O grande jogo

Quando passaram para a outra sala, a escuridão deu lugar a luz de várias velas que acenderam magicamente. Puderam ver então o tabuleiro de xadrez gigante a sua frente.

Do lado onde estavam algumas peças estavam faltando. Porém Percy ignorou totalmente o cenário e tentou passar pelas peças brancas do outro lado.

Os peões cruzaram as espadas na frente dele bloqueando a passagem.

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– Parece que é outro desafio.* – o garoto disse ao voltar para perto dos outros.

– Você não sabia disso até agora? – Annabeth estava espantada com a lerdeza do amigo. – Você achava que esse tabuleiro era enfeite.

O menino deu de ombros, indiferente.

– Bem, isso é um tabuleiro de xadrez. – Rony começou. – suponho que nós temos de jogar e ganhar para passar para a próxima sala.

– Mas o xadrez é bruxo ou trouxa? – Percy interrompeu.

– Onde você está? – o ruivo respondeu com uma pergunta.

– Certo. Xadrez de bruxo. – o outro comentou. – Pode continuar.

– Obrigado. – o outro retomou a palavra. – Hermione fique com a torre da rainha, Harry o bispo é seu, Annabeth fique com a outra torre,

Percy, você se incomoda em subir no cavalo do rei? – o amigo negou com a cabeça. – Ótimo, eu fico com o outro.

Eles tomaram seus lugares e o jogo começou. Mesmo xadrez sendo um jogo de estratégia e pensamento rápido, foi Rony quem liderou a partida.

Todos estavam quietos fazendo apenas o que Weasley dizia, mas em determinado momento Hermione deu-se conta de algo.

– Ronald, você não... – ela começou.

– Sei o que estou fazendo. – respondeu pedindo silêncio.

Ela pareceu ter mais alguma coisa a dizer mais desistiu. Algumas jogadas depois Harry retomou o argumento da garota.

– Ron, não! – gritou. – Você não vai fazer isso.

– O quê? – Percy se meteu. – Vocês ficam repetindo para ele não fazer uma coisa. Podem dizer logo o que ele não deve fazer.

– Você entendeu, não foi? – Rony ignorou o outro totalmente.

– Entendeu o quê? – o filho de Poseidon continuava confuso. – Quer saber, eu desisto. Não possível que não me falem nada, meus deuses.**

– Você não vai se sacrificar. – o diálogo continuava do outro lado da sala.

– Não vou me machucar, a espada, nem vai me acertar. – justificou-se o outro. – Cavalo na E5 .

Antes que qualquer um pudesse impedir, o cavalo começou a mover-se.

– Xeque. – Rony engoliu em seco discretamente.

A rainha branca virou-se para ele e começou a se arrastar na direção dele. Quando a distância entre os dois era de quase nada a rainha cravou sua espada no cavalo que voou para longe levando o grifinório junto.

– Ai! – exclamou quando atingiu a pilha de destroços. – Não se preocupem, estou bem. Harry, agora.

O garoto assentiu e começou a andar até a peça principal, o rei. Ficou de frente para ele e proferiu as palavras finais do xadrez: xeque-mate.

A espada gigante da peça caiu e o garoto deu passo para o lado escapando por um triz de ser achatado.

Todos imediatamente saíram correndo na direção de Rony, que continuava caído embaixo de boa parte do cavalo.

– Ai! – gemeu quando os amigos tentaram levantar a peça que o prendia. – Vocês precisam ir logo, se não Snape vai pegar a pedra.

– Mas precisamos tirar você daí. – Harry insistiu.

– Não. Quem tem que pegar aquela droga de pedra é você. – Percy riu baixinho sem motivo. – Posso esperar aqui.

Como Rony parecia impossível de convencer então Percy tirou um cubo mágico de um de seus bolsos. Ele tinha tentado ensinar Rony a jogar nas últimas semanas.

Felizmente as mãos do amigo estavam livres e ele entregou a ele.

– Hora de virar mestre. – falou antes de seguir os amigos para a próxima sala.