Um começo diferente

Voltando aos eixos


“Querido Diário,

Já passou da meia noite, então quer dizer que hoje é meu aniversário.

Ah... Treze anos! Quem diria, hein?

Finalmente as coisas estão voltando aos eixos... Voltei a chamar o Greg de pai, estou autorizada a falar com o Patrick de novo, e aqui em casa tudo está em paz.

Quero dizer... Mais ou menos.

Hoje depois que eu cheguei em casa com o Patrick (ainda de mãos dadas), enquanto o pai dele conversava com ele, Greg fez Kim se desculpar comigo pela mentira, e depois colocou ela de castigo de ver televisão durante três meses e ainda disse que estava muito decepcionado com ela, que nunca imaginou que ela faria uma coisa dessas, etc.

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Lógico que ela ficou brava e resmungona o resto do dia inteiro, mas aí na hora do jantar o Greg veio conversar com ela em particular no nosso quarto e... Eu não sei sobre o que conversaram, mas ela saiu de lá menos emburrada.

Pedimos pizza e todo mundo comeu e se divertiu bastante.

Mas, mudando de assunto: Patrick

Nós ainda não conversamos muito. Mas sei que ele foi jantar com a mãe dele hoje e eu o convidei pra vir pra minha festa amanhã.

Tomara que ele venha!

Vai ser uma festinha simples, um almoço com a família, e os amigos mais próximos... Grace, Wayne e Cho também vão vir.

Ah, e falando na Grace, fiquei sabendo que ela e o Wayne estão namorando... Ela me contou por telefone, e disse que o Wayne pediu a autorização para os pais dela e tudo mais.

Fico feliz por eles!

Logo isso acontecerá comigo e com o Patrick... Eu espero.

Aliás, nem sei se o Greg e mamãe vão me deixar namorar. Quem sabe se eu insistir muito eles não deixem, não é?!

Afinal de contas, eu já tenho treze anos agora, e o Patrick tem quinze, então... São só dois anos e alguns meses de diferença.

E eu também posso contar da Grace e do Wayne...

Tenho quase certeza que eles vão deixar.

E se tudo correr como o esperado, meu primeiro beijo chegará como um presente atrasado de aniversário...”

...

– Ainda gosta de panquecas? – perguntou Maggie para Patrick

– Gosto...

– Ótimo! O que acha de um café da manhã fora de hora?

– Parece legal... – respondeu o menino

Maggie havia levado Patrick em uma lanchonete que tinha um cardápio bem recheado para todas as horas do dia. Inclusive para trocar o jantar pelo café da manhã.

Com os pedidos feitos, o silêncio dominava a mesa.

Patrick se sentia inseguro em começar a falar, e Maggie tinha medo de como o filho reagiria.

Mas ela tinha que se lembrar que ela era a mãe que queria o perdão de seu filho, então teria que se arriscar para poder alcança-lo. Seria verdadeira com ele, pela primeira vez em muito tempo.

– Eu... Não sei bem como começar essa conversa – ela disse olhando-o diretamente nos olhos

– Tudo bem, eu entendo... É estranho.

– Acho que vou começar dizendo que... Eu gostei de ver no quê você se transformou Patrick – ela sorriu fracamente – Minha única tristeza é que eu não estive presente para ver você crescer... – Patrick nada respondeu – Você puxou muito ao seu pai.

– Mas também tenho coisas de você – ele tocou no seu nariz e boca, indicando as semelhanças

– É... – mais uma vez houve silêncio no meio deles – Filho, eu sei que você veio aqui buscando uma justificativa por eu ter abandonado você durante todos esse anos, mas... – os olhos dela já estavam marejados – Me desculpe... Eu não tenho uma – ela foi sincera – Foi completamente uma bobagem e uma loucura o que eu fiz. Apesar de não ter desculpas, saiba que eu me arrependo todos os dias!

– Eu... – Patrick suspirou – Obrigado por ter sido sincera comigo! Eu não vim aqui esperando por uma justificativa.

– Não?

– Não... Eu vim aqui porque... Percebi que não importa o que passou. Não vai mudar! – ele esticou os braços e segurou as mãos de sua mãe com força – O que importa é que você está de volta. Está de volta pra mim!

– Oh, Patrick! – Maggie não segurou as lágrimas em seus olhos, mas as libertou para correrem livres pelo seu rosto de pescoço, e levantou-se para abraçar seu filho, como se fosse a última coisa que faria na vida.

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– Mãe? – Patrick chamou, fazendo-a se afastar do abraço – Estava me sufocando! – ambos riram e voltaram a se sentar à mesa, aproveitando a chegada do pedido que fizeram.

– Amo você, filho! – disse ela antes de começar a comer

– Também amo você, mãe!