Surviving the love.
Capítulo 13: Encontrando.
POV DARYL.
Estávamos novamente sem rumo, desta vez todos estão separados. A morte de Hershel mexeu bastante com Beth; a garota não quer demonstrar, mas dá para perceber nos olhos dela. As Greenes sempre demonstravam o que sentiam atrás do olhar. Foi assim entre Maggie e Glenn.
Passamos semanas vivendo em pequena casas. Eu estou ficando cansado, literalmente cansado. Já perdemos pessoas demais e eu perdi a coisa mais importante da minha vida, desta vez não posso perder Beth. Tenho ela como minha irmã e o que for preciso fazer para deixa-la a salvo, eu farei. Ela me lembra este alguém...
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Daryl... estou cansada. - A voz de Beth ecoou na minha cabeça.
– Espere. Teremos uma cidade daqui a pouco. - Falei sem olhar para trás.
A garota ficou em silêncio e continuamos a andar. A noite estava fria e começava a ficar mais perigoso. Com pouca visibilidade e com as nossas armas não conseguiríamos sobreviver a qualquer ataque.
Conseguimos chegar na cidade em pouco tempo. A lua começava a ficar brilhante quando chegamos lá. Parecia vazia e bem esquecida. Faz tanto tempo que a luz da Lua não me criava nenhuma sensação.
– Beth procure enlatados, vou procurar algum lugar. - Peguei as únicas flechas que me restavam.
Tinha uma casa após um bar e parecia intacta. Branca com janelas de vidro e vendo-se de longe não via-se nenhuma movimentação lá dentro. O tapete de entrada tinha escrito '' Seja bem vindo '' com letras inclinadas escritas em dourado.
Na sala não havia nenhum zumbi. O sofá estava abaixo da janela e tinha uma mesa de centro com uma maçã pobre. Do meu lado esquerdo vinha a cozinha. Uma mesa pequena, uma geladeira branca e o fogão velho. Na geladeira só tinha água e isto já era uma esperança.
Havia quatro quartos no andar de cima. Todos tinham sua placa de identificação e o primeiro que entrei fora o do ''Sam''. Estava limpo e bem bagunçado assim como todos os outros. O último que entrei era de uma garota. Os papeis de parede em rosa, a cama com tudo rosa e o urso na cama abalou minha cabeça. Por quê justo agora ela tem que vir na minha cabeça ? eu a deixei com a mãe dela, ela não precisa vir aqui.
Após garantir que o lugar era seguro procurei por Beth. Encontrei a garota voltando de alguma rua com alguns enlatados na mão e latas de cervejas.
– As cervejas são para você. - Ela as entregou sorrindo.
– Obrigado.
– Conseguiu alguma coisa ?.
– Uma casa limpa, o perímetro está limpo, mas não sei por quanto tempo. - Respondi.
– Está ficando frio. Vamos entre, irei preparar alguns enlatados.
Entramos e Beth foi preparar os enlatados. Procurei alguma coisa para fazer. Eu não estava afim de conversar sobre nada, só queria pensar no que seria amanhã nesta cidade que a qualquer momento poderia ser invadida.
Beth deixou um enlatado comigo e pegou outro. Comíamos em silêncio ate ela abrir a boca:
– Deveríamos fazer algo.
– O quê ?. - Perguntei um pouco irritado. Ela não devia cobrar isto de mim, nem deveria.
– Não somos os únicos sobreviventes. Não podemos ser.
– Somos os únicos sobreviventes aqui.
– Não; não somos. - Ela retrucou firme e aquilo me espantou. A garota que antes só cuidava da bravinha; hoje está falando firme. - Rick e Michonne podem estar por perto. Maggie e Glenn odem ter escapado do Bloco A.
– Você realmente acha isso ?.
– Sim. Logo o Sol nascerá e você irá procurar algum lugar comigo. Não adianta reclamar.
Assim que ela falou isso ficamos em silêncio. Ela voltou com o seu enlatado e eu fiquei encarando ela. Em poucas semanas ela havia mudado tanto; o olhar, o jeito. Tudo o que ela faz agora está mudado. Talvez a filha mais nova de Hershel tenha mudado, assim como a outra.
Beth foi dormir e eu continuei na sala sentado na sofá ao lado do abajur que talvez nunca foi aceso. A luz da sala estava ligada e talvez dois zumbis estariam arranhando a porta de entrada. Beth havia deixado sua faca e com ela eu furava a mesa do abajur.
You cried, I died
I should have shut my mouth, things headed south
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If this old heart could talk, it'd say you're the one
I'm wasting time when I think about it ♪ ...
Quando decidi dormi o Sol quase começava a chegar. Isto seria apenas uma desculpa, mas Beth não aceitou. Beth me acordou quando já era tarde, quase escurecendo. Ela ficou me esperando e ficou no quarto ate eu levantar. Ela começava a me revoltar.
– Vamos levante. - Ela exclamava. - Você precisa me ajudar a encontrar alguém.
– Quem ? nesse fim de mundo ?. - Falei enquanto arrumava minha besta.
– Maggie ou Glenn, Rick ou Michonne. Eles não devem ter ido longe.
– Eles estão mortos. - Decidi falar a verdade. - Todos morreram. Maggie morreu, Glenn morreu; todos morrerem. Agora você pode acreditar ?.
– Incrível. Você desiste fácil, pensei que não era assim. - Ela murmurou desafiadora.
Acabei descendo com ela e saímos. Estávamos procurando um carro quando veio vários disparos. O barulho ecoou atraindo alguns zumbis. Beth pegou sua faca e eu minha besta. Morreríamos ali, estávamos sem munição e não conseguiríamos sair dali vivo.
– Beth, tome cuidado, o cuidado maior possível. - Exclamei ficando afrente de Beth. - Você sabe se cuidar, sempre soube.
Os tiros começaram a se aproximar e depois que matei um zumbi vi um garoto com duas mochilas correr. Eu conhecia ele. Era Carl. Carl estava vivo e pela primeira vez eu quebrava a cara de alguma coisa que falei. Beth sorriu para mim quando olhou a imagem de Carl correndo ate nós.
– Ei... como sobreviveram ?. - Ele gritava.
– Tem armas ?.
Carl nos entregou armas e assim acabamos com os zumbis. Depois de matarmos o último zumbi, Beth abraçou Carl e perguntou como ele sobreviveu.
– Meu pai. Ele me ajudou, agora ele precisa de ajuda. - Carl falou apressado.
– Aonde ele está ? nos leve ate ele. - Beth segurava o rosto de Carl.
– Tem uma garota cuidando dele, mas ele precisa de ajuda. Vamos.
Entramos num carro e seguimos pelo caminho que Carl falava. Eu esperava encontrar Rick vivo e não ligava mais para o que falei. Deveria ter alguém vivo, pessoas vivas. Talvez o nosso grupo estava vivo.
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