Expresso de Hogwarts

E Eu Cuidei Dela O Dia Todo


P.O.V Scorpius Malfoy

Naquela noite eu tive um sonho muito estranho que envolvia pizzas, Hogwarts e o Luke vestido de palhaço. Mas eu não esperava ser acordado com um tapa na cara. Abri os olhos e encontrei a face da Rose pairando acima de mim. Ela levantou a mão para mais um tapa, mas eu fui mais rápido e segurei o pulso dela.

– Solte a minha mão. – ela rosnou.

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– Bom dia para você também. – eu falei, soltando a mão dela. – Agora você podia explicar o motivo de bater na minha cara.

– Você estava me abraçando! – ela berrou.

– Ah, claro, acho que foi você que me abraçou ontem à noite enquanto chorava! – eu devolvi.

– Muito bem, uma coisa sou eu procurar consolo, outra é você me agarrar enquanto dorme!

– Estamos brigando. – observei.

– E que diferença isso faz?

– Bem, fizemos um voto perpetuo e ninguém que quebrou um voto perpetuo viveu para contar o que acontece.

– Você esta certo. – eu ergui uma sobrancelha. – Não vai me ouvir concordando com você de novo.

Dizendo isso ela se encolheu no canto da janela e ficou olhando a paisagem. Eu daria dez galeões para saber o que ela estava pensando, mas infelizmente não tinha ninguém para me oferecer essa aposta. Eu me sentei no meu acento e conjurei alguns sanduiches de queijo e dois copos de chocolate. Peguei um dos copos e estendi na direção da Rose.

– Aceita? – indaguei.

– Sim. – ela pegou o copo da minha mão. – Obrigada.

Ela bebericou uma gota de chocolate e voltou a observar a paisagem.

– Não vai querer sanduiche? – perguntei.

– Não gosto desses. – ela respondeu sem olhar pra mim.

– De qual você gosta?

– Eu mesma conjuro.

Ela tirou a varinha grosseiramente do bolso, mas a varinha bateu na borda da janela e quebrou.

– Não... – ela murmurou.

Ela pegou a varinha quebrada com as duas mãos.

– É azar de família. – falei divertido.

– Não tem graça. Azar de família mesmo é ter que conviver com Malfoys.

– Pena que o azar vem em dobro pra minha família por ter que conviver com Wealeys e Potters.

– Deveria se sentir honrado de pelo menos poder respirar o mesmo ar que a minha família.

– Você deveria respeitar mais a minha família. Afinal de contas o sobrenome Malfoy é muito importante.

– Só se for antes de você! Filho de comensal! Como seria mesmo? Comensalzinho...

A resposta dela me pegou em cheio. Filho de comensal. Eu me sentei, nem tinha percebido que eu e ela tínhamos nos levantado.

P.O.V Rose Weasley

No momento em que disse aquilo eu me arrependi. A cor sumiu do rosto do Malfoy e ele se sentou. Eu estava prestes a pedir desculpas quando uma pontada de dor atingiu a região das minhas costelas. Era como se algo estivesse remoendo-as. Eu me dobrei em pé. Já estava começando a respirar com dificuldade. Ouvi o som da voz do Malfoy falando meu nome e então eu não me lembro de mais nada.

P.O.V Scorpius Malfoy

A Rose tinha desmaiado em cima de mim. Não acho que ela tenha noção do que estava fazendo. Eu sabia que ela tinha desmaiado de dor, porque ela se dobrou e fez uma careta. Eu a peguei no colo e a coloquei deitada no assento. Ela gemia e chorava. A culpa é minha, pensei, Se eu não tivesse rido da varinha quebrada dela a gente não teria brigado. Mas agora era tarde demais. Eu peguei minha varinha e murmurei todos os feitiços de cura que eu conhecia. Quando eu não tinha mais o que fazer, decidi esperar. Sentei no assento e coloquei a cabeça dela no meu colo.

– Está doendo... – ela murmurou.

– Eu sei que está. Vai passar. – murmurei de volta.

– Faz parar...

E ela ficou murmurando coisas assim a manhã toda até que a respiração dela ficou mais pesada e ela finalmente acordou.

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– Malfoy? – foi à primeira coisa que ela disse quando abriu os olhos e me encontrou olhando para ela.

– Você sabe que não precisa me chamar pelo meu sobrenome. – eu sorri.

– O que aconteceu?

Ela se levantou e se sentou no assento na minha frente.

– A última coisa que me lembro de é de uma dor cortante nas costelas. – ela falou parecendo confusa.

– Você ficou inconsciente por um tempo. Só murmurando coisas como “Faça parar”. – respondi.

– E porque parou?

– Eu usei alguns feitiços de cura, mas ainda tinha efeito.

– Desculpe.

– Pelo que?

– Por te chamar de filho de comensal. Você não é assim, eu sei.

– Não se preocupe com isso.

– Temos que parar de brigar.

– Amigos?

Eu estendi a minha mão.

– Amigos.

Ela a apertou. Seu toque era quente, quente demais.

– Rose! – eu exclamei.

– O que foi?

– Você esta muito quente!

Ela colocou a mão na testa e depois no pescoço.

– Estou mesmo!

– Me deixa ver.

Coloquei a mão no mesmo lugar que ela. Ela estava muito quente, pelando.

– O que está havendo comigo? – ela perguntou preocupada.

– Calma. Você está com febre, só isso.

– O que é “febre”?

– Acho que você nunca ouviu falar disso. Mas eu só preciso conjurar um remédio. E você tem que ficar deitada ai.

Ela assentiu e ficou quieta. Eu conjurei um remédio para febre e um termômetro.

– Você pode colocar isso debaixo do braço. – eu expliquei enquanto entregava o termômetro para ela. – E quando apitar você tira.

– Tem algo para comer? – ela indagou enquanto fazia o que eu disse.

– Eu vou conjurar uma sopa para você.

– Sopa? Pra que?

– Você está doente. Vai precisar.

Ela assentiu. Eu passei a tarde toda cuidando dela. O termômetro dizia que ela estava com 42 de febre, o que é realmente ruim, mas a febre foi baixando enquanto o remédio fazia efeito. Ela tomou a sopa rapidamente e logo queria mais. Eu comi somente um hambúrguer e bebi agua, além de conjurar duas garrafas de água para não desidratar. Assim que acabamos o almoço eu fiz a Rose dormir. Ela precisava descansar já que estava doente. E depois de me fazer jurar por tudo o que é sagrado que eu não ia abraça-la enquanto ela dormia ela fechou os olhos.

Eu troquei de roupa, aproveitando a dormida dela e depois fiquei lendo um livro qualquer, sem prestar muita atenção na leitura. Foi quando eu finalmente desisti de ler que a coruja apareceu na janela. Ela segurava uma carta que deslizou pelo vidro como se ele fosse um liquido e caiu no chão.