Princesas que Caminham no Canteiro de Amor

Princesas da Neve caminham num belo Bosque escuro
Sem preocupações, sem devidas providências eternas.
Princesas são meninas que tiveram sorte na vida.

A Princesa que Ama, corre lentamente e se diverte entre as folhas mortas
Ela não é cruel, ela só quer ser amada na mesma intensidade que ama.
Uma Princesa que Rege o amor, não me dá nada além de dor.

A Princesa que Odeia possui as mãos sangrentas e feridas, sem se importar.
Ela não entende que o odiar está muito mais próximo do amar, (Ela é o Poço)
Do que simplesmente deixar-se machucar, ou então, simplesmente matar.

A Princesa que é Feliz, sorria para todas e só se importa em sorrir
Talvez se ela sentir algo além da felicidade alheia, poderá sentir a sua,
E então, tão belamente quanto eu, sorrir com o seu próprio sentir.

A Princesa que é Triste me encara longamente no alto de uma árvore,
Sentada ali, apenas observando o vazio que eu sou, ela não se importa com a minha dor. (Ela é o Beco)
Sorri-me tristemente e volta a me encarar, vendo em si mesma o vazio que eu sou.

Princesas e mais Princesas, meninas que tiveram sorte.
E eu, sem meu ótimo consorte, contento-me com um triste corte,
Que a Princesa Triste pôs em mim e a Princesa do Ódio cortou em mim.

Princesas e mais Princesas, meninas sem o meu vazio,
Entre a do Ódio e a da Tristeza, eu fico com a da Dor, (Ela é a Pedra)
Pois ela é a única e não citada que contém todo o meu interior.

Princesa que Rege a Minha Dor Interior, sentada dentro do meu demônio,
Observando como eu choro e me contorço no meio de tanto amor,
Talvez se ela partir e me deixar, a Princesa que Rege o Horror esquece de minha dor.

Princesa do Horror, caminhando pelas minhas veias, comendo-as vivas
Sem se importar com o meu temor, cautelosa sempre por meu horror.
Uma Bela Princesa que caminha de mãos dadas com a Princesa da Dor e o meu Maldito Demônio Interior.