Stray Heart
Poesias Românticas
P.O.V. Annabeth
Não há nada melhor do que começar o dia com um bom café-da-manhã. Principalmente se ele tiver sido feito pela Susy Wayans.
Susy é nossa empregada já faz uns três anos eu acho. Ela é muito simpática e gentil. Sem contar que cozinha muito bem!
– Gostou das panquecas? – perguntou ela a mim. Susy tinha olhos castanhos amendoados, pele morena, cabelo castanho claro trançado para o lado e sorriso carismático.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Adorei. – respondi. Ela perguntou se eu queria mais suco de uva e eu fiz sim com a cabeça.
Minha mãe estava bebendo uma xícara de café enquanto lia as notícias no jornal. Ela também examinava uma papelada.
– Mãe está fazendo o que? – perguntei curiosa.
– Eu preciso organizar essa papelada. Estou trabalhando num caso. – respondeu ela olhando um papel azul claro.
– Qual é o problema dessa vez?
– Minha cliente foi traída pelo marido e está brigando pela guarda dos três filhos. O problema é que ela sofre de epilepsia e o juiz está pensando em deixar as crianças com o pai. Coisa que eu não vou deixar.
Atena nunca perdeu uma causa durante os seus vinte e três anos de profissão. E ela se orgulha disso.
– Bom dia queridas. – Quíron apareceu. Óbvio que na sua cadeira de rodas. Ele ficou ao meu lado.
– Bom dia tio. – falamos nós duas ao mesmo tempo.
Quíron era o tio da minha mãe. Ele morava com a família dele, até a esposa dele fugir e levar Patrick, o filho deles dois. Mas isso já tem anos! Patrick já tem trinta anos e às vezes visita o pai. Para ele não ficar só, Atena o chamou para morar conosco. Quíron é aposentado e é quase como um tutor para mim, já que ele era quase uma “babá” quando eu era pequena porque Atena vivia ocupada.
– Quais os planos para hoje? – perguntou ele.
– Eu vou trabalhar. – respondeu Atena.
– E eu vou numa livraria. – falei.
– Sério? Eu vou ficar em casa assistindo ao The Big Bang Theory! – disse o tio.
Terminei minha refeição e saí de casa. Fitei Nico do lado de fora com suas habituais vestes pretas. Ele passava uma flanela branca sobre o para-brisa. Ele me percebeu.
– Oi Annabeth. – falou.
– Oi. Nico me leva no shopping. – pedi.
– Está bem. Mas eu vou só lhe deixar e lhe buscar. – decretou – Não poderei ficar com você lá. Tenho que deixar sua mãe no escritório dela.
– Certo. Eu te ligo...
Escutamos um graveto quebrar. Olhamos para um arbusto.
– Será que tem um bichinho ali atrás? – indaguei.
Nico pegou uma pedrinha no chão e rebolou entre os pequenos galhos do arbusto. Nada aconteceu.
– Acho que não. – falou abrindo a porta do passageiro para mim.
[...]
Entrei naquela livraria. O lugar era iluminado o bastante para fazer uma pessoa com enxaqueca ter a cabeça explodida pela luz. Ri com esse comentário. Comecei a examinar as prateleiras. Eu gostava de ler de tudo. Bom, mais ou menos. Adorava romances, ficções científicas, fantasias e aventura. Só não gostava muito de ação, porém lia às vezes.
Peguei um livro que chamou minha atenção. A capa era vermelha com flores amarela e no fundo tinha um revólver. “Amor Violento”. Gênero: Romance e Ação.
Sentei numa cadeira ali perto e comecei a lê-lo. Parecia interessante. O autor escrevia bem.
– Não acredito que está fazendo isso comigo! – falou uma voz feminina. Era uma garota ruiva de cabelos cacheados. Ela era esbelta e parda. http://data2.whicdn.com/images/33583375/tumblr_m7is9lVB311r65an9o1_500_large.png Parecia aflita e surpresa ao mesmo tempo – Seu...
– Olha, não é que eu não goste de você. – apareceu um belo rapaz. Moreno, cabelo preto e um pouco musculoso. http://images6.fanpop.com/image/photos/32600000/percy-logan-lerman-32640466-343-476.jpg
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– E por que está terminando comigo? – perguntou a ruiva.
– Porque eu penso que somos bons amigos. E que não devemos estragar essa amizade com amor. Desde que começamos a namorar, não paramos de brigar. E eu detesto brigar com você! Isso me machuca por dentro. Rachel eu te adoro e não quero perder nossa amizade.
– Mas, Percy...
Ele pôs as mãos nos ombros dela e a olhou sério, mas decidido.
– Rachel, eu não quero mais namorar você. Mas espero que continuemos sendo bons amigos.
Eu pensei que ela fosse assentir. Mas ela lhe deu um tapa na cara, que quase o fez cambalear para trás. Ela saiu desfilando como se quisesse dizer: eu consigo arranjar coisa melhor!
O tal Percy começou a acariciar a bochecha que estava vermelha com a marca da mão da tal Rachel. Ele olhou para mim.
– Foi mal! Acho que esse mini show que a minha ex-namorada fez atrapalhou sua leitura. – falou ele vindo até mim.
– Não. Eu estou de boa! – disse eu. Ele esticou a mão para que o cumprimentasse.
– Eu sou Percy.
– Me chamo Annabeth. – apertei a mão dele.
– Você vem sempre aqui? – sorriu mostrando seus dentes brilhantes.
– Venho. E você?
– Não. Só vim comprar um livro para minha mãe. Pedi para que Rachel me ajudasse a escolher e ela me mostrou esse. – ele exibiu o livro que estava nas mãos deles.
– Sua namorada escolheu um livro pornográfico para você dar para sua mãe? – questionei. Ele arregalou os olhos.
– Livro pornográfico? – perguntou a si mesmo examinando a capa. Revirou os olhos – Rachel. – falou quase num sussurro.
Ri por dentro. Levantei da cadeira. Vou levar o livro que eu escolhi.
– Bom, eu já vou indo. – avisei.
– Espera. – disse ele. Fitei os olhos dele. Verdes-mar – Poderia me ajudar a comprar um livro para minha mãe? Eu não faço ideia do que dar a ela.
– Do que ela gosta de ler?
– Bom – ele fez uma breve pausa – ela gosta de poesias e romances.
[...]
– Esse livro é bom, eu já li. – afirmei – Poesias românticas. O autor escreve bem.
– Acho que ela vai gostar.
Fomos até o caixa pagar os livros. Eu já estava para sair da livraria.
– Foi um prazer te conhecer. – falei.
– Eu adorei te conhecer. Deveríamos conversar mais vezes. Me dá seu número. Eu te ligo.
Ergui uma sobrancelha. O garoto mau me conheceu e já está pedindo meu telefone?
– Eu não costumo dar meu número a pessoas que eu conheço há apenas vinte minutos.
Ele pigarreou.
– Desculpe-me. Bom, a gente se vê. – falou ele. Apertamos nossas mãos e eu saí de lá.
[...]
Pus uma bandeja em cima de uma mesa. Comprei um hambúrguer sem verdura, uma porção de batata frita e um suco de abacaxi. Acho que eu era a única pessoa desacompanhada no refeitório. Sentei-me.
Peguei meu hambúrguer e o mordi. Fiquei a pensar naquele rapaz que eu conheci na livraria. Parecia legal, mas tinha um jeito de lesado. Mas... Ele parecia divertido.
Bebi um pouco do suco lembrando-me dos olhos verdes do Percy.
P.O.V. Percy
Saí daquela livraria. Rachel apareceu e se pôs do meu lado gargalhando.
– Eu queria ter visto a sua cara quando você mostrou o livro que eu te entreguei. – disse ela rindo.
– Não tem graça. – falei.
– Percy, eu acho que nós dois deveríamos seguir carreira de ator. – arregalou os olhos – Rachel Elizabeth Dare ganhando o Oscar de Melhor Atriz. Adorei! – ela bateu palminhas.
– Não! Aquele tapa que você me deu foi realista além da conta! Não precisava de tanto. Na verdade... Nem tinha tapa! – passei de novo a mão na bochecha que ainda estava quente.
– Aquilo foi para descontar o que você me fez passar hoje de manhã. Aquele motoristazinho emo rebolou um pedra no arbusto e aquela pedra caiu dentro da minha boca. Fora que a gente ficou correndo atrás do carro deles. Eu pisei no pé de um idoso e esbarrei numa caixa de correio.
– E eu esbarrei num travesti. – lembrei – O cara ainda disse: Pode esbarrar assim em mim quando quiser Lindo! – bufei – Desculpa. – beijei a testa dela.
Ela apenas suspirou.
– Qual o próximo plano Jackson?
– Ainda não sei. Eu vou pensar. Essa Annabeth é uma garota difícil! Mas eu não sou de desistir tão fácil.
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