R.C. And A.V. Classic Love

Capítulo 29: O Convidado


Em minutos, Alec e eu estávamos entrando na sala em que pegaríamos minhas bagagens, embora, como sempre, eu tivesse a certeza que algum dos Volturi já as tinha pego pra mim. Ou talvez, Aro achasse um desperdício mandar outro guarda sair do castelo, e não mandaria ninguém.

Minha duvida foi esclarecida assim que avançamos alguns passos para o dentro da sala, pois senti um cheiro conhecido.

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– Alguém já lhes disse que ficam fofos juntos? – perguntou-nos Demi, sorrindo.

Se bem que, aquela pergunta parecia ser mais uma afirmação, então simplesmente sorri e a abracei com um dos braços, pois minha mão esquerda estava entrelaçada com a de Alec.

O vampiro, gentilmente, pegou uma das malas que minha amiga segurava, deixando um de seus braços livres pra me abraçar também.

– Não sabia que vinha nos acompanhar. – falei, sorrindo e surpresa, assim que o abraço foi desfeito.

Sua expressão foi a mesma de algum criminoso inexperiente quando era pego no flagra. Ela se recompôs logo, mas notei a mesma expressão no rosto de Alec, antes que ele a desfizesse em milésimos de segundos.

– Ã... Alec, seja gentil. – pediu ela, entregando mais duas malas ao vampiro. Ele as pegou sem êxito, enquanto eu esperava uma resposta – Não vim acompanhar vocês... Exatamente. Mas vi suas malas na esteira e pensei em adiantar o serviço que teriam. – ela sorriu, esperando que eu acreditasse.

Lancei um olhar de compreensivo e um sorriso torto que aprendi com meu pai, demonstrando que não estava tão satisfeita com sua resposta. Um segundo depois relaxei minha expressão, sorrindo como não me importasse, só para evitar que Demetria usasse seu dom na minha pessoa.

– Claro. – falei, como se sua frase anterior não me surpreendesse, tentando não demonstrar a desconfiança que pairava em minha mente – Então, como está com Seth? – a vampira pareceu aliviada pelo assunto ter mudado.

Ela sorriu satisfeita, provavelmente pensando no novo relacionamento.

– Muito, muito bem. Seth é ótimo, parece uma criança – ela riu timidamente – Ele está experimentando algumas colônias para tentar disfarçar seu cheiro, faço o mesmo por ele... Não que realmente de certo. – nosso trio riu encantadoramente de leve. As risadas de sinos pareceu deixar os humanos próximos encantados – E vocês dois?

– Ótimos. – respondemos juntos. Demi murmurou algo como ‘Oun’. Todos sorriamos levemente. Eu estava visivelmente feliz por Alec partilhar da mesma opinião que eu.

Não fazia um segundo que começamos a sorrir quando a moça do auto-falante disse em italiano que o outro avião estava aterrissando. Ela repetiu a mensagem em inglês.

Observei os sorrisos dos vampiros diminuírem e acabei com o meu também.

– A pessoa que espera está nesse avião? – perguntei-a, com minha melhor voz de quem não se interessava, mais eu temia ter um desempenho artístico como minha mãe.

– Sim. – respondeu-me, dando de ombros, pude ver o breve olhar de ajuda que ela dera a Alec.

– Talvez devêssemos ir, Ness. Aro quer vê-la dentro do castelo o mais rápido possível, lembra-se? – disse-me o vampiro, assenti rapidamente, olhando-os com curiosidade, mas deixando claro que não os forçaria a falar. Não ali.

Ambos me olharam agradecidos, e eu agradeci aos céus por não ter herdado o ‘talento’ de Isabella no quesito atuação.

Alec me ofereceu sua mão direita, a peguei em seguida, deixando que seus passos rápidos me forçassem a segui-los no mesmo ritmo. Como saímos apressados, não tive tempo de me despedir oralmente de Demetria, então simplesmente dei-lhe um tchauzinho com minha única mão livre. Ela retribuiu assim que me vi a seis ou sete metros dela.

– Não se importa de levar todas as malas sozinho? – perguntei, no momento em que a porta automática se fechou por já termos passado para o estacionamento.

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Ele não respondeu de imediato, antes olhou para as duas malas grandes e pesadas que carregava com apenas uma das mãos, sem demonstrar nenhum esforço, como um humano naturalmente demonstraria. Na verdade, um mortal não conseguiria pegar uma daquelas malas sem usar as duas mãos. O vampiro pareceu se lembrar que devia ter mantido o disfarce, mas já estávamos quase chegando a seu precioso Camaro SS prata.

– Não, na verdade. – ele sorriu – São leves como plumas.

Sorri também, enquanto olhava ao redor: haviam carros variados, do Impala discreto ao Camaro gritante. De todos aqueles automóveis, os que mais me chamaram atenção foram dois Astras pretos idênticos, estacionados lado a lado na fileira ao lado da nossa. Eram carros dos Volturi, já os tinha visto na garagem do castelo.

Os guardas com quem Alec conversara antes de pegarmos o avião estavam dentro de um dos Astras, pude vê-los apesar do vidro escuro, que era utilizado em todos os carros dos Volturi, caso algum deles precisasse sair a luz do dia. Depois minha atenção pairou nos dois outros guardas estavam no Astra ao lado, percebendo que todos olhavam atentamente na minha direção, como se esperassem algum problema aparecer para resolverem.

Então eu estou muito encrencada com os inimigos da realeza, ou, a visita é muito importante. – pensei, colocando a pequena malinha que segurava no carro.

Três segundos depois do meu pensamento, Alexander fechou o porta-malas, olhando-me com uma mistura de preocupação e compreensão na expressão. Ele se apoiou no carro, com os olhos vidrados em meu rosto, pronto para ler qualquer expressão que eu tivesse.

– Não se preocupe, só um dos carros vai nos seguir. – disse-me sorrindo, sua voz calma realmente me convenceu de que não deveria me preocupar. Assenti, com um sorriso tímido, pois não me sentia muito a vontade com aqueles olhares atrás de mim.

O vampiro fez um sinal com a cabeça para que entrássemos em seu automóvel preferido, depois se virou, contornando o carro e entrando rapidamente. Fiz o mesmo, e teria entrado ao mesmo tempo que ele se outra coisa não tivesse prendido minha atenção: o carro de Carlisle, que estava a quatro fileiras de distancia, quase escondido atrás de um carro grande que estava na fileira da frente. Parecia que o haviam estacionado ali estrategicamente, para que eu não pudesse vê-lo quando viesse.

Não fiquei mais que dois segundos olhando-o. Logo eu estava no carro, fechando a porta com cuidado e colocando o sinto de segurança, perguntando a mim mesma por que eu não poderia saber que Carlisle estava aqui. Só haveria explicação para isso se Aro quisesse matá-lo, mas seria improvável, pois ele era um de seus velhos e melhores amigos. Se bem que, se tratando da realeza, eu não podia ter certeza.

Quando finalmente deixei as especulações negativas de lado, percebi que estávamos na estrada há algum tempo, e que Alec olhava-me pelo canto dos olhos, preocupado novamente, parecendo querer decifrar meu silencio enquanto lia minha expressão, que não devia estar menos do que apavorada.

– O dom de Edward me seria útil agora... – disse ele, parecendo ser apenas um pensamento em voz alta.

– Seria útil a mim também... – falei, sem olhar diretamente para seu rosto, mas sabia que estava confuso. Dei-lhe meu sorriso mais tranquilizador antes de continuar – Devia olhar para a estrada. – comentei, olhando para a frente, mas ele pareceu não ligar para o fato de que estava olhando exclusivamente para mim enquanto dirigia.

– Nunca bati nem mesmo uma carruagem... – começou, voltando a olhar para a estrada e a fila de carros que havia a frente – Acho que eu não sofreria um acidente nem se quisesse. – concluiu, com um tom brincalhão.

Olhei-o, pouco surpresa e verdadeiramente interessada na historia da carruagem.

– Sempre... “Dirigia” carruagens? – perguntei, fazendo aspas no ar.

– As vezes. – disse ele, apreciando meu entusiasmo – Jane as achava elegantes. – acrescentou, com um sorriso.

– E o que você achava? – perguntei, virando quase meu corpo inteiro para olhá-lo.

Ele apertou os lábios, parecendo pensativo.

– Não eram menos que interessantes pra mim. – falou, parecendo lamentar por ter que fazer aquele assunto acabar – Mas acho que deve ter um motivo ainda mais interessante por trás da sua preocupação...?

– Só curiosidade. – Alec estreitou os olhos, sabendo que eu não o havia dado uma resposta completa – Queria saber por que Carlisle está aqui e não me contaram. - continuei, sentindo o carro parar suavemente por causa da fila de carros parados a frente – Ou porque parece que não podem...? – falei, em tom suplicante pedindo uma resposta.

– Carlisle veio fazer uma pesquisa com Aro. Mas o mestre achou que seria melhor que não soubesse do que se trata. Naturalmente, seria melhor que não soubesse que Carlisle está aqui. – explicou-me de boa vontade, fazendo com que tudo parecesse simples. Eu estava prestes a me aproveitar da facilidade quando ele continuou – Esme veio com ele. Disseram que gostariam de te levar pra caçar enquanto estivessem aqui. – ele riu levemente, de alguma piada interna – Acho que não os agrada o fato de que você sempre volta de Volterra com os olhos vermelhos.

Ri também.

– Realmente. A cor dos meus olhos quando volto não os agrada. – ri um pouquinho mais, lembrando-me dos rápidos sermões que ouvi de tia Rose, e das piadinhas de tio Em quando a companheira começava a falar – Não me culpam muito. – admiti.

– Eles... – pareceu procurar a palavra certa, mas depois suspirou discretamente, derrotado em sua busca – Entendem essa questão normalmente? – perguntou-me curioso.

– Não. Entendem que a culpa é dos Volturi. – respondi, timidamente, esperando que se aborrecesse com a reposta, mas ele riu concordando.

Inspirei aliviada, enquanto mudávamos de assunto, conversando até chegarmos ao castelo.