POV SCORPIUS
_ Ok, ok espera! – Hugo grita parando de correr e se apoiando na parede do corredor, dali dava para ouvir a confusão no hall de entrada mas algo me dizia que aquela invasão não seria muito séria se nós saíssemos logo do castelo. – Eu não aguento mais correr, e-eu não sou... atleta!
_ Você é goleiro do time da Grifinória! – Rose acusa também ofegante. Na minha opinião ela fica linda com as bochechas coradas. – Tá me encarando porque Scorpius?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!_ Hein? Que? Nada...
_ Sim, eu sou goleiro. E você já viu o goleiro correr por três andares na velocidade da luz? Não, então fica quieta. – Hugo retruca respirando profundamente.
_ A delicadeza passou longe não é? – a ruiva pergunta irritada.
_ É um defeito de família. – Hugo rebate e meu alerta apita.
_ Ook, de confusão já basta o que está acontecendo lá em baixo não é? – digo me inclinando na janela e olhando lá embaixo, alguns comensais estavam indo em direção a floresta e outros mantinham um confronto no térreo do castelo. – Acho melhor irmos para a sala precisa.
_ Desde quando você é o líder aqui? – Rose indaga cruzando os braços e eu suspiro. Porque ela não pode ser um pouquinho mais fácil?
_ Não podemos ir agora, temos que achar a Lily... Quer dizer... Achar os outros. – Hugo se enrola nervoso olhando de esgueira pela janela.
_ Aham, sei... – eu e Rose dizemos juntos enquanto o ruivo se remexe incomodado. – Mas romances a parte não temos que... – no fundo do corredor ouvimos apressados. – Vem vindo alguém.
_ Não me diga? – Rose indaga e eu reviro os olhos.
_ Só pega a varinha. – digo e eles empunharam as varinhas e encostamos no canto, de onde estava conseguia ver apenas parte do corredor mas os passos se aproximavam ainda mais. Nos preparamos e quando vi a primeira sombra exclamei:
_ Levicorpus!
_ Wow! – minha vítima me encarou com os olhos verdes raivosos. – Caralho Scorpius, eu não sou inimigo não!
_ Alvo... – murmuro surpreso no momento que Lily e Victorie entram no corredor olhando confusas de mim para Alvo.
_ O que vocês estão fazendo? – Lily indaga respirando com dificuldade.
_ Lily! – Hugo sai do escuro esbarrando em mim e quase esmagando a mini-Potter. – Que bom que está bem! – vejo Lily dar um sorriso e retribuir o abraço.
_ Nós temos que ir para a Sala Precisa. – Victorie diz desfazendo meu feitiço em Alvo e ele vai ao chão com tudo.
_ Eu disse. – sussurro para Rose e ela apenas bufa.
_ E os outros? – Hugo indaga.
_ Com Teddy, vamos. – Victorie diz passando por nós e indo pelo corredor, nós a seguimos em silencio ouvindo alguns gritos e explosões no castelo mas nada aconteceu até chegarmos na tapeçaria. Victorie passou três vezes pensando em algo e segundos depois uma porta aparece do nada. – Vou pedir uma passagem para Hogsmeade e de lá vamos para a casa dos Potter... Pelo menos é esse o plano.
Nós assentimos e entramos na sala que era nada mais além de um espaço vazio, Hugo ainda estava abraçado a Lily e por sorte Alvo não estava prestando atenção nisso e sim na porta por onde entramos.
Victorie entrou e fechou os olhos fazendo com que uma outra porta surgisse na parede oposta.
_ Isso vai nos levar para longe do castelo. – ela diz no tempo que ouvimos um barulho alto no corredor, empunhamos as varinhas e então tudo aconteceu. Vi alguém entrando na sala, ouvi uma explosão, o chão tremeu, eu cai e tinha poeira para todo lado. Me levantei tossindo e tentando ver alguma coisa que pudesse me explicar o que aconteceu mas só encontrei a porta de entrada da Sala Precisa coberta por pedras.
_ Que porra foi essa? – ouço Alvo pergunta tossindo a minha direita.
_ Comensais... Perrseguição... – agora outra voz respondeu e o sotaque franceses não deixava duvidas. – Eu não sabia o que fazer... eles iam entrar aqui... então explodi tudo!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!_ Dominique! – Victorie exclama abraçando a irmã. – Que bom que está bem!
_ Você explodiu um corredor de Hogwarts com comensais... – Hugo murmura boquiaberto. – Demais!
_ Meu irmão vai ficar orgulho quando souber. – Alvo comenta com um sorrissinho e Dominique revira os olhos.
_ Vamos dar o fora daqui. – Lily diz entrando na passagem e a seguimos, o caminho era meio íngreme que dava muitas curvas, minha respiração ficou pesada e o ar se tornou mais frio. Meu coração ficou meio acelerado quando senti uma mão quentinha segurar a minha, me virei e encontrei Rose com um pequeno sorriso. Apertei mais sua mão na minha e seguimos por um bom tempo até chegarmos no fim.
Chegamos em um lugar estranho, com alguns moveis puídos e outros cobertos por lençóis brancos sinistros.
_ Que lugar é esse? É sinistro! – Alvo sussurra tendo possivelmente pensamentos parecidos com os meus.
_ Eu não sei, só temos que achar a saída. – Victorie diz olhando ao redor até achar a porta daquela casa estranha, a loira abre a porta com a varinha e abre olhando para fora com cautela. – Tudo limpo, vem.
Saímos em um beco de Hogsmeade e sinceramente o clima não podia estar mais estranho, com neblina e miados de gatos no fundo.
_ Quem aqui sabe aparatar? – Victorie pergunta e nos entreolhamos.
_ Scorpius, Alvo e eu participamos do treinamento. – Rose diz meio receosa. – Mas não sei se é uma boa ideia.
_ Não, não é... Eu vou levar Lily e Hugo primeiro e volto para busca-los. Fiquem aí, em silencio, se alguém aparecer se escondam. Entenderam? – Victorie diz segurando as mãos dos mais novos, nós concordamos e ela aparata.
_ Estou congelando! – comento com um suspiro.
_ Estamos perto do Natal idiota, é claro que está frio. – Alvo responde sempre educado até abrir um sorriso meio maléfico. – Hm... Então é oficial?
_ O q..? – indago e acompanho seu olhar até minha mão que ainda segura firmemente a mão de Rose.
_ Não... Não enche Alvo.- Rose diz corando e soltando minha mão. Eu cruzo os braços xingando aquele branquelo linguarudo enquanto ele ri.
_ Sério Alvo? Se você continuarr assim, aí que eles nan van se resolver logo! – Domi exclama olhando nervosamente pelo beco. – Da prróxima vez que ver eles de mãos dadas fique em silencio.
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POV TEDDY
Não foi nem um pouco legal passar por aquele túnel até a Casa dos Gritos. Primeiro, era apertado. Segundo, era baixo. Terceiro, estava ajudando a levar Alice.Quanto, estava preocupado com os outros. Quinto, tinha acabado de sofrer uma tortura.
_ Será que tem algo na minha cara que diz: “Eu amo levar Maldições”? – indago ofegante quando a passagem começa a se inclinar.
_ Não é para tanto James... – Teddy comenta na minha frente. – Não... pensando bem, você tem razão. Já recebeu todas as maldições certo?
_ Certo.
_ Como assim todas as maldiçoes? – ouço Lily perguntar atras de mim mas o túnel é muito estreito para me virar. – Se fosse todas você... Bem... Estaria morto.
_ É, e foi quase. Mas teve uma parada meio doida, eu ouvi vozes na minha cabeça e no fim descobrimos que não podem ser mortos aqueles que nem ao menos nasceram ainda. – filosofo pensativo.
_ Isso é confuso. – Sirius murmura e eu concordo com ele.
_ Então vocês não morrem quando estão no passado? – Remo indaga.
_ Não podemos ser mortos. Mas ainda assim, cada mudança que fazemos pode afetar nossas vidas. – Teddy responde. – Podemos impedir nossos nascimentos, causar encontros que não deviam acontecer...
_ Salvar pessoas. – James acrescenta.
_ É, essas coisas... – suspiro.
_ E como é? – Lily indaga. – Receber uma maldição da morte?
_ Estranho... Acho que é meio diferente para as outras pessoas que realmente morrem, mas comigo foi normal até. Você não sente dor, só tudo se apaga. – respondo sentindo um arrepio involuntário. – Mas com esse avento eu me tornei “O menino filho do menino que sobreviveu que também sobreviveu”..... Eu ainda estou trabalhando nesse titulo....
_ Acho que você não vai achar algo melhor. – Teddy resmunga na minha frente e para. Ouço o barulho do alçapão se abrindo e segundos depois eu me sento no chão empoeirado da Casa dos Gritos.
_ Isso aqui é ótimo para festas ilegais de Halloween. – comento olhando ao redor enquanto Teddy já se arrumava e procurava a saída. Ouço um gemido ao meu lado e olho para Alice vendo ela acordar.
_ O que aconteceu? – ela pergunta tentando se sentada meio sonsa, e com a ajuda da minha vovó ela consegue.
_ Você foi atingida por um feitiço... – ela explica cautelosa. – Eu não sei o que foi mas parece que quebrou sua perna em alguns lugares...
_ Minha pern... – Alice soltou um grito de dor ao olhar para sua própria perna. Pelo jeito agora que ela sentiu a dor, e deve estar realmente horrível.
_ Ei, tudo bem, vamos tratar isso. – digo.
_ Tem certeza? – ela pergunta com um soluço.
_ Se eu não te deixar novinha em filha meu irmão me mata. – digo sorrindo e ela engole outro soluço.
_ Temos que ir, agora. – Teddy diz surgindo não sei de onde e conjurando uma coisa que segurou a perna de Alice e fez ela se levantar.
James nos dá instruções sobre sua casa e temos um pequeno momento de despedidas e abraços e frases de precaução.
_ Mande um beijo a todos, cuide dos seus irmãos... – Lily diz no meu ouvido. – E fique longe das maldições...
_ Vou tentar. – digo brincando e ela solta uma risadinha. Troco mais um olhar com James e vou até Teddy e Alice.
_ Vocês por favor tenham cuidado com Snape. – Teddy diz de repente. – Esse ataque foi muito estranho, e por mais que não queira desconfiar...
_ Ele estava conosco quando saímos do castelo não estava? – pergunto confuso e James acena com a cabeça.
_ Cuidaremos disso, mantenham contato. – James diz trocando um olhar estranho com Lily. Teddy dá um abraço meio desajeitado em Remo e saímos no ar gélido aparatando em seguida.
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POV LILY
_ Porque não entraram? - Alvo perguntou assim que aparatou com Vic, Domi, Scorpius e Rose.
_ Batemos, ninguém atendeu.- Hugo explica apontando para a casa atrás de nós. A casa dos meus bisavós era linda, imponente e ficava em uma zona rural de Yorkshire.
_ Eles podem estar no trabalho. – Scorpius sugere dando de ombros.
_ James disse que eles não trabalham mais. – Rose rebate passando por mim e olhando pela janela. – Acho que devemos entrar...
_ Arrombar? – indago.
_ Alohomorra não é arrombar exatamente. – Dominique diz dando de ombros.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!_ Bem, nós podemos explicar a eles... – Victorie diz empunhando a varinha e indo até a porta. – Alohomorra! – a porta se destrancou com um barulho estrondoso e Vic a abriu lentamente fazendo ela ranger.
_ Abre logo, esse ranger me dá arrepios. – Rose murmura e Vic abre a porta com tudo. Nos encolhemos na passagem e encaramos um corredor largo, com uma mesinha, um porta-casaco e um arranjo de flores.
_ Olá! – Victorie exclama. – Tem alguém em casa? – nenhuma resposta veio. – Será que eles estão dorm... – um estalo alto atrás de nós faz Vic dar um pulo e eu soltar um pequeno grito.
_ Tão fazendo o que? – James pergunta arqueando as sobrancelhas e eu corro até ele lhe dano um abraço.
_ Que bom que estão bem! – exclamo sorrindo e sinto Jay me apertar.
_ Lilica! – ele diz se soltando e olhando para Alvo que ao invés de abraçar nosso irmão correu para Alice que parecia machucada. – Em minha defesa Alvo, eu não tive nada a ver com isso. Sinto muito... Não me mate, eu ajudei ela!
_ O que aconteceu? – Rose indaga dando as costas para Teddy e Victorie que se beijavam.
_ Minha perna está quebrada, nada de mais. – Alice dá de ombros escorada em Alvo. Pensei em fazer uma piadinha mas não era hora para isso.
_ Vamos entrar. – Teddy diz se soltando de Vic e entrando na casa seguido por todos nós. A casa tinha uma decoração bonita, alegre e elegante. No corredor tinham fotos dos meus bisavós com James e algumas com Sirius. Parei ficando para trás enquanto olhava um porta-retratos com meu avo James comendo um bolo. Ele devia ter um cinco anos e se lambuzava com o doce enquanto alguém fazia ele rir.
Um grito assustador eccou pelo corredor, um frio subiu pela minha coluna e o porta-retrato foi ao chão, o vidro se quebrou enquanto eu corri para onde o grito veio.
Na sala de estar o pessoal estava em roda, a maioria boquiaberta e branco feito papel. E no chão, imóveis, estavam os corpos dos meus bisavós. Mortos.
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