sou pequena pra minha idade.
Eu não tenho muito da minha mãe, talvez quando eu crescer eu pareça mais com ela.
Mamãe e papai são tão carismáticos. Eles são gentis, simpáticos, e como Edward diz, eu sou um bicho do mato, que não fala com ninguém.
Então, de onde me vem essa timidez?
Pra tudo mamãe tem respostas, ‘ vai ser tudo com o tempo’.
A comida estava deliciosa, eu queria mais.
Fui até a sala, com o prato na mão.
- Mamãe...
- Seu pai está na esquina! Esta vendo o carro dele? Ande, vá lá pra cima e finja que está dormindo!
- Porque?
- Não tenho tempo pra respostas agora, ande logo Bella!
Eu subi correndo, como quase todos os dias, e fingiria dormir.
Mas, essa noite eu não queria fazer isso.
Eu queria saber porque mamãe gritava tanto.
Desci as escadas, bem devagar. Eles estavam na cozinha.
- Você esta bêbado! De novo! Até quando Bob? Até quando?- mamãe gritou.
Ouvi um som de uma coisa batendo.
E minha mãe gritou, eu corri pra cozinha.
Ela estava jogada no chão, com a mão no rosto.
- Bella!Eu mandei você ir dormir!
Eu tentei correr até ela, e ajudá-la, mas meu pai me empurrou pra longe.
Eu comecei a chorar, e ele disse para eu parar se não ia doer de verdade. Mamãe não reagia, permanecia deitada no chão, só chorando.
Eu gritei com meu pai, disse pra não machucá-la.
- Você, querida, fique quietinha ou eu vou machucar você, ao invés dela. – papai disse e meu pegou no colo.
Eu senti tanto medo naquela hora, gritei com todas a minhas forças.
Papai não me colocou no chão, mas mamãe levantou, com uma faca e disse:
- Solte ela ou eu te mato!
Papai riu e me colocou no chão, agarrou o pulso de minha mãe e depois pegou a faca dela.
Eu chorava e gritava implorando pra ele parar, mas ele continuava a estapear mamãe, até que ela parou de chorar, gritar, pedir por ajuda.
#FLACHBACK OFF#
- Quando ele parou, eu ajudei minha mãe e se cuidar. Nos nunca conversamos sobre isso.
- Essa foi à única vez?
- Não, mas faz três anos que ele parou.
- Ele fez algo pra você?
- Não, minha mãe se colocava na frente antes.
- Você não ficou loira.
- Percebi.
- E continua um bicho do mato, como diz seu primo, ele deve ser legal.
- Meu primo? Cala a sua boca!
Ele riu alto.
- Meu primo é um idiota.
- Porque?
- Não te interessa!
Eu levantei e fui pro quarto.
Ele correu atrás de mim, e pediu desculpas. Continuamos a conversar até de madrugada.
Então nos dormimos embaixo da arvore. E pela primeira vez eu não tive o sonho.
Eu me sentia protegida, nos braços de Jacob.
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