R.C. And A.V. Classic Love

Capítulo 22: Não Quero


– Vocês se aproveitam porque sou o mais forte. – brincou tio Emmett, enquanto tia Rosalie e Alice davam suas malas para que ele carregasse.

Meus tios estavam á alguns metros atrás de mim e minha mãe, que ainda estávamos em frente a esteira do aeroporto, esperando por nossas malas. Já meus avós e meu pai foram procurar nossos carros no estacionamento.

– Sabe que eu queria poder dizer que você não precisa ir... – falou minha mãe, calmamente, pegando minha mala, que passou pela minha frente.

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Eu deveria estar mais pensativa do que imaginava.

– Sei... – falei, suspirando e meio distante, enquanto pegava a mala dela – Você me disse a mesma coisa na primeira vez que fiquei sozinha na Itália.

– Porque é verdade. Mas se eu tivesse te impedido, não estaria namorando com o garoto de olhos vermelhos. – continuou ela, sorrindo pra mim, enquanto caminhávamos para perto dos meus tios.

– Que pena que não conseguiu, Bella.. – brincou Edward, pegando as malas que carregávamos.

– Pai.. – chamei sua atenção, mas sem me importar muito com o comentário.

Ele sorriu de leve.

**--**

Após não muito tempo, entramos na cidadezinha de Forks.

Eu observava as gotas de chuva ainda fraca baterem contra a janela do Volvo de Edward, e escutava os trovoes anunciando que a choveria mais forte em pouco tempo.

Todos seguíamos a mesma direção, mas logo meus tios e avós, que estavam em outros dois carros, seguiram para a esquerda, a caminho da nossa velha mansão, e eu e meus pais fomos para a direita, em direção ao centro da cidade.

– Não vamos para a reserva, Edward? – perguntou minha mãe, olhando-o docemente.

Ele fez um sinal positivo com a cabeça.

– Sam ligou. Disse que Jacob havia piorado, está no hospital. – explicou – Carlisle vai atende-lo, assim que deixar as coisas em casa.

Então o carro parou, pois o semáforo havia passado do amarelo para o vermelho.

Meus pais se olharam por breves minutos, visivelmente preocupados, pois se o Black já estava naquela situação, não demoraria para que eu adoecesse também. Pararam de se olhar no momento em que os encarei preocupada, e para a sorte deles, o sinal abrira naquele instante.

Assim que o carro começou a se mover novamente, voltei a olhar pela janela, observando a chuva, que agora estava mais forte do que á segundos atrás. Também olhava para os humanos.

Em algumas vezes, os invejava, quase como tia Rosalie, mas no meu caso, tinha um pouco mais de inveja das crianças humanas, embora as adorasse. Pois elas estavam tendo o que eu não tive, pelo o menos, não por muito tempo: infância. E talvez, fosse por isso que agora eu estava em duvida se queria mesmo ser mãe um dia... Não gostaria que meus filhos fossem como eu, que crescessem como eu, isso se eu fosse capaz de gerá-los.

Além de parecer estar destinada a não poder escolher o amor da minha vida, talvez eu também tenha sido privada do direito de ser mãe...– pensei, tristemente.

– Sinto muito. – disse meu pai, docemente, entrando no estacionamento.

Assenti pra ele, no momento que senti o carro parar.

Caminhamos normalmente até a entrada do hospital, ignorando os pingos de água que insistiam em nos molhar.

Assim que chegamos á recepção, senti o cheiro de pelo o menos três lobisomens no ambiente, misturado ao cheiro atraente de sangue que deveria estar sendo injetado em pacientes no andar de cima.

– Posso aju... – a recepcionista pausou a frase e ficou com uma expressão surpresa assim que nos viu – Isabella Swan? – perguntou – Edward Cullen?

– Sim.. E você é...? – perguntou meu pai, com cara de confuso.

– Jessica! Jessica Stanley. Do colégio, lembram-se? – perguntou, parecendo decepcionada por meu pai não se lembrar dela – Líder de torcida... Capitã do time de vôlei.. – lembrou ela, se gabando.

– Ah.. Claro. – disse minha mãe – Olá Jess.

– Ola, Bells. Por que estão aqui? – perguntou Jessica, educadamente.

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– Viemos ver um amigo... Jacob Black. Em quarto ele está? –falou minha mãe, sendo direta demais.

– Vejamos. – disse ela, se sentando em sua cadeira e mexendo no computador á sua frente – Quarto 12, fica no andar de cima.

Minha mãe assentiu em agradecimento e logo subimos.

Quando estávamos no fim da escada, avistamos Emily. Ela parecia preocupada, mas ouvi seu suspiro de alivio quando nos viu.

– Renesmee. – disse ela, me abraçando enquanto sorria, retribui o abraço – Oi, garota dos vampiros. – falou, olhando para minha mãe.

– Oi, Emily. – começou Bella, sorrindo pelo apelido – Como ele está?

– Se recuperando... Vai ficar melhor quando ver a Nessie. - encarei o chão assim que ouvi aquilo, estava claramente desanimada para ver o transfigurador.

Emily pegou minha mão e me puxou animada até um corredor. Paramos em frente a uma das portas brancas, a mesma tinha um numero 12 pequeno pendurado.

– Olhe quem chegou, Jake! – falou ela, sorridente, assim que abriu a porta.

– Oi, Nessie. – falou, com um sorriso leve – Fico feliz por te ver.

Desviei o olhar dele, ficando com aquela expressão de: “Não posso dizer o mesmo.”

– Bom...Vou deixá-los sozinhos. – disse Emily, já saindo pela porta.

Me aproximei um pouco da maca de onde o lobo estava deitado, olhando para o chão, para as paredes.. Para tudo, menos ele.

– Como está? – perguntei, como se fosse obrigada a isso.

– Vou melhorar... Eu queria explicar que...

– Não tem que me explicar nada, Jacob. – falei, o interrompendo.

– Eu quero te explicar, Renesmee. Vou entender se continuar me odiando depois, mas ao menos me escute.

Eu o olhei, assim que acabou a frase, suspirando vencida. Sai do lado de sua maca, me dirigindo a um sofazinho branco que havia próximo a janela. Ele me olhava enquanto eu caminhava, parecendo inseguro.

– Muito bem. Explique-me. – falei seca, me sentando no sofá.

Ele suspirou baixo, recuperando suas forças e se sentando com as pernas para fora da cama.

– Tudo começou alguns meses depois que o velho Billy morreu... Eu me sentia fragilizado, e você estava longe.. – pausou por poucos segundos, parecendo se lembrar da época – Então a Leah ficou mais próxima, principalmente pelo fato de que ela sabia como eu me sentia. Em alguns meses ficamos amigos, mas eu notava um olhar ou outro dela, nunca correspondi até que...

Depois de segundos de silencio, o incentivei a continuar.

– Até que...? – perguntei, pouco interessada.

O lobo que até pouco encarava o chão, começou a me olhar, com a culpa evidente em seus olhos castanhos.

– Até que a Sue morreu. – ele foi direto, mas eu o olhei seria, fazia mais de um ano e meio que ela havia nos deixado – Ela estava mal, e eu me sentia na obrigação de retribuir a ajuda que me deu. Leah passou semanas chorando, e houve um dia em que eu a consolava, mas ela me beijou antes que percebesse.

– Então você me trai a mais de um ano, Black? – falei, com raiva.

– Não.. Não, Nessie. Me senti culpado quando dei aquele beijo, e me afastei dela por um tempo. Mas, há três meses, sanguessugas começaram a invadir o território, e Sam me pediu ajuda. Fiquei com a mesma função que Leah. Então tínhamos que passar um tempo juntos. Depois de um mês aconteceu... – falou, envergonhado – Eu ficava com ela há um mês quando descobriu. E Nessie, Por favor, me perdoe... Você é a única pessoa que eu não poderia ter perdido e perdi. – seus olhos começaram a lacrimejar, mas o transfigurador apertou os olhos, contendo as lagrimas.

Revirei os olhos, me levantando e indo para perto da maca de novo.

– Eu te perdôo, Jake. – falei seria, e mesmo assim ele me olhou com os olhos brilhando. Estava esperançoso.

Jacob começou a aproximar seu rosto do meu. Mas antes que ficasse tão perto quanto parecia querer, mostrei-lhe o dom de Jane. O lobo estava se contorcendo há alguns minutos quando vi que ele já havia entendido o recado.

– Por que? – perguntou ele, decepcionado e pouco ofegante.

– Porque, acredite ou não, estou tentando salvar vidas.. – ele me olhou confuso, claro que não era pra menos, afinal, ele não sabia do meu sonho – E eu não quero. Apenas te desculpei, Jacob. Não significa que quero voltar com você. E eu tenho um namorado agora. – falei, conseguindo parecer calma.

Sua expressão mudou drasticamente: de decepção para raiva. Ele se levantou da cama em que estava e se pôs na minha frente, pronto para começar uma discussão.

Olhei-o como quem diz: “Pode dizer o que quiser, eu não ligo!”. Então me encarou por segundos, parecendo tentar se acalmar, e conseguiu. Devagar, sua expressão de fúria ficava apenas seria, e suas mãos que até a pouco estavam em punhos, se abriam lentamente, relaxando. Apesar disso, eu ainda podia ver o ódio em seus olhos, não de mim de quem estava namorando comigo.

– Sabe que... – começou, mas eu não esperei que acabasse a frase.

– Não ouse falar do imprinting pra mim! –falei, mais seria do que ele.

Ele inspirou, depois deu um sorriso fraco.

– Não ia falar disso. Mas sabe, Nessie, não preciso ser seu namorado.. – ele pareceu se esforçar para dizer, mas logo se arrependeu – Não agora. Mas se eu pudesse ser só seu amigo, já seria o bastante. E... Eu vou te esperar, Renesmee. Leve o tempo que for.

Ergui uma sobrancelha, esperando que suas palavras não fossem verdade. Mas lá no fundo, eu sabia que eram.

Naquele momento, Carlisle entrou no quarto, me pedindo para que os desse licença. Não que realmente fosse necessário.

Sai rapidamente, encontrando meus pais do lado de fora.

Graças aos Céus, não demorou para irmos embora.