O desabrochar do Olimpo
Quebrados
Capítulo 3
– Quebrados -
– Escola? - Ártemis bufou.
– Ela realmente deve querer que conheçamos as mazelas humanas – disse Atena, pensativa.
Ares revirou os olhos.
– Acho que pra conseguirmos isso, você vai ter que falar igual uma pessoa normal.
– Não tenho culpa se não consigo manter um vocabulário tão pobre quanto o seu cérebro – Atena revidou.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!O deus da guerra gargalhou.
– Minha irmãzinha se acha tão superior. Quero ver como isso vai ajuda-la aqui.
Atena deu de ombros.
– Acho que a última coisa de que precisamos agora é brigar entre si – murmurou Dionísio – precisamos de sossego. Pelo menos entre a gente.
– Olha só, o deus da cachaça querendo falar sobre sossego.
Dionísio sorriu de canto.
– Ao contrário da sua matança desenfreada, motivo que sempre o leva a dobrar o joelho à sua querida irmã, meu vinho acalenta as pessoas. E até as aproxima.
– Preciso dizer quantas pessoas morreram por causa do seu querido vinho? – Ares riu.
– Isso não é culpa minha. Até onde eu sei, quem causa as discórdias é você. – O deus do vinho rebateu.
– Acha que me preocupo com discussões entre vizinhos? Meus olhos sempre visam algo mais interessante.
– Claro. Os pés da sua irmã, toda vez que você se ajoelha diante dela. – Dionísio riu.
Ao lado deles, Atena abafou um risinho.
– Eu poderia partir a sua cara agora mesmo, Dionísio.
– Por que não tenta? – disse o deus do vinho num tom de desafio.
– Chega! – Hefesto, que até então não havia dito uma palavra, se manifestou aproximando dos outros, coxo de uma das pernas – vocês são dois idiotas. Um idiota bêbado de vinho e outro bêbado de sangue. Não prestaram atenção ao que Nêmesis disse? Precisamos agir juntos se quisermos ter pelo menos uma chance de voltarmos todos ao Olimpo.
– Todos não – murmurou Hades – não se esqueça de onde me colocaram.
– Ora, não comece com suas lamentações – bradou Zeus – você sabe que os domínios foram sorteados justamente!
– Com certeza! O todo-poderoso Zeus, sempre justo lança seu irmão no Tártaro!
– Não o lancei no Tártaro! Coloquei-lhe como rei no Submundo.
– Ah, certo, mil perdões! Porque o submundo é de fato, muito melhor que o Tártaro.
– Isso é ridículo! Zeus jamais faria algo tão imoral. Foi um sorteio. – interveio Afrodite.
Hera gargalhou.
– E quem é você para falar de moralidade, Afrodite?
– Ora Hera, não comece!
– Desde Páris, filho de Príamo, você se tornou ainda mais arrogante! – bradou Hera.
– Não acredito que você ainda não esqueceu isso! Páris escolheu a mim como a mais bela há mais de mil anos trás. Será que você continuará ressentida por toda a eternidade?
– Aquilo foi injusto. Você o enfeitiçou.
De repente, todos os deuses estavam discutindo, exceto uma deusa. Deméter observava a todos, nervosa com aquela situação. Seja lá como fossem voltar para casa, ninguém estava colaborando. Precisava intervir.
– CALEM A BOCA! – Deméter gritou, fazendo com que todos se calassem instantaneamente, surpresos com a reação inusitada da deusa. Até Ares ficou com os ânimos contidos – eu não sei como vamos voltar pra casa. Mas de uma coisa sei: ficar brigando não vai nos ajudar em nada. Devíamos nos concentrar em voltar e não em discutir uns com os outros. Nós nem sequer sabemos em que lugar do mundo nós estamos! E a única coisa que vocês conseguem fazer é brigar!
– Ela tem razão – Poseidon murmurou – não vamos chegar a lugar nenhum se continuarmos assim.
– Proponho uma trégua – disse Atena.
Um a um, os deuses foram anuindo. Por fim, até o deus da guerra teve que ceder diante da dureza dos fatos.
– Vamos fazer o que Nêmesis disse que deveríamos fazer. Vamos até a nossa “casa”. – disse Zeus.
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