Angel whitout wings
Capitulo 25
Quinn e Rachel estavam na sala de espera, aguardando para fazer o primeiro ultrassom do bebe. O médico que faria o exame era amigo da família a décadas.
As pernas da morena mexiam descontroladamente e ela roía as unhas, ansiosa.
– Fica calma, amor. – Quinn pediu.
– Nós vamos ver nosso filho pela primeira vez, princesa – animou-se.
Alguns minutos depois, o médico chamou. A loira levantou, levando a namorada consigo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Bom dia, meninas.
– Bom dia, doutor Hudson – a morena respondeu.
– Ansiosas?
– A Rachel está quase tendo um ataque de nervos – Quinn divertiu-se.
– Fique calma menina. - sorriu cordial – Quinn, pode se trocar. – a loira se retirou – Então está animada para ser mãe, pequena?
– É a melhor coisa que já aconteceu na minha vida, padrinho. – admitiu – Depois de conhecer a Quinn, claro. – corou.
– Tenho certeza de que será uma mãe incrível, Rach.
– Obrigada – respondeu, lhe dando um abraço de lado.
Quinn voltou vestindo o avental e deitou. Rachel sentou ao lado dela, segurando sua mão.
O doutor passou o gel na garota, as fitou antes de colocar o aparelho no ventre da loira. Primeiro mostrou a imagem na tela.
– Esse é o bebe de vocês. – apontou – Aqui é a mãozinha e os pés. O bebê está com 4cm e 5g.
Os olhos da morena estavam marejados. Quinn estava encantada com a reação da namorada.
– Agora – o médico ligou a caixa de som do aparelho – Esse é o coração do bebê.
A sala foi preenchida com o som do coração do feto batendo ligeiro. Rachel não conteve as lagrimas. Quinn sorria boba.
– Parece uma locomotiva – a morena sussurrou.
– Parece sim – doutor Hudson concordou.
– Nosso bebê está bem então, padrinho?
– Perfeitamente bem. Se desenvolvendo normalmente. – respondeu, limpando o gel em Quinn.
– Obrigada padrinho.
– Pode se trocar, querida.
Enquanto a loira se trocava, o obstetra receitou algumas vitaminas e fez algumas recomendações às duas.
–x-
Ao saírem do consultório, Rachel quis caminhar no shopping. Pararam para comer, e a morena não resistiu ao passar por uma loja infantil, puxando a namorada para dentro.
A morena estava enlouquecida e queria comprar tudo o que via pela frente.
– Amor, calma. – Quinn tentou controla-la – Nós ainda nem sabemos se é menino ou menina. – riu.
– Eu sei... Mas tem tanta coisa linda. – respondeu deslumbrada.
Por fim, Quinn não conseguiu impedir Rachel de comprar um bebe conforto, alguns macacões, cobertores e um bicho de pelúcia enorme.
Ao chegarem em casa, Jo apareceu para ajuda-las e não conteve o riso ao ver tudo o que tinha dentro do carro.
– Ela enlouqueceu dentro da loja? – perguntou para Quinn.
– Surtou, Jo. – riu.
–x-
Kurt e Mercedes estavam na sala de jantar quando as viu chegar.
– Que urso lindo – a garota correu até elas.
– É para colocar no quarto do bebê – Rachel falou.
– O que me leva à pergunta: onde é o quarto do bebê? – Kurt ponderou.
Os quatro entreolharam-se. Era uma ótima questão e ninguém sabia a resposta. Sem dizer mais nada, foram até a sala de estar, onde estavam Hiram e Leroy.
– Pai, papai.
Os dois homens os encararam assustados.
– Aconteceu alguma coisa? – Leroy quis saber.
– Na verdade... Nós estamos com uma dúvida. - Mercedes respondeu.
– Comprei algumas coisas para o quarto do bebe, mas... Não temos um quarto para ele. – Rachel colocou.
– Já tinha pensado nisso – Hiram falou – E, conversando com o Leroy, chegamos a duas possibilidades. Mas são vocês duas quem vão decidir.
– A Quinn pode se mudar para o quarto da Rach. Ou podemos reformar a casa da piscina e vocês se mudam para lá. – Leroy ofereceu.
– Reforma? Que tipo de reforma? – a morena interessou-se.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Podemos construir outra casa naquela parte do terreno – explicou – Não vai ficar muito grande, mas seria de vocês. E estarão perto da gente.
– O que acha amor? – o olhar de Rachel brilhava em excitação.
– Parece bom – concordou.
– Vou adorar ajudar na decoração – Kurt animou-se.
– Isso vai ser interessante. – Mercedes falou.
– Então é isso. Amanhã de manhã ligo para o engenheiro. – Hiram declarou.
–x-
Uma semana se passou e Quinn já não se sentia mais tão enjoada. Rachel sentia-se aliviada ao vê-la comer uma maça inteira sem precisar levantar correndo para ir ao banheiro.
Na universidade, após as aulas, no laboratório, Quinn notava que Marley estava estranhamente silenciosa.
– Hei Marls, aconteceu alguma coisa? – questionou, pegando-a de surpresa.
– Ah... oi? Não... – gaguejou.
Quinn a encarou séria, esperando uma resposta decente. A morena apenas suspirou.
– É a Kitty. – admitiu por fim – Ela não tem falado comigo. Pediu um tempo para colocar a cabeça no lugar. Disse que me adora, mas que não sabe como lidar com essa distância.
O olhar de Marley era de puro desespero. Quinn podia ver o quanto a amiga era louca por sua irmã caçula. O problema era, só então notou, que não fazia ideia do que se passava com Kitty. Desde que descobrira a gravidez e começara a reforma na casa da piscina estava tão distraída com o que precisava resolver, que ficara alheia a tudo o que não dizia respeito a sua própria vida. Por um momento, sentiu-se extremamente egoísta.
– Fique calma, Marls. Prometo que vou falar com a Kitty e descobrir o que está acontecendo, ok?! – a morena sorriu resignada – Muda essa carinha, vai?!
Marley tentou sorrir um pouco. Sabia que a amiga faria o possível para ajudá-la. A verdade é que sentia tanto a falta de Kitty e da voz dela apenas dizendo o quanto a adorava, que chegava a doer.
– Confia em mim? – Quinn pediu.
– Confio.
–x-
Rachel estava no quarto de Quinn, quando a loira chegou jogando a bolsa no chão.
– Está tudo bem?
Quinn ligou o computador antes de ir até a namorada.
– Comigo tudo. Só não sei o que está acontecendo com a Kitty.
– Como assim?
– A Marley disse que minha irmã pediu um tempo, porque não sabe como lidar com a distância entre elas.
– Imagino que não seja fácil.
– Provavelmente não. – concordou – Mas conheço a Kitty. Tem mais alguma coisa.
– O que quer dizer?
– Ela não desiste de nada. E sei que ela é louca pela Marls. – explicou – Aposto que tem dedo do meu pai nessa história.
A loira sentou de frente para o computador e chamou por Santana. Não demorou muito para a latina aparecer na tela.
– Hei loira. Diga.
– San, sabe me dizer por que a Kitty pediu um tempo para a Marls?
– Talvez – ponderou.
– Desembucha.
– Não sei bem os detalhes, mas o Russel obrigou a Sue a tirar a baixinha das chirrios.
– Como é?
– Não sei os detalhes – repetiu – Mas, seja lá o que ele fez, deixou Sue Silvestre de mãos atadas. A Kitty está chateada.
Rachel estava sentada na cama, apenas observando a conversa.
– Santana, preciso que descubra o que está acontecendo. E faça a Kitty entrar em contato comigo o mais rápido possível.
– Pode deixar, loira.
Quinn fechou o notebook e coçou a cabeça. Estava realmente preocupada. Rachel foi até ela, lhe massageando os ombros.
– Fica calma, princesa.
– Estou me sentindo egoísta. Não tenho dado atenção suficiente para a Kitty. É como se a tivesse abandonado. – lamentou-se.
– Se sentiria melhor se fossemos até Lima, ver como a baixinha está?
– Fala sério? – animou-se, encarando a namorada.
– Claro. Vou conversar com o obstetra, para ter certeza de que não tem problemas.
– Está bem.
–x-
Na sexta feira a noite, Quinn e Rachel embarcaram a caminho de Lima. A loira estava apreensiva, era estranho voltar para casa depois de tanto tempo.
Rachel podia sentir o quanto a namorada estava tensa: não parava de se mexer, as mãos impacientes. As tomou contra as suas e encostou em seus lábios.
– Fique calma, meu amor. Vai ficar tudo bem, estou com você.
Quinn apenas sorriu, agradecida.
Desembarcaram em Lima ás nove da noite. Santana e Brittany as esperava ansiosas.
– Hei vocês duas – Brittany correu ao vê-las, as abraçando.
– Oi B.
Santana também se aproximou sorrindo. Estava feliz por ter a amiga ali, mas tinha medo da reação dela quando ouvisse o que tinha para dizer.
– Vamos para casa.
–x-
Quinn e Rachel se acomodaram no quarto de hospedes. A loira arrumou suas coisas e a da namorada na cômoda do quarto e a encarou.
– Podemos ir até o McKinley amanhã cedo ver a Kitty? – pediu.
– Claro, meu amor. Estou vendo o quanto está aflita.
– Só quero abraçar minha irmã. E preciso conversar com a Sue. Preciso saber o que aconteceu.
– Acha que a Sue vai te dizer? – Rachel questionou.
– Sim. Nós temos um longo relacionamento. Tivemos muitas diferenças, mas no final das contas, somos muito parecidas. – a loira explicou.
– Estaremos lá amanhã, princesa.
Quinn sentou no colo da diva, a beijando apaixonadamente. Precisava sentir a mulher que amava mais próxima. Sentia-se tão frágil naquele momento, mas sabia que, nos braços de sua morena, estaria protegida.
Rachel sentia o corpo da loira tremer entre seus braços. Entendia toda o receio dela. E sabia que ela devia ser seu porto seguro. Que era seu dever proteger a mulher da sua vida.
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