My Hero

Oneshot


– Foi um incrível pirata. – Comentou, tentando relembrar o que ouvira. – Dizem que mesmo sendo de um bando de piratas famoso e temido pelos mares, não cometia injustiças.

– Serio, papai? – Perguntou o pequeno garoto, olhando para o homem a sua frente com olhos repletos de admiração.

– É, foi isso que me disseram. – Falou pensativo, ainda tentando relembrar mais coisas. – Diziam também que tinha um controle ótimo da akuma no mi, mas mesmo antes disso já possuía uma força admirável como um humano normal.

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– Mesmo? – Seus olhos e ouvidos estavam atentos a cada palavra e gesto que o homem a sua frente fazia. – O que mais? – Gritou curioso.

– Também falavam que foi convidado para ser um Shichibukai quando era capitão, mas recusou... – Falou pensativo, esperando que não perguntasse o porque.

– Ah, deve ser chato mesmo ser um pirata e ser subordinado do governo... – Disse para si mesmo, entendendo o antigo pirata. – E é verdade que era um ótimo navegador?

– Claro que sim! Até hoje comentam que foi um dos poucos piratas que comeu uma akuma no mi que não temiam a água. – Respondeu com convicção, feliz por lembrar. – Já viajou sozinho pelos mares em um pequeno barco.

– Incrível! – Exclamou, surpreendido por tal feito. – O que mais? Conte logo, papai!

– Ahm... Vejamos... – Vasculhou novamente sua memória, procurando mais coisas interessantes para contar para seu agitado filho. – Ele possuía o Haki do Imperador, mesmo que normalmente não usasse... Dizem que preferia usar apenas a akuma no mi.

– Mas ele não ficaria mais forte se usasse também? – Inclinou a cabeça para os lados, pensativo.

– Bem... Acho que sim, mas não sei direito... – Deu de ombros e logo continuou. – Ah, e algo que eu tenho certeza! Seu maior orgulho era seu bando!

– É óbvio, isso não é uma coisa que qualquer pirata tem orgulho? – Não entendia o raciocínio de seu pai, era algo tão natural...

– Não exatamente... – Balançou a cabeça, pensando em como explicar melhor sobre o mundo pirata para uma criança. – Não são todos que gostam do próprio bando, muitos apenas estão no navio por causa da fama ou conveniência... São poucos os que realmente honram a bandeira.

– Ah, é? – Perguntou indignado, mas com mais respeito ainda. – Então ele era mesmo incrível!

– É... Pode se dizer que sim... – Murmurou, se perguntando se realmente era certo deixar seu filho ter tanto respeito e admiração por um pirata, os mares era um lugar perigoso de se viver. – Mas também era um homem perigoso... Sua recompensa era de 550 milhões.

– Isso só mostra o quanto ele era forte! – Retrucou com convicção e algo semelhante a orgulho.

– ...Sim... Claro. – Suspirou, notando que já era tarde. Em seguida sorriu, resolvendo então se aproveitar disso e dar um verdadeiro motivo para ele se orgulhar. – Além disso, ele tinha muita consideração pelos amigos.

– Serio? O que ele fez? – Perguntou sem entender ao certo, se são amigos, não era normal ter consideração por eles?

– É raro ver alguém assim entre os piratas. – Comentou pensativo. – Em seu braço esquerdo, tinha uma tatuagem com as letras “ASCE”.

– Mas não está escrito errado? – Abriu os olhos indignado, ele não sabia escrever o próprio nome?

– Bem... Mais ou menos. – Riu da reação do menor, para logo continuar. – “ACE” era pelo seu nome e o “S” no meio com um “x” em cima era por um outro pirata, Sabo, acho que já ouviu falar.

– Sim! Ouvi! – Exclamou, recordando do que ouvira mais cedo sobre Sabo. – Então eram amigos?

– Dizem que eram amigos desde a infância, mas teve uma época que Sabo desapareceu, então julgaram que havia morrido. Como respeito a seu amigo, tatuou o “S” em seu braço e em suas costas, estava seu maior orgulho, a tatuagem da bandeira de seu bando.

– Mas... Nas costas? Porque justo lá?

– Não sei direito... – Pensou um pouco melhor, tentando achar uma resposta. – Talvez por ser a parte do corpo com mais espaço e mais visível... Por ser seu maior orgulho, foram raras as vezes que o viram com camisas ou casacos.

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– Ah! Faz sentido! – Gritou, por finalmente entender. – E o que mais?

– Isso é tudo que eu sei sobre ele... – Disse, sorrindo de leve, um pouco constrangido pelo olhar de decepção do menor. – Mas... Acho que posso te contar mais uma coisa.

– O que? – Seu olhar reviveu com aquelas palavras.

– Mesmo sendo um dos homens mais fortes dos mares e um dos que todos julgavam que possivelmente seria o novo Rei dos Piratas, ele morreu com um arrependimento...

– Mas... Qual? – Sua expressão ficara triste, morrer com arrependimentos deveria ser a pior coisa, não?

– ... Nunca vira seu irmão mais novo tornando-se Rei dos Piratas. – Comentou, novamente pensativo. – Mas talvez seja por isso que ele se esforçou mais ainda.

– Sim... Talvez... – Murmurou olhando para baixo, deprimido pelo pirata nunca ter presenciado tal feito.

– Mas pelo menos morreu com um sorriso no rosto... – Falou mais para si mesmo que para a criança, sorrindo com o recordo.

– Sorriso? – Questionou intrigado. – Mas porque? Estava morrendo!

– Porque pelo menos, conseguiu realizar seu maior sonho. – Riu baixo, talvez para os outros o fato de alguém morrer sorrindo deva soar estranho...

– E qual era?

– Seu maior sonho? – Perguntou e viu o garoto assentindo com a cabeça. – Era simples...

– Então diga! – Interrompeu o pai, tentando apressa-lo, queria saber logo.

–...Ele viveu e foi amado... – Respondeu de maneira vaga, pensativo, mostrando um sorriso nostálgico.

– Mas isso não torna tudo mais triste ainda? – Indignou-se mais ainda... Se viveu e foi amado, o normal não seria querer continuar vivendo?

– É, ele queria mesmo viver, mas... Digamos que esse não era seu sonho. – Riu um pouco, divertido com a reação do menor, achando graça da intriga que fazia com o garoto.

– Pai, pare de enrolar e diga logo! – Exigiu emburrado.

– “Um dia me tornarei um grande pirata e minha fama se espalhara! E no dia em que eu morrer, todos lembrarão que eu vivi nesse mundo.” – Disse, tentando imitar a voz do outro. – Era isso que sempre dizia...

Seu filho ficou quieto, pensativo, talvez tentando entender tais palavras e após alguns segundos, quando conseguiu compreender o significado, sorriu com orgulho de ter Hiken no Ace como seu herói. Marco, vendo a expressão de seu filho também sorriu com nostalgia, relembrando das ultimas palavras de seu amigo...

“Obrigado... Por tudo...”, Ace sussurrou e fechou os olhos, sorrindo enquanto caia nos braços de Luffy. Assim, fez suas palavras ficarem encravadas nos corações de quem lutava por ele e sua vida ecoar pelos ouvidos do mundo, que assistia a guerra.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.