Antagônicos

Detalhando


Meu irmão estava deitado no tapete com Olivia. Duda olhou e fez cara de nojo. Sentamos nas cadeiras da cozinha, as quatro, estavam todas esperando que eu contasse como tinha sido.

"Eu estava sentada na rede, tomando minha vodca. Ah, quem me dera que eu tivesse passado a madrugada tomando ela e não transando... Enfim.

Friedrich chegou e eu estava tomando vários goles rápidos.

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— Vai com calma, Charlize. — ele disse. — Você está ridícula hoje.

— Não há nada melhor do que virar um litro de vodca.

— Sexo é melhor que isso.

— Não que você saiba fazer. — ri.

Nunca diga isso para um homem. Ele pegou a garrafa da minha mão e atirou-a na grama, puxou-me pelo braço e fiquei de pé. Me beijou até me deixar sem ar e me empurrou na parede. Os braços fortes dele puxaram minhas duas pernas para cima, ele começou a beijar meu pescoço e apertar minhas coxas, voltamos para a rede e ele continuava me beijando, até que o vi colocando a mão no zíper. Não sei o que deu em mim...

— Eu quero ficar no comando.

Eu não acredito que falei isso. Ele sorriu malicioso e me colocou em cima. A rede balançava muito, então não dava pra fazer muitas coisas. Sei que ele tinha uma pegada maravilhosa.

Fim."

— Anda, Char. Conta os detalhes de tudo. — bufou Jane.

Ele apertou minha cintura forte e bom... Já estávamos... Ele já tinha colocado o membro dele.

Elas começaram a rir.

— Para de ser fresca, Lize. Conta logo. — riu Violet.

— Sem palhaçada, fala tudo de uma vez. — Duda rolou os olhos e me deu um tapa na testa.

"Senti a respiração dele ficando mais pesada e ele movia minha cintura pra cima e pra baixo, pra o lado e para o outro. Ele mordeu o lábio e repousou a mão na minha nuca, ergueu o tronco para poder alcançar meu pescoço e me deu um chupão, apertei o abdômen dele com as unhas e ele puxou meu cabelo. Suspirei. E suspirei de novo. Coloquei minhas mãos nas costas dele e cravei minhas unhas, ele estava com uma mão no meu seio esquerdo e outra na minha coxa.

Terminou com um beijo que parecia que nunca mais iria acabar. A respiração dele estava muito quente e o suor escorria pela face dele. Virei-me para deitar ao lado dele e foi assim que caímos da rede, eu me levantei para ajeitar o vestido e a foto foi tirada."

— O.K, vocês fizeram todos os movimentos possíveis e a rede não virou, mas num breve e leve movimento, caíram? — Jane ria.

Violet ainda me encarava com uma expressão estranha.

— Ou seja, — ela começou — sem proteção alguma?

Assenti. Ela se levantou e pegou um copo de água, bebericou-o devagar para não surtar.

— A gente precisa comprar a pílula. — disse Duda pegando suas chaves. — E eu achando que o único problema era você estar quase virando parte do quarto.

Quando saí na rua, parecia que o mundo inteiro me olhava com cara de “nossa, era ela quem estava transando em plena festa repleta de adolescentes!”. Eu sentia como se a qualquer momento algum jornalista fosse me parar pra me fazer perguntas e outro ia tirar fotos quando eu tivesse despreparada e eu sairia com a mão no rosto e a boca aberta. Eu merecia.

Nunca, em meus vinte e seis anos, eu havia feito isso. De ficar bêbada ao ponto de fazer sexo e muito menos com Friedrich. Éramos como Yin e Yang, totalmente opostos. E não conseguíamos ter uma conversa civilizada por pelo menos dois minutos.

A última vez que tínhamos decidido agir como adultos, foi para organizar a festa de quinze anos da Andy. A conversa durou cinco minutos, no máximo e logo começamos a discutir, foi quando quebrei a jarra de suco no braço dele e ele ameaçou me fazer engolir todos os cacos.

— Ainda não acredito que você fez isso com o Fred. — disse Duda.

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— Nem eu. — respondi olhando para minhas mãos.

Jane me estendeu um copo com água e tomei o remédio.

Menos mal, podíamos esquecer uma noite, pior seria se eu ficasse grávida. O que era quase impossível agora.