Aventuras no tempo

Investigação marota


Pov Rose

_ Não!

_Sim!

_ Não!

_ Ah qual é Rosie!

_ Não me chame de Rosie! E não!

_ SIM!

_ NÃO SCORPIUS! – grito finalmente quando entramos no corredor do segundo andar. – Eu não vou... perá... do que a gente tava discutindo mesmo?

_ Ah sabia que minha beleza te distraia. – Scorpius zoa rindo e eu lhe dou um tapa – Ai garota! Eu estou cheio de roxos por sua causa... e pelos motivos errados...

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_ Motivos errados? – pergunto confusa.

_ É. Eu não me importaria de ter marcas no pescoço... ou arranhões nos braços e nas costas, se eles fossem feitos em situações... mais quentes. – ele diz me dando uma piscadela e eu enrubesço.

_ Larga de ser idiota Scorpius! – solto.

_ Ok, então voltando ao assunto anterior, eu te pedi para me emprestar seu trabalho de Herbologia.

_ Não. – repito a resposta. – Mesmo estando... aqui – digo abaixando a voz. – Eu não deixar você copiar de mim.

_ Ah Rose pelo amor de Merlin!! – ele exclama me seguindo até a biblioteca. – Estamos no futuro! Por culpa da sua família de doidos, então o mínimo que você pode fazer é....

_ Scorpius. – digo me controlando para não bater nele de novo. – Se eu emprestar você fica quieto?

_ Nem uma palavrinha! – ele responde sorridente e eu lhe entro meu trabalho. Eu leio sobre Runas enquanto ele copia, Scorpius fica até bonitinho assim, quieto, sentado na minha frente. Na verdade é estranho falar isso por que ele é um gato sempre mas... agora esta mais aceitável.

_ Perdeu alguma coisa em mim ruivinha? – ele pergunta e percebe que o estou encarando.

_ Nem uma palavrinha. – digo escondendo meu rosto atrás do livro. – Senão eu pego o trabalho de volta.

_ Não ta’ mais aqui quem falou... – ele murmura e continuamos em silencio até alguém se sentar, ou melhor, se jogar na cadeira ao meu lado.

_ Como vai Granger? – Sirius pergunta olhando meu livro. – Mas que coisa chata!

_ Eu acho Runas um assunto legal ok? – digo virando a página.

_ Hm... Então gatinha – ele diz e eu o olho com as sobrancelhas arqueadas. – Que foi? Tu é gata!

_ Hãm, obrigada. – digo sem jeito.

_ Enfim, de que escola você veio mesmo? – ele pergunta brincando com uma mecha solta do meu coque.

_ Beauxbatons... – respondo cautelosa. – Por que quer saber?

_ Por que eu me interessei ué! – ele diz sorrindo. – É comum se interessar por alguém tão bonita...

_ Certo... – digo corada e olho para Scorpius que está batendo a pena impaciente na mesa e nos olhando de um jeito estranho... meio nervoso. – Scorpius daqui a pouco você vai furar a mesa!

_ Desculpe... – ele murmura ainda nos encarando, ou melhor, encarando Sirius.

_ E você cobra loira? – Sirius pergunta. – Sabe, é estranho ver Sonserinos e Grifinórios se dando bem, mas você e o... Alvo, se dão bem com nós, os leões.

_ É porque somos inteligentes, espertos, conhecemos nosso valor e sabemos que somos os melhores. – Scorpius responde me fazendo revirar os olhos. – Mas não odiamos sangues-ruins, mestiços ou afins... Isso é... meio nojento. – ele diz com uma careta. – E como eu fiquei amigo rápido do Alvo, me aproximar da família dele foi inevitável.

_ Sei... E você era de onde? Beauxbatons? – Sirius pergunta curioso.

_ Não! Ta’ me estranhando? –Scorpius responde. – Eu era de...

_ Scorpius teve educação em casa. – digo cortando o loiro. – Só agora meus pais convenceram os dele a colocá-lo em Hogwarts.

_ Sério? Que estranho... meio conveniente... – ele diz baixinho.

_ O que disse? – Scorpius indaga.

_ Nada não. – Sirius responde. – E de que ano vocês são?

_ O-o q-que? – pergunto tendo um pequeno ataque de tosse.

_ Ei calma garota! – ele diz me dando batidinhas nas costas. – Que ano vocês nasceram... só isso...

_ Nós nascemos em... – Scorpius diz fechando os olhos concentrado na conta.

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_ 1961. – respondo também calculando na minha mente e Sirius nos encara com uma expressão estranha. – Mas que pergunta. Você é um ano mais velho que nós, nós somos de 61, você de 1960! É cada uma... – digo para disfarçar.

_ É... foi bobagem. – ele diz sorrindo em seguida. – Mas e aí ruiva, não quer dar um passeio comigo nos jardins depois da aula?

_ Ah seria um prazer. – digo e Scorpius me encara. – Mas acho que não vai dar...

_ Vocês tem algo? – Sirius pergunta apontando para nós dois.

_ O que... algo..? NÃO! – digo gaguejando.

_ Por eu ia ter algo com uma ruivinha sabe-tudo e esquentada Sirius? – Malfoy pergunta me dando um sorriso e eu fecho a cara para ele.

_ Simples, por que ela é bonita, legal... gostosa... – Sirius diz encontrando minha pernas.

_ Tira o olho daí! – exclamo e ele ri se levantando.

_ Até mais – ele diz. – O maroto aqui vai à caça... – e com isso vai embora da biblioteca.

_ E pensar que esse aí é o famoso Sirius Black... – comento rindo.

_ E pensar que você estava paquerando com ele... – Scorpius comenta voltando a escrever.

_ Eu não fiz nada! Ele que ficou me cantando e... encarando minhas... – digo embaraçada e corando e Scorpius olha para mim.

_ Ah seria um prazer! – Scorpius repete com uma voz fininha. – Cada uma ruivinha...

_ E você acha o que? – digo nervosa. – Que por que VOCÊ me acha uma nerd chata os outros também devem achar?

_ Eu não disse isso. – ele responde. – Mas lembrasse que ele é uns 40 anos mais velho que você.

_ Eu sei! – digo abismada com a burrice do loiro. – O que foi Scorpius? Ta’ com ciúmes de mim? – pergunta segurando a riso e fazendo um bico.

_ Claro ruivinha, eu moooooorro de ciúmes de você e do cachorro de 60 anos. – ele diz sorrindo torto.

_ Se bem que ele é lindo não é?- provoco me levantando e guardando meu livro na estante. – Tem cara de que tem pegada.

_ Pegada? – Scorpius indaga agarrando minha cintura e me prensando na estante. – Tipo assim?

_ Me. Solta. – digo tentando desviar meus olhos dele, sem sucesso.

_ Por que? Você não quer que eu te solte! – ele diz e eu abro a boca para reclamar quando ele me beija. Sério o beijo dele é tão bom! Eu correspondo no mesmo instante agarrando seus ombros e o puxando para mim, ele segura minha nuca e aprofunda cada fez mais aquele beijo até uma voizinha irritante falar na minha cabeça.

Roseee.... você está se agarrando com Scorpius Malfoooy....

E daí? É tão bom... – penso em resposta quando ele começa a beijar meu pescoço. – Espera... Oh Merlin!

_ Scorpius! – exclamo o empurrando com força e ele se encosta na mesa me encarando ofegante. – O que você pensa que está fazendo?

_ Eu estou te beijando. – ele diz. – Ah... quer dizer... Eu só fiquei com vontade de beijar alguém e...

_ Da próxima vez que ficar com vontade procura uma qualquer e não eu! Eu não sou dessas daí! – digo irritada e pego me mochila esbarrando nele antes de sair.

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POV Teddy

Corrigi uma pilha de provas a mando do Prof. Flitwick e limpei a sala de feitiços. Estava quase indo jantar quando escuto alguém bater na porta da sala.

_ Entre. – digo e meu pai adolescente entra carregando uns livros, ele está meio pálido e vejo que a cicatriz no rosto que ele vai carregar para a vida toda é bem recente. – Sr. Lupin, pois não?

_ Desculpe incomodá-lo Professor. – ele diz vindo até a mesa que eu estava e apoiando nele. – É que eu queria perguntar... a quanto tempo o senhor é professor?

_ Ah... bem... – digo nervoso. – Uns dois anos.

_ E lecionou onde antes daqui? – ele indaga curioso.

_ No Brasil. – digo rápido.

_ Oh! E por que veio para cá?

_ Por que eu sou daqui oras!

_ Quantos anos tem?

_ Vinte e três.

_ Em que ano nasceu?

_ Ok. – digo gesticulando tempo com as mãos. – Por que esse interrogatório?

_ Nada ué! Só curiosidade... – ele diz colocando as mãos no bolso. – Então... Mil novecentos e...

_ E cinqüenta e...quatro? – digo contando rapidamente. – É 1954.

_ Tem certeza? – ele insiste.

_ Sim Senhor Lupin. – digo nervoso e ele dá um passo para trás.

_ Tudo bem, então... eu vou jantar. – ele diz saindo.

_ Espera, só saiba que... se precisar de ajuda com seu “probleminha peludo”, pode contar comigo. – digo me arrependendo logo em seguida.

_ Co-como v-você... eu... – Remo diz e eu balanço a cabeça.

_ Os professores são informados, não se preocupe. – digo sério e ele assente.

_ Ér... Obrigado. – Remo/meu pai, agradece antes de ir embora.

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POV James

Lily Luna Potter, minha chatissima irmã arrastou eu e Alvo para os jardins antes do jantar para uma “conversa familiar”... vai saber né....

_ Qual o problema maninha? – Alvo pergunta se encostando numa arvore enquanto eu me esparramo na grama e Lily senta ao meu lado.

_ Nossos avos. – ela diz séria.

_ Que que tem? – pergunto me apoiando nos cotovelos.

_ É que eles são legais né? – ele diz abaixando a cabeça. – E eu n-não queria que eles... morressem e... nunca...

_ Olha Lily... – Alvo diz vindo se sentar ao lado dela. – Eu sei que é complicado, mas não devíamos nem estar aqui!

_ Imagina só nas conseqüências Lils! – digo e ela me olha curiosa. – Se eles não morrerem e capaz que Voldy também não e aí o papai pode não conhecer a mamãe e...

_ Para de viajem Jay. – Alvo diz me cortando. – Mas ele tem razão em uma coisa Lils, muitas conseqüências, não podemos mudar...

_ Mas meninos eu pensei em uma maneira de...

_ EI IRMÃOS PETTERSON! – grita nosso digno futuro avô se jogando ao meu lado. – Atrapalho a reunião de família?

_ Não exatamente. – digo e ele me olha confuso.

_ Certo... então, me contem, onde vocês estudavam antes de vir para cá?

_ Drumstrang.

_ Beauxbatons.

_ Espanha.

Nós respondemos isso junto causando uma confusão. Olhei pros dois e eles me encararam confusos.

_ Espanha? – Lily pergunta me olhando.

_ É... – digo bagunçando meus já doidos cabelos. – Era tipo um intercambio certo?

_ Então vocês estudavam cada um em um país? – James pergunta nos encarando com a testa franzida.

_ É... mais papai achou melhor juntar todo mundo, então viemos para cá. – Alvo diz rápido. Ô dom para a mentira que esse menino tem viu?

_ Quem é o pai de vocês? – James pergunta a Lily se engasga.

_ O que...? P-Por que vocÊ... – ela diz enquanto eu a acudo.

_ Ora, talvez meus pais o conheçam. – diz James com uma inocência suspeita.

_ Tenho certeza que não se conhecem. – respondo rápido.

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_ Hmm... Certo. – ele diz se levantando. – Eu vou jantar antes que Pedro coma tudo.

_ Podia morrer engasgado aquele rato! – Alvo dispara e Lily lhe dá uma forte cotovelada fazendo ele perder o ar por um segundo.

_ O que você disse? – James pergunta sério.

_ Ele não disse nada... – digo empurrando eles. – Vamos, comida!

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POV Narrador.

Já era tarde quando a sala comunal da Grifinória se esvaziou, deixando seu quatro ocupantes confortáveis para discutir sua investigação enquanto jogavam Snap Explosivo.

_ Pedro, comece. Relatório. – James diz fazendo uma jogada.

_ A professora loira não disse muita coisa, falou que estava atrasada, mas contou que trabalhava na França. Já o Hugo se enrolou na hora de falar da família... disse que morava na Irlanda antes de vir para cá... e ele foi extremamente grosso comigo. – Pedro diz se encolhendo na ultima parte. – Dominique nem me deu chance de perguntar.

_ Sirius... – James diz.

_ Bom a ruivinha Granger não é das mais fáceis... É coisa de ruiva. – comenta recebendo um tapa na nuca de James. – Ela contou que estudava na França, e o loiro sonserino que tava com ela na hora pelo jeito estudava em casa, o que é estranho.... e eles demoraram para responder a data de nascimento, e que é esquisito... Quando eu perguntei então a garota ficou super nervosa, eu não entendi nada.

_ O prof. Lupin também demorou com a data de nascimento. – Remo conta. – Parecia que estava fazendo as contas sabe? Ele tem 23 anos, lecionava no Brasil e... bem, ele sabe que sou um lobisomem.

_ Como soube? – James pergunta.

_ Ele disse que soube por ser professor. – Remo responde. – Mas o mais estranho foi que ele disse que eu podia contar com ele sobre meu “probleminha peludo”. Nessas palavras

_ Que estranho, só a gente fala assim. – Pedro diz com os olhos arregalados.

_ Talvez ele nos ouviu... – James sugere. – Bom o trio Petterson não foi normal também. Cada um disse que estudava em um lugar, ficaram nervosos, quando perguntei do pai deles então a menina quase teve um treco.

_ Estranho como eles estudavam cada um num lugar né? – Sirius comenta pensativo. – Essas histórias estão muito mal contadas.

_ Bom, é melhor deixar pra lá. – James diz e olha Pedro bocejar. – Vá dormir Rabicho!

_ É... vou mesmo... já está taaaaarde... – ele diz dando outro bocejo. James espera ele sumir nas escadas.

_ O que foi? – Remo pergunta percebendo a atitude de James.

_ Já repararam que o pessoal novato não gosta do Rabicho? – James pergunta. – E eles falam cada coisa estranha. Juro que ouvi o Alvo falar hoje que queria que Pedro morresse engasgado.

_ Credo. – Remo exclama. – Sonserinos...

_ É, mas ele e o loiro não são comuns... São legais. – Sirius confessa.

_ Ainda assim eu estou mais motivado a continuar essa investigação. Amanhã a gente usa a capa e o mapa para descobrir mais alguma coisa. – James diz.

_ Tudo bem Sherlock Potter! – Remo diz ganhando a partida.