Prólogo.

Estava escuro, escuro demais para ver alguma coisa. Só era possível ouvir o som da minha respiração baixa, mas acelerada ao mesmo tempo. E o resto era apenas o silêncio. O clima daquele lugar me deixava enjoada, entretanto, era preciso estar ali.

Minha cabeça latejava e eu sentia algo ruim se aproximando. Mas não era nada, nada além de mim e meus pensamentos. Quando menor, sentia medo da escuridão. Hoje, sinto-me mais segura, como se ela fosse meu abrigo. Isso não importava agora. De repente, ouço um estrondo, e uma grande luz surge. Sinto-me zonza, e uma explosão de sensações ocorre em meu peito.

E novamente estou no escuro.

Quando você sentir meu calor

Olhe dentro dos meus olhos

É onde meus demônios se escondem

É onde meus demônios se escondem

Não se aproxime muito

É escuro por dentro

É onde meus demônios se escondem

É onde meus demônios se escondem