Epílogo

20 anos depois...

Eu estava sentada no jardim de nossa casa, no acampamento Meio-Sangue. Depois da guerra, fora construído um lugar para os semideuses gregos poderem morar em segurança, como em Nova Roma.

Eu observava Nico brincando com nossos filhos. Katrina, a mais velha, com seus 14 anos, herdou do pai os cabelos negros e lisos, os meus olhos e a minha espada. Ela gostava de batalhas, assim como eu, e passava as férias treinando no acampamento. Thalia, a filha do meio, tinha 9 anos, e era idêntica a mim, exceto pelo fato de ter herdado o poder de seu pai, é claro que eu não gostava de ver minha filha rodeada de esqueletos ou espíritos, mas não podia fazer nada. Thomas, nosso filho mais novo, tinha apenas 6 anos, cabelos negros e olhos incrivelmente azuis, e herdara tanto o meu amor por batalhas e desafios, como o poder que seu pai tinha sobre os mortos.

Nico deixou as crianças brincando sozinhas e se sentou ao meu lado, passou um braço pelos meus ombros e beijou minha testa. Ouvimos um farfalhar nos arbustos e nos viramos a tempo de ver Emily aparecendo em nosso jardim. Quando nossa mãe nos ofereceu a imortalidade, eu recusei, alegando que queria passar o resto de minha vida com Nico, mas Emily a aceitou, tornando-se uma das deusas do amor, e, depois de alguns anos, casando-se com Eros. Ela vinha me visitar de vez em quando, e eu podia ver que estava feliz.

Thomas veio correndo em minha direção, sentou-se em meu colo e me entregou uma rosa branca.

–Feliz aniversário, mamãe!-----Ele disse em sua voz doce de criança, me fitando com seus olhos azuis enquanto eu sorria.

Dizem que, quando uma pessoa morre e decide reencarnar, você pode saber quem ela era em sua vida passada olhando em seus olhos, pois o olhar nunca muda. E toda vez que eu olhava nos olhos do meu filho mais novo, eu tinha certeza de apenas uma coisa: Lee havia cumprido sua promessa.