Os Cavaleiros do Zodiaco – A Saga de Hades

Finalmente! Rumo a missão.


Sasha acorda com as batidas de Asmita na porta de sua casa. Pelo jeito ela havia se atrasado, e como havia dormido de repente na noite passada não havia tomado banho. Decidiu então abrir a porta para Asmita e pedir que ele esperasse, mas ele estava impaciente.

–Você tem 10 minutos para ficar pronta, senão vou embora sem você.

–Nossa, estressado... - Ela diz a ele, contrariada. E então vai até o banheiro para seu banho rápido.

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Enquanto a água cai sobre seu corpo, ela se lembra que Asmita ainda não havia lhe contado o motivo pelo qual ele partiria em missão, a curiosidade fez então com que ela se apressasse. Quinze minutos depois ela estava se trocando, estava apenas usando uma lingerie preta com rendas quando Asmita sem avisar, simplesmente abre a porta de repente.

–Vai logo!! – Ele grita.

–AAAAH!! – Ela se vira para a porta e da um grito ao vê-lo.

–Ops, desculpe. – Ele diz encostando a porta e contendo o riso.

–Estou pronta! Vamos la. – Ela diz após alguns minutos.

Os dois então partem, durante o caminho Asmita começa a contar para Sasha sobre o motivo de sua missão.

–Recentemente eu tive um sonho com Camus, apesar de não saber se foi apenas um sonho ou algum aviso, acho melhor não arriscar, visto que pode ser uma chamada telepática dele.

–Mas Asmita, me lembro claramente que Aiacos disse que Camus pulou por vontade própria no buraco que leva direto ao mundo dos mor... – Nesse momento Asmita a interrompe.

–Eu sei, mas talvez isso tenha um propósito, talvez Camus esteja um passo à frente de todos nós. Não sei se você já ouviu falar sobre o oitavo sentido... É o chamado Arayashiki, é um sentido ainda mais poderoso do que o sétimo sentido, e com ele é possível a ida ao mundo dos mortos com vida.

Sasha escuta atentamente suas palavras e depois comenta:

–Acho que já ouvi falar disso... Mas você acha mesmo possível que Camus tenha despertado esse sentido?

–Não sei, mas estamos para descobrir.

Passado algum tempo eles finalmente chegam aos domínios de Hades, o castelo se encontrava bem à frente deles, localizado bem no centro do profundo buraco onde Asmita em algum momento teria de pular. Os dois começam então a atravessar a ponte leva ao castelo, durante a travessia Asmita quebra o terrível silencio entre os dois:

–Sasha, quero que você saiba que teremos de adentrar no mesmo buraco que Camus, e se não despertarmos o oitavo sentido, realmente morreremos ao cair lá dentro.

Asmita percebe a apreensão no olhar de Sasha, por isso finaliza tentando acalma-la.

–Não se preocupe você é forte. Tenho certeza que achará a força necessária para despertar esse sentido.

Encorajada pelas palavras de Asmita, os dois seguem sua travessia, ao chegarem na entrada do castelo são surpreendidos por alguns soldados de baixo nível que tentam ataca-los mas são facilmente vencidos. Ao derrota-los Sasha se lembra do espectro que veio ao seu encontro para falar da alma do Pégaso, e percebe que naquele momento sua prioridade era essa.

–Asmita, agora me lembrei que tenho alguns assuntos pendentes e não relacionados a Camus e nem El Cid, que preciso tratar, e vou começar minha busca aqui no castelo.

–Tudo bem, apesar de não achar uma boa ideia nos separarmos. Quero que saiba que estarei no mundo dos mortos e...

Nesse momento o medo invade os pensamentos de Sasha e ela interrompendo a fala do virginiano o abraça fortemente; ele corresponde o carinho.

–Mas e se você não despertar o oitavo sentido e morrer? Eu não quero perder você também. – Ela dizia enquanto apertava os olhos tentando afastar aqueles pensamentos.

Delicadamente o virginiano se solta do abraço e olha nos olhos azuis da amada enquanto acaricia seu rosto.

–Não se preocupe, eu prometo que vou voltar. – E finaliza com um selinho nos lábios da jovem.

Depois disso sem hesitar muito loiro pula no buraco que leva ao inferno. Sasha não querendo pensar em tudo aquilo simplesmente segue seu caminho.

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Ao entrar no grande castelo, uma forte sensação toma conta dela fazendo com que todo o seu corpo se arrepie. Apesar disso o silêncio dentro do castelo é tão grande que a garota escuta sua própria respiração. Tudo aquilo parecia muito estranho, mas ela continuava andando sem hesitar.

De repente começa a escutar uma música ecoar por seus ouvidos, parecia um piano ou algum órgão; talvez um teclado, mas muito provavelmente não.

–Quem está aí? - Ela pergunta olhando para os lados.

Nada.

–Apareça! – Ela diz mais impaciente.

E um vulto passa rapidamente por trás dela. Ela se vira e consegue olhar de relance a figura; parecia ser um homem alto, forte, cabelos em um tom azul. Até bem parecido com... “Impossível” ela pensa.

–Sasha? – A figura finalmente se mostra e nesse momento a música cessa.

Sasha não podia acreditar no que seus olhos estavam vendo. El Cid estava parado bem à sua frente, não usava sua armadura, apenas uma camiseta branca simples e uma calça de moletom larga, da cor cinza.

–Cid? – Ela pergunta pasma. – Não, não pode ser. É um truque, El Cid está...

–Vá embora Sasha! – El Cid diz rapidamente. – Nas condições em que estou não posso te proteger, por favor, fuja!

–Mas...

A música recomeça a tocar, e nesse momento a expressão de El Cid muda completamente.

*EXCALIBUR*

O golpe completamente inesperado vai em direção à Sasha que fica sem reação e só tem tempo de desviar, porém acaba cortando a bochecha.

–Pare com isso Cid! – Ela grita ao amigo, mas ele parece não se importar com suas palavras.

–Idiota. – Uma voz cínica é ouvida ao longe.

Ao olhar para os lados Sasha vê o grande órgão responsável pela melodia e em um banquinho uma pessoa sentada.

–Quem é você? – Ela pergunta para a figura que se levanta e a música novamente para e El Cid parece recobrar a “consciência”

–Eu sou Veronica de Nasu, a estrela celeste da contemplação.

Sasha olha atentamente para aquela figura bizarra, que possuía longos cabelos loiros e usava um batom roxo bem escuro; apesar da aparência e nome femininos, sua voz revelava que na verdade se tratava de um homem.

–É você que está controlando El Cid dessa maneira? – Ela pergunta ao espectro.

–Que bom que você é inteligente querida. Se foi capaz de descobrir isso, creio que também será capaz de perceber que você terá de derrota-lo se não quiser que ele o mate. – Veronica diz ironicamente enquanto se posiciona novamente em frente ao órgão e recomeça a toca-lo.

El Cid muda novamente sua expressão e faz menção de atacar Sasha.

–Para com isso!! – Ela grita desesperadamente ao espectro. Que somente dá risada da garota.

El Cid se aproxima dela e lhe dá uma mordida no braço.

–O que você está fazendo? - Ela pergunta confusa ao amigo. E então percebe que estranhamente o antigo companheiro de batalha esta sugando o sangue dela. – Solte meu braço! - Ela grita balançando furiosamente o braço, mas El Cid o agarra com as mãos adquirindo mais firmeza.

A cabeça de Sasha começa a ficar confusa, sem saber o que fazer e tentando se soltar de El Cid, ela começa a dar leves tapas na cabeça dele. Mas tudo dentro da mente dela era conflitante, ao mesmo tempo em que queria se ver livre dos dentes dele, ela não queria de forma alguma machuca-lo.

Começando a sentir os efeitos da perda de sangue, Sasha não vê alternativa senão tirar o amigo à força. Ela rapidamente tira um de seus punhais da cintura e se prepara para golpear o braço de El Cid, mas ao olhar para o objeto, as iniciais EC lhe trazem dezenas de memórias e ela abaixa a cabeça tristemente.

Algumas lágrimas começam a se formar em seus olhos ao se lembrar dos momentos que passara ao lado de seu amigo, parecia surreal comparar o El Cid de antigamente com aquele que estava diante dela.

Ao voltar de seus pensamentos, Sasha novamente levanta o punhal para golpeá-lo e nesse momento uma lágrima cai exatamente na nuca de El Cid, que vira os olhos para cima, e ao ver o punhal ele se vira para Sasha e olha nos olhos dela. Nesse momento sua expressão muda completamente e ele solta o braço dela e dá alguns passos para trás enquanto aperta sua própria cabeça com as mãos.

–Pa-pare... – Ele diz com dificuldade enquanto aperta os olhos. – Por favor, pare...

Ao ver o amigo apertar os olhos daquela forma, Sasha percebe que ele também está chorando, nesse momento ela sente como se seu coração de quebrasse completamente e mais lágrimas começam a cair do seu rosto; de alguma forma, ver o amigo daquele jeito era terrivelmente pior do que tê-lo morto e longe dela.

Veronica percebe a resistência de El Cid e aumenta a velocidade da musica, fazendo o ex. cavaleiro gritar enquanto aperta cada vez mais forte sua cabeça com as mãos.

–Por favor... Por favor... Por favor... – El Cid repetia dolorosamente as mesmas palavras enquanto resistia aos comandos do espectro.

Sasha não aguentava vê-lo sofrendo.

–Por favor, pare!! Não vê que ele está sofrendo. – Ela grita desesperadamente ao espectro enquanto lágrimas deslizam sem parar pelo seu rosto.

Verônica dá de ombros e para de tocar o órgão, e no mesmo momento El Cid tira as mãos da cabeça e logo depois as coloca sobre o chão, enquanto respira aliviado, Sasha então corre em direção ao amigo.

–Que sem graça. Traze-lo aqui não foi tão divertido quanto eu pensei que seria. – Diz Verônica, que faz um movimento com as mãos.

Após tal movimento, El Cid pouco a pouco, começa a desaparecer novamente. Sasha está ajoelhada ao lado do amigo, que agora está deitado no chão. Ela começa a observar a partida de seu amigo mais uma vez enquanto não pode fazer nada.

–Eu li sua carta, obrigada, eu nunca me esquecerei de você. – Sasha começa a dizer rapidamente tudo o que queria, pois sabia que o tempo era curto. – Eu te amo, obrigada por ser meu melhor amigo. – Ela finaliza.

El Cid a olha com ternura e da um sorriso sincero antes de desaparecer completamente. Após alguns segundos Sasha escuta um sussurro. “Eu também amo você, obrigada por tudo.”